Abril de 2021 chegando e o Tiger OS enfim está se aproximando da versão 21 final. Foram vários meses de ideias e desenvolvimento por partes do @eltonff, @Natanael.755 e eu, Daigo. Afinal, não é por ser uma remaster, que não apresentará nada além de troca de ícones, wallpaper e programas padrão do Xubuntu.
Vamos às novidades oficiais da versão 21.
Aceito voluntários para a criação de novos wallpapers.
Pacote de ícones.
A primeira versão pública do Tiger OS vinha com o pacote de ícones Obsidian, que apesar de ter sido elogiado por quem testou ou mesmo viu algum dos vídeos, o design das pastas tem uma aparência antiquada.
Já faz um tempo que eu havia testado a finada remaster BlankOn e me encantado com o tema de ícones dela (e com o desktop também, mas esse ainda é muito bugado), que é o Tebu.
Porém, havia outro problema: meu desejo de oferecer aos usuários outras cores de ícones, além do azul (o original, oferecido pelo BlankOn não tinha outras cores), até pelo fato de eu querer usar o laranja, cor do tigre como predominante. Como os arquivos originais estão no formato SVG, foi necessário apenas extrair a pasta Places e iniciar o processo de troca de cores, para gerar novas opções para o usuário.
O resultado você pode ver aqui:
Sim, apenas os ícones referentes às pastas foram alterados para essa atual versão, mas posteriormente serão feitas mais mudanças. No caso, optei por não manter as mesmas cores originais do pacote Obsidian por conta da dificuldade em dar manutenção, ficando apenas as cores Vermelho, Cinza, Azul, Laranja, Verde e Roxo.
Leque de cores e tema:
Um incomodo que eu tinha com a versão 20 está relacionado com os temas. Oferecia o laranja light do Zorin e o Yaru Laranja, editado pelo Dio tempos atrás, mas se tem várias opções de cores nos ícones, o ideal seria que isso se replicasse também com o sistema como 1 todo. Optei por usar o Skeuos que já possui versão Light e Dark prontas, junto ao tema Jade-1, que oferece um meio termo entre Light e Dark.
Os resultados são esses:
O painel de Boas-vindas, grande destaque dessa versão do TigerOS passou por algumas mudanças desde sua concepção, ficando diferente do preview em vídeo divulgado anteriormente. Seguindo um conselho fundamental do @Dio, o Elton removeu a opção do kernel, deixando-o como uma opção em separado, nas configurações do próprio sistema.
Também a sessão Android foi eliminada, pois o Anbox ainda é muito experimental, então sugerir esse programa logo na inicialização dos sistema, como se fosse algo plenamente funcional, trará muita frustração a quem tentar usar.
Com essa mudança o painel de troca, atualização ou remoção de kernel tornou-se uma opção separada, não precisando recorrer a algo de Boas-vindas.
Nessa imagem em específico, temos as 3 opções padrão sobre troca de kernel, com explicações sobre cada uma delas.
Mas tem 1 porém: muitos apenas atualizam o sistema indiscriminadamente, sem se preocupar com o tanto de kerneis estão acumulando e ocupando espaço, simplesmente por não saber do assunto, ou ter receio de mexer e danificar o sistema.
Disso temos outra novidade: sempre que o ocorrer uma atualização, uma notificação surgirá para o usuário o alertando.
Clicando no botão de OK, o painel do kernel é aberto com uma quarta aba, conforme abaixo
Essa aba mostra todos os detalhes sobre o kernel usado atualmente e os mais antigos, facilitando o processo de remoção e liberação de espaço.
Também é dos que preferem programas AppImage, mas fica incomodado pelo fato de não poder instalá-lo? O Natanael é desse grupo, por isso se dedicou a criar um instalador, permitindo fazer essa instalação, eliminando a necessidade de manter o arquivo baixado ‘solto’ em alguma pasta.
Da autoria do Natanael também temos o excelente script que automatiza a instalação de programas via Wine, dispensando que o usuário precise ele próprio ter que instalar o Wine e criar prefixos, afinal, é muito comum novos usuários baixarem algo para Windows e ficarem perdidos sem saber como fazer a instalação e como remover depois.
Como opção gráfica para a instalação de programas, foi mantida a Mint Install, uma vez que ela lida muito bem com a procura e instalação de programas flatpak.
Sobre a questão de efeitos gráficos, Blur, mais opções de ícones, etc.
Uma questão que precisa ser levada em consideração é: o TigerOS é um sistema voltado a empresas, sendo que muitas delas são MEI e MPEs, muitas vezes tendo algumas poucas máquinas com w7, Office e vários outros programas piratas, por conta da necessidade de emitir NFe, podendo ser máquinas de 8, 10 anos.
Essa não é uma realidade de algumas regiões de Curitiba, mas de muitas cidades, do qual passei de carro, viajando, ia comprar um lanche ou outra coisa, conseguia ver a tela do w7 + a barra preta, pela ausência de wallpaper (dizendo o óbvio: por ser pirata e ter passado os 30 dias de teste, o wallpaper “sumiu”) + o aviso de ativação.
São máquinas que vão de DualCore, Core2Dual, QuadCore, tudo com 2gb ou menos de memória e acreditem: essas empresas não irão atualizar essas máquinas esse ano e, provavelmente, nem no próximo.
“Ah mas essas empresas/pessoas não tem interesse em adotar o Software Livre”
Menos ainda aquelas que já possuem parque de máquinas atual e legalizado. Com a conversa certa, é possível convencer essas pessoas a adotarem uma solução que irá ajudá-las de verdade.
“Ah, eu gostei do visual e da proposta, quando sairá uma versão para usuários domésticos e suporte a jogos?”
A base do TigerOS é o Xubuntu 20.04.2, logo tudo que roda em 1 também roda no outro, ou seja: Steam, Lutris, e todo o resto funcionará normalmente.
Mas uma ISO com tudo isso pronto está fora de nossos planos, uma vez que somos uma equipe minúscula, como foi especificado antes: 2 pessoas desenvolvendo (eu fico mais na parte de divulgação e pesquisas).
Exatamente pelo fato de serem apenas 2 pessoas desenvolvendo, também não haverá ISO com outro desktop enviroment, pois nos obrigaria a adaptar muitas coisas para o funcionamento desses desktops. Um exemplo é o de adaptar a parte da troca de cores e o tema, pois o Xfce possui um padrão particular de fazer essas tarefas, diferente dos outros.
Versões intermediárias também estão descartadas, uma vez que não estamos testando novas tecnologias, nem temos condições para isso no momento. Até já sei o que teremos na versão 21.1, porém, a necessidade de estabilidade é prioridade.
Quem desejar baixar a ISO RC1, basta clicar DOWNLOAD.
Criei uma conta no Padrim, então caso alguém queira fazer uma doação, pois queremos investir em publicidade em locais que nos permitirão alcançar empresas, é só clicar AQUI.