As configurações do KDE são desorganizadas?

Já vi 1 ou 2 colegas aqui dizerem que gostam muito do KDE, mas desejariam que as configurações não fossem tantas, ao ponto de se perderem nelas…

Bom, no Kurumin as configurações eram mil vezes mais caóticas, pois o “Kcontrol” do KDE ainda tinha relativamente poucas, em relação ao atual “KDE System Settings” ─ mas o Linux em geral ainda era muito mais tosco, e uma distro baseada no Knoppix (+Debian) precisava lidar com 1.001 detalhes de hardware, muitos dos quais hoje são detectados e configurados automaticamente. ─ O resultado era um labirinto de configurações, dispersas em um Menu super-povoado de itens de todos os tipos.

Quando o Kurumin foi descontinuado, e montei um novo PC com vários componentes mais recentes, fui obrigado a procurar outra distro, capaz de lidar com eles. ─ Tentei Ubuntu e Debian Gnome, e caí para trás, pois o Menu não oferecia nem 1% daqueles recursos! ─ Paguei meus pecados, por ter reclamado do excesso de opções que tinha antes.

Foi quando me convenci de que o melhor “substituto” era o Kubuntu.

O Kubuntu estava longe de oferecer todos aqueles recursos do Kurumin ─ em parte, por já resolver muitos deles automaticamente ─ mas em parte, também, porque tudo estava mais bem organizado em um número de itens bem menor.

Essa transição, para mim, foi de 2007 a 2009. Eu anotava num caderno todas as soluções que eu conseguia encontrar no Kurumin, para agilizar caso precisasse fazer tudo de novo. ─ Ao mudar para o Kubuntu, todas aquelas anotações ficaram sem utilidade. Eu tinha de começar tudo de novo. Felizmente, no Kubuntu foi mais simples e rápido, até pegar pé de novo.

Em 2015, eu já estava perdido de novo. Eu já tinha reinstalado e reconfigurado várias versões seguidas do Kubuntu, mas não lembrava mais nada. Então, instalei um segundo Kubuntu (mesma versão), tentei refazer as mesmas configurações, até ficar igual ao primeiro ─ e fui anotando, claro. ─ Foi aí que finalmente me senti seguro de saber lidar com o KDE, a cada nova reinstalação.

Em 2016, substituí o “segundo” Kubuntu pelo Mint Cinnamon, e tentei deixá-lo tão “igual” ao Kubuntu, quanto possível. ─ Frustração, claro. ─ Foi aí que perdi minha última ilusão de usar qualquer outro ambiente, exceto o KDE.

Foi quando entendi, “na pele”, o significado de “ambiente”.

De 2017 em diante, instalei umas 25 distros, todas com KDE, e todas com as mesmas configurações ─ sempre, anotando tudo.

Nesse período todo, vi o KDE passar por muitas transformações, abandonar muitas coisas que pareciam boas, em prol de maior simplicidade e consistência. ─ No Kubuntu 16.04, por exemplo, você podia escolher um Tema, salvar com outro nome, e alterar item por item, com opções de outros temas. ─ Às vezes, o resultado era ótimo, outras vezes a mistura quebrava o ambiente. Entendo por que motivo isso acabou. Era insano. Perdemos essa “liberdade”, mas as coisas agora são mais confiáveis. Desenvolvedores continuam criando novos Temas e novas misturas. Usuários comuns também podem fazer experimentações, basta que estudem as entranhas do KDE. Apenas, isso não é mais oferecido, de bandeja, a qualquer iniciante. Mas também não é proibido, nem dificultado. Basta estudar um pouco, para saber o quê e como fazer. Hoje, acho que foi a melhor solução.

Em troca, o KDE oferece cada vez mais recursos de configuração, mas o KDE System Settings continua compacto e bem organizado. ─ Não é tão “simples” quanto poderia desejar um usuário que a cada dia tenta uma DE diferente, esperando em cada uma encontrar o que gostou na outra anterior. ─ Mas é bastante simples e consistente, para quem usa o KDE a médio e longo prazo.

