A facilidade do Mageia, o espírito Mandriva

Nesta matéria estarei apresentando:

  • História do Mandriva
  • Nascimento do Mageia
  • Sobre Mageia 8
  • Baixando o Mageia
  • DrakX, o Instalador do Mageia
  • Bem-vindo à Mageia
  • RPMDrake
  • Flatpak
  • Centro de Controle Mageia
  • Atualizações de Sistema
  • Adicionando seu usuário ao grupo sudo
  • Gerenciadores de Pacotes
  • Adicionando Repositório do Google Chrome
  • Repositórios de Software
  • Considerações finais
  • Links e referências

História do Mandriva

Em 1995, surge a empresa brasileira Conectiva.
Em 1998, surge a empresa francesa Mandrakesoft.

Nessa época, o Linux era conhecido como um sistema operacional poderoso e estável que exigia forte conhecimento técnico e amplo uso de linha de comando. A MandrakeSoft viu isso como uma oportunidade de integrar os melhores ambientes de desktop gráficos e contribuir com seus próprios utilitários de configuração gráfica para se tornar famoso por definir o padrão na facilidade de uso do Linux.

Em 2005, MandrakeSoft anuncia que irá fundir-se com a Conectiva, que no momento era a maior empresa de Linux no Brasil e na América Latina, formando assim a Mandriva SA, com sede em Paris.
Em 2007, a Mandriva SA travou e venceu uma disputa contra a Microsoft para distribuir o Mandriva Linux em 17 mil computadores destinados a escolas da Nigéria.
Em 2010, o Ministério da Educação anunciou que o Mandriva Linux seria o sistema operacional usado nos netbooks direcionados a escolas públicas no Brasil.
Em Agosto de 2010, a Mandriva SA suspendeu a negociação de suas ações na bolsa de valores Euronext.
Em 2011, foi lançado a última versão estável do Mandriva Linux.
Em 2015, a Mandriva SA foi formalmente liquidada, e o Mandriva Linux descontinuado.

Nascimento do Mageia

Em Setembro de 2010, ex-funcionários da Mandriva SA percebendo que o futuro do Mandriva Linux era incerto, anunciaram à comunidade a possibilidade de uma nova distribuição chamada Mageia (pronuncia-se “Mêidia”), sendo esta um fork (bifurcação) do Mandriva Linux, mas desta vez um projeto da comunidade, mantido por uma organização sem fins lucrativos de contribuidores eleitos, assim não dependendo de nenhuma entidade comercial.

Sobre Mageia 8

Kernel: Linux
Base: Independente (Fork do Mandriva Linux)
Origem: França
Arquiteturas: aarch64, armv7, i586 e x86_64
Empacotamento: RPM
Gerenciadores de pacotes: URPMI e DNF
Gerenciadores de softwares: RPMDrake e DNFDragora
Outros gerenciadores: Flatpak e AppImage
Edições: KDE, GNOME, Xfce, MATE, Cinnamon, LXQt, Enlightenment, LXDE, outros.
Foco: Desktop e Servidor

Baixando o Mageia 8

Mageia é fornecido em imagens ISO, podendo ser gravadas em CD, DVD e também em unidades USB.

Tipos de instalação do Mageia (clique para expandir)

Instalação clássica: Forma tradicional de instalar Mageia diretamente.

Contém Software Livre e alguns drivers proprietários. Poderá selecionar grupos de pacotes que deseja instalar. Também poderá adicionar repositórios Mageia Online durante a instalação, isso significa que você poderá instalar até mais pacotes do que os disponíveis na ISO.

Tamanho da ISO: 4.2 GB.

Media Live: Experimente Mageia 8 com Plasma, GNOME ou Xfce através de um DVD ou Pendrive. Se gostar, poderá instalá-lo em seu disco rígido a partir do Mídia Live.

