A história da Internet #29: Da Piada ao Patrimônio Digital 😂

:performing_arts: Do “Dancing Baby” ao TikTok: O nascimento dos memes e como eles dominaram a internet

Em algum momento entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000, um bebê dançante em 3D apareceu na tela de milhões de computadores. Era o “Dancing Baby”, um dos primeiros memes virais da história da internet. Ninguém sabia ainda, mas aquilo era só o começo: os memes estavam prestes a se tornar uma das linguagens mais universais e poderosas da era digital.


:satellite_antenna: Antes da fama: o que é um “meme”?

O termo “meme” vem da biologia. Foi criado em 1976 pelo biólogo Richard Dawkins, no livro O Gene Egoísta, como uma ideia que se espalha entre pessoas, como um gene cultural. Na internet, o meme virou algo mais visual e engraçado — uma piada, imagem, vídeo ou frase que se espalha rápido, ganha novas versões e muitas vezes representa o espírito de uma geração.


:joystick: Anos 90: os memes pré-históricos da web

Com a popularização da internet discada, fóruns como Something Awful, 4chan e eBaum’s World começaram a espalhar conteúdos que, hoje, reconheceríamos como memes:

  • Dancing Baby (1996): uma animação em 3D de um bebê dançando ao som de “Hooked on a Feeling”. Chegou a aparecer até na série Ally McBeal.

  • Hampster Dance (1998): uma página com hamsters dançando ao som de uma música irritantemente cativante.
  • All Your Base Are Belong To Us (1998): erro de tradução em um jogo japonês virou piada global.

Esses primeiros memes eram simples, mal feitos e muitas vezes bizarros — exatamente por isso, geniais.


:chart_increasing: Anos 2000: a cultura meme explode

Com a chegada da banda larga, dos blogs e das redes sociais, os memes começaram a se espalhar de forma mais rápida. Sites como 9gag, YTMND, YouTube, e principalmente o Orkut, no Brasil, foram berços de muitos memes clássicos:

  • Rickroll (2007): clicar num link esperando uma coisa e ser surpreendido por Rick Astley cantando “Never Gonna Give You Up”.

  • Charlie Bit My Finger (2007): vídeo caseiro de dois irmãos britânicos virou sensação.

  • Trollface (2008), Rage Comics e os “Forever Alone”: os memes em forma de quadrinhos dominaram fóruns e timelines.

No Brasil, memes como “Nissim Ourfali”, “Para nossa alegria” e “Luiza que está no Canadá” mostraram que o brasileiro tinha talento natural para fazer a internet rir.


:mobile_phone_with_arrow: De piada a linguagem: memes como forma de comunicação

Hoje, memes são mais do que piadas. São comentários sociais, ferramentas políticas, formas de protesto ou simplesmente a melhor maneira de descrever um sentimento complexo com uma imagem de gato.

Os memes evoluíram com as plataformas. No Instagram, ganharam forma de cards; no Twitter, viraram threads virais; no TikTok, são vídeos curtos com áudio reaproveitado e remixado até cansar (ou viralizar ainda mais).


:selfie: Memes em 2025: a fábrica nunca para

Atualmente, qualquer coisa pode virar meme em segundos. Um escorregão no BBB, um erro em coletiva de imprensa, um cachorro com expressão estranha. A velocidade com que os memes nascem (e morrem) é absurda — mas a essência continua a mesma: compartilhar, remixar, rir.


:books: Mais do que humor: os memes têm valor cultural

Apesar de muitas vezes vistos como “besteira de internet”, os memes são reflexos culturais. Eles mostram o que pensamos, sentimos e tememos. E muitas vezes, fazem tudo isso com uma imagem de uma batata.

O nascimento dos memes foi um daqueles eventos da internet que ninguém previu, mas que mudou tudo. Do “Dancing Baby” ao TikTok, os memes se tornaram a linguagem emocional e cultural da web. Não importa sua idade, profissão ou nacionalidade: se você já mandou um meme, já faz parte dessa história.


:repeat_button: E aí, qual foi o primeiro meme que você lembra? Cite outros que não foram mencionados nessa matéria.


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