O Debian é uma das distros Linux mais conhecidas e conceituadas. Mas talvez não seja a melhor escolha para quem está começando a utilizar Linux pela primeira vez. Entenda o motivo!
“Debian seria como dar um carro para uma pessoa dirigir em vias públicas, mas que ela nunca tenha dirigido um carro ainda.”
Concordo com a matéria. Minha opinião entre “iniciante”, “básico”, “intermediário”, avançado, etc… é o nível de conhecimento da pessoa.
- Iniciante = Começou agora e está aprendendo a gerenciar uma ferramenta (programa);
- Básico = Conhece e sabe gerenciar (usar) as ferramentas de um sistema já funcional e que supra suas necessidades, pessoais e/ou profissionais (a grande maioria das pessoas);
- Intermediário = Conhece e sabe gerenciar além de suas necessidades pessoais e profissionais, aquele que sabe como pedir ajuda e/ou estuda novas ferramentas para corrigir problemas;
- Avançado = Seria o intermediário com mais tempo de estudos, aprendizado, conhece mais dados e ferramentas menos conhecidas entre as pessoas dos níveis anteriores e que estuda novas ferramentas pedindo menos ajuda as pessoas;
E tem mais níveis além do “avançado”, a pessoa pode chegar ao nível que ela não precisa de ajuda (nem da internet) e consegue resolver qualquer problema sozinha.
Uma Distro Linux (Sistema Operacional) é um conjunto de ferramentas (programas).
Distros básicas eu opino que são aquelas onde as ferramentas são praticamente quase todas automáticas e que atenda as necessidades pessoais e profissionais sem precisar de intervenção. Já uma distro mais intermediária, algumas ferramentas são mais “manuais”, digamos assim, no qual o usuário terá de aprender e adquirir um pouco mais de conhecimento sobre ela, que vai além do uso pessoal e profissional.
O Debian exige que o usuário conheça mais sobre as ferramentas além do usuário básico, tornando-a uma Distro menos indicada para as pessoas que precisam do computador para trabalhar e se divertir.
Comparando com o Gentoo (nível avançado), esse Sistema Operacional o usuário precisa saber, conhecer e gerenciar um número muito maior de ferramentas (programas) pouco conhecidas a fim de usar o Sistema Operacional. Por esse motivo ser uma Distro avançada.
Comparando com veículos, no caso do Gentoo ele seria um avião comercial. O que aconteceria se dermos um avião para uma pessoa pilotar mas, que ela apenas saiba dirigir um carro (nível básico)?
o debian já foi muito pior. não tinha interface gráfica para instalar e o X11 tinha de ser configurado na mão, incluindo o mouse. hoje é mamão com açúcar. rsrsrsrs Mas tem muitas recompilações com drivers proprietários, flatpak etc e tal, como o spiralinux.
Se for ver mesmo, nenhuma das distros “raiz” são fáceis de instalar, tipo Fedora, Opensuse(Slackware nem se fala), Arch. Seguindo um tutorial passo a passo até dá .
mas em compensação, você aprende a usar o bicho. ô se aprende. kkkkk
Alguns motivos que me fariam não recomendar o Debian para novatos:
- Não tem sudo pré-instalado como a maioria das distros;
- Não tem gestor gráfico pra instalação de drivers (mesmo problema com o Mint LMDE);
- É mais datado que o Ubuntu;
- Pode ser problemático pra quem tem máquinas recentes devido ao kernel mais antigo;
- É mais indicado pra uso em servidores que desktops ao meu ver (opinião pessoal devido aos presets);
- Instalador não é dos melhores em simplicidade;
- É uma distro-mãe e como distro-mãe é barebones, “cru” no sentido de não ter facilitadores, não tem foco algum no usuário novo, assim como próprio Arch, Fedora, openSUSE, RHEL, Mageia, Gentoo e Slackware;
- Não tem tantos pacotes úteis como o Ubuntu e até Arch, muito pacote antigo e defasado fazendo número e pouca coisa útil, ainda mais de cunho proprietário;
- Traz as DEs “cruas” no sentido de serem sem nenhuma customização ou diferencial, comum em distros-mãe — tem quem goste ou desgoste;
- Não tem uma loja própria, dependendo da versão, vai ter que usar a GNOME Software, Terminal ou Synaptic pra instalar os programas. Não é algo tão na cara.
