Rapaz tu tocantes no meu coração. Mas espia uma coisa. Mais cedo do que tarde o cara descobre que não existe mágica e vai de volta pra onde as coisas funcionam bem.
Na minha opinião, para o Linux cair na graça do povo precisa de uma Big Company cheia de $$$, com muita vontade de que isto aconteça.
A Android Inc começou em 2003 com a finalidade de desenvolver um Sistema Operacional para câmeras, o Android. Ninguém conhecia a Android Inc nesta época.
Google foi comprar a Android Inc em 2005 por R$50 milhões de dólares. O que aconteceu com o Android que usa o Kernel Linux (assim como Ubuntu, Manjaro, Arch, Gentoo e etc…) e que quase ninguém conhecia? Quase todas as pessoas do Mundo tem o Sistema Operacional Android. E alguém que usa Android reclama de exe, wine, deb, rpm, msi etc…? Mas eles são apks, por que ninguém reclama e por que ninguém quer instalar exe, wine no Android?
Se a Google não compra-se o Android, hoje ele poderia ter seguido o caminho de uma Distro Linux talvez e estar sofrendo este dilema… Será que isso é psicológico e tem haver com a forma física do computador? Uma caixa em forma de torre com monitor teclado e mouse ou um notebook é só Windows, exe… Já uma uma caixa que cabe na mão e é touch screen, é só Android. E se tiver a Maça? Daí é dos ricassos, Apple. E se eu colocar uma placa de mãe com Android dentro de um gabinete de pc, talvez as pessoas irão querer instalar exe… O que motiva as pessoas instalarem exe em distros Linux?
Mas ae eu penso, hoje as pessoas não consideram o Android ser um Linux, apesar de ele usar o Kernel Linux… Isso quer dizer que, se alguma distro Linux quiser ser como Windows, Android, IOS, MacOS ela deixará de ser considerada distro Linux?
Sistemas Operacionais somos poucos que entendemos em comparação com a humanidade, a maioria quer pegar usar e ser feliz, não querem serem aborrecidas pelo SO.
PS.: Será que Linux poderia ser uma palavra portmanteau, ou seja, quer dizer “Liberty Unix” > “LiUnix” > “Linux”? Mas ele tem um limite que se passar não é mais Linux…(inventei da minha cabeça essa palavra portmanteau Linux, sei que não é este o significado).
Acho que o que fez o android e o ios não passarem por isso é justamente que só hoje em dia vemos o celular como um possível substituto do pc para fazer as coisas.
Mas sobre o ponto das big tech, eu acho que é justamente algo valido, alguma empresa com muita grana/reputação se empenha em fazer parcerias, trazer estes softwares para as distros linux desktop, tipo o que a Samsung fez com o a adobe se não me engano para trazer algumas coisas do pacote adobe para o android.
Eu não sou muito iterado sobre a parte cooporativa que ronda o mundo linux, imagino que as duas maiores empresas que tem linux como seu produto principal (ou parte dele) são a canonical e a redhat, mas talvez nenhuma delas tenha condições ou vontade de fazer estes tipos de parceria.
Algo que as vezes pode ajudar um sistema a ficar mais popular e atrair publico para trazer mais visão das empresas talvez seja não usar o termo “linux” no nome sabe? Digo isso pq eu imagino um novato procurando sobre linux no youtube e dai cai em vídeos sobre distros xpto que são nichadas ou de uso especifico (governo, faculdades, ou sla um projeto pessoal de alguém), isso pode afastar tbm a pessoa pq ela pode ficar com medo vendo as inúmeras possibilidades, acaba sendo um mar de incertezas pra pessoa sabe?
Parceria, seria o terceiro ingrediente, exatamente.
Concordo muito, não vemos o nome Linux no Android.
Isso pode ser uma coisa maléfica na internet que atrapalha as distros, informações com comandos, códigos, informações velhas… As pessoas querem usar e serem felizes, sem aborrecimento e o Android consegue muito disso.
Quando comecei no linux a uns 8 anos atrás, o máximo que a gente via “na surface da surface” (youtube, google, etc) era o mint ou um ubuntu, era simples e fácil de escolher sabe? Eu migrando do windows na hora pensei “vou para este tal mint” (e depois de muitas idas e vindas eu voltei pra ele).
Hoje quando pesquisamos sobre acaba que sempre tem videos ou sobre aquelas distros problemáticas que o dio comentou em um dio responde, videos sobre distros nichadas, sempre com títulos meio bait ou “o melhor não sei o”, “adeus windows” (keywords que um novato pesquisaria eu imagino), isso causa uma sensação muito ruim na pessoa que tá descobrindo o mundo agora.
