Não exatamente… eu achava o processo de gravação dessas mídias bastante burocrático e, dependendo do hardware empregado, lento também. Melhorou com o passar dos anos, mas nunca foi tão prático como um disco magnético (rígido ou flexível) ou de estado sólido. Meu software preferido para gravar CDs é o K3B, mas em máquinas sem o KDE, eu uso o Brasero (é o que está instalado e acessível aqui no FVWM). Cheguei a usar o X-CD-Roast também, muito mais arcaico.
Se há algum saudosismo da minha parte, ele envolve mais as revistas que montavam compilações de softwares (e algumas outras bobagens, como papéis de parede, cliparts, fontes etc) em CDs ou DVDs. Algumas delas amadureceram com o passar dos anos e faziam curadorias muito razoáveis, principalmente do lado Microsoft da força. Eu tive contato com muita coisa legal graças a esses CDs. Um dos meus primeiros jogos licenciados, StarGunner, veio num CD-ROM da finada CD Expert.
Outra coisa que eu gostava no lado Microsoft eram os sistemas de multimedia authoring, especialmente o NeoBook, que rodava em DOS e foi usado pela CD Expert em diversas edições. Combinado com bons cliparts, botões transparentes, entre outros efeitos, era possível produzir uma experiência muito bacana (considerando o contexto dos anos 1990). No Windows, eram comuns produções usando ToolBook, Macromedia Authorware, Macromedia Director e IconAuthor.
Exemplo de menu feito com o NeoBook, na edição 50 Best Games da CD-Expert:
Exemplo de menu feito com o NeoBook, na edição Jogos de Horror da CD-Expert:
Já no lado Linux, tivemos excelentes revistas, como a Linux PC Master, que vinham com uma distribuição e conteúdo de qualidade. A Linux Magazine também tentou fazer isso durante um tempo, mas o perfil da revista foi ficando muito mais engravatado e menos empolgante para a maioria dos usuários.
Parte da minha coleção de CDs da Linux Magazine e da Linux PC Master:
CDs da primeira versão do Conectiva Linux Edição Servidor:
A julgar pelas fotos acima, nem preciso dizer que eu ainda tenho vários CDs guardados e, em alguns casos, mantenho imagens para acesso rápido nos sistemas que rodam via emulação ou virtualização, por exemplo, no DOSBox, eu escrevi um arquivo batch que facilita a montagem a partir de uma lista: se executado sem parâmetros, fornece uma lista de todos os discos, se executado com o nome do disco, executa a montagem (se um disco estiver montado, desmonta primeiro). O batch é invocado a partir de um ícone no QuikMenu III.
Chamando o batch sem parâmetros:
Batch devolvendo a lista:
Batch montando mídia após ser invocado com o parâmetro “horror”, que corresponde à edição Jogos de Horror da CD Expert: