Uma Situação Inusitada na Loja: A Surpreendente Falta de Habilidade com Tecnologia

Oi, pessoal!

Hoje tive uma experiência na loja que me deixou surpreso e pensativo. Trabalho em uma loja que faz manutenção e vende acessórios para celulares. Pela tarde, uma menina, que parecia ter entre 15 e 16 anos, chegou com um grupo de amigos. Até aí, tudo normal. Ela estava visivelmente nervosa e me perguntou se eu sabia rastrear um iPhone, já que o celular dela tinha sido roubado.

Pensei comigo: “Rastrear um iPhone é algo tão simples que qualquer pessoa consegue descobrir com uma pesquisa rápida.” Mas como ela estava preocupada, resolvi ajudar. Perguntei se ela tinha o iCloud, e ela respondeu que sim. Então, abri o site no meu notebook e pedi para ela colocar o e-mail e a senha.

Foi nesse momento que a coisa ficou estranha. A menina não sabia usar o notebook para algo tão básico. Ela demorava quase um minuto para achar cada letra no teclado. Uma das amigas dela, que parecia saber um pouco mais, tentou ajudar, mas também teve dificuldades. Ela começou a digitar o e-mail, mas não conseguiu completá-lo porque não sabia como colocar o “@” e, quando foi tentar colocar a senha, disse que não conseguia, pois não havia clicado no campo correto.

Resolvi ajudar e cliquei no campo da senha, mas a dificuldade continuou, especialmente porque a senha tinha um “!” e elas não sabiam como digitar esse caractere.

Percebendo que elas não conseguiriam fazer isso sozinhas, decidi logar eu mesmo. Infelizmente, não foi possível rastrear o celular porque ele estava desconectado. Quando eu disse isso, a menina ficou preocupada e mencionou que quem pegou o celular dela teria acesso fácil, pois a senha era muito simples. Perguntei qual era a senha, e ela respondeu: “123456”.

No final, a menina foi embora sem conseguir rastrear o celular, e eu fiquei pensando: como alguém coloca uma senha tão óbvia como “123456”? E, mais ainda, fiquei impressionado com a dificuldade que tiveram para fazer algo tão simples como digitar um e-mail e uma senha em um site.

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Senha “123456” é mesmo uma estupidez; mas as dificuldades que a menina teve são de alguém acostumado a escrever pelo teclado do celular e a posicionar cursor tocando na tela. Provavelmente é alguém que não usa computador, desktop ou notebook.

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Usar a senha “123456” é praticamente o mesmo que não ter senha nenhuma.

Como você mencionou, isso pode ser devido ao costume de usar o celular para tudo, mas na minha cabeça, isso é o básico. Qualquer pessoa deveria imaginar que, para colocar a senha, é preciso clicar no campo onde está escrito “colocar a senha”.

Outra coisa que percebi, mas esqueci de mencionar no post, foi que elas tiveram muita dificuldade com o fato das letras do teclado estarem em “maiúsculas” e não tinha as letras minúsculas. Isso, obviamente, é um efeito colateral do uso do celular.

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Aqui está a versão revisada:

Bem, usar “123456” como senha em contextos euro-asiáticos é um claro sinal de falta de conhecimento e um desleixo típico da juventude. Pessoalmente, eu costumo criar senhas em outros idiomas para aumentar a segurança; por exemplo, em tupi, “0123” pode ser traduzido como “putimaã-yepé-munkui-mussapiri”.

Mas voltando à questão dos jovens, essa falta de cuidado é comum. Recentemente, realizei uma pesquisa com 100 alunos de uma faculdade, perguntando o que eles sabiam sobre IA. Apenas 10 pessoas conseguiram responder, das quais 5 eram de cursos de tecnologia e as outras 5 tinham contato com alguém da área de TI. Isso revela uma realidade preocupante: a quantidade de usuários que realmente entendem o que estão fazendo em comparação com os que não entendem é ridiculamente baixa. É uma situação desanimadora, especialmente para aqueles que têm um conhecimento mais avançado.

