É um ponto que desdo Gnome 2 a galera não entendeu, nunca foi uma ferramento para desenvolvimento genérico mas sim volta exclusivamente para o ambiente Gnome.
Pouca gente está reclamando porque o Plasma Mobile pouco interfere no Plasma de desktop além da escolha de bibliotecas subjacentes – a interface para continua basicamente a mesma (salvo se você configurar para ser diferente), e a compatibilidade de extensões é mantida entre versões por muito mais tempo (há plugins do final da época do KDE 4 que funcionam até hoje com pouca ou nenhuma alteração, por exemplo).
Em contraste com essa abordagem de “vamos fazer uma coisa, mas preparar um espaço confortável para a comunidade experimentar”, desenvolvedores do GNOME têm vários blogposts reclamando de quem usa suas ferramentas fora de acordo com suas intenções e fazem o possível para tornar usos inesperados inconvenientes. O finado Termite teve que fazer um fork do VTE apenas para remover um private
de algumas funções que os autores do GNOME já haviam escrito, mas não queriam disponibilizar para nenhum outro emulador de terminal. Fora que muitas extensões populares até hoje não dispõem de uma API estável para fazer as mudanças que desejam (e seus milhares de usuários, também).
O README pós-morte do Termite, inclusive, ecoa muitos dos sentimentos no artigo do tópico.
eu espero que eles usem a EFL, quero ver ela ganhando força.
eu gosto bastante do GTK mas o pessoal do GNOME promete muito e não cumpre.
A conexão do Budgie às bases do Enlightenment pode ajudar o EFL a ir além do nicho. De todo modo, sendo o Solus um projeto pequeno, de fato, seria mais prático a seus desenvolvedores seguir pelo caminho bem consolidado e amparado do Qt. Mas a escolha do EFL implica mais liberdade, e pode ser a melhor para abrigar ambições maiores.
Da base no Enlightenment pode muito bem sair o novo desktop a herdar a leveza do LXDE e ainda assim oferecer uma experiência de uso bonita e com variedade de recursos, não? Quem sabe isso não virá com o Budgie 11? (Pois esse desktop, em definitivo, não é o LXQt. Embora eu curta usá-lo, e não seja feio, carece de sofisticação. O Moksha, ambiente do Bodhi Linux derivado do Enlightenment 17, tem esses toques sofisticados.)
Será que não interfere? KDE não tem foco algum, então tanto faz, vão adicionando várias coisas num macarrão de código e vão ajeitando. Um bug aqui, outro acolá, os usuários do KDE já estão acostumados, fora a incoerências visuais.
Só quem vejo reclamando são desenvolvedores pequenos, muitos deles agindo de forma totalmente emocionada e nada profissional. Eu mesmo achei a atitude da System76 muito infantil.
Se eu não estou vendo Canonical, Suse, Red Hat e outros grandes peixes reclamando desses “problemas”, então eu ignoro, porque não vale a pena. Como um desenvolvedor do Gnome falou, muitas vezes os que reclamam não interagem para discutir o problema ou oferecem soluções gambiarrentas como patches.
É fato que ferramentas genéricas viabilizam projetos com visão pouco clara ou incompetente. Porém, também viabilizam igualmente projetos bem-feitos. Deepin, por exemplo, com o mesmo toolkit Qt, tem apps com uma identidade visual mais coerente e que inclusive têm travas contra temas não aprovados pelo Deepin (atendendo uma grande reclamação dos desenvolvedores “core” de aplicativos GTK).
A questão aqui é, o GTK está se mostrando uma plataforma direcionada demais para as necessidades do GNOME para concretizar as visões de projetos como o Budgie e Cosmic, que, “necessários” ou não, são diferenciais de suas respectivas distribuições. Solus e Budgie não podem direcionar o desenvolvimento do GNOME com investimento, não têm contratos milionários de servidores como rede de segurança caso empreitadas de desktop falhem, e, especialmente, não podem simplesmente entregar o GNOME padrão sem perder parte da identidade.
Não li o suficente do Gitlab do GNOME para saber se a atitude do pessoal da System76 era profissional ou não, mas o que o Budgie fez é justo – expor o problema (com exemplos concretos de como o ele é afetado) e estudar alternativas.
Não priorizam desktop. Não têm como estratégia comercial oferecer a pessoas físicas donas de máquinas domésticas uma experiência diferenciada. Pop!_OS, Solus, KDE Neon, Linux Mint etc., os “peixes pequenos”, é que cuidam disso.
Aqui você se coloca como um daqueles que você criticou anteriormente.