Você poderá particionar o disco rígido e criar seu usuário, mas não haverá a etapa de seleção de pacotes, visto que a instalação por Mídia Live é exatamente idêntica ao que você experimentou.

Tamanho da ISO: Entre 2.5 GB e 3.4 GB.

Instalação de Rede: Basicamente a instalação mínima. É necessário conexão com internet para realizar uma instalação completa do Plasma, GNOME ou Personalizada, no qual você poderá realizar uma instalação mínima selecionando grupos de pacotes (ou pacotes individuais) a serem instalados.

Tamanho da ISO: Entre 47 MB e 120 MB.

Para baixar o Mageia, clique aqui.
Se precisa de ajuda para criar um pendrive bootável, clique aqui.

DrakX, o Instalador do Mageia

O DrakX foi feito para ajudar na instalação do sistema, com o objetivo de tornar as coisas mais fáceis possíveis.

Se você escolher “Instalação Clássica” ou “Instalação de Rede”, você terá um botão “Ajuda” para cada tela do DrakX. Se você é um usuário inexperiente, use e abuse deste botão, as explicações são bem amigáveis e irão te orientar por toda a instalação do Mageia.

Se você escolher instalar através do “Media Live”, você não terá o botão “Ajuda”, visto que o DrakX irá realizar uma instalação “idêntica” ao Media Live, assim reduzindo consideravelmente a quantidade de telas de configurações, restando basicamente particionamento de disco e criação de usuário.

Seja Instalação Clássica ou Instalação de Rede, com DrakX a instalação é fácil, e você sempre terá o botão “Ajuda” para te auxiliar quando for preciso, mas caso queira um material para se apoiar, veja esta matéria onde apresento o passo a passo da Instalação de Rede do Mageia 8.

Bem-vindo à Mageia

Após instalar o Mageia, você é recepcionado com a janela “Bem-vindo à Mageia”, a qual irá te orientar em praticamente tudo o que você precisa, como:

  • Habilitar e desabilitar repositórios
  • Atualizar o sistema operacional
  • Abrir o Centro de Controle Mageia
  • Instalar programas via RPMDrake (ou Dnfdragora)
  • Instalar programas populares diretamente pelo “Bem-vindo à Mageia”
  • Exibir informações sobre seu sistema
  • Por fim, diversos links para documentação, fórum, entre outros links.

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RPMDrake

Com o RPMDrake, o usuário pode instalar quaisquer programas através de interface gráfica sem dificuldades.

Também é possível instalar programas baixando o .rpm do site do desenvolvedor → botão direito do mouse → “Abrir com Instalador de Programas”.

Pensando no usuário novato que provavelmente não deseja usar linha de comando, por padrão o RPMDrake vem configurado para filtrar apenas “Programas com Interface Gráfica”, ou seja, pacotes como nano, screenfetch, neofetch, youtube-dl, entre vários outros programas sem interface gráfica, estes serão exibidos após o usuário alterar o filtro “Programas com Interface Gráfica” para “Todos”, localizado no canto superior esquerdo, acima da lista de categorias.

Para apresentar o uso do RPMDrake, estarei instalando o Steam.

Caso você queira instalar o Steam, é necessário habilitar os repositórios 32-bits.
Veja como fazer isso no tópico “Repositórios de Software”.

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Ao marcar um pacote, será apresentado as dependências necessárias que serão instalados automaticamente. Você também pode ler informações dos pacotes adicionais clicando em “Mais informações”.

Assim que você der “OK” para as dependências, você retornará ao RPMDrake para continuar selecionando mais programas para serem instalados.
Quando estiver pronto, clique em “Aplicar” para prosseguir.

Por fim, será apresentado uma visão geral de tudo que será instalado.
Responda “Sim” para iniciar o processo de download e instalação.

Executando Dungeons & Dragons via Steam Play 2.0 no Mageia 8.

Flatpak

Por padrão, Mageia 8 já vem com Flatpak instalado, porém, é recomendado usar Discover no Plasma/LXQt ou GNOME Software em ambientes GTK.