Depois de 12 anos, eu ainda me perco, aqui e ali. ─ Basta ver que, ao instalar o Mageia, achei mais fácil deletar os itens da pasta Home > Desktop ─ porque simplesmente não consegui lembrar e encontrar de novo o caminho para desativar sua exibição na Área de Trabalho. ─ Mas agora que você perguntou, não demorei 1 minuto a encontrar o caminho.

E já tratei de deixar guardadas as 2 capturas de tela, para me lembrar, da próxima vez que eu ficar perdido.

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É justamente aí que está a força do KDE Plasma, a quantidade de configurações que o usuário pode fazer via GUI. Mas, porém, entretanto, todavia, as críticas estão corretíssimas quando dizem que é bagunçado, ou melhor, pouco intuitivo. Tux foi muito certeiro no comentário dele:

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Existe no Forum um tópico “Defenda sua interface gráfica!”, que parece tentadora, e aparece em “Não lidos”, sempre que alguém adiciona uma contribuição, pelo simples fato de que li uma vez (e continuo lendo). No entanto, ainda não me convenci a postar uma resposta ─ afinal, “minha interface gráfica” não está sob “perigo”, que necessite eu ir lá adicionar minha pobre “defesa”.

Há lá boas postagens em prol do KDE (e também de outras DEs), algumas bastante extensas e abrangentes. Penso: o que poderia eu acrescentar ao que já foi dito? Ou seria o caso de tentar “defender” o KDE de alguma “crítica” existente por lá? Continuo sem ver motivo para dizer algo no tópico.

Acho que, mais importante do que “defender minha DE”, é tentar levar os colegas a refletirem sobre algumas “armadilhas”, às quais nossos pensamentos ficam presos ─ sem um motivo “concreto”, ou “objetivo” ─ apenas porque se tornaram lugares-comuns, que de tanto ler, acabamos considerando “reais”, quando na verdade são subjetivos, e como tal, impossíveis de se medir, na prática.

O que é “intuitivo”?

É algo que alguém “adivinha”, ou “tem um palpite”. ─ Mas essa adivinhação, esse palpite, são resultado do que aquele “alguém” já viu, já aprendeu, já se “acostumou”.

Para quem vem do Windows, “intuitivo” é algo que “aproveita” os hábitos adquiridos lá. Só isso.

Para quem vem do Gnome, “intuitivo” é ─ unicamente ─ o que se enquadra nos hábitos adquiridos no Gnome. Tudo mais, é difícil, confuso, complicado etc.

Se fôssemos estudar as relações entre Gnome, MATE, Cinnamon, Xfce, LXDE, LXQt, KDE etc., talvez ficasse clara a relação entre “intuitivo” ─ e a filiação de cada DE a outra DE, da qual foi bifurcada (forked) ─ aumentando a “intuitividade” na razão direta da maior “proximidade” (menor tempo desde a bifurcação).

Fora de um estudo objetivo dessas relações e “proximidades”, só resta uma “sensação”, que cada um explica como bem lhe vier à cabeça, sem que nada fique realmente “explicado”.

Vejo “por alto” essa relação entre as distros e a “intuitividade” que cada um “sente” ou deixa de sentir ─ conforme o caminho percorrido por cada um, até aquele momento.

Mas como uso KDE desde 2007 ─ e vou registrando tudo que encontro, aprendo, descubro, ─ para mim, a “intuitividade” é totalmente diferente daquela que é “sentida” por quem salta (hop, hopping) de DE em DE, e ainda não se compenetrou muito bem de como é o KDE, porque ainda tenta encará-lo do ponto de vista de outra(s) DE(s) a que está acostumado.

A gente vê isso todos os dias ─ pessoas vindas do Windows, que querem ver no Linux “um outro Windows”, e ficam frustrados, e lançam desabafos mais ou menos sem sentido concreto. ─ Tentamos abrir os olhos do novo colega para o fato de que o Linux não é (nem pretende ser) “um outro Windows”, e vemos que esse alerta raramente surte efeito. É hábito nos fóruns aceitar aquela “pauta”, colocada pelos egressos do Windows, e vários colegas embarcam nela, postam dezenas de respostas, e o alerta se perde como agulha num palheiro.

