Por que jogos de celular são tão ruins?

Com todo o avanço que os celulares tiveram, parece que a indústria dos jogos não acompanhou. Por que não temos grandes títulos, mas principalmente, por que os jogos de celular são tão ruins e parecem piorar com o tempo?

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Jogar no celular é uma péssima experiência. Experiência ruim = produto péssimo!

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Ah man, não acho era promissor no início nos primeiros Angry Birds, Zombie Tsunami…

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Cai na pergunta: Games, arte ou negócio?

Pois se encararmos como arte, então haveria um vontade da equipe para desenvolver algo bem bonito, o melhor possível, sem se preocupar tanto com acertar na loteria da viralização.

Se encaramos como negócio, então a equipe só precisa reunir o mínimo de esforço para que o projeto se torne viável economicamente.

Obviamente as pessoas estão inseridas no mundo onde se paga para viver, então fica difícil encontrar pessoas (ou um grupo) que consiga se sustentar de alguma outra forma e façam uma obra de arte pelo prazer de fazer o melhor.

Fica claro que a baixa qualidade de jogos de celular (além de jogos de PC que são lançados incompletos) evidencia que os games se tornaram negócio. Pior ainda, um negócio que mais se assemelha à venda de drogas (que depende do vício para as microtransações) do que de um restaurante que vende comida saudável para ser apreciada pelos seus clientes.

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:wave:t2:

Uhm…

Me lembro quando eu comecei a jogar o Sonic no meu Sony Ericsson Xperia Play, Android 2. Foi uma experiência muito fluida e boa. Depois quando eu passei a usar o Sony Xperia Z3 eu deixei de jogar no smartphone devido outros games como Trackmania 2 Stadium, Ace Online, ATS, ETS2, Tomb Raider, no PC… Mas quando eu tive de abrir mão de meu PC e outras coisas, eu adquiri em trocas um tablet, o meu computador e sistema operacional principal, Samsung Galaxy Tab S5e com Android 11. Pensei em jogar o Sonic novamente e me impressionei com várias novidades que tinha… Voltei a jogar, quando me deparo com este procedimento de tempos de espera “infinitos” ou “pague para avançar”… Fiquei decepcionado…

Usei o Sonic como exemplo, mas teve outros games que seguiram a mesma ideologia.

Tem um jogo do Android que gosto muito e ele tem um equilíbrio entre “pagar para jogar”, “assistir anúncios se quisermos para ter vantagens” e “jogar free”, chama-se SimCity Buildit da EA. Esse jogo conseguimos jogar 100% free, ele é multiplayer, tem sistemas de clans, guerra entre cidades, desastres programados pelo cientista, tem centenas de missões e diferentes eventos todos os dias, semanas, meses, e uma série de outras features. Mas ele é um dos poucos que eu acho ser bem feito para o Android.

Mas essa ideologia segue em vários outros aplicativos sem ser somente games.

Na minha opinião eu acho válido pagar para sustentar algo que gostamos, eu mesmo, na medida das minhas condições pago para minhas bandas favoritas, games, aplicativos, estudos etc…

Um pouco de história…

Pay to play é antigo e veio no Computador anos atrás… Me lembro que em 2002 comecei a jogar um MMORPG chamado Priston Tale, gráficos tops, 3D, milhares de players, torrava meu dinheirinho de feira nas lan houses… Ele disputava com o Tíbia que era 2D. O jogo era gratuito mas… Um ano depois eles anunciaram que, a partir do Level 40, o game seria pago mensalmente, me lembro até o valor $40 por mês. Para piorar, o único formato Cartão de Crédito Internacional (na época só rico que possuía o normal, imaginem um internacional…) e o pior ficou pior ainda, dólar, pois jogávamos nos servidores dos USA… Foi ridículo, os players fecharam as saídas, entradas, portais, das cidades principais fazendo protestos, ou seja, mesmo pagando não era possível sair para o mundo aberto upar….