Adicionando o repositório flathub via Terminal (Clique para expandir)
flatpak remote-add --if-not-exists flathub https://flathub.org/repo/flathub.flatpakrepo
Adicionando o repositório flathub via Discover (Clique para expandir)

Configurações > Adicionar flathub.

Discover e GNOME Software preferem Flatpak em vez de pacotes RPM.

Centro de Controle Mageia

O Centro de Controle Mageia chama atenção por ser um kit de ferramentas de configuração que se assemelha muito ao YaST do openSUSE, permitindo que o usuário realize diversas configurações de sistema através de ferramentas gráficas, como:

  • Instalar e remover programas
  • Adicionar e remover repositórios
  • Atualizar o sistema operacional
  • Obter fontes do Windows
  • Gerenciar serviços do sistema, usuários, dispositivos de rede e particionamento de disco
  • Configurar firewall, sistema de inicialização e compartilhamentos com Windows
  • Alterar tempo e adicionar senha ao GRUB
  • Visualizar Informações de hardware e logs do sistema
  • Entre outros.

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Usuários openSUSE poderão se sentir familiarizados com o Centro de Controle Mageia.

Atualizações de Sistema

Abra o Centro de Controle Mageia → Gerenciar Programas → Atualizar o Sistema.

Caso você prefira atualizar o sistema via terminal, veja mais abaixo, no tópico “Gerenciadores de Pacotes”.

Adicionando seu usuário ao grupo sudo

Com Mageia é muito mais simples gerenciar usuários.
Há várias formas para adicionar usuários ao grupo sudo, mas o caminho mais fácil talvez seja através da ferramenta gráfica:

Sistema → Gerenciar Usuários do Sistema → selecionar o usuário → Editar → para cada usuário, selecionar a aba “Grupos” e marcar a entrada do grupo “wheel”.

Gerenciadores de Pacotes

Por padrão, Mageia vem com dois gerenciadores de pacotes nativos, sendo eles URPMI (padrão) e DNF, você é livre para usar qualquer um (ou ambos simultaneamente).

urpmi é a ferramenta de linha de comando do Mageia para gerenciar pacotes e repositórios (mídia). Por exemplo, você pode instalar, atualizar ou remover pacotes de software com ele. O urpmi lida com dependências automaticamente, ou seja, verifica e resolve dependências se necessário. Para iniciantes, a ferramenta gráfica RPMDrake é recomendada ao invés de urpmi, pois RPMDrake é mais amigável para usuários inexperientes.

Lembre-se, é necessário privilégios de root.

Abaixo, alguns comandos básicos de urpmi:

Instalar ou atualizar pacotes
urpmi pacotes
urpmi pacote.rpm

Remover pacotes
urpme pacotes

Remover dependências e programas órfãos
urpme --auto-orphans

Buscar pacote com nome correto (absoluto)
urpmq pacote

Buscar pacote com nome aproximado
urpmq -y pacote

Atualizar o sistema operacional
urpmi --auto-update

Para mais detalhes, execute urpmi --help e urpme --help, ou leia os manuais executando man urpmi, man urpme e man urpmq, ou leia diretamente pelo Mageia Wiki - URPMI

Um exemplo de saída do URPMI


Sim, é apenas um screenshot, exibindo a saída do comando URPMI aguardando a confirmação para instalar os pacotes screenfetch, neofetch e youtube-dl.

Adicionando Repositório do Google Chrome

Você pode baixar o pacote RPM do Google Chrome e instalar com apenas dois cliques sobre o pacote, mas se você deseja obter atualizações automáticas para o navegador, o interessante é adicionar o repositório do Google ao URPMI do Mageia, e neste caso, usaremos linha de comando.

Lembre-se, é necessário privilégios de root.

