Olá pessoal, sei que a pergunta do título é bastante subjetiva. Porém estou pensando em comprar um segundo monitor para melhorar meu atual fluxo de trabalho, porém não sei é realmente um investimento necessário.
Gostaria de ouvir relatos de pessoas que trabalham com mais de um monitor, ou um monitor ultrawide, no contexto de desenvolvimento de software, se isso realmente afetou positivamente ou negativamente no seu fluxo de trabalho
Bom dia, o segundo monitor realmente pode te ajudar a ter mais produtividade em grande parte dos casos, pois te fornece mais opções de customização de como os aplicativos vão ficar abertos e dispostos, além de dar um acesso “fácil” a janelas que devem ser vistas o tempo todo.
Nos meus trabalhos em que usei o segundo monitor, na época em que redigia para o blog Diolinux, o segundo monitor me auxiliava a executar softwares ou maquinas virtuais de sistemas que eu estava escrevendo, sem a necessidade de ficar alternando entre janelas (Alt+Tab).
Hoje em dia, como auxiliar de escritório, utilizo um setup com 2 monitores sendo o
principal um Ultrawide de 26" segundo monitor a tela HD do notebook que eu uso para trabalho, quefunciona mais como um suporte para alguns softwares especificos, como o explorador de arquivos, leitor de PDF quando estou trabalhando com documentos e o perfil pessoal do navegador do edge, onde ficam meu whatsapp, YouTube Music e coisas que não gosto de misturar ao perfil dedicado a empresa.
Não trabalho com desenvolvimento (nem tenho conhehcimento amplo sobre o assunto), mas o segundo monitor pode te dar mais opções para teste de aplicativo, onde um monitor fica com a IDE e outro “renderiza o projeto”, ou fica com a documentação base do projeto que você está trabalhando, as possibilidades são muitas e em muitos casos, pode ser que você fique utilizando apenas o monitor principal e o secundario vai ser usado apenas para coisas especificas (como é meu caso, onde nem sempre o monitor secundário fica com algo aberto, as vezes so o papel de parede).
De primeiro momento, caso você realmente não tenha dinheiro para aplicar em um monitor secundário ou não sinta falta de um no momento, ele pode não ser um investimento necessário, mas caso você queira investir em seu setup e não tenha nada tão “urgente”, como uma peça de hardware interno, um segundo monitor é um investimento interessante para te ajudar a ser mais produtivo, mas se a resolução de seu monitor for boa e ele te atenda, pode ser que não seja um investimento necessário no momento.
Acho que isso depende de cada caso.
Sou da área jurídica também, como o colega @dotcarlinho, mas não me adaptei com 2 monitores. No meu caso, preferi um monitor grande, de 27’', usando o note como se fosse um desktop.
No monitor grande consigo por documentos e programas lado a lado e etc.
eu gosto muito de usar 2 monitores, e com windows achava q era obrigatorio
mas depois q mudei para gnome, as areas de trabalho virtuais tem um papel similar e competente suficiente para mim
ainda sim, por varias vezes gostaria de ter um segundo monitor para deixar terminal e pasta aberta enquanto programo no vscode
ou então se for desenvolvimento web, uma outra tela com o site aberto para facilitar a visualização
Para mim, sim. Estou escrevendo isso utilizando o segundo monitor.
No contexto de desenvolvimento para mim é excelente pois deixo a IDE no monitor principal e realizo os testes no monitor secundário, por exemplo.
Necessário não creio que seja, pois tu pode organizar as janelas de forma a utilizar da melhor maneira o espaço do monitor e utilizar diferentes workspaces para tarefas diferentes, por exemplo.
Pode inclusive utilizar um tiling window manager ou o Pop Shell no Gnome para organizar as janelas automaticamente lado a lado e assim aproveitar o máximo de espaço da tela.