Uma amiga que entende o básico, ela sabe o que é um so, ela sabe que linux não é windows, etc, eu mostrei um exemplo pra ela de uma pesquisa no youtube e falando por cima tipo “a esse nunca ouvi falar, esse eu não recomendo por conta disso e daquilo”, nessa lista só tinha o ubuntu que eu realmente recomendaria (mais ou menos por conta do workflow) para um iniciante.
Enfim acaba sendo uma tangente do assunto falar sobre isso, mas acaba sendo algo meio vinculado, principalmente sobre tornar linux mais popular.
É que na verdade as pessoas querem um “windows 2.0”, como se o linux tivesse a obrigação de ser uma cópia barata do win.
No outro emprego, eu era da informática e eles resolveram dimiuir o número de computadores com Windows trocando para o Ubuntu(alguns Unity, outros Gnome) e alguns CentOS.
Tinha uma colega de trabalho que nunca tinha usado computador, mas ela subiu de cargo e no setor que ela iria trabalhar, o computador dela era o Ubuntu (Gnome).
Ela então gostou e comprou um computador com Windows. Ae ela me disse, “Poxa esse computador é estranho diferente, eu não gostei” e me pediu se tinha como ser igual o dela no escritório. Eu instalei o Ubuntu para ela e ela ficou feliz da vida.
Ao meu ver acaba sendo bem isso, como falamos “linux” isso acaba que abre toda a gama e variedade que comentei nos comentários anteriores. A pessoa fica confusa pq diferente do mobile que só tem 2 alternativas iOS e Android (acho que tem outras distros tbm mas não sei se são algo a nivel de estudo ou poc por exmplo).
Acho que acaba sendo mais vantagem “omitir” isso da pessoa, só falar “isso é ubuntu”, “isso é zorin” e meio que depois ela descobre que tbm é linux, fica mais assertivo e a pessoa não fica confusa e tem menos opções pra escolher.
E se duvidar ela demorou pra saber que é linux não? (isso é se ela souber)
Na empresa que trabalhei, usávamos o xubuntu, todos usavam normal, não sei se ao nivel de querer talvez usar no computador pessoal, mas tenho certeza que só o diretor da empresa e eu sabia que era um linux ali.
Uns 15 anos atrás, minha filha já estava super acostumada a usar Windows, mas resolveu fazer um “Curso de Informática Básica” oferecido gratuitamente no CRAS do nosso bairro – para ter mais um “certificado” no currículo.
Eu resolvi fazer aquele curso, também, só pra ver como era. – Foi pouco mais do que um “curso de datilografia” – “digitar sem olhar pro teclado” – com um software que registrava o número de caracteres que cada um digitava por minuto.
Minha filha também só lembra disso. – Está me dizendo que “até hoje”, digita “sem olhar pro teclado”. – E lembra que eu tinha de digitar devagar, porque o software não conseguia acompanhar minha velocidade.
(Putz, “datilografo” desde a adolescência. No tempo das máquinas de datilografar elétricas IBM, nos anos 80, eu já tinha de me segurar, para não travar o mecanismo).
Nada de Windows, Word, Excel, internet. – Minha filha diz que amanhã vai olhar o quê que consta do “diploma”. – Eu nem sei onde está o meu certificado.
Mas é claro que os computadores eram Windows! – Puxei conversa com o instrutor, sobre Linux, sobre um ABC bem básico de HTML (Hello, world!), mas vi logo que ele não ia “sair do script”.
No final, fiquei sabendo que ele era pago… pela Microsoft – e não pelo governo local, “dono” do CRAS.
E assim são 99% dos “cursos” – do mais básicão, até o mais avançadão – seja num CRAS de bairro periférico, seja num “trabalho de fim de curso” no 2º grau, seja numa faculdade.
O professor não precisa ser “pago” diretamente pela Microsoft – mas as licenças gratuitas do Windows, do Word, do Excel etc. para uso na “instituição de ensino”, são uma oferta graciosa da Microsoft – e os técnicos que montam os “laboratórios de informática”, e que dão manutenção e “suporte”, são treinados, basicamente, em Windows / MS Office etc.
Por isso, as especificações exigidas durante o curso, no 2º grau, e até no TCC etc. muitas vezes acabam impondo o uso do MS Word. – Já vimos zilhões de colegas desesperados, porque professores ou escolas não aceitam trabalhos feitos no LibreOffice! – e por isso, “precisam porque precisam” do MS Office.
Quem vai oferecer cursos de Iniciação à Informática, em Linux? – Aliás, quem vai montar milhares de “laboratórios” com Linux, para ensinar a “massa” a usá-lo? – Qual escola e qual faculdade vai converter seus computadores para Linux e adestrar seus professores para usarem Linux, LibreOffice etc.? – É muito mais fácil contratar técnicos, suporte etc. em Windows (porque são formados em massa), do que técnicos e suporte em Linux (que exige pensar, não basta seguir instruções e teclar Next, Next, Finish).