1 - Adicione o repositório:

urpmi.addmedia --update google-chrome http://dl.google.com/linux/chrome/rpm/stable/x86_64

2 - Importe a chave de assinatura pública:

rpm --import https://dl.google.com/linux/linux_signing_key.pub

3 - É necessário um passo extra, que é associar a chave ao repositório do Google:

Abra o Centro de Controle Mageia → Gerenciar Programas → Configurar Mídias → Opções → Gerenciar chaves → desça para selecionar google-chrome → Adicionar →
selecione a chave 7fac5991 → OK.

4 - Por fim, instale o navegador com o comando:

urpmi google-chrome-stable

Pronto. O Google Chrome está instalado e pronto para o uso.

Repositórios de Software

Os repositórios oficiais do Mageia contêm:

Core: Pacotes de código aberto gratuito.

O conjunto de mídia do Core é adicionado por padrão e o “Core Release” e “Core Updates” são habilitados por padrão.

Nonfree: Inclui pacotes que são gratuitos mas contêm software de código fechado. Este repositório inclui drivers proprietários NVIDIA e ATI, firmware para várias placas Wi-Fi... etc.

O conjunto de mídia do Nonfree é adicionado por padrão e o “Nonfree Release” e “Nonfree Updates” são habilitados por padrão.

Tainted: Inclui codecs de áudio e vídeo necessários para certos arquivos multimídia ou DVDs comerciais. Esses pacotes podem infringir patentes ou leis de direitos autorais em determinados países.

O conjunto de mídia contaminada é adicionado por padrão, mas não é habilitado por padrão, ou seja, é totalmente opcional.

Com base nas informações disponíveis no Wiki do Mageia, para um usuário comum, é recomendado que deixe habilitado as seguintes mídias:

Habilitado Atualizações Mídia
(x) ( ) Core Release
(x) (x) Core Updates
(x) ( ) Nonfree Release
(x) (x) Nonfree Updates
(x) ( ) Tainted Release
(x) (x) Tainted Updates

Caso você queira instalar o Steam, ele requer que os repositórios 32-bits estejam habilitados, neste caso, habilite-os:

Habilitado Atualizações Mídia
(x) ( ) Core 32bit Release
(x) (x) Core 32bit Updates
(x) ( ) Nonfree 32bit Release
(x) (x) Nonfree 32bit Updates

Caso estes repositórios 32-bits não se encontram presentes em seu sistema, não se preocupe, basta adicionarmos uma mídia adicional:

Centro de Controle Mageia → Gerenciar Programas → Configurar mídias… → Arquivo → Adicionar um espelho específico → Responda “Sim” → BR → selecione “mageia.c3sl.ufpr.br” → OK.

Os repositórios 32-bits surgirão e você poderá habilitá-los.

Considerações finais

Mageia é uma distribuição Linux fácil de instalar, usar e manter, e o mais importante, é uma distribuição estável. Possui o Centro de Controle Mageia que permite o usuário realizar diversas configurações de sistema através de ferramentas gráficas, o que torna dispensável o uso de linha de comando.

Um outro ponto positivo que vale a pena destacar, é que Mageia 8 ainda oferece suporte a computadores 32-bits, o que o torna um forte candidato para algumas máquinas antigas.

Apesar da distribuição não ser tão mencionada como Ubuntu e Fedora no Brasil, em minhas pesquisas pude notar que Mageia possui uma comunidade sólida espalhada pelo mundo, possui uma página dedicada que apresenta relatórios de atividades e financeiros anuais, cuja receita vem crescendo a cada ano graças as doações da comunidade, e enquanto houver este apoio comunitário, haverá segurança em relação ao Mageia, garantindo seu desenvolvimento ativo por mais longos anos.

