Um debate interessante até, tenho 3 pontos, vejamos:
1 - Precisaríamos definir o que tornaria um ano “X” o “ano do Linux”. O que precisaria acontecer para que fosse considerado? Mesmo que entre nós, possamos definir alguma coisa, isso seria uma definição nossa apenas. O “ano do Linux” é um mito porque não existe algo por se esperar para poder dizer “agora é o ano do Linux”.
2 - Existem assistentes pessoais até, mas existem dois problemas fundamentais. Inteligências artificiais não são coisas simples de criar, não é a toa que só existem poucas conhecidas. As empresas que as mantém vem as desenvolvendo há muitos anos e precisam de toda uma infraestrutura por trás, já que na realidade elas não rodam completamente no computador da pessoa.
Outra questão é a privacidade, no mundo Linux esse é um ponto sensível, e nem todo mundo está a fim de ter algo te ouvindo o tempo todo ou sequer implementar isso. Dinheiro e privacidade, são dois dilemas, especialmente relacionando a utilidade mesmo, a maior parte das pessoas “brinca” com as IAs hoje em dia, não é como se não tivesse como fazer as coisas sem esses assistentes (ainda). Não se sabe o futuro.
3 - Sobre aplicativos de design serem “comprovadamente superiores”, eu discordo da afirmação. Eu não tenho dúvida alguma da qualidade dos programas da Adobe, e que eles são capazes de fazer algumas coisas que o GIMP (já que você falou do Photoshop) não é capaz de fazer, mas de forma geral, quem faz a arte é o artista e programas open source como o Blender e o Krita vem ganhando mercado. Existem pessoas também que ganham a vida com o GIMP. Nem todo mundo que usa o Photoshop de fato precisa de um programa desse calibre para fazer o que faz. E esse é apenas um exemplo de software no meio de milhões de programas para computadores.
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Outro grande problema é pensar no “Linux” ou no “Open Source”, como uma coisa só. É algo difícil de entender às vezes, porque Linux é um tipo de tecnologia, não um produto, como a suíte Adobe ou o Windows. É como perguntar, quando será “o ano da internet”. Já passou? Estamos vivendo ele? Ou será que o futuro nos trará alguma coisa que nos fará chamá-lo de “o ano da internet”?
Linux, e tecnologias open source são utilizados para criar inúmeras soluções diferentes, desde que coisas que lembram Windows e macOS, que são os sistemas de desktop, até para ser usado em coisas que não vão te lembrar em nada um computador comum, como uma ordenhadeira.
Por conta disso, acho que a limitação de imaginar o Linux como “aquele sistema que se instala no computador e usam nos servidores” acaba limitando um pouco a nossa percepção do que realmente essa tecnologia é, e ela é algo presente de maneira direta ou indireta hoje em dia em quase tudo que interagimos.
Muitas vezes, mesmo para desenvolver algo que não é de código aberto, são usadas ferramentas open source, não Linux necessariamente. Até porque, Linux é só uma (importante), das muitas tecnologias de código aberto que existem.
Acho que é isso, abraços e valeu pelo comentário, dá uma boa discussão!