Um velho amigo meu, professor da rede pública, tem um piripaco, só de ouvir falar em “Linux”. – Aquilo foi implantado nas escolas, em alguma época – mas ninguém recebeu qualquer treinamento, os “laboratórios” nunca receberam manutenção, nem atualização, nem suporte algum.
Naturalmente, a Fundação Educacional comprou milhares de computadores, pagou pela instalação dos “laboratórios” em centenas de escolas – e não se fala mais nisso. – Como se o “elefante branco” fosse capaz de “se virar sozinho”, pelo resto da eternidade. Como se os novos professores já nascessem sabendo usar Linux.
Essa é a realidade que tenho visto: – A Microsoft investe para que todos já cresçam “sabendo” usar Windows, MS Office etc. – e quando se tornam professores, ou quando se especializam em “informática”, é Windows e MS Office que vão usar, e vão exigir dos estudantes.
Curso de Linux? – Quem vai montar os “laboratórios”? – Quem vai dar manutenção? – Quem vai dar suporte? – Quem aprendeu a usá-lo, para poder ensinar alguma coisa?
Eu comentei com ela sobre, “O que você comprou é Windows, e o que você usa é o Ubuntu Linux”, daí ela “Tem como o meu ser este Ubuntu”, nem considerou o Linux eu acho.
Porque na época eu gostava de “encher a boca” para falar a palavra “Linux”, mas de modo sutíl sem ser arrogante. “Eu uso o Linux Ubuntu.”
De uns tempos para cá, por causa da Google e o resultado do Android eu deixei de usar a palavra Linux e quando pego computadores antigos eu ofereço sistemas mais leves como Mint, Zorin, Ubuntu, Pop_OS, etc, (comecei a oferecer o Tiger OS)… E já explico tudo para a pessoa, onde ela pode encontrar os programas dela, loja de apps, e que se precisar de ajuda é só me chamar no zapzap.
Eu sei que não podemos usar “religião” aqui, mas, de forma respeituosa, acredito que é assim que as grandes religiões fazem. A partir de dados específicos, ensina 1 que ensina 2, que ensinam 4, 8, 16, 32, 64, 128… n vezes… E não tem fim, e por que? Porque estes dados são super convincentes.
Isso me faz refletir, o Android o Windows, eles tem programas, software super convincentes que vão se espalhando de geração em geração. É como um fogo de uma tocha, quando essa tocha estiver gasta o fogo for apagar, transferimos o fogo para outra tocha, e assim vai.
Acho que Apple (Unix BSD?) e Google (Linux) são ótimos exemplos de como uma big tech age: – Torna a coisa rentável, conhecida, famosa, generalizada – mas “fecha”, esconde, e no final só sua “marca” aparece.
Tem de “fechar”, porque “o Linux” é um bando de cabritos saltitantes, cada um vai para um lado diferente, todos “inventando novidade” – e não há big tech que consiga oferecer qualidade, suporte etc. – a menos que “feche” a coisa, e a mantenha sob seu controle exclusivo.
Tem de “esconder” o nome “Linux”, porque não vai investir numa “marca” que não lhe pertence – relacionada a um universo “caótico”, “anárquico” do ponto de vista de qualquer empresa. – Precisa criar sua própria “marca”, na qual ninguém possa ficar mexendo (e “sujando” sua imagem).
Exato. – Se qualquer big tech fizer o milagre com que tanto sonhamos, de levar “o Linux” para “as massas” – não será mais “o Linux”.
Exatamente. – Para qualquer empresa, seu "produto tem de ser alguma coisa totalmente sob seu controle – e sua “marca” tem de ser 100% “só dela”.
Isso é um completo desserviço.
Linux em Cursos, eu só vi (e fiz) duas vezes. Numa vez, foi em um curso de Hardware, da Microcamp, onde te ensinavam as coisas para ser um Técnico de Informática. E se não me engano, foi o Ubuntu, o Linux que fora mostrado nesse curso.
E na outra vez, foi num Curso Técnico que fiz, e que tinha Linux também. Mas nesse caso, era mais a parte de comandos no Linux. O que achei legal. Mas nesses dois casos, eu já tinha usado o Linux antes.
Tenho um visinho aqui, (ele tem doutorado engenheiro e professor de 3 idiomas), que um dia me trouxe um laptop antigo com o Windows 7 instalado que levava 15 minutos para carregar após o boot. E depois de tudo carregado, levava minutos para abrir um bloco de notas, e demorava para fechar também.
Ele me perguntou se teria como consertar isso sem precisar comprar um novo.
Na época, eu ofereci Ubuntu, Mint, Zorin, Pop OS, até o Fedora e o Elementary OS, sem mencionar Linux. Ele ficou meio confuso “Eles são Windows?” Ae eu explique que são Sistemas Operacionais como o Windows que chegam no mesmo resultado mas de maneiras diferentes, igual comparar carros de marcas diferentes.
