Você certamente não está sozinho.
Acho que a pandemia exterminou altos níveis de sanidade de praticamente toda a população do planeta que ainda as tinha.
Por outro lado, quase tudo parece ter migrado para um modelo de aumentar a exposição e ter sucesso entre algoritmos.
Vou pegar por uma indústria pela qual tenho muito apreço, mas considero que está numa fase quase que pré-falimentar, pelo menos enquanto modelo de negócio que conhecíamos, que é o cinema.
Pós anos 70, quando temos os blockbusters passando a determinar o modelo de negócios e predominar no referido mercado, por ter maior margem de lucro (e ser pensado para tal), tivemos algumas “eras” de determinados tipos de filmes. Mas nada que se compare, nem de perto, à “chatice” que virou o predomínio de super-herois , que já existiam, tiveram bons e maus filmes, porém chegou num ponto que eu, que gostava, sem ser fã, perdi a paciência, porque quero consumir outras coisas.
Digo cinema porque é uma mídia em que “didaticamente” se observa o fenômeno. Hoje aquele filme de “sessão da Tarde”, baratinho ou médio custo com uma boa história, dificilmentet vai conseguir ser aprovado. Ou é algo muito barato, com atores desconhecidos, do qual, por um milagre, você pinça alguém de futuro sucesso, ou só vai ser aprovado se tiver potencial para levar multidões e lotar as inúmeras salas de cinema que, num paradoxo, oferecem cada vez menos variedade.
Sobre redes sociais, não as deixei de todo. Mas de longe, a que mais tenho usado, e é muito pouco, para meus parâmetros anteriores, é o linkedin. Gosto de ler o resumo do dia e ver uma ou outra coisa que apareça em destaque no começo do feed.
Normalmente, não gosto, muito menos recomendo documentários. Justamente porque entendo que eles tem uma presunção de veracidade que não é razoável. Entretanto, para o tema, é quase que requisito assistir a “O Dilema das Redes”, disponível no Netflix. Particularmente, me chamou a atenção como quem construiu as redes não permite que os filhos as utilizem.