Eu lembro que quando usei tive problemas pra abrir certas imagens e vídeos, devido a falta de codecs básicos, B.O. similar sofri no Fedora. Sem contar os problemas com fontes e os thumbnails de imagens e vídeos não sendo geradas. Precisa de muito tinkering pra deixar o Debian “pronto” pra uso e nem chega próximo do Linux Mint, do Manjaro, do Pop OS em facilidades. Essas distros meio que já trazem tudo pra que o usuários sequer precise do terminal.
Ótimo resumo, @Lukz
Eu ainda estava começando a “aprender”, quando o Kurumin foi descontinuado, e mudei para o Kubuntu em 2009, para não ter de aprender tudo de novo, do zero.
Ao mesmo tempo, reservei outra partição para experimentar o Debian e o Mint (alternadamente), em dualboot – ou “three-boot”, porque eu ainda tinha Windows.
Consegui “dominar” e usar cada vez mais o Kubuntu – até sentir confiança de poder realizar todas as minhas atividades com ele, e finalmente deletar o Windows, em 2016 – mas continuei tendo dificuldades com o Debian KDE, pelo menos até 2018 ou 2019 (quando já estava experimentando também Manjaro, openSUSE, Mageia etc., agora em multiboot).
(Eu poderia ter me acostumado rapidamente, também, com o Mint KDE – mas insisti muito tempo com Xfce, MATE e principalmente Cinnamon – o que foi bom, para conhecer esses DEs e me convencer, definitivamente, de que prefiro o KDE. – Mas aí, não se tratava de “dificuldades”. Era só questão de me sentir mais à vontade com o KDE. O Mint sempre foi mais “amigável” do que o Kubuntu, para um iniciante como eu).
O Fedora também me deu trabalho. Instalei várias vezes, desde 2017, mas só consegui “me entender com ele” em 2019 – assim como também demorei a me entender com o openSUSE, com o Mageia etc.
Não era só questão de Codecs (embora isso fosse o pior). – O antigo instalador do Debian era osso, para um iniciante como eu era! – A documentação era chata bagaray, ao contrário dos Buntus, que já vinha com tudo resolvido “de fábrica”, e quando faltava alguma coisa (aconteceu raras vezes!), o Google sempre encontrava uma “solução em 2 ou 3 cliques”. – Para o Debian, o Google só encontrava solução “nerd”, cheia de coisas incompreensíveis. Até o fórum, era tão hostil, que saí correndo e mantive distância até hoje. Nem lembro mais como era. Bani da minha lembrança.
(Dizem que a turma do Arch é arrogante etc., mas pelo menos, quando dizem RTFM, você pode ter certeza de que o f#cking Manual é útil. – Se você ler com atenção, consegue entender. O Arch Wiki tem me ajudado em todas as outras distros, desde muito antes de experimentar Manjaro ou Arch pela primeira vez. – A verdade é que a documentação do Debian se perde num labirinto de inúmeras versões, ao passo que o Arch só tem 1 versão, e sua Wiki é uma só, e muito bem cuidada).
No fundo, o Kubuntu me deixou muito mal-acostumado. – Já vinha “pronto para usar” – tinha solução fácil de encontrar, para os raros problemas que enfrentei.
Começar com 3 ou 4 distros muito “semelhantes” – Kubuntu, Debian, Mint, KDE Neon – também me “des-preparou” para lidar com coisas diferentes daquele feijão-com-arroz, com que me acostumei logo no começo.
Essa moleza do mundo Kubuntu / Mint / KDE Neon foi uma barreira para eu entender que openSUSE, Fedora, Mageia etc. são coisas diferentes – assim como o novato que vem do Windows “estranha” tudo, ao entrar “no Linux”. – Demora a “entender” que “não é a mesma coisa”, e portanto, não basta “tentar as mesmas coisas”, nem “procurar coisas iguais”.
Só que, no caso do Fedora, Mageia, openSUSE etc., havia “1 chave” para resolver o principal: – Habilitar repositório X ou Y, instalar os Codecs etc. – e acabei me sentindo à vontade com eles… antes de conseguir me sentir à vontade com o Debian (apesar de vir tentando desde 2009, ao mesmo tempo que com o Kubuntu e o Mint).