Perdi minha diversão principal, claro que migramos para games mais fechados como Warcraft 3 Frozen Throne, Need for Speed Hot Pursuit, etc…

Mas eles se deram mal com essa estratégia, pois um tempo depois eles mudaram o formato, vieram para o Brasil com servidor aqui e o jogo voltou com um sistema inovador, comprar coisas nas lojas internas do game nos NPCs, desde cosméticos até armas, armaduras, cajados, etc… Aí eles decolaram… Nos servidores internacionais era em dólar, mas nos servidores nacionais o valor era em real. Com o tempo eles foram atualizando novas formas de pagamento.

ETS2, ATS, Ace Online, também seguem esta ideologia… Já o Trackmania 2 Stadium é full gratis, mas podemos doar para o desenvolvimento do game e os servidores terem mais circuitos.

Depois de um texto longo acredito que ficar fazendo as coisas de graça, no começo, quando estamos aprendendo pode ser empolgante mas depois fica chato…. Imaginem trabalhar de graça… Acho por isso, ser massante ter games de qualidade no Android. Acredito que se as empresas focarem nos smartphones, pelo menos portando e adaptando games AAA, fazendo marketing e aplicando estratégias boas, o negócio explode, afinal de contas o Android é um dos sistemas operacionais mais usados do mundo.

Penso que é possível criarem e desenvolverem games, aplicativos, de qualidade com um equilíbrio no Android, smartphones, se o SimCity Buildit e outros poucos conseguem, porque não seguirem as estratégias deles?

:pray:t2:

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Eu queria mais jogos bons para Android TV, ficar somente com Beach Buggy, Horizon Chaze e alguns outros poucos títulos é dose.

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:wave:t2:

Eu estava pensando em outra hipótese…

Talvez os jogos de celular são tão ruins porque os usuários não veem o celular como um dispositivos para games. Em outras palavras seria como comprar um liquidificador para fazer bolos. É possível sim, mas o mais indicado e á batedeira.

Para mim é questão de estratégia, marketing e informação.

  • Quantas pessoas sabem que se plugar um Samsung Galaxy S20 num dispositivo (dock station, hub, etc…) com conexões HDMI, USB e conectar este dispositivo num monitor 32 polegadas, ele se tornaria um PC Desktop com teclado e mouse, controle, joystick etc…? E desplugando ele se tornaria um Mobile.

Eu consigo com facilidade já tem quase 2 anos que só uso o Android. Eu completei games como Hellblade, Dead Space 1,2 e 3, jogo Skyrim, assisto Fórmula 1, Golf, estudo, estou aqui no Diolinux Plus, no meu Android. A única coisa que sinto falta dos demais sistemas operacionais é a possibilidade de fuçar neles…

  • Quantas pessoas tem vontade e interesse de se adaptar ao Sistema Operacional Android, que hoje é muito capaz.

Claro que sistemas operacionais tem de todos os tipos e vão de acordo com as necessidades de cada usuário. Mas será que parte dos usuário ao menos conhecem estas features de um smartphone Android poder virar um desktop completo simplemente conectando ao um dock station?

Comparando o liquidificador com a batedeira:

  • Quantas pessoas se adaptariam a fazer bolos no liquidificador?

Será que falta informação, marketing e principalmente estratégias para apresentar estas possibilidades aos usuários?

A nossa imaginação é o limite.

:vulcan_salute:t2:

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Que tal criar um tópico sobre isso?

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Vou é mais longe: saga Asphalt nos Java Phone’s (Java WAP)

Eu não sou gamer, mas a experiência em jogos com o smartphone sozinho, sem um bom conjunto de penduricalhos, é bem ruim e limitada. Quando penso em jogos, logo me passa pela cabeça um console ou pc, pelo simples motivo de facilidade.

