Debate sobre o ambiente GNOME

Voltando ao assunto da tray no Gnome:

Sim, ele meteu essa.
E por isso:

Seu comentário é perfeito, é nesse feeling que eu penso, por isso volta a repetir:

Isso dentre várias outras features.

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E tem gente no fórum que diz que o Plasma ainda é um elefante, mas defendem o Gnome 3.0 lá de 2017 ¯ \ (ツ) / ¯

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Gnome 3 foi trágico, memory leak que o diga…

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Quem desenvolve a plataforma de extensões do gnome? É a comunidade gnome? Se for a própria comunidade, a intenção deles é fazer um ambiente bem polido pos usuários fazerem as mudanças domésticas.

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A comunidade, pois a fundação é meio “contra” o uso delas…

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E depois reclamam que a loja do Elementary OS, especialmente na versão baseada no Ubuntu 20.04, tá vazia e virou uma distro “de nicho”…

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Ainda não compreendo como gnome é a principal DE do mundo linux sendo que existe tantos projetos mais atrativos como deepin enviroment e o KDE plasma

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Defina “atrativo”. O que pode ser atrativo para você, pode não ser pelos responsáveis das distribuições e empresas envolvidas.

Então… o Deepin…, confesso que não entra na minha lista de DEs que usaria, não do jeito que está. Agorinha mesmo eu dei uma dica ao colega num tópico aqui que estava tendo problemas com os botões de janela (maximizar, minimizer e fechar) que não funcionavam, enfim, é uma interface bem legalzinha e bonita, mas muito instável ainda, tem que amadurecer muito.

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Eu imagino que um usuário novo se sentiria mais atraido por esses enviroments do que o gnome, que foi o meu caso quando entrei no mundo linux

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Bom, acho que a discussão se refere mais a UX/UI do que a qualquer outra coisa. Considerando que sou um usuário relativamente recente de distros Linux (pouco mais de 3 anos) e de Gnome (cerca de 2 anos), vou tecer umas considerações e conclusões que tirei:

1. Curva de aprendizado: depois de mais de 25 anos usando Windows e a forma dele organizar o trabalho (barra de tarefas, menu em cascata, área de trabalho ativa), migrar para algo parecido seria natural - tanto que fui pro Cinnamon de cara (ainda sem saber direito de como essas coisas funcionavam). Aos poucos fui entendendo que haviam várias DE e como cada uma dela se comportava;
2. Aprendendo a usar uma dock: isso apareceu pela primeira vez ao instalar o Ubuntu MATE 18.04. Aí surge a primeira grande diferença: tirar os apps da barra de tarefas e colocá-las numa doca onde estão as abertas e as favoritas
3. Conhecendo o Gnome: com o tempo, comecei a entender como funciona a ideia de um painel de atividades (a Dash), as múltiplas áreas de trabalho e a ideia de uma área de trabalho vazia. Evidentemente o uso do Android ajudou, pois há semelhanças. Ainda uso o Gnome de um jeito meio “errado”, com bandeja do sistema com ícones de apps e doca permanente (dash-to-dock), mas a forma de organizar o trabalho realmente mudou desde o “jeito Windows de ser”

O que faz com o que o Gnome altere bastante alguns aspectos da forma como o usuário use o desktop de forma a mudar seus hábitos de uso:

  • Área de trabalho vazia: ela deixa de ser um depósito de atalhos e arquivos frequentemente usados e passa a ser uma “paisagem na janela”; isso força as pessoas a se organizarem nas pastas da Home e a criarem favoritos para seus aplicativos e arquivos mais usados;
  • Doca: esvazia a barra de “tralha” e permite juntar o que se usa frequentemente de programas e os programas abertos (incluindo os de início automático). Combinado com as múltiplas áreas de trabalho, dá um espaço maior para deixar muita coisa aberta em uso ao mesmo tempo sem parecer que tem coisa demais ali…
  • Favoritos/Atalhos para pastas: uma coisa comum em usuários da UX/UI Win-like é a desorganização; os navegadores ajudam nisso, ao deixarem a pasta “downloads” como padrão - aí o caos se instaura. A estrutura de pastas padrão da Home, combinada com área de trabalho vazia e o uso de favoritos, tanto na dash e dash-to-dock quanto no gerenciador de arquivos tenta minimizar esse uso/vício e torna a UX mais organizada