A gente entende o seu posicionamento e você não precisa se sentir pressionado ao ser contrariado. Não leve esse tipo de discussão para o coração, isso não irá fazer bem a você.
Interessante isso, hein. Fiquei curioso, se rolar mesmo vou testar quando sair.
eu matei a minha curiosidade com o Solus e achei o Budgie praticamente o Gnome, achei que seria uma GUI de outro mundo super inovador e foi mais do mesmo.
eu luto pela diferença e variedade. e se essa mudança trazer individualidade e característica própria que chute o GTK e Gnome de vez!
A maioria dos reclamões estão entre os velhos usuários de Linux ou que já tem bastante experiência no uso do computador.
O Gnome está focando em quem não tem essa experiência toda, trazendo a facilidade de uso para o desktop. Porquê um aplicativo precisa ficar oculto (bandeja do sistema)? Não é melhor esse aplicativo informar ao usuário o que ele está fazendo e que está em execução?
O Gnome simplificou isso, eliminando a possibilidade de aplicativos usarem a bandeja do sistema para se esconderem por lá. Claro que nem todo mundo gostou, até o pessoal do Ubuntu adicionou uma extensão para contornar ao invés de recomendarem aos desenvolvedores de aplicativos que utilizem melhores práticas de desenvolvimento.
Porque ícones na área de trabalho? O usuário não pode usar o gerenciador de arquivos e colocá-los em cada pasta conforme precisar? A área de trabalho tem sido usada desde os tempos antigos para colocar arquivos e atalhos de programas. Já não existe o menu e a possibilidade de fixar aplicativos favoritos na dock / painel? Arquivos na área de trabalho geralmente estão lá porque o usuário deixou a organização por último. Se baixou da internet, já tem a pasta Downloads que é o padrão de uso, os arquivos baixados ficam lá até o usuário decidir onde irá colocá-los para fins de organização.
Enquanto em várias interfaces gráficas há muitos chamativos para a interface, o Gnome oferece o que realmente é necessário: foco no aplicativo, sem uma montanha de ícones, cores ou luzes piscantes na tela. Afinal, ninguém realmente usa Gnome, KDE, Lxde, LXQT, Xfce, Mate, Budgie, mas usam-se os aplicativos e a função de um Gnome / KDE é organizar os aplicativos e permitir que o usuário os utilize.
Tens razão.
a história quase se repetindo…
isso pode fazer o EFL res“surgir das cinzas”, já que o Solus é bastante popular.
isso pode mudar com o Qt, que é bem modular.
A simplicidade e a “revolução na experiência” postas como qualidades do GNOME são superestimadas. Sua versão do 3 em diante é um desktop muito interessante, e se sofisticou em design, mas não falta quem o ache irritante e fruto de muita presunção. O projeto do GNOME é sério e consistente, mas parece mesmo que a presunção o está engolindo. Tem (por enquanto…) a dupla qualidade de reter personalidade e, ao mesmo tempo, servir de base para outras criações. Mas parece que há uma turma que não se importa se projeto perder influência.
E, nisso, o KDE, que não tem nada a ver com isso, vai ganhando espaço. Se existe um projeto de desktop campeão em aperfeiçoar-se, melhorando nos mais variados aspectos, inclusive consumo de recursos, é o KDE Plasma.
Mas o assunto, aqui, é o Budgie. Que eu tenho como a melhor criação com GTK até o momento: elegante, fluido, bonito, descomplicado. O Budgie 11 em EFL promete! Minha expectativa é quanto à leveza do desktop!