Basicamente depende do fluxo de trabalho. Na época que eu verificava muitos documentos eu adorava ter o segundo monitor e ainda deixava ele na vertical, então o pdf já abria inteiro na tela para eu investigar. No outro monitor ficava minha tabela de verificação. A ideia básica é que, se vc precisa fazer muita ginástica para trabalhar em dois ou mais programas ao mesmo tempo, vai valer a pena ter um segundo monitor. Isso era de uma tremenda vantagem na época que os monitores tinham baixa resolução.
Eu trabalhei em casa esporadicamente com programação com apenas um monitor QHD, e usando “tiling” e áreas de trabalhos virtuais já resolveu meu problema. Hoje nem cogito usar um segundo monitor pois quando abro dois documentos, ambos conseguem ser legíveis.
Lembrando também que há a opção de monitor ultrawide que já é basicamente o mesmo que dois monitores antigamente, mas pessoalmente não me agrada a ideia da tela gigantesca.
Também há algumas telas pequenas de 7 a 10 polegadas que podem ser usadas como auxiliares por um preço bastante convidativo. Pode resolver problemas específicos e algumas com conexão USB.
Eu tenho um monitor Full HD de 23", uso GNOME e aproveito as workspaces também, mas o tiling ainda não peguei realmente para usar. No geral a necessidade que eu senti foi por me incomodar um pouco com o excesso de alt+tab, trocar do navegador pro Vscode por exemplo. Eu gosto de manter a tela cheia quando programo na maior parte do tempo.
Pensando, talvez meu fluxo se beneficie mais de um monitor maior do que um secundário…
kkkkkk eu já usei 2 monitores por um tempo, mas não por tempo suficiente para sentir esse incomodo, talvez depende de como dispor os monitores na mesa resolva ?
É que para mim usar monitor menor que 27 é muito pequeno, acho que estou ficando velho. Usar dois (ou mais) de 27 tem que mover muito a cabeça, talvez uma solução seja deixar o segundo monitor na vertical.
Também sou dev e já utilizei as seguintes configurações:
Apenas notebook 14’’ HD 60hz
Monitor 23’’ FHD 60hz (Sozinho e com o notebook de segunda tela)
Monitor UltraWide 34’’ UWHD 75hz (FHD do UltraWide) (Sozinho e com o monitor de 23’')
Monitor 32’’ QHD 165hz
Tive algumas conclusões sobre:
Quanto menos resolução o monitor principal, mais aumenta a necessidade de um segundo monitor. Exemplo, quando uso monitor FHD, fica mais confortável usar um segundo monitor FHD ou HD. Caso do ponto 1 e 2 acima.
Monitor UltraWide na resolução UWHD (FHD) parece amplo e grande. Para jogar era ótimo. Para programar nem tanto. Muitas vezes não cabia todo o código de uma linha usando janelas lado a lado. Uma no VS Code e outra no Pycharm por exemplo. Logo quase força a ter um segundo monitor. (Vai por mim, um monitor grande com resolução ‘‘pequena’’ não é legal).
Taxa de atualização importa e muito. Traz um conforto visual muito bom que ajuda no fim do dia. No meu notebook de trabalho suporta QHD em 60hz e FHD em 120hz. Se o trabalho não exige abas de código abertos lado a lado, eu uso FHD. Se exige, uso QHD.
Considerações:
Prefira monitores com mais de 120hz (Bem importante).
Monitor 27’’ de preferencia QHD (FHD da também). Talvez junto com um segundo monitor de mesmo tamanho para menor fica bom.
Monitor 32’’ tem que ser QHD. Não acho que precise de um segundo monitor dado a seu tamanho e área de visualização.
Monitor 4K não me parece fazer muito sentido visto que o tamanho da fonte fica muito pequeno (e não testei ainda).
Monitor UltraWide, só se for em UWQHD (QHD do UltraWide) de 34’’ (afinal sua área 16:9 seria de um monitor 27’'). Talvez seria a melhor opção para dev… infelizmente não testei ainda.
Minha opinião: usar dois monitores mais me atrapalhou do que ajudou. No fim do dia eu ficava perdido e naquela busca por saber onde esta as coisas abertas e acabava usando apenas um monitor, mesmo tendo dois. Não abro mão de 120hz, ajudou muito no cansaço, e de QHD, a maior área de visualização ajuda muito e é o que importa para nos devs.