O que posso dizer em termos de experiência pessoal? Que com uma DE como o Gnome (e mesmo o MATE, que se baseia muito nos mesmos paradigmas), fica mais fácil ser organizado na vida. Esses paradigmas não são exclusivos do Gnome, é óbvio (a UX/UI do MacOS é um belo exemplo), tanto que muitos e muitas aqui usam outras DEs e apelam para docas, área de trabalho vazia etc.

Nem vou entrar aqui no caso de quem está habituado ao Android/IOS; as semelhanças deles com o Gnome são suficientes, e já foram ditas aqui inúmeras vezes.

PS: Só um detalhe, creio que já contei aqui uma vez. O cabra que me indicou o Mint para salvar meu lap com W10 congelado após uma atualização, quando me viu usando Gnome, falou “tá querendo imitar MacOS?” - No es lo mismo, pero es igual

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Acho que o objetivo principal do Gnome puro é o usuário ter foco no que ta fazendo, ter foco em apenas uma janela e o botão de atividades (tecla super) servindo para ter uma dinâmica de todas as tarefas em segundo plano. Acho que quando usa muita extensão atrapalha o objetivo principal da DE que é a produtividade.

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Sendo bem sincero, é o tipo de discussão que só serve para gastar energias. Eu atualmente estou usando o GNOME (Fedora 35) para produtividade, pois estudo ADS e faço outras coisas que necessito de foco. (Eu não tenho problemas pra me focar, só acho que rendo bem mais nessa interface.)

E em questão dos aplicativos se adequarem ao GNOME, isso dependerá da quantidade de usuários que usam um aplicativo X, isso se solicitarem para a equipe de desenvolvimento. Se o software está funcionando perfeitamente, é o que vale! Não precisa ficar combinando com o meu tema, só quero executar uma tarefa!

E a equipe responsável pelo projeto GNOME pode falar o que for, o usuário é completamente livre pra fazer o que bem entender no seu computador! Se ele quer instalar o Kate que é nativo do KDE no sistema dele, que vá e instale!

Vejo muitos usuários Linux tendo uma soberba pensando que todo mundo se torna uma pessoa quase irracional no momento que liga o computador. As pessoas precisam aprender um pouco por conta própria também, especialmente essa nova geração de usuários!

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Concordo, mas, infelizmente, nós estamos saindo de um período onde aprender a usar um computador era necessário e existia curiosidade para um tempo onde computadores de mesa e laptops são artigos de nicho.

Eu trabalhei com administração de sistemas em uma grande rede de lojas e duas coisas que aprendi são: o usuário sempre está bêbado e jovens não se importam com torres e laptops.

Vocês ficariam impressionados com a quantidade de jovens entre 16 e 22 anos que não possuem e não tem interesse em ter um computador pessoal.

Existe uma razão para que o ChromeOS seja o segundo sistema mais utilizado para computadores pessoais e para que smartphones e tablets tenham substituído os laptops e torres.

"Homens fortes criam tempos fáceis e tempos fáceis geram homens fracos; mas homens fracos criam tempos difíceis e tempos difíceis geram homens fortes”

Nós estamos vivendo em tempos fáceis. Dizer que as pessoas precisam aprender por conta própria está virando quase uma ofensa nos dias de hoje.

Enfim, por mais que eu concorde com o que você disse, as coisas não são como gostaríamos que fosse.

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O que me parece é que isso está gerando outro paradigma no uso de tecnologia, que divide usuários e “trabalhadores da TI”: que quem precisa ou quer qualidade precisa de um PC; já quem quer facilidade fica num smartphone.

