O que aconteceu para deixarem de recomendar o Ubuntu?

Durante o tempo em que usei e me aprofundei no Ubuntu, tive a oportunidade de interagir com a comunidade de usuários em diversas ocasiões, tanto aqui quanto em outros locais, seja debatendo de forma geral ou contribuindo em issues. É claro que jamais devemos generalizar, mas devo admitir que tive, por diversas vezes, experiências pouco agradáveis. Parte dos usuários do Ubuntu parece reagir de forma desproporcional à qualquer crítica dirigida contra o sistema… Isso ocorre em todas as distros, mas parece ser proeminente no caso do Ubuntu.

Em resumo, um mesmo discurso acaba se repetindo: “se você está criticando, é porque tem ódio ou não experimentou o Ubuntu”. Esse tipo de fala, que generaliza e personifica, não contribui para a evolução do sistema. E digo mais: quem realmente gosta de algo vai querer sempre que este algo possa melhorar, e para isso críticas são importantes, mesmo que eventualmente venham a servir apenas como métricas para avaliar a satisfação do público.

“Gostar” não é concordar com tudo. E criticar não significa “odiar”. :wink:

É bem isso. Na minha opinião, o contexto deste tópico deve ser voltado apenas ao elemento central que tornou o Ubuntu famoso: a facilidade de acesso e a simplicidade para agradar e atrair usuários iniciantes de Linux no desktop. É nesse ponto que ele sempre foi famoso e, cada vez mais, parece estar perdendo recomendações.

Para usuários avançados, o debate acaba se tornando menos relevante ou mesmo inócuo, já que a escolha de distro pouco importa. A pessoa experiente escolhe um gerenciador de pacotes, uma interface e um ciclo de atualizações. O resto ela adapta como bem entender…

O Ubuntu continua sendo uma excelente escolha para servidores, e os Snaps têm várias vantagens relevantes para esse contexto e outros. Também é excelente escolha para usuários experientes (assim como quase qualquer distro pode ser). Mas esses não são os públicos a quem a pergunta neste tópico é direcionada.

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kkkk… bem isso mesmo…
Não quis generalizar, mas por vezes eu sinto um certo desconforto neste sentido na grande maioria das pessoas que fazem suas defesas de uma ou outra distro. E citei o fanatismo do meu amigo porque ele é um exemplo radical da curva que o radicalismo, bem observado por você, toma em nossa sociedade em praticamente todos os ramos da discussão. Se me permitem uma reflexão…
Desde o começo do software livre, sempre houveram grandes conflitos e cisões por conta muitas vezes da intolerância, da incapacidade de absorver criticas e da falta de empatia. Alguns se fecham totalmente a quaisquer criticas a algo que estejam fazendo ou a algo que considerem bom ou ideal. Transformam uma opinião ou posicionamento contrário como algo ofensivo, e estes tipos de comportamento custaram bem caro a projetos (bons, diga-se de passagem), a excelentes profissionais e até a empresas.
Mas os tempos são outros. O profissionalismo e o avanço do tecnologia criaram métodos de trabalho descentralizado, onde a tomada de decisão vem de ferramentas de analise e pesquisa, longe dos gostos e opiniões pessoais.
E voltando ao assunto em questão, espero que não fique uma impressão de que tentei generalizar. Não foi a intenção. Mas, fica de alerta que as opiniões são e sempre serão de cunho estritamente pessoal. Não me levem a mal se eu discordar ou não concordar com vocês.
Vida Longa e Prospera!

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Vivendo e aprendendo! :scream:

… e pensar que demorei 16 anos pra saber disso! :rofl:

Obrigado pela dica!

Talvez, porque a Canonical foi uma das maiores “portas de entrada” – ao criar a 1ª distro realmente “amigável para iniciantes” (*), numa época em que usar Linux ainda dependia de comandos cabeludos, esotéricos – e ainda por cima, mandar CDs de graça para qualquer canto do planeta… numa época em que a maioria das conexões era “discada” (cara, e de baixa velocidade), o que dificultava o download de imagens ISO.