Da para ficar com duas janelas abertas lado a lado sem grandes perdas de espaço visual das janelas. Muitas vezes uso Pycharm de um lado, janela flutuante de debug na superior do outro lado e um a terceira janela abaixo da de debug com algo extra, como documento ou terminal para executar cURL. Quando vou conferir algo no banco, tela cheia, conferir algo na fila do RabbitMQ, tela cheia, conferir algo no Elasticsearch, tela cheia, logs da em homologação ou produção, tela cheia… Percebi que não sou tão multi foco e dois monitores me faz cansar kkkkk
Edit:
Respondendo a pergunta do tópico: Depende. Para mim, não.
Interessante citar isso, acredito que nunca reparei muito na questão da frequência porque sempre usei monitores de 60hz, achei que mais do que isso seria só algo pra “gamer” e não traria muito benefício prático para o dia a dia.
Me identfico kkkkk Eu sou muito mais de usar os programas em tela cheia na maior parte do tempo, o motivo desse meu questionamento surgiu muito por uma situação recorrente do meu fluxo de trabalho.
Estar com o VsCode aberto com várias abas de código, Chrome aberto com o chatGPT e mais abas, estar com o Dbeaver aberto e mais abas dentro dele e o mesmo vale para o terminal e outros programas… No geral eu trabalho com 3 workspaces:
Navegador
VsCode + Terminais + Dbeaver (ou outro software relacionado)
Spotify + Pomodoro (as vezes) + Documentos ou páginas do navegador não diretamente relacionadas com o trabalho mas que eu posso precisar no processo
Digitando agora, talvez o problema seja mais a forma como eu me organizo dentro das workspaces do GNOME, um exemplo que me irrita muito é quando o alt+tab me joga pra uma janela de uma workspace que não é o foco do momento
Gostei dessa opção, coloquei alguns pra acompanhar o preço.
Isso depende totalmente da preferência e do fluxo de trabalho. Pode ajudar ou causar distração e atrapalhar.
Eu cheguei a usar dois monitores por um tempo. Depois fiquei com apenas um monitor ultrawide de 29". A experiência do monitor grande único, para mim, é infinitamente melhor.
Eu também não tinha reparado nisso e pensava da mesma forma, vários anos de faculdade e de trabalho ate que um dia comprei e vi que para desenvolvimento faz uma diferença. A ponto de quando vou usar 60hz, acho estranho no começo. A diferença fica por conta do conforto mesmo e como passamos varias horas na frente do pc, esse conforte ajuda haha.
Quando usei dois monitores, deixava um para ficar com Slack aberto o tempo todo ou Postman. Acabava que voltava todo mundo para a tela principal e ficava só o player de musica no outro monitor kkkkk
Eu uso o Linux Mint e não uso workspaces (mesmo quando no Gnome), justamente pelo que comentou, alt+tab mudava de workspace ai eu ficava perdido novamente kkkkk. Penso em testar com Gnome e workspaces para ver se fica mais “natural” o fluxo de trabalho, inspirado no video do Diolinux.
O que ajudou muito foi realmente organizar a forma como trabalho. Não deixando infinitas abas abertas… ou outros programas que não estão em uso. Ficar centrado em ate duas janelas, notei que fica mais eficiente o trabalho afinal poucas vezes precisamos usar mais de 3 apps de uma vez.
É a que uso atualmente, gostei tanto que nem cheguei a testar com um monitor extra. Fiquei 2 meses trabalhando apenas no notebook (14" HD) e senti que precisava de outro monitor, quando voltei a usar o de 32", senti que não precisava de outro kkkk.
AAHH lembrei de algo, bem importante, na empresa em que trabalho, uma das normas (esta mais para recomendação) é quando for compartilhar tela (trabalho remoto), compartilhar apenas a aba ou janela, para não mostrar possíveis informações sensíveis a outros, como conversas do Slack (agora uso GChat). Se você tem algo parecido as vezes fica interessante um segundo monitor para Slack ao qual você nunca vai compartilhar a tela e ninguém vai olhar o que conversa. Eu uso o celular nesses casos kkkkk, praticamente não abro o chat quando estou compartilhando tela.
