Estou abrindo outro debate sobre nomes. São bons para atrair atenção e interesse? Claro que o nome por si mesmo não define o sucesso de um sistema, mas até que ponto pode ajudar ou atrapalhar?
ADENDO: Que nomes vocês acham bom para uma distro? E uma distro brasileira? Se tivessem um sistema de Linux para “batizar”, que nomes considerariam?
Fico pensando em “Psych OS” e “Dizinha”, por exemplo. Não me passam uma impressão boa. Já “Debian”, um batismo despretensioso ao extremo, e brincalhão, gerou um nome simples e bem-sucedido.
Não sei se ajuda na aceitação mas ajuda a encontrar informações sobre a distro, uma distro com nome muito complicado dificulta essa pesquisa, um exemplo é o pop!_OS, eu sempre tenho que pensar para escrever.
Outra coisa é ter muito cuidado com a pronuncia do nome em outros idiomas, atrapalha um pouco a disseminação naquela localidade, um exemplo para mim é o Kubuntu, sempre que falo esse nome para alguém que não conhece Linux aparece uma risadinha, por isso falo Ubuntu com KDE Plasma!
Tipo
Sério que vc vai usar o Hannah Montana Linux?
Ou o Apartheid Linux?
Mas o nome influencia sim, tem palestras na faculdade só sobre escolha de bons nomes de marcas.
Tipo o meu canal no YouTube
X GNU Bio
Não tem mais inscritos por causa que eh um nome muito complicado, enfim…
Um bom nome influencia na resposta do mercado. É duro fazer marketing pra algo que remeta a algo horrível que tenha acontecido, ou algo que não soe bem na língua local. Nome importa sim, com certeza.
Depende do nome, do “mercado” e dos usuários. Assim como na indústria automobilista em alguns casos o nome pode ser indiferente, em outros casos pode ser um elemento que afaste consumidores, por isso um mesmo carro tem vários nome ao redor do mundo, alguns não pegam bem em certos idiomas ou países.
Sim, imagem às vezes é bem importante (e digo isso em sentido amplo).
Um caso recente nacional por exemplo é o do automóvel Camaro, era símbolos de status entre “mauricinhos”, todavia, por ter ficado famoso em certos meios por conta de uma música popular, hoje é associado no Brasil (entre a jovem elite herdeira de velhas fortunas) como brega, de forma que o mesmo segmento que antes o adorava, hoje não pensa duas vezes em trocá-lo por Mustang ou similar, principalmente se o modelo ofertado for em um amarelo berrante.
Note que eu não estou fazendo juízo de valor sobre o caso, apenas relatando.
Podem mudar o nome, marqueteiros e publicitários vivem fazendo isso. É igual quando um fabricante quer associar a qualidade de um produto a uma palavra de um certo idioma, pizzaria mesmo é de lei ter nome italiano, mesmo que o camarada seja brasileiríssimo.
Um exemplo clássico disso que me vem a mente é o Häagen-Dazs, que é um produto originário dos EUA que usa uma palavra de inspiração escandinava (dinamarquesa) para que o consumidor de classe média ao adquirir o produto tenha a impressão que está consumindo algo de categoria superior, premium, importado, quando ele está consumindo algo da mesma qualidade e categoria que um Kibon por exemplo (que é excelente para um produto industrializado de mercado, mas, que passa longe de um sorvete artesanal importado como a sugestão implícita quer fazer).
Esse caso da Zica é curioso, porque já era uma gíria para azar e a coisa só piorou com a doença Zika. Já se fosse Zico (típico apelido afetuoso antigo) teria um efeito diferente.
Se pensarmos uma distribuição como um produto, um erro comum que pode ser observado em várias escolhas de nomes é a suposição de que marca precisa ter alguma relação com o produto.
Uma das empresas de tecnologia mais ricas do mundo tem um nome de fruta, um dos maiores varejistas tem o nome de uma personagem de contos de fadas.
FFoquem no propósito e não no produto, a maior parte dos produtos que não conseguimos esquecer seguiram essa lógica, mesmo que não conscientemente.
“Foquem no propósito e não no produto, a maior parte dos produtos que não conseguimos esquecer seguiram essa lógica, mesmo que não conscientemente.”
Conselho valioso. Muitos projetos de Linux surgem como passatempo amador. Mas podem mudar de natureza e, por extensão, de propósito. Vejo que os grandes projetos tentam equilibrar busca de sucesso comercial com função comunitária e de utilidade pública; mas a enorme variedade do Mundo Linux nos traz até projetos de inspiração anticapitalista (AntiX) e alguns que mais parecem experimento acadêmico (Gobo).