Bastava pedir!

  • (*) As únicas distros relativamente amigáveis, antes dos Buntus, eram o Mandrake – e o Kurumin, cujo alcance era muito limitado fora do Brasil. – E o Knoppix, que era “Live”, nunca foi feito para instalar. – O Ubuntu chegou matando.

Foi uma popularização do “Linux”, em massa – e deu origem a uma massa enorme de dicas, em fóruns, comunidades, blogs. – Até hoje, nenhuma outra distro tem tantas dicas, tutoriais etc. na web.

Isso é uma “força” – de âmbito mundial – que ninguém pode negar.

Inclusive, a maioria das distros que hoje recomendamos como mais amigáveis para os iniciantes – Mint, Zorin, Pop!_OS são baseadas no Ubuntu – e se beneficiam da enorme base de dicas, documentação etc. dos Buntus, na internet.

Se existe uma minoria de fanáticos em todas as distros – a minoria de fanáticos do Ubuntu deve ser a maior de todas. – Possivelmente, maior do que a soma de todas as outras minorias, reunidas.

Eu tinha um primo que, toda vez que eu ligava para meus tios (ou eles para mim), dava um jeito de pegar o telefone, para quase “impor” seu fanatismo pelo meio-ambiente – numa época em que DDD era caríssimo, igual um taxímetro, de 3 em 3 minutos. – Imagina, se eu me tornasse anti-ambientalista, só de raiva!

Era só um problema dele, mal-resolvido. – Qualquer ideia que ele pusesse na cabeça, daria na mesma.

Bola pra frente!

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Boa noite rapaz.
Eu gostei desse seu argumento.
Liberdade de aprendizagem só se conquista com a leitura e dedicação de cada um.
O linux é uma boa matéria a ser lida e não é difícil, só basta lê.
Sempre existe dois lados de uma mesma história, o “pós e o contra”
Nas distros não são diferentes pois cada uma carrega propostas de projetos diferentes mesmo tendo seus pós e contras.

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Esse tema claro com o papirus icons ficou muito bonito. :clap:

Não sei se já falaram, mas o Plasma atual tiraram isso do padrão. Ai tem que ativar isso outra vez. Por mim tanto faz.

Digo a versão 6.3.x em diante.

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Infelizmente, não posso verificar isso:

A experiência já me mostrou que, quando se alterna de um Menu para outro – “só pra ver como é” – ao voltar para o Menu usado antes, ele ficou bagunçado.

Então, prefiro não mexer nisso. – Por isso, busquei imagens da web.

No “Application Menu”, as configurações são apenas estas:

  • Sempre troco o ícone do KDE pelo ícone de cada distro

  • Seleciono exibir só o Nome de cada aplicativo. – Evito instalar coisas demais – e a essa altura da vida, já sei os nomes dos aplicativos que tenho, e sei o que cada um deles faz.

  • Além das categorias normais, habilito “Aplicativos Recentes” e “Arquivos Recentes”. – Para isso, mantenho este serviço habilitado no KDE System Settings:

  • Em vez de “Recentes”, pode-se optar por “Frequentemente Usados” – mas prefiro “Recentes”.

  • Desabilito “Expand search to bookmarks, files and emails” – para evitar que o Menu se transforme em uma zorra cheia de coisas inúteis para mim.

Do lado esquerdo (“Favoritos”), retiro o que não uso – e acrescento alguns que uso mais.

E embaixo, preservo o velho “Quick Launcher” (*), com os que uso o tempo todo. – O Kate, por exemplo, já abre uma “sessão” com 5 ou 6 arquivos TXT de uso constante (isso economiza tempo demais).

  • (*) - Digo que “preservo”, porque numa instalação nova do Neon com KDE 6, não consegui criar esse Quick Launch. – Só existe nas distros que instalei na época do Plasma 5 e migraram para o Plasma 6.