Digo isso pq outro dia conversava com um amigo que quer fazer um podcast. Eu dizia a ele que pra ficar bom era necessário bom equipamento de som e os processos de pré, produção e pós-produção - nesse caso, edição usando algo mais poderoso (mesmo o Audacity é bem adequado a isso). Mas ele diz que prefere fazer tudo pelo celular. Dá pra fazer? Sim. Vai ficar bom? Aí depende, eu acho que quase sempre não. Mas usando um PC a chance de ficar ruim diminui.

Além disso, editar áudio ou vídeo num dispositivo pouco maior que sua mão pode ser rápido, mas eu acho bem incômodo. Criar artes é possível por meio de apps em nuvem como Canva. Mas o resultado ser bom é excepcional, não a regra, já que ele é um tanto limitado por enquanto. Tanto que o trabalho profissional é feito em plataformas para PCs, como a suite Adobe e por aí vai…

Ou seja: todos podem produzir conteúdo em qq plataforma. Mas a maioria quer ou precisa apenas usar, e fica satisfeito em fazer isso com um espertofone ou tablete; os que precisamos produzir para esses usuários acabamos tendo que usar PCs pra isso. Uma espécie de divisão tecnológica do trabalho, se falarmos em “político-economês”…

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Entendo o seu ponto de vista e gostaria até de enfatizar o ponto do nicho que você citou. Infelizmente os jovens não estão interessados em aprender algo por fora, mesmo que seja em áreas completamente diferentes das quais estamos acostumados.

Tanto que infelizmente a minha geração (possuo 21 anos) é a primeira da história a ter um Q.I menor que dos próprios pais, e a tendência é diminuir. Podemos apontar inúmeros fatores que causaram esse “fenômeno” como o entretenimento a todo instante (jogos, animes e filmes por exemplo).

E antes que alguém se revolte por “dar uma de Record”, irei utilizar como exemplo meus colegas de classe da faculdade, onde muitos se sobrecarregam no final do semestre por passar todos os meses anteriores jogando ou falando besteira o tempo inteiro.

A vida é dura, precisamos crescer e ter nossas responsabilidades e cortar um pouco as coisas que nos divertem pra não sofrer no futuro.


Outro ponto, mas sem se relacionar com sua resposta

E a falta de interesse de aprender também passa por responsabilidade de criadores de conteúdo como o @Dio por exemplo, e eu entendo que a proposta do canal dele é ajudar pessoas que estão iniciando no mundo Linux, mas isso não significa passar o conteúdo de uma forma tão mastigada como ele passa.

Sei que ele faz com a melhor intenção possível, tanto que estou num fórum dele comentando esse tipo de coisa ao invés de ficar falando aos quatro ventos que o conteúdo não possui nenhuma falha.

Para não ficar falando só do Diolinux, eu também vejo esse mesmo tipo de comportamento, ou até pior mais em canais estrangeiros (Especialmente os falantes da língua inglesa). Chega até dar um certo revertério no estômago da maneira que eles apresentam o conteúdo. Não precisa ser monótomo como se fosse uma aula de humanas, mas também não dê uma de Dora a Aventureira.

Desculpa o textão, só queria mostrar minha linha de raciocínio.

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Mais um motivo pelo qual fico feliz de ser chamado de nerd (:
Em um “grupinho de colegas” me xingavam de tudo quanto é nome e faziam piada por eu usar Linux, “ah, mas você tem um PC bom, não precisa usar isso”, “memória não usada não faz sentido”, “ah, o cara usa linux kkk”. Eu quero usar o computador, fazer ajustes a meu gosto e não que o computador me use.
Por sinal, fica a reflexão sobre a memória não usada “um hospital com capacidade para 1000 pacientes, o qual somente está com 200 sendo atendidos, é um hospital inútil”
Ps: sei que não adianta de nada consumir 1mb de memória mas ser mal administrada

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Já dizia Legião Urbana “Geração Coca-Cola”

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eu amo e odeio o gnome
pq ao mesmo tempo que acho irracional algumas coisas
eu amo essas mesmas coisas irracionais, pq é isso que faz dele o gnome e não só mais “alguns paineis organizados de alguma forma”.

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