E isso, porque nunca usei placa de vídeo separada (muito menos, Nvidia). – Desde +/-2003, vi nos fóruns que isso era uma das maiores fontes de dificuldades “no Linux”, e tratei de usar só CPU Intel sobre placa-mãe Asus com iGPU Intel.
Mas alguma coisa, nunca ficava 100% resolvida, no Debian. – Foi a única distro que instalei e tornei a instalar, várias vezes, ano após ano (pesquisando e tornando a pesquisar no Google).
Encontrar uma imagem ISO “non-free”, no labirinto do site do Debian, era um parto. – Quando resolvi mudar para Debian Testing, achei mais fácil baixar uma ISO “stable” com “non-free”, instalar, e imediatamente transformar em “testing” – do que tentar encontrar uma ISO “testing” com “non-free”.
Transformar em “testing” também exigiu dias e dias, procurando uma orientação simples e clara, no labirinto do site do Debian – porque uma página ensinava de um jeito, mas outra página ensinava outra coisa diferente. – E tudo “picotado”, um pedaço de informação numa página, outro pedaço de informação em outra página… e de repente, caía em uma página que dizia outra coisa!
Acabei pegando vários pedaços de informações, de várias páginas contraditórias, tentei fazer um resumo “não-enrolado”. – Deu certo! (2016) – mas todo dia descubro que fiz alguma coisa “não-muito-certa”, e até hoje, depois de quase 8 anos usando “Debian testing”, não sinto a menor firmeza do que fiz ou do que deveria ter feito – embora já tenha vários anos que se tornou uma de minhas distros mais “usáveis”.
O Fedora me “deu trabalho”, mas foi só 1 vez. – Uma vez descoberta “a chave do problema”, nunca mais tive de perder tempo – e nunca me senti “mergulhado em dúvidas”.
Mageia, a mesma coisa. – Uma vez “descoberta a chave”, nunca mais deu trabalho, nem dúvidas.
É por isso que – em resumo – acho mais honesto sugerir o Linux Mint para um iniciante.
Pena que não existe mais Mint KDE.
5 postagens foram divididas em um novo tópico: Gravação de Pendrive “bootável” e / ou configuração de prioridade de boot em UEFI Bios
Uso o Debian com KDE desde 2018.
Entre todas a s distros que já usei, ele é o único que realmente funciona.
Desde o Debian 12 não há mais necessidade de repositórios non-free.
É estável, leve e funcional.
Uso para desenvolvimento de software em conjunto com banco de dados.
Tudo funciona.
Em outra máquina, sempre testo outras distros (mania de SDA) e posso assegurar: a única que funciona a 100% para tudo e o Debian.
Se o usuário iniciante desistir e trocar de distro a cada dificuldade encontrada, ele provavelmente nunca aprenderá de fato a usar nenhuma delas — salvo em alguns casos específicos. Há um consenso amplamente difundido na Internet de que distribuições como os Ubuntus, o Mint e algumas outras são mais simples e adequadas para iniciantes. Concordo com essa visão e acredito que seria sensato e prudente que novatos começassem por essas distros. Ao explorá-las e dedicar-se a compreender o básico de seu uso e configuração, bem como a resolver problemas, eles desenvolverão a confiança e as habilidades necessárias para avançar no mundo Linux.
Hoje acho que distro precisa passar no LTT teste, sendo um dos pontos mais importantes para recomendação a iniciantes…
Aqui você citou algo que eu sempre leio por ai e que eu sempre acho muito estranho. Qual a definição de uma “distro crua” ?
Pegando como exemplo a distro que eu uso, o OpenSUSE Tumbleweed. Ele é considerado uma distro não tão amigável, crua, mas eu não consigo entender o motivo. O repositório padrão é bastante completo (exceto o google chrome e o Vivaldi, não lembro de nenhum programa que eu tenha adicionado um repo novo para instalar).
Possui uma interface gráfica bastante prática para gerenciamento e instalação tanto de programas (tudo bem que não é tão visual quanto um google play ou um snap store, mas não tem nada de difícil) quanto de drivers (creio que seja a única vez que usei o YaST). A única diferença prática que eu notei foi, se eu usasse a interface gráfica no YaST, a lista de programas apareceria em lista e não em ícones.