Nenhuma opção de exigir clique para exibir os submenus. – A vida útil do mouse quadruplica.

KDE Plasma 6.3.4 – mas no 5.27.5 do MX Linux é praticamente a mesma coisa.

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Gente, tô usando o linux ubuntu a 1 mês. Fiquei putx com as frescuras da MS e tal TPM. Sobre o Ubuntu e o tempo que eu to usando, se eu não tivesse um certo conhecimento em programação, meio que seria muito difícil eu continuar usando. No fim eu tô gostando de usar, mas tem muitas coisas que poderiam ser mais fáceis. Eles tem uma loja que é muito fraca e não estão ligando muito ora melhorar.

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Bons dias…
Não sei qual versão do Ubuntu esta usando, se for as mais recentes, troque a loja Snap pelo Gnome-software com flatpak… Sua experiencia será outra!
Vida longa e próspera! :vulcan_salute:

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Sim, to usando. Muito top!

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Diria que é pelo preconceito com os Snap junto do esquecimento da existência das flavours.

Estou usando o Ubuntu Budgie a uns meses, já testei Fedora, Ultramarine, Arch, Endeavour, Mint, Zorin, Solus e outras que não lembro, nenhuma me entregou uma experiência tão boa quanto o Ubuntu Budgie.

Para quem deseja o Flatpak, o Ubuntu Budgie é a flavour que ajuda a adicionar o Flatpak no sistema, sem precisar de terminal.

A interface Budgie é bem agradável, não é limitada que nem o Gnome e ainda permite o uso de temas GTK.

Essa questão de “forçar os Snap” é engraçada, pois quando uma distro ou um desenvolvedor tenta “forçar os Flatpak”, não vejo o povo reclamando da mesma forma.

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Eu instalei o Ubuntu Budgie, estou usando ele agora, mas tive que voltar ao Ubuntu Desktop (foi só instalar um meta-pacote e ficou tudo ok). Isso porque o Ubuntu Budgie começou a dar um bug, aplicações GTK começaram a demorar para abrir, um problema relacionado a temas.

Eu poderia ter apagado os arquivos de configuração do usuário, mas preferi voltar ao Ubuntu Desktop já que basta um comando para fazê-lo.

Então eles tem que deixar de ser open-source e virar de vez Windows

Seu comentário não fez muito sentido, a exceção do Linux From Scratch todas as distros forçam um formato de empacotamento então todas deveriam deixar de ser opensource e virar Windows?

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"Todas as distros forçam um formato de empacotamento " fiquei curioso quais?

Eu acho que ele quis dizer no sentido de formato de empacotamento. O Debian, tem o APT que por sua vez usa os pacotes .deb. O Fedora (DNF) e OpenSUSE (Zypper), usam os pacotes .rpm.

Tem até o Arch (Pacman), que usa pacotes no formato .pkg.tar.zst. Posso estar errado, mas creio que foi isso que o Natanael quis dizer.

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Mas isso aí não é forçar! Força é você querer baixar algo .deb e vir snap alguém defender isso chega ser bizarro

O Ubuntu não impede de você adicionar o repositório da Mozilla e instalar o Firefox em .deb.

Até mesmo o Chromium pode ser instalado em .deb no Ubuntu. Tem um PPA que mantém o Chromium em .deb e empacota outros aplicativos em .deb: How to install applications from this web site – XtraDeb

Ou seja, se você quiser, você pode usar aplicativos em .deb. Se o Ubuntu forçasse o uso do Snap, sequer seria possível adicionar esses repositórios.

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Inclusive, quem tenta impedir instalação de alguma coisa é o Linux Mint, ele vem com um arquivo que impede a instalação do snapd no sistema, e ainda por cima não tem os temas GTK em versão Snap, se o usuário remover o arquivo que impede a instalação, ele ainda iria precisar mudar de tema GTK, tema de ícones e cursores, pois não poderia usar os temas do Mint em apps Snap.

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