Esse é o funcionamento “normal” da mídia, dos blogs caça-cliques etc., e é difícil alguém tentar se opor a isso.

E o mesmo acontece quando se fala do KDE ─ do ponto de vista de quem ainda não investiu um mínimo de leitura sobre o KDE.

Deve “o Linux” fazer isso ou aquilo, para “atrair” os usuários do Windows? Deveria “o KDE” fazer isso ou aquilo, para ser palatável a quem pula de DE em DE, sem investir em conhecer de fato o KDE?

Deve o Linux se nivelar ao Windows? Deveria o KDE se nivelar às demais DEs?

Para “lucrar”? Quem, “lucrar”?

No fundo, é achar que uma coisa “livre” deveria se nivelar uma mega-corporação que visa ─ acima de tudo ─ o lucro.

Não faz o menor sentido.

O que “o KDE” iria “ganhar”, agindo como uma empresa, em busca de ampliar… Aliás, ampliar o que? Seu “mercado”? ─ A simples ideia de “mercado”, só existe em função de “lucro acima de tudo”. ─ Nada a ver com “software livre”.

Não é nada disso que se trata ─ embora seja essa a impressão que a maioria dos debates tende a passar ─ sem que a gente perceba o absurdo implícito.

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Os exemplos que você apresentou não ajudam a defender sua opinião.

Quem ouve barulho de água, não está usando “intuição”. Está usando os ouvidos. Se a pessoa visse o riacho, ou a mata ciliar indicativa do riacho ─ ou se sentisse o cheiro de terra úmida, daria no mesmo. Estaria apenas se guiando pelos sentidos.

E um índio não teria “intuição” de procurar um pano na área de serviço. Essa intuição é nossa, porque fomos criados em casas organizadas desse modo. Isto se incorporou à nossa formação.

Mas eu continuo intrigado com o fato de ter deletado os ícones (links) na pasta Home > Desktop do Mageia, ─ em vez de apenas desabilitar sua exibição na Área de Trabalho, coisa que conheço há anos.

Ao encerrar a sessão Live, aós instalar o Mageia 8 alpha1, os ícones ainda estavam lá.

Ao reiniciar, não estavam mais ─ mas tratava-se da Home “herdada” do Mageia 7, já com Wallpaper configurado, e até com o widget de fases da Lua.

Rastreando até a instalação do Mageia 7, em Maio 2020, verifico que deletei os ícones ainda na sessão Live, enquanto verificava a frequência de atualização da Tabela de processos do KSysguard (2 segundos) e a gravação das capturas de tela no Pendrive.

Ali, talvez, me pareceu fazer sentido usar o caminho mais curto, pois eu não lembrava que, no caso do Mageia, essas “configurações” se transmitiriam à Home da instalação.

Edit: - Com o KDE Spectacle ainda por configurar, eu só podia fazer 1 captura (Shift+PrtScn), pois uma segunda substituiria a primeira, ainda não salva.

Desabilitar a exibição dos ícones na tela é uma dessas coisas que a gente faz 1 vez, e nunca mais (ou, só raramente), por isso, a tendência é não lembrar mais como fizemos nas vezes anteriores.

Agora, ao ver a sua dúvida, ainda cheguei a abrir o System Settings, mas nem procurei nele. Imediatamente tive uma “intuição” de que não seria ali, fechei, cliquei na Área de Trabalho com o botão direito, e não demorei nem 1 minuto para encontrar esse item.

Mas será que foi intuição, ou foi uma questão de lógica?

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Não entrarei em detalhes a respeito da etimologia da palavra, mas pela forma que a usamos (pelo menos, hoje em dia) é mais no sentido de processo usado, conscientemente ou não, para a chegar a uma conclusão, do que hábito. O hábito até interfere na intuição por conta do conhecimento empírico, mas há outros elementos envolvidos também, como raciocínio.