E, como bem apontou o Deleterium, eu não vejo nenhuma empresa realmente preocupada em desenvolver grandes jogos e, sim, focar em rentabilidade. O mundo mobile é completamente efêmero. E os jogos que são produzidos para ele, seguem esse mesmo padrão. O celular hoje em dia, é usado por todas as faixas etárias. Desenvolver um jogo bom, complexo e bonito, para pegar apenas um nicho de gamers, não acredito que faça sentido para as empresas. Um jogo desses genéricos de “run” ou “estilo angry birds”, faz muito mais sentido. É simples de se jogar e pega qualquer faixa etária. Você pode fazê-lo dos mais variados temas. Andando de ônibus, eu já vi pessoas de todas as idades jogando esses jogos mais simples. Se observarmos as grandes produtoras de games AAA, não vejo nenhuma levando realmente a serio esse mercado. Existem até alguns jogos que tem uma boa comunidade. Porém, ainda são relativamente poucos títulos e nenhuma empresa focando em grandes jogos para o mobile. Não podemos esquecer, jogos para celular/tablet são apenas mais um nicho dentro do nicho, esse é outro ponto relevante.

A bolha gamer hoje tá bem focado em console ou pc. Acho que conseguir superar essas experiências com um dispositivo limitado, em relação a uso sozinho, como um smartphone/tablet talvez ainda seja uma barreira. Todos os amigos que tenho que são gamers, nem cogitam jogar coisas sérias em smart/tablet. Todos ainda são adeptos do pc ou console. E sem esquecer um terceiro detalhe, usar dispositivos moveis para jogos, sempre terá a limitação da bateria também.

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às vezes pareço grosseiro pq sou antigo. Mas desde que me entendo por gente o marketing de algo é feito para os incautos. Smartphone ainda está muito aquém de ser uma experiência boa, quiçá para redes sociais, fotos e outros elementos que eram penduricalhos de um tempo do passado. Nada resiste a experiência.

O meu exemplo. Gosto de fotografia, talvez o Iphone 50 substitua a minha câmera, talvez eu me convença, mas vai demorar muito. A evolução por um preço injustificável talvez faça sentido para esses magos do UX/UI pra mim nem chega perto.

Smartphone não presta, ainda hoje, para jogo. Quem sabe um dia.

Trazendo um pouco de história, lembrei do fracasso do

Obviamente eu queria um, mas o preço… eu mal consegui comprar um celular do mais barato (gradiente Strike) que não tinha nenhum jogo.

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Não conheci!

Nessa época, eu tratava de ignorar solenemente, tudo o que “parecia” que “todo mundo”… queria, ou “precisava”, sei lá.

Em compensação, tive um Nokia Lumia “WindowsPhone” WP8 – presente de minha filha (presenteou várias pessoas da família, “desatualizadas da vida”, como eu, ha ha) – que só larguei, quando foi “absolutamente” descontinuado, ou seja, quando cessou totalmente o “suporte”, quase todas as coisas principais foram parando de funcionar, e até o “horário de verão” deixou de corresponder às mudanças do “mundo real”.

(Um dia, encontrei um “vovô” com horário errado… Ele nem tinha percebido que sua “hora” estava errada).

Embora bem mais fraco que meu Xiaomi atual, ele era “rápido” – sinal de que o OS e os softwares eram adequados ao hardware. – Hoje, é comum eu tocar num Aplicativo, e ele demorar vários segundos (séculos!) para abrir… sinal de que o OS e o software não são adequados ao hardware.

E isso, porque o usuário comum se limita a usar o OS + softwares… que o fabricante determina, para aquele hardware!

Concordo 100%.

Que não se diga que, “ain, seu celular foi mal escolhido” etc.

“Celular” (embora use “Kernel Linux”) é um retorno ao mundo não-Linux: – O “fabricante” domina; e 99% dos usuários apenas “consomem” – como no mundo Apple, em que “Tá dominado! Tá tudo dominado” (e os preços… óh!!).