Links

Site oficial do Mageia: Clique aqui
Baixe o Mageia: Clique aqui
Downloads Alternativos: Clique aqui
Documentação do Mageia: Clique aqui
Fórum Mageia Brasil: Clique aqui
Central Comunitária: Clique aqui
Wiki do Mageia: Clique aqui

Referências utilizadas para esta matéria

Conectiva – Wikipédia, a enciclopédia livre
MandrakeSoft – Wikipédia, a enciclopédia livre
DistroWatch.com: Conectiva Linux
DistroWatch.com: Mandriva Linux
Mandrakesoft to buy Conectiva
Mageia - Uma nova distribuição Linux
https://tecnoblog.net/178780/fim-da-mandriva/
DistroWatch.com: Mageia
Flatpak—the future of application distribution
Ways to install programs - Mageia wiki
https://mageiadobrasil.com.br/forum/viewtopic.php?p=9100&sid=ba0ee3ed938fd1b05e410a77aee1f377
Linux Software Repositories – Google
Install media in Mageia for beginners - Mageia wiki
Atividade Mageia & amp; relatórios financeiros

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Suas matérias são muito bem feitas, parabéns. :clap:

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Valeu pelo elogio mano, eu tento me esforçar pra fazer algo bem construído

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Bem, esse esforço vale muito, pra ter um resultado desses.

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Por anos a Mandriva foi minha distribuição, hoje o Mageia é o que em minha opnião amis representa minha querida Mandriva.

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Parece ser interessante…
Mas como tá a quantidade de pacotes em repositório?
E os outros ambientes gráficos, tem o mesmo padrão? Digo de funções em GUI? Ou segue a maioria? (dentro de algumas funções em modo texto)

1 curtida

Ainda vou dar uma olhada em relação a quantidade de pacotes

Por enquanto só realizei a instalação do Plasma, então não sei como é nos outros ambientes, vou experimentar o Gnome nessa semana.

Mas acredito que o RPMDrake e Centro de Controle do Mageia provavelmente estejam presentes em outros ambientes sim.

Assim que eu souber de algo eu comento aqui.

1 curtida

Quando eu usava o Mageia, o RPMDrake e o Centro de Controle estavam presentes em outros ambientes gráficos. É algo que vem desde antes do Mageia, é uma marca registrada das distribuições baseadas no Mandrake.

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@ewertonurias para atualizar o sistema é mais fácil utilizar o seguinte comando:

urpmi --auto-update

Esse comando primeiro atualiza os repositórios e depois procura por atualizações. É o equivalente a rodar os “urpmi.update -a” e “urpmi --auto-select”, só que em apenas um comando. E eu acho mais intuitivo, porque já deixa explicito o que ele vai fazer.

Um parâmetro que pode ser útil em alguns casos, é o “–no-recommends” que funciona junto com o “urpmi”, é igual a função do apt: “urpmi nome_do_pacote --no-recommends” ou o oposto, para instalar todo os recomendados: “urpmi nome_do_pacote --allow-recommends”

@ruanelivelton18 o tamanho do repositório não é como um Debian ou o AUR, mas dentre as coisas de uso comum, normalmente, se acha nos repos. A partir da versão 8 ele já vem com suporte a flatpack habilitado por padrão. E o Drakconf (Centro de Controle Mageia) tem suporte a instalação de flatpacks. Não sei como funciona, porque não utilizo esse tipo de pacote e tenho o suporte a eles desabilitado. Mas, dando uma olhada no fórum, parece que funciona bem.

Em relação aos outros ambientes, por padrão, a distro disponibiliza três DE’s pré-configuradas, Xfce, KDE e Gnome. Mas, para instalar outra DE’s ou você baixa o DVD (de 4gb) ou faz a instalação via netinstall. Se instalar com as opções padrão que as outras DE’s marcam no instalador, no final do processo você terá o Centro de Controle e suporte a flatpacks.