Vamos dizer que quero mudar a resolução de tela e estou usando o KDE Plasma 5.18.5:

Por conta do hábito do Windows, a primeira coisa que faço é clicar com o botão direito do mouse sobre a área de trabalho para achar a função de modificar as configurações de vídeo. Agora a intuição entra em cena: por exemplo, a intuição diz que o último lugar onde você deveria procurar é em Criar novo e o lugar mais provável é em Configurar área de trabalho, clico neste último. A janela aberta é a Configurações de Pasta da área de trabalho, há muita coisa lá para configurar o papel de parede, ações do mouse e configurações de pasta, mas nada em relação à resolução de tela.

OK, o lugar onde configuro a resolução de tela não está ali, tudo bem, pois sei que o KDE fornece uma central de configurações (Configurações do sistema). Em Configurações do sistema temos as seguintes categorias, vejamos o que a intuição nos diz:

  • Aparência: poderia estar aqui, mas nenhum dos seus itens parece indicar algo que me ajude a configurar a resolução de tela, vamos para a próxima categoria, qualquer coisa eu volto aqui
  • Personalização: idem
  • Rede: a intuição me diz para nem perder meu tempo olhando para os itens deste
  • Administração do sistema: só tem um item e vemos claramente que não é aquilo
  • Hardware: Hmm, tem Tela e monitor, só pode ser esse. Oh, é isso mesmo! E ainda está na primeira “aba”!

O que concluímos nesse caso? O hábito do Windows até me fez perder um minuto, mas o KDE Plasma é intuitivo no que diz respeito à configuração de resolução de tela, pois essa função está num local bastante lógico e não há nada em Configurações do sistema que me faça perder tempo, isto é, não tem uma opção que pareceria conter a função de alterar a resolução de tela e me faria perder tempo procurando essa função nela.

Enquanto eu escrevia este texto, eu cogitei em comentar que o KDE Plasma deveria ter a função de alterar a resolução de tela a distância de um clique com o botão direito do mouse na área de trabalho, mas francamente, não ficamos mudando a resolução de tela toda hora, essa função pode muito bem ficar Configurações do sistema junto a outras funções de configuração de tela.


Um exemplo de configuração pouco intuitiva. Vamos dizer que quero fazer com que o mouse abra arquivos e pastas com um clique único em vez de um duplo clique. A intuição diz que essa função estaria em:

  • Configurações do sistema => Hardware => Mouse

Mas não, está em:

  • Configurações do sistema => Espaço de Trabalho => Comportamento geral

Tudo bem, faz sentido também, admito, e como não sei das limitações técnicas, pode até ser o melhor lugar (ou menos pior) para guardar essa função. Mas bem que poderiam colocar (em Mouse e Touchpad) um atalho ou espelhamento para essa configuração de modificar o clique do mouse/touchpad, faria os usuários perderem menos tempo.

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Concordo 100% ─ principalmente no KDE, que é um ambiente focado na lógica.

Também penso assim.

Já bati cabeça com o KDE, quando eu era novato no Linux, mas assim que comecei a prestar mais atenção a “como ele é organizado” ─ do que em “como eu, novato, vindo do Windows, queria que ele fosse” ─ tudo passou a fazer sentido, de modo bastante lógico.

Veja que, para encontrar qualquer configuração do KDE, não precisa abrir Menu, nem saber que existe “KDE System Settings”.

Basta mudar o foco para a Área de Trabalho e começar a digitar ─ “desktop icons” ─ ou, “resolution” ─ ou, “click”, por exemplo.

(Não é preciso “abrir” nada. O KRunner se abre sozinho, quando se começa a digitar, com o “foco” na Área de Trabalho, ou seja, não em qualquer aplicativo ou janela. ─ Numa página do KDE sobre KRunner, fala em Alt+F2 e outro atalho, para abri-lo, mas no Mageia nem estão ativos. Deve ser página desatualizada. Neste momento, no Mageia, começar a digitar é o “atalho”, e a digitação já aparece no KRunner desde a primeira letra).

Não existe nada mais “direto” do que isso.

Mas se a pessoa conhece o “KDE System Settings” e se sentir meio perdido por lá, basta digitar “resolution”, “double click”, ou “double click” no campo de pesquisa.

Eu raramente preciso pesquisar no KDE System Settings ─ e para ser franco, nunca uso o KRunner, ainda que me depare diariamente com pequenas diferenças entre distros com KDE 5.21.4, ─ 5.21.3, ─ 5.20.5, ─ 5.20.4, ─ 5.18.5, ─ e até 5.14.5.