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Não consigo entender como, com toda a quantidade de informação disponível hoje em dia, como posts e vídeos no YouTube, os mais jovens ainda não sabem o básico. Outra coisa que percebi é que eles costumam não ler as informações que estão na tela. Além disso, notei que a mente deles parece travar quando enfrentam um problema. Por exemplo, quando a menina começou a digitar a senha e nada apareceu no campo, ela simplesmente travou e disse que não estava funcionando. Não passou pela cabeça dela que precisava clicar no campo de senha antes de começar a digitar.

Li uma matéria esses dias (n lembro bem o site) mas era um artigo falando sobre o quão tecnologicamente “burros” são os jovens apesar de estarem rodeado dela (tecnologia). Eu realmente não fico surpreso com esse tipo de relato.

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Não vou dizer que os jovens de hoje sejam “burros”, ou mais burros que os de gerações anteriores. Eles só me parecem condicionados demais pelas interfaces de celulares e pensadas para celulares.

Sou antigo o suficiente para ter aturado todo tipo de acusação de que a juventude crescida vendo muita TV seria “bitolada”, porque TV “prejudicaria o pensar” e “favoreceria a preguiça”…

De todo modo, concordo que, para o bem de sua formação, devam diversificar suas experiências e habilidades.

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Já aconteceu de uma aluna( tida como boa aluna, inclusive) me perguntar meio constrangida:" O que é windows?"Na cabeça dela, hardware e software era uma coisa só. Essa mesma aluna me perguntou as horas eu apontei um relógio de parede de ponteiros pra e a e ela disse que não sabia ver nesses relógios.

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Entendo a equivalência que você faz, mas há um fator diferente nessa “equação”.

A geração que você menciona era curiosa, pensava, se virava em muitas coisas… e, isso, sem ter internet para ajudar.

Muitos da geração atual, nem pensar pensam, e desconhecem a curiosidade. E quanto menos curiosa é uma geração, mais “burra” se torna.

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Não saber aferir a hora num relógio de ponteiros é deficiência na formação escolar, porque meu filho teve isso na escola, tal qual numerais romanos e outros “padrões antigos”.

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Não sei dizer se você está certo. Meu filho é de geração digital e é curioso toda vida. Como pré-adolescente urbano dos dias de hoje, ele usa muito o celular e curte Tik Tok. Mas também joga bola no quintal e se interessa naturalmente por Ciência, História e Geografia (puxou o pai…). Gosta de canais no YouTube que incitam a curiosidade e a imaginação, como o Manual do Mundo.

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Por isso, disse muitos. Não posso dizer se é a maioria ou não, mas dá para perceber ou sentir esse aumento de “falta de inteligência”.

Isso pode ser consequência da deficiência no ensino nas escolas, especialmente nas públicas. No entanto, também percebo que os jovens aqui na minha cidade estão cada vez mais viciados em “dancinhas no TikTok” e não prestam muita atenção nas aulas. Converso com algumas professoras que dizem que os alunos estão tão viciados no celular que têm dificuldade em se concentrar durante as aulas.

Pode ser que seu filho seja uma exceção. Aqui na minha cidade, não se vê mais crianças e adolescentes brincando na rua. A quadra e o campo, que antes viviam cheios, hoje estão praticamente abandonados. Como trabalho consertando celulares, vejo o que eles estão fazendo: enchendo os celulares de jogos e se viciando cada vez mais. Já presenciei casos de adolescentes chorando quando informei que o celular deles não iria mais funcionar.

Eu não diria que é um problema de “falta de inteligência”, mas sim uma falta de interesse em aprender coisas que consideram “chatas” (conhecimentos úteis). Se for algo relacionado a um joguinho ou a uma rede social, não há ninguém melhor do que os jovens para lidar com isso.

Por causa do meu trabalho, acabo lidando muito com os jovens, e a cada dia fico mais surpreso com o aumento na procura para realizar tarefas simples, como fazer um currículo, criar capas para trabalhos escolares, responder e-mails, entre outras coisas. São atividades que, claramente, eles poderiam aprender com uma simples pesquisa na internet. Hoje em dia, é muito fácil encontrar conteúdo que ensina como fazer quase tudo.