Na maioria das vezes, sim. A ideia principal no uso de dois monitores, é diminuir a quebra de contexto.
Minimizar, ter que reorganizar ou trocar de desktop, quebram contexto, e quando dizemos “quebra de contexto” é no sentido em que você se distrai do trabalho, para reorganizar o material em que está trabalhando ou se localizar na abstração que não é tão natural quanto uma tela meramente maior e com a mesma nitidez, onde você precisa reorganizar menos aquilo com que está trabalhando, e tudo demanda apenas mover os olhos, ou no máximo, a cabeça.
O problema é que, quando estamos falando de 2 monitores e mouse, isso não é instantâneo e demanda um tempo de adaptação não muito curto, mas eu já vi dezenas de pessoas fazerem esse caminho, e a maioria se beneficia, pois a maioria trabalha com mais coisas do que aquilo que cabia em seus monitores, ao mesmo tempo.
É importante ter atenção a questões ergonômicas, idealmente tudo deveria estar dentro do campo de visão, é um dos motivos pelo qual não recomendo ultrawide, eu já visualizo a pessoa tendo problemas com a articulação do pescoço. Também não é uma questão de ter 2 aparelhos, mas sim uma tela grande, e com DPI adequado.
É exatamente esse o maior problema que eu to enfrentando, a quebra de contexto. Mesmo com os workspaces do Gnome e usando um pouco de tiling, ainda sim eu sofro com isso.
Não são raras as vezes que eu dou alt+tab e vou parar numa janela nada haver em outra workspace, ou eu troco de desktop e esqueço o que eu tava olhando, principalmente quando é algo com documentação…
Mas, pelas respostas desse tópico, o caminho parece ser um monitor maior e usar mais tiling. Eu evito fazer tiling porque eu sinto que perco uma área importante do desktop, principalmente no vscode onde no geral eu gosto de utilizar em tela cheia. Porém, com um monitor de 27" ou 32" seria mais agradável talvez ?
Isso, no geral eu gosto de um monitor só pelo fato de precisar mover a visão pra um ponto e já está lá. Algo que talvez com um segundo monitor não seria possível, mas não sei se realmente isso causaria problemas a longo prazo.
Outro ponto sobre um monitor secundário foi isso aqui que o @Stub comentou
Quando eu usei dois monitores por alguns dias, eu senti esse mesmo problema, eram monitores menores, um de 18" e outro de 16", mas eu acabava sempre concentrando tudo no monitor maior. Só deixava no secundário coisas que eu não precisava olhar constantemente
Em termos ergonômicos, a ideia é não aplicar tensão em músculos e articulações do pescoço, eu sei que parece bobagem, mas N horas tensionando um tendão ou articulação é receita certa para problemas sérios a longo prazo. Você sem perceber passou minutos ou até horas olhando para cima, para a esquerda, e se lesionando.
Eu ainda prefiro 2 ou 3 monitores, pois eu consigo “quebrar” essa tendência wide da indústria com braços articulados e consigo 3 coisas que acho importante, grudar a borda do monitor na mesa, colocar um sob o outro ou rotacionar.
Eu acho que o maior problema são os ultrawide. Rotacionado, você vai olhar para cima, se for muito grande, você vai olhar para os lados, se tiver mais um monitor, não importa o tamanho do UW, ele vai ferrar você. E digo por experiência própria, de quem continua lidando com problemas no pescoço por ficar mais de 1 ano com um monitor UW + W no setup.
Ai é uma questão de foco. No meu trabalho como desenvolvedor, o meu setup mais comum é emulador + terminal + documentação em uma tela e o código em outra. Mas eu tenho um costume, me nego a ficar dividindo o foco com a equipe via chat quando estou trabalhando. Eu ligo o modo foco no Mac por 1h, que geralmente é um tempo em que consigo me manter antes de dar uma pequena pausa.