Usando a lógica, não enfrento dificuldades com isso.

O KRunner pode apresentar um número maior ou menor de resultados. ─ Eu desabilito Bookmarks, Desktop Search, PIM, Spellchecker. ─ Falta desabilitar Browser Tabs, Calculadora y otras cositas más.

É ótimo saber que existem mil possibilidades ─ mas prefiro habilitar só as que preciso, pois o excesso pode mais atrapalhar do que ajudar.

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Eles vão trocar isso na versão 5.22

Algo interessante falar também sobre o tópico é que existe outra forma de fazer isso também, que basicamente trocar o “Layout” para “Área de trabalho”(que eu me lembre é o padrão do plasma) que para de aparecer os ícones:


Com o Layout “Área de trabalho”:

Com o Layout “Visualização de pastas”:

Uso o plasma a mais de 1 ano, então, em geral, eu já tenho uma ideia de aonde as coisas estão, mas de fato existem algumas que não tão lógica/intuitiva (sla :sweat_smile:), um exemplo de fato era para trocar a forma de clique no Dolphin.

Aliás, queria falar que a conversa está show.

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  • Estamos meio fugindo do tema
  • A conversa está show
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Meu segundo monitor está guardado, por simples falta de um cabo e / ou de um conector para receber o cabo que tenho à mão. Por isso, ainda não tentei. Vou ficar devendo.

Esse é outro exemplo de coisa que aos poucos vamos aceitando como “natural” ─ chamar de “ideologia”, ou “filosofia” (no mau sentido) tudo que não gostamos ─ ao passo que a “nossa” preferência seria… Seria o que? Seria “o natural”?

  • Clique único é “ideologia”, “filosofia”
  • Não usar SystemD é “ideologia”, “filosofia”

… e assim por diante.

Em breve:

  • Usar comando, Terminal, é “ideologia”, “filosofia”. ─ O “normal” é não querer nada com isso.
  • Entender alguma coisa do Linux é “ideologia”, “filosofia”. ─ O “normal” é não entender, não querer entender, e “cancelar” quem entenda qualquer coisa. :smile:
  • Unix-like é “ideologia”, “filosofia”. O “normal” é ser Windows-like.

Na postagem citada (de outro tópico daqui do fórum) há uma estranha mistura ou confusão:

  • “O infame clique único não vai se tornar padrão” (ok, já é padrão)
  • “mas pelo menos terá uma página de acesso rápido”

A julgar por essas 2 frases, vai mudar, mas não vai mudar, mas quem quiser poderá mudar… Apenas no título, é mais claro: ─ “Não mudou mas o acesso a configuração está mais acessível”.

Existe lá um link para um terceiro tópico, votação sobre Clique Único versus Duplo Clique. A votação está encerrada, mas gostei da última opção: ─ “Não tenho preferência mas prefiro”… (que mude), com 10% dos votos. ─ Só senti falta de uma opção, tipo, “Não tenho preferência mas prefiro que não mude”.

Mas dizer “infame” soa como um passo a mais, além de apenas tachar de “ideologia”, “filosofia”. ─ Em breve quem discordar do Windows-like será internado em hospício, ou mandado para um gulag na Sibéria.

Será que foi para isso que todos nós aplaudimos “atrair o maior número de usuários do Windows”?

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Acredito que seja uma 3° opção kkk, querendo ou não fugimos do tema original que era: “Como não mostrar os ícones da área de trabalho quando o plasma está na visão geral”, agora estamos conversando como o plasma despõe as configurações e qual seria a melhor forma de pôr isso para o usuário na nossa visão, mas justamente é por isso que a conversa está show, pois estamos apenas mostrando nossas visões como usuário do KDE.

Querendo ou não a pessoa que usa algum software praticamente todo dia tem mais autoridade para falar sobre o aplicativo do que uma pessoa que acabou de baixar. Muitas vezes a pessoa espera algo do aplicativo que simplesmente não seja a filosofia do projeto, que ele seja mais simples, que seja mais complexo… A pessoa que usa todo santo dia o programa é justamente porque acredita que esteja mais perto do que ela acredita é que seja a forma correta de usar o programa, é isso entra um ponto muito importante que nada é perfeito e que tudo se transforma em busca do ideal.