Falando em YaST, mesmo eu praticamente nunca usando ele (como citei, usei apenas para instalar drivers, já que todo o resto eu faço pelo menu de configuração do XFCE), ele fornece uma interface gráfica padronizada para gerenciar quase tudo do sistema (ou seja, se procurar ajuda na internet, se falar do YaST, vai achar uma forma padrão de fazer a operação, quase tão padrão quanto se usasse o terminal).
Independente se escolher a versão gnome, KDE ou XFCE, todas se integram muito bem e não necessitam de configurações extras.
Assim, alguém saberia me definir o que seria uma “distribuição crua” ? Porque, o openSUSE é considerado cru mas, o Tumbleweed que uso, exceto pelos navegadores estrelinha (Chrome e Vivaldi), nunca me deu trabalho extra além do que eu teria em um Mint ou Ubuntu.
Cru pra mim eram os Linux na década de 90, quando quase nem documentação existia.
Para mim, Uma Distro “crua” é aquela onde tem mais trabalho no pós instalação. O Arch é um excelente exemplo disso: Mesmo que você instale ele pelo archinstall
, no pós instalação tem bastante coisa a fazer.
Então, nesse caso, uma distro pode ser crua pra mim e não pra você.
É exatamente por este motivo que eu levantei a questão! Creio que seja quase consenso geral que distros como Arch e Gentoo possam ser consideradas “cruas”, já que, por base, não apresentam nada e tudo tem que ser feito manualmente. Claro que, se formos pegar as distros da década de 90 era muito pior, mas, em relação às distros que temos hoje…
Porém, nos casos menos extremos, qual a linha que separa o “cru” do “pronto” ? Essa é umda definição tão subjetiva assim, a ponto de ser pessoal ? Porque, se formos falar de distros para iniciantes, sugerir distros “cruas” não parece ser uma boa ideia, exceto nos casos onde o objetivo da pessoa seja aprender.
Uma ótima forma que vejo para um iniciante aprender é instalar umas dessas distros para iniciantes. Ir fuçando e aprendendo “tudo” sobre ela e instalar outras distros, inclusive as mais hard, em VM para ampliar o conhecimento e fazer testes. Acho que eu faria dessa forma.
Na verdade, já faço isso, sempre instalo distros diferentes em VM. Me divirto fazendo isso. E sempre tenho minha distro preferida intacta para poder trabalhar.
Para mim é: Você instalou a distro e dá pra sair usando ela sem fazer configurações na maioria dos casos? Então ela é “pronta”. O Mint é assim e o Crystal Linux também é assim.
Já o Debian e o Arch não são assim. Por exemplo: Os dois não vem com os Codecs pré-instalados, com você tendo que instalar depois.
Porém, tem distros que são um caso estranho. Como o Ubuntu. A depender do que você selecionar no Instalador, ele pode ser “Cru” e “Pronto” ao mesmo tempo.
-
Se você seleciona a “Instalação Padrão”, o Ubuntu é bem cru. Tão tanto quanto um Arch e um Debian, mas mesmo assim é bem cru. Quando essa era a “Instalação Mínima” e eu instalei o Ubuntu 23.10 dessa maneira, sequer tinha um tocador de vídeo e de música.
-
Por outro lado, se você seleciona a “Instalação Completa” e os Codecs e Drivers de Terceiros já na Instalação, o Ubuntu é mais “pronto pra usar”. Não tanto quanto um Mint, mas mesmo assim ele é mais “pronto pra usar”.
Só uma observação, vejo bastante gente falando que o Debian não vem com sudo por padrão mas vem sim, basta não colocar senha pro root. Se colocar senha pro root aí ele não coloca teu user no grupo sudo.
Qualquer indivíduo do planeta é incapaz de ter todo o conhecimento que está disperso na sociedade, logo que o usuário independente de seu nível não pede ajuda ele nunca vai conseguir ser um usuário quase perfeito, ou seja mesmo que o cara conheça muita coisa ele ainda sempre vai estar em falta conhecimento. É impossível um usuário ter todo o conhecimento disperso na sociedade, isso só não existe.