Era o mundo pré-“IBM-PC”, onde um Apple 8bits, Amiga etc., ou qualquer outra marca, significava “aceite nosso SO, ou troque por outro hardware + software proprietário”. – O CP/M (com “placas CP/M” disponíveis para cada marca diferente) permitiu unificar, usar um mesmo SO em todos os hardwares (fugir do SO fulêro, restrito, monopolizado por cada fabricante) – e isto se prolongou no chamado “IBM-PC”, que qualquer maluco podia montar no quintal, com peças fornecidas por zilhões de fabriquetas ao redor do mundo.

A IBM tentou fazer o mesmo que a Apple – um tal de “PS2”, cujas peças só podiam ser fabricadas para a IBM, de modo que ninguém pudesse continuar montando computadores “IBM-PC” – mas felizmente, não conseguiu estabelecer esse monopólio.

Até hoje, qualquer pessoa pode montar seu “IBM-PC”, com peças livremente produzidas e oferecidas no mundo inteiro – e a gente mal percebe que isto significa nossa “última liberdade”, nessa área.

Mas isso tende a se tornar cada vez “menos relevante” – porque os celulares se tornaram o grande paradigma do mundo atual – e “celular” é sinônimo de “hardware proprietário + SO proprietário”… por mais que, “teoricamente”, a gente tente dizer que não.

Os “melhorzinhos” são caríssimos (como os PCs da Apple); e 90% da humanidade tem de se conformar com os “piorzinhos”, ou quando muito, os “maizomênos”. – Não dá pra encomendar as peças e “montar seu próprio celular” (como no caso dos PC-IBM… que a gente nem percebe mais, o que significam, em termos de “liberdade”).

E o pior: – Não dá para dizer que “vou deletar esse Android” (como dizemos: vou deletar o Windows), e “instalar a distro que eu quiser”. – Sim, há tentativas, mas… Não, não é como nos “IBM-PC”, onde qualquer “average-joe” pode mandar tudo pras cucuias, e viver alegremente com 12 distros Linux.

E os “fabricantes de jogos”, com isso?

Meu celular não é dos piores, nem dos mais antigos. Eu diria que está um pouco acima da “média” dos usuários mundo afora – e tem vezes que leva 30 segundos (ou mais), só para “restaurar” a Câmera… que já deixei aberta!

Dá para “jogar”, assim??

Ele já criou

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É uma consequência do público que os smartphones alcançaram. Os computadores pessoais, à época onde os computadores passavam pela mesma situação (hardware proprietário + SO proprietário) já eram uma ferramenta de nicho – a grande maioria dos usuários de computadores eram pessoas “mais antenadas” em tecnologia. Portanto, uma abertura dos protocolos e uma facilidade na montagem de um PC com peças livremente escolhidas pelo usuário, SO escolhido pelo usuário, foram coisas que a grande maioria do público da computação pessoal acolheu, tanto que a IBM falhou em tentar limitar todas as escolhas a ela própria.

Os smartphones, porém, já alcançam um público estratosfericamente maior, e, principalmente, sem nenhum conhecimento prévio de tecnologia. A minha avó, com o hardware proprietário + SO proprietário que ela possui na palma das mãos, não faz ideia do porque isso seria um problema. Os smartphones já funcionam, como são, para a grande maioria de seus usuários. Houveram tentativas de smarphones montados pelo próprio usuário, mas fracassaram dada a pequenina proporção de usuários dessa tecnologia que realmente se importam com isso. Ainda assim, uma comunidade pequena, mas viva, continua tentando manter alternativas aos softwares proprietários embutidos no hardware proprietário.

Enfim, não vejo isso mudando em um futuro próximo – nem distante. Como eu já disse aqui no fórum, quase todas as pessoas estão dispostas a abrir mão de sua liberdade em troca de mais comodidade. Eu incluído! Uso os serviços do Google, uso mensageiros proprietários, redes sociais… Tudo isso me oferece comodidade e praticidade, em troca da minha liberdade. E somos quase todos assim.

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