Mas, mesmo com acesso a toda essa informação, os jovens passam horas assistindo pessoas jogando, dançando, e outras coisas do tipo. No entanto, não param nem por um segundo para tentar descobrir como resolver problemas.

Há pesquisas que demonstram que o nível de Q.I caiu nas gerações mais novas.

Foi exatamente isso o que disse. A falta de interesse (curiosidade) gera a falta de inteligência.

Testes de QI não medem inteligência

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Lembro-me aqui dos cinquentões de minha adolescência se queixando de que as novas gerações só queriam saber de TV e jogos eletrônicos em vez se pendurar em árvores, jogar pelada com bola de meia, fazer e empinar pipas etc.

Todas essas atividades têm adeptos até hoje. Não fui adepto de nenhuma. Não me tornei um burrão preguiçoso inútil.

O que vejo, hoje, é que muitos jovens são “cognitivamente alfabetizados” num outro padrão e não se familiarizam com padrões diferentes por deficiências em sua educação formal.

Posso estar errado, naturalmente. Muito errado. Mas acho que me cabe fazer contrapontos, porque vejo e ouço há décadas as previsões do “Apocalipse geracional”.

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Bem, juntou duas coisas: Nervosismo com a situação e Falta de treinamento no uso de computadores.

As pessoas com mais idade conheceram o celular depois do desktop, e a gente foi aprendendo a usar o celular conforme eles foram mudando de interface. Quando o Android chegou, foi uma revolução no modo de funcionamento. A vantagem é que estava todo mundo aprendendo ao mesmo tempo, então era uma questão cotidiana os percalços de aprendizagem.

Os jovens agora não tem essas questões cotidianas no uso do computador, pois aprenderam a usar a internet nos celulares. Gera essa lacuna de aprendizado, pois o celular não substitui completamente o computador. É uma dificuldade semelhante a quem não usava celular e de repente ganha um tablet do filho.

O ideal é que esse aprendizado seja ensinado nas escolas, afinal a escola serve de preparação para o mundo adulto e, atualmente, como formação para o mercado de trabalho. Não conhecemos a menina para saber se ela teve contato com o computador na escola (ou mesmo tem um em casa) e decidiu deliberadamente que não queria aprender, ou se efetivamente era um dos primeiros contatos com computadores. Uma análise mais ampla deve ser realizada para verificar se o jovem está recebendo a formação adequada para uma vida adulta.

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Isso é culpa “salvar senha?” do Google Passwords e derivados destruindo a sociedade :laughing:

Eu iria mais longe: como que eles não sabe o básico de lógica e programação? Como que, com tantos apps disponíveis como Duolingo, não procuram aprender um novo idioma? Ou, como que com toda literatura do planeta disponível, ainda continuam usando a Wikipedia?

É irônico que as gerações com maior acesso ao conhecimento na história sejam as mais indiferentes a sacrificar seu tempo a aprender.

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Basicamente muitos jovens de hoje em dia tem a equivalência tecnológica de muitas pessoas de 60+ kkkkkk

Só que por motivos diferentes: os mais velhos não tinham acesso a tecnologias, os mais jovens não tiveram necessidade de aprendê-las.

Convenhamos, um celular hj em dia faz quase tudo sozinho. A pessoa vai fazer login uma vez num Google ou Facebook da vida e vai usar esse login em quase todas as plataformas, sem necessidade de ficar botando email e senha novamente.

Mas claro que isso denota um analfabetismo funcional tecnológico muito grande, que era para estar sendo explorado nas escolas. Parece que a sociedade acha que só colocar o celular nas mãos de qualquer criança ou adolescente já será suficiente para estimular a curiosidade e, magicamente, essa criança se tornará autodidata. Não é bem assim que a banda toca. Há pessoas que tem afinidade com tecnologia e vão procurar conhecimento por conta própria (o que eu acredito ser o perfil da maioria aqui do fórum). Mas a maioria das pessoas passam longe desse perfil. Paciência.

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