Se quiser, dá pra instalar depois também, obviamente. Dá para instalar selecionando apenas as categorias que quiser, no instalador do dvd ou netinstall, não nas isos live. De cabeça, na seleção de pacotes, para ter o Centro de Controle, você tem que marcar a opções “configuração” e “Ferramentas de Console”, ou alguma coisa assim, não lembro agora. Para instalar apenas o Centro de Controle, após a distro instalada, é só usar um:

urpmi drakconf

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Arch x86_64 = 27.390 pacotes
Arch i586 = 27.255 pacotes
Arch armv7hl = 26.836 pacotes
Arch aarch64 = 27.058 pacotes

Peguei estas informações daqui: http://madb.mageia.org/package/list/application/0/arch/x86_64

Aproveitando que estamos falando de pacotes… Mageia tem suporte a Flatpaks, cuja informação ainda não adicionei na matéria, mas vou adicionar daqui uns dias junto com mais algumas coisas, inclusive sobre habilitar repositórios non-free para instalações de softwares proprietários (apesar da tela Bem-vindo à Mageia já ser bem explicativa sobre isso).

Fiz três novas instalações Mageia 8 numa VM hoje cedo, com GNOME, XFCE e LXDE em cada uma, pra ter uma noção:

Mageia 8 GNOME 3.38.3-stable
Mageia Cauldron que será o próximo Stable já possui o GNOME 40

Mageia 8 XFCE 4.16

Mageia 8 LXDE (Não sei ver a versão dele)

Pelo visto é como o @rasolar disse, é uma marca registrada das distribuições baseadas em Mandrake, as ferramentas devem ser presentes em todos os ambientes.

Sim mano, é uma distribuição até que legal de se usar, é uma experiência próxima ao openSUSE, com a diferença de não haver patterns. É bem provável que a partir de agora usarei Mageia no notebook e openSUSE no desktop.

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Ah sim, estarei editando este trecho na matéria, e mais tarde estarei adicionando mais informações.

URPMI ainda é uma novidade pra mim, não sabia que urpmi --auto-update é equivalente a urpmi.update -a && urpmi --auto-select, ajudou muito explicando isso, valeu.

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Agora por ultima duvida kkkkk
Na versao DVD nao gasta internet pra nada? Assim se eu marcar as opcoes Non-free ja adiciona o repositorio sem gastar o acesso a internet ou nao?
O live cd vem com os mesmos programas em geral e o mesmo instalador ou muda muito?

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Esse vídeo é do DVD de 4GB do Mageia 8 numa VM, acabei de gravar pra mostrar o procedimento sobre habilitar os repositórios nonfree durante a instalação do Mageia:

Como pode ver aos 0:50, o Mageia só mantem os repositórios “Core Release” (base da distribuição) e “Nonfree Release” disponíveis e habilitados por padrão.

Caso você não adicione uma mídia adicional HTTP, a próxima tela seria esta:

Você não teria os “Core 32-bit Release”, nem nenhum “Tainted Release”.

Caso você realize a instalação do Mageia sem adicionar uma mídia adicional, você poderá adicionar mais tarde pela tela “Bem-vindo à Mageia”, como mostro na imagem abaixo:

Mas respondendo a sua pergunta, conexão com a internet só será necessário caso você queira adicionar os espelhos durante a instalação do sistema, para poder habilitar os repositórios “Core 32-bit Release” e “Tainted Release”.

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Essa eu vou ficar te vendendo, ainda não tive tempo pra ver LiveCD, mas “eu acho” que não muda nada. Bem provável que instalar um Mageia GNOME pela ISO de 4 GB, ou instalar um Mageia GNOME LiveCD pela ISO de 3 GB, os pacotes serão absolutamente os mesmos.

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Parabéns, @ewertonurias! Material muito bom, como sempre.

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A citação do Conectiva e do Mandrake me levou de volta no tempo :smiley: :star_struck:

Daí me veio uma dúvida:
Qual a relação atual do Mageia com o OpenMandriva? são projetos “irmãos” ou não tem nada a ver um com o outro?
Lembro de ter instalado o OpenMandriva 4.2 há um tempo e lembro de ele ter 3 ou 4 “tipos” de releases, como o Debian, algo como Stable, Testing, etc. Procede? o Mageia tem isso também?