Falando mais especificamente do KDE que estou bem próximo vejo a cada versão como eles estão tentando deixar o KDE melhor, mais simples, contudo, em simultâneo com a filosofia original que esperamos dele que seja personalizável para deixamos da forma que queremos.

Ou seja, o KDE apenas que atingir um nicho que ela acredita ser a forma correta de fazer um programa.

Isso também vale para o Gnome, se eles fazem os softwares de uma certa forma é porque eles acreditam que seja a forma correta.

Nem um deles estão errados, é apenas uma visão de milhares que podem existir.

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Verdade!

Agradeço ao @Capezotte por ter subdividido o tópico, trazendo para cá a conversa sobre organização do KDE, que era off topic lá.

Concordo inteiramente.

Não posso “afirmar” (porque não estudei isso), mas acho que o desenvolvimento do Gnome, e talvez Unity, tenha sido fundamental para o desenvolvimento da interface para os celulares atuais.

Não posso conceber, bilhões de pessoas usando celulares, se a interface tentasse oferecer tantas possibilidades de configurações de detalhes, como o KDE.

E se um percentual tão grande de usuários de PCs preferem Gnome (e até Unity), enquanto tantas outras preferem KDE ─ e tantos outros preferem Cinnamon, MATE, Xfce, LXDE, LXQt e várias outras DEs, ─ é porque existe muito espaço para todos os gostos.

Acho sem pé nem cabeça, quando vejo pessoas “defendendo” que “o Linux” tivesse uma DE unificada… para poder “competir com o Windows”. É uma ideia totalmente irreal, fora de órbita, e com forte cheiro de “autoritarismo” ─ que não consiste só em querer mandar nos outros, mas até mesmo na simples defesa de que outros assumam tal papel, cerceando a liberdade… “para o bem de todos” (supostamente).

Uma tal situação seria a cereja no topo do glacê, do “Windows-like” total e absoluto.

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Nossa imagina os tios iam ficar mais perdidos ainda nos celulares.

Isso me lembrou uma vez que minha vó queria ajuda com o celular dela, lembro de pensar que não tinha nada melhor do que ela para testar se uma interface era de fato “intuitiva”, tinha coisas que para mim simplesmente era obvias(não vou lembrar o que exatamente porque faz bastante tempo até), mas ela não vazia ideia de onde procurar, blz que ela é um caso mais extremo, mas não tira o fato de algo ser interessante de ver.

Lembro também que o celular dela atualizou e tirou os nomes dos aplicativos na tela inicial e ela achando ruim porque ficou mais difícil a identificação.

Isso contrapõem totalmente com a filosofia do software livre, nunca me passou pela minha cabeça de unificar as DEs, o diferencial é justamente esse.

Refleti um pouco sobre essa frase é cheguei a conclusão de nada kkk.

Ed.: Pensando bem sai um pouco do tópico vou deixar, mas agora só falo do tópico.

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35 anos de computador, CP/M, MS-DOS, WIndows, Linux, KDE etc. não me servem de nada, quando se trata de celular. Quando preciso fazer alguma coisa no celular, pergunto à minha filha que mora do outro lado do Brasil, e não sabe a diferença entre “disco” e “memória”.

Um grande amigo, inteligente, intelectual, leitor de Kant, Schoppenhauer etc., não consegue me ajudar, porque se perde nos “conceitos”. Usa celular mas não consegue explicar nada.

Comecei pelo “WindowsPhone 8”, que usei durante anos, até ficar “intuitivo” para mim. Tive ajuda, pois outra filha aproveitou uma promoção e comprou vários WP8, mandou de presente pra família toda. Uma “bolha” familiar de WP8, cercada de selvagens por todos os lados.