Daí ele escolheu o Elementary OS que funcionou bem e ficou rápido a máquina dele. Ele gostou muito, mas começou a ter dor de cabeça com várias coisa. Então mudamos para o Ubuntu e ele usou pouco e não gostou (na verdade acho que ele não tinha gostado do Gnome). Ae fomos para o Mint e… Até hoje ele usa o Mint, gostou tanto que pediu para eu instalar no pc da esposa dele, nos laptops, e aprendeu a instalar distro Linux para experimentar.
Quando eu me encontro com ele pergunto “E as máquinas?”, ae ele “O Mint é minha principal, mas vou testando outras nos computadores secundários”.
E por isso, além de eu não mencionar Linux, eu também não menciono, Gnome, KDE, XFCE, Sway, Pipewire, Pulse Audio, Mutter, Nemo, Dolphin, Nautilus e blah blah blah. Eu só menciono o nome da distro mas sem usar distro também. Só uso o nome, Mint, Ubuntu, Tiger OS, etc… O Windows, Android, MacOS, IOS, só mencionam o nome deles. Keep it Simple, Shall we?
Meu ARKzin envolved roda liso no Proton. Essa magia é poderosa.
Queria dar um pequeno pitaco nessa discussão, partindo desta frase a qual eu não discordo, porém na minha visão é um pouco diferente, para mim “o Wine é um mal necessário”.
Estou a apenas 6 meses no mundo linux de forma definitiva e preciso do Wine para rodar 2 aplicativos:
- Monitoramento da câmera “babá eletrônica” que tenho, pois não consigo conectar nela via RTSP nem “por reza braba” (mas pode ser por falta de conhecimento meu)
- Aplicativo de VOIP que uso para trabalho que não tem alternativa Linux.
E nesse caso, se não houvesse o Wine eu não poderia ter migrado para o Linux de forma definitiva, hoje só tenho Windows (em dual boot que não abro há 1 mês) no meu notebook de trabalho.
Mas tenho consciência de que não sou “um usuário comum” e para quem me pergunta sobre o Linux eu não sugiro a troca.
É até melhor, mesmo que a DE possa ser algo “basico” é informação de mais para as pessoas, na pratica tbm é “irrelevante” isso pra ela.
Então, o seu vizinho aprendeu “certo”, eu digo de forma light, tu apresentou poucas distros e mesmo assim ele ficou confuso e com medo da migração, acabou trocando de distro até ficar no mint e instintivamente com o tempo e segurança descobriu mais sobre o mundo linux e agora se aventura pelas distros.
Pode ser que até tenha alternativas para linux, mas pode ser meio confuso de achar pq pode ser nichado as vezes, é tipo certificado digital, é muito difícil achar as coisas certinhas, uma vez eu lembro que tentei fazer funcionar mas não funcionou de jeito nenhum, depois procurei dnv outro momento e consegui fazer funcionar.
Nossa pura verdade, eu só vi linux em curso na microcamp tbm, é praticamente nulo a presença de linux em curso de informática, só se envolver algo tecnico de infra e olha lá.
E além disso, normalmente elas estão vindo de um sistema que só tem uma coisa só e é aquilo ali.
Tenho um ponto de vista bem parecido com o seu, mas em resumo não há o que se fazer. Esse tipo de pessoa que cobra um software feito para outra plataforma rodar de forma plena em outra via camada de compatibilidade é basicamente um leigo, que não sabe o funcionamento básico de um sistema operacional.
Outro dia eu em um grupo de emulação no Android dei uma “chamada” em um cara que estava reclamando que a gpu do smartphone não tinha certo recursos que era característicos de sistemas classe desktop. Expliquei para ele que o foco do smartphone não era atender recursos voltados para desktop e sim para mobile, e o que tivesse atendendo a mais era simplesmente um bônus. Basicamente ele estava cobrando recursos da API directx em um ambiente onde o sistema principal usava outra API padrão (Vulkan), portando não faria sentido ele cobrar esse recurso nativamente. Fiz até uma analogia: “Vc não pode cobrar que o Mac suporte DirectX, pois essa não é a API que ele usa para renderizar gráficos”.
Que bom que disse isso:
Com essa mentalidade ninguém executa nada, imagina esse pensamento na Steam (Windows mesmo)
Pior que eu concordo, a questão é que o Wine é útil, mas falta uma camada entre o Wine (e suas variações) e o usuário, o Wine é um loader, loaders não se usa diretamente, o cenário ideal é:
- Usuário clica no .exe
- Uma tela identifica pergunta se quer nativo, web ou wine (e se é suportado) mesmo
- Prepara o prefixo
Pronto