É meio injusto o que vc disse:
O KDE buga tanto (ou até menos) que o GNOME Shell, e o KDE é coisa mais incompreendida da história, a ideia é que você construa seu próprio ambiente desktop ou que as distros façam isso e travem o Plasma Shell, ou seja: ele cumpre seu propósito, as distros é que vacilam
Basicamente eles vão perder sua branding e isso é péssimo não dá pra reagir de outra maneira
Esse pensamento é muito perigoso, porque basicamente os maiores peixes do mundo Linux são saraguis em miniatura e pior, tão cagando e andando pro desktop, então esperar uma resposta deles sendo que eles não se importam nenhum pouco com o desktop pra então avaliar se vale a pena não faz mais sentido, quem básicamente faz o desktop Linux andar são os pequenos se o Mint, Xubuntu, Pop e Budgie largarem mão, praticamente nínguém vai estar olhando pra os users no desktop no lado GTK da força pra contrapor o GNOME
Aqui tem outro problema, não sei se você costuma olhar o cemitério GTK/GNOME Shell que só cresce mas o que parece acontecer é que a mentalidade GTK/GNOME se resume a:
Vai contra o que a gente defende? Gambiarra
Não importa o quão tecnicamente correto seja, isso que o próprio GNOME curte muito uma gambiarra, porque eu não sei se é do seu conhecimento mas toda a API C do GTK (e do GObject) é uma gambiarra assustadora ela violentamente quebra os bons princípios de usar “objetos” em C:
GtkApplication *app = gtk_application_new ("exemplo.app",
G_APPLICATION_FLAGS_NONE);
GtkWidget *window = gtk_application_window_new (app);
GtkWidget *button = gtk_button_new ();
gtk_button_setlabel ("teste")
gtk_window_set_child (GTK_WINDOW (window), button);
gtk_window_present (GTK_WINDOW (window));
Deveria ser assim:
GtkApplication *app = gtk_application_new ("exemplo.app");
GtkWidget *window = gtk_application_window_new (app);
GtkWidget *button = gtk_button_new (window);
gtk_button_setlabel ("teste")
gtk_window_present (window);
(isso pra não dizer que deveria ser usado
struct
)
Então eu acho complicado chamar tudo que é solução proposta como “gambiarra” quando a stack inteira que você usa é feita em cima de uma, isso piora quando o próprio sistema de identificação (DNS reverso) nunca foi projetado pra esse tipo de coisa:
org.gnome.Notes
Deveria ser:
app.gnome.Notes
Parece uma diferença besta, mas org
foi pensado para separar namespaces de forma usando clados, e o que os softwares querem são identificações únicas:
tipo.desenvolvedor.nome
Seria em teoria suficiente, mas ao usar o DNS reverso, fica algumas situações curiosas:
org.gnome.Notes
com.github.lainsce.notejot
Dois apps, mesma licença mesma finalidade, mas 1 recebe o prefixo org
associado a organizacional não lucrativa
sendo a organização o gnome
que curiosamente recebe doações diretas (o que configura algo lucrativo) e o outro recebe com
relacionado a projetos comerciais pertencentes a github
no setor lainsce
sem que esteja de fato relacionado a empresa github
(e se o código migrar pro GitLab?), ou seja um embolo sem precedentes resultante de um uso gambiarrento de uma tática pensada para um fim totalmente diferente, onde está a autocrítica? Tudo é gambiarra menos o que eu faço? Posso estar errado, mas é isso que parece que o ecossistema faz
É porque o Budgie é literalmente o GNOME rsrs.
Budgie está para o Gnome-Shell assim como Unity estava para o Compiz.
Aqui está um trecho da entrevista entre Joshua Strobl (Líder de Experiência Solus) e Liam Dawe (Dono do site GamingOnLinux) falando sobre o Budgie-Desktop, em 22 de Julho de 2021:
Solus também vem com seu ambiente desktop “carro-chefe”, Budgie, no qual você (e outros) trabalham diretamente. Quais vantagens o Budgie tem em relação a outros desktops? Por que as pessoas deveriam pensar em usá-lo?
"O objetivo geral do Budgie é fornecer uma experiência de usuário focada que equilibre uma aparência tradicional com recursos/funcionalidades modernos, o principal exemplo sendo nosso widget centralizado e centro de notificação “Raven”. Com o Budgie, nós nos esforçamos para fornecer uma experiência que saia do seu caminho e permita que você se concentre na tarefa (ou jogo) em questão, sem todo o espalhafato de animações excessivas e um fluxo de usuário menos voltado para o uso do tablet e mais voltado para a área de trabalho.
As pessoas devem considerar o uso do Budgie se estiverem procurando por um ambiente de desktop mais leve para o GNOME Shell que complemente seus aplicativos baseados em GTK e não apenas forneça a flexibilidade de personalizá-lo como quiserem (seja mantendo a aparência “tradicional” ou experimentando nossos miniaplicativos e configuração de painel), mas incentiva essa personalização também."
Caso tenha interesse em ler a entrevista completa, acesse: Entrevista com Joshua Strobl da distribuição Solus
É uma distro conhecida, mas é menos popular do que as pessoas pensam em termos de quantidade de usuários eu aposto. Ainda assim, é sempre bom ver alternativas.
O Solus é uma distro um pouco “alienígena”.
Explique, fiquei curioso kkk
Distro bastante diferente das que estamos acostumados, não instalo o Solus em meu notebook porque ele tem um bug grave no bootloader que foi reportado em várias reviews no distrowatch e até agora não foi resolvido, não estou a fim de ter dor de cabeça com sistemas operacionais.