Aí, a M$ encerrou o suporte, os aplicativos foram parando de funcionar, fui obrigado a comprar um Android. ─ Tive de criar um tópico no meu perfil no Facebook, para os amigos me ajudarem nesse labirinto chamado “a metáfora” do Android. ─ Foi mais rápido, porque “todo mundo” tem um (mesma situação do Windows no PC), qualquer um pode lhe ajudar no básico, mesmo que não saiba ler nem escrever. Em poucos dias, Android ficou intuitivo desde quando eu era criancinha.

Isso é complicado.

Ninguém “sai do tópico” por usar 1 ou 2 palavras (“desorganizado”, “confuso”, “intuitivo”, “pesado”, “infame”), embora a repetição e multiplicação ao longo dos anos espalhe e universalize equívocos prejudiciais a inúmeros colegas e à comunidade como um todo.

Corrigir, quase sempre “foge do assunto” ─ o que favorece a persistência e a naturalização do erro.

Essa experiência sua com Android e o da minha vó acredito que esteja ainda no scopo do tópico isso pode nos ajudar entender se as configurações do KDE são bagunçadas de fato.

Pensando um pouco sobre o programa “configurações do sistema” existem algumas partes que quando olhamos a primeira vista pode parecer um pouco carregado, mas sera que isso quer dizer que ele “bagunçado”, acho que a partir daqui podemos pensar um pouco sobre o tema, podemos tirar algumas peguntas interessantes também, por exemplo: “ate que ponto podemos criar sub configurações no nosso programa?”.

Acho que nao está tão claro essa frase, então, vou criar exemplo: Vamos imaginas que queremos encontrar uma opção x, para encontrarmos essa opção x precisamos entrar nas opções, mas não apenas isso, precisamos entrar em outra opção, que precisamos entrar em outra opção…

Então, quando pensamos nisso será que criar vários sub configurações e uma boa ideia? Ou melhor até que ponto criar sub configurações é uma boa ideia?

Bem estou falando isso apenas para tentamos encontrar uma melhor forma de colocarmos as configurações para os usuários.

Precisamos sempre considerar a filosofia do KDE, pois isso é fundamental.

Acho que uma boa forma de juntar personalização e simplicidade é o novo monitor do sistema do KDE que junta bem as duas coisas. Ele é um bom exemplo das novas mudanças que o plasma anda sofrendo nas novas versões.

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O “modo de exibição” padrão do KDE System Settings é agora o “Sidebar View” (já faz alguns anos), que muitos usuários saudaram com entusiasmo.

Em vários casos, ele já tem 2 “camadas”:

Quando foi lançado o “Sidebar View”, ele pesava muito no meu velho PC, por isso continuei usando o “Icons View”. ─ No novo PC, não faz diferença, mas continuo preferindo o que me parece mais simples e compacto, pois exige menos espaço na tela, e de qualquer modo é muito mais fácil e rápido verificar as sub-seções de cada item:

Alguns módulos, como o de Audio, ainda não foram “modernizados”, por isso ainda é necessário entrar nele, para ver as sub-seções em 3 “abas”. ─ De qualquer modo, tenho feito ajustes tão frequentes na seção de Audio (sempre anotando, para igualar diversas distros, com diferentes versões do KDE), que já sei mais ou menos o que existe ali. ─ E digo “mais ou menos”, porque há muitas diferenças, desde o KDE 5.14.5 até o 5.21.4.

Além disso, também há diferenças de implementação ─ em especial, no Void e no Arch, onde o KDE foi “montado” por mim mesmo, peça por peça. ─ O mesmo também aconteceu nas minhas primeiras tentativas de instalar o KDE no Mint e no LMDE, quando eu ainda não sabia direito quais módulos precisaria instalar, para deixar o KDE com as opções que eu queria, e sem as opções que eu não queria.

Em geral, eu desativo bloqueio de tela, pois prefiro apenas apagar, para economizar energia e desgaste. Esta opção estava ausente, quando instalei o KDE no LMDE, e acabei descobrindo que faltava o pacote powerdevil.

Em outra instalação, faltava instalar kde-config-sddm para o System Settings oferecer o módulo de configuração do SDDM.

Para criar Atalhos Personalizados (para usar o gnome-screenshot), já tive de instalar o pacote khotkeys. Só então, esse módulo apareceu no System Settings.