Parabéns pelo artigo. Muito legal.

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@ruanelivelton18 No dvd não. Dá para fazer a instalação totalmente offline. Só tem a questão dos repositórios que o @ewertonurias citou. E o instalador das isos live é bem diferente dos instaladores do DVD e do netinstall. Porque? O das isos live instala o sistema identico ao que você testa no liveusb. Logo, não tem opção de seleção de pacotes nem nada. Praticamente, só tem opção de mexer nas partições, algumas coisas do grub e criar seu usuário. É praticamente só isso nas isos live (xfce, kde e gnome). E, sim, os programas são os mesmos. A diferença é que no netinstall, obviamente, ele baixa da internet. E o dvd ele instala os pacotes que já estão disponíveis no dvd. E, tanto na netinstall quando no dvd, é possível selecionar os pacotes ou grupos de pacotes a serem instalados, o que, como disse, não é possível instalando através de uma live.

@lfmoreno que eu saiba, são projetos distintos. As distros da família Mandriva, acho que em comum, só tem mesmo a origem. Rosa (que é uma empresa), OpenMandriva (acho que é empresa também), PcLinuxOs e Mageia tem desenvolvimentos próprios. Nunca testei o Rosa e o OpenMandriva. Na verdade, cheguei a testar o OpenMandriva a um tempo atrás e em máquina virtual. Achei que ele fica atrás do Mageia e do PcLinuxOS. O PcLinuxOS já utilizei, é rolling release e ainda usa o apt-rpm e não tem systemd.

Não. O Mageia tem, basicamente, duas versões. Sempre que lança uma nova, a antiga tem alguns meses de suporte ainda, mas é pouca coisa. Então eles mantém sempre duas versões, a estável (atualmente é a recém lançada versão 8) e a Cauldron que é a versão que será a próxima estável, que é a versão de desenvolvimento.

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Tanto o Mageia quando o OpenMandriva são forks do Mandriva (oh, que saudades do Mandriva!).

Já o Mandriva (distro extinta) e o PCLinuxOS (este ainda existe!), são forks do Mandrake (que não existe mais há muito tempo).

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Além do Mageia, existem mais duas distribuições que buscam manter o espírito Mandriva, são elas ROSA e OpenMandriva Lx.

  • ROSA é uma distribuição Linux de uma empresa Russa de mesmo nome, que bifurcou o Mandriva Linux em 2012. A empresa foi fundada no início de 2010 e lançou a primeira versão do sistema em Dezembro de 2010, voltado somente para usuários corporativos, mas no final de 2012 eles iniciaram a distribuição orientada ao usuário final (Desktop).
    O gerenciador de pacotes é o urpmi.

  • OpenMandriva Lx é de uma empresa Francesa, com seu sistema baseado em ROSA Linux. A empresa foi fundada em Dezembro de 2012, e a primeira versão estável do sistema foi lançada no final de 2013.
    Em 2015 houveram mudanças significativas no sistema, foi a primeira distribuição Linux para desktop que foi construída completamente com o compilador Clang em vez do GCC.
    Em 2019, o sistema mudou o gerenciador de pacotes DNF para gerenciamento de software, incluindo o Dnfdragora da Mageia para substituir o RPMDrake.

Imagens do ROSA 11 do Distrowatch

Imagens do OpenMandriva Lx do Distrowatch

Ainda não tive experiência com nenhum deles, só juntei as informações que consegui através de pesquisas.

Sinceramente eu não sei responder, a única coisa que posso dizer é que, analisando os sites oficiais, todos estes projetos possuem em comum um mesmo objetivo, que é manter o Mandriva Linux vivo.

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Agora posso dizer que surpreendeu até muito do que eu esperava…
Isso que e uma distribuição completa de verdade

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