Sempre desabilito a Carteira de Senhas, que em geral já vem instalado e habilitado por padrão. Mas no Void, faltava esse módulo, para poder desabilitar. Acabei descobrindo que era o pacote kwalletmanager.

Em resumo, me acostumei a encarar o “Configurações do Sistema” (KDE System Settings) como algo:

  • Modular
  • Em progresso constante
  • Com módulos em diferentes fases de progresso

O mesmo se aplica a outros aplicativos do KDE ─ como o Dolphin, só para citar um exemplo. Em diferentes distros, em 2018, a pré-visualização de alguns tipos de arquivos dependia de alguns plugins, e até de outros aplicativos (Marble, Calligra):

Basics  kio-extras
-       kdesdk-thumbnailers
Exif    libkf5baloowidgets-bin
XCF     kimageformat-plugins / kimageformats
PDF     kdegraphics-thumbnailers
Video   ffmpegthumbs
KML     Marble
Office  Calligra
Mobi    kdegraphics-mobipocket
ePub    kde-thumbnailer-epub

… enquanto em outras distros (p.ex.: openSUSE) alguns desses plugins ou aplicativos não eram necessários ─ e em algumas (Mageia) alguns deles não existiam. ─ Afora isso, alguns tinham nomes diferentes em .deb e em .rpm

Em tempos recentes, a pré-visualização de arquivos TIFF (assim como sua visualização no Gwenview) passou a exigir um outro plugin ─ e fui descobrir isso no fórum do MX Linux (que usa um KDE antigo, 5.14.5).

O Menu de Contexto do Dolphin também depende de vários aplicativos + plugins, dependendo do que você desejar. ─ Já foi muito fácil incluir Actions > Convert > PNG to JPEG (por exemplo). Bastava instalar ImageMagick + um plugin. ─ Ultimamente, não estou conseguindo! Vou ter de pesquisar até encontrar o novo nome de algum novo plugin… ou então, descobrir que “estamos em falta no momento”. Sim, isso também acontece. Várias funcionalidades do KDE 4 desapareceram no lançamento do KDE 5 (e várias voltaram a existir, mais tarde, em diferentes momentos).

Talvez tudo isso pareça uma enorme “bagunça”, ou uma “falta de rumo”, para muitos usuários mais novos do Linux e do KDE ─ e em especial, para os que ainda estão saltando de um ambiente para outro, e são rápidos em julgar e sentenciar.

Pessoalmente, quanto mais percebo essas coisas ─ consequência de instalar KDE “peça por peça” em várias distros, e de conviver com várias versões do KDE em distros mais atuais ou mais “estáveis” ─ mais me sinto “bem atendido” pelo KDE, “tal como ele é”.

E por “tal como ele é”, não me refiro a nada de “estático”, mas ao próprio modo como ele se organiza para evoluir o tempo todo, sem parar ─ inclusive mudando o modo como se organiza, quando necessário.

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Concordo fica mais fácil racionar cada coisa, mas acredito que já está um pouco de lado já que não colocaram nem essa opção:

Apesar de ser uma opção bem simples é interessante ter elas em alguns casos.

Realmente, o KDE anda se polindo a cada versão. Isso é legal porque da para ver que eles realmente se importa com a comunidade solidaria dela.

Poise, parece que você sempre baixa algum aplicativo do KDE surge uma nova função em outro lugar, acho interessante essas integrações.

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Pra esse caso vc pode usar no modo mais clássico, como no janelas… por sinal é como uso:

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É o que eu prefiro também.

O que o @IgorM observou, é que no modo “clássico” (Icons View) não existe aquela opção de destacar (highlight) as configurações alteradas pelo usuário ─ o que ajudaria a desfazê-las, se algo não der certo.

Achei muito interessante, pois eu não tinha notado a existência dessa nova opção no “Sidebar View Mode”.

Eu faço sempre as mesmas alterações, várias vezes por ano (ao instalar novas distros) e tenho esse roteiro anotado em detalhes, por isso, essa novidade não me faz tanta falta ─ mas pode ser muito útil para quem explora o KDE pela primeira vez.

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