No dia 1 de Julho o Tiger OS enfim chegou à versão 21 - final. Foram vários meses de ideias e desenvolvimento por parte do @eltonff, @Natanael.755 e eu, Daigo.
Afinal, não é por ser uma remaster, que não apresentará nada além de troca de ícones, wallpaper e programas padrão do Xubuntu.
Vamos às novidades da versão 21.
Boas-vindas!
O painel de Boas-vindas, grande destaque dessa versão do TigerOS passou por algumas mudanças desde a versão Beta 1, então vamos nos aprofundar nele.
Temas (Accent Color):
A versão 20 do TigerOS contava com algumas opções de temas, incluindo um modo dark simplificado, porém, nenhuma informação simplificada da existência desses temas, algo que agora já é informado logo que o sistema inicia.
Em se tratando do já mencionado “modo dark”, faz algum tempo que ele tornou-se disponível em diversos sistemas operacionais, sendo de muita ajuda para não forçar a vista da pessoa no tempo em que ela está na frente de um computador.
Na versão 21, temos um aprimoramento desse modo dark e também, do Light, que inclusive agora possuem variadas opções de cores: Laranja/Amber, Verde, Azul, Cinza, Vermelho e Roxo.
Mas o destaque dessa versão é o modo MIX, que equilibra o light e dark, em tons de cinza que deverá agradar bastante.
Pacote de ícones
A primeira versão pública do TigerOS (de 2020) vinha com o pacote de ícones Obsidian, que apesar de ter sido elogiado por quem testou ou mesmo viu algum dos vídeos, o design das pastas tem uma aparência antiquada.
Então em um primeiro momento, substitui os ícones das pastas por outros em formato mais tridimensional, vindos da remaster BlankOn.
O resultado você pode ver aqui:
Sim, apenas os ícones referentes às pastas foram alterados para essa atual versão, mas posteriormente serão feitas mais mudanças.
As demais cores originais do pacote Obsidian foram temporariamente removidas por conta da dificuldade em dar manutenção.
Na sessão de tarefas adicionais também oferecem uma grande ajuda tanto aos novatos, como aqueles mais experientes, pois permite já detectar os drivers para melhorar o desempenho do sistema, como ter a certeza que todo hardware está funcionando corretamente.
Para empresas que precisam manter máquinas com Windows, a instalação do Samba, para trabalhar em rede, via Active Directory, já é sugerida logo de início.
A sessão Office simplifica a instalação de 4 suítes de escritório, ou ainda, cria atalhos para o Google Docs ou Microsoft Office Online.
Embora o Firefox venha instalado por padrão, o TigerOS também sugere a instalação de outros 5 navegadores.
Um dos grandes problemas, que permitem que um sistema operacional, incluindo aqueles que usam o kernel Linux sejam invadidos, é a falta de atualizações. Para que o usuário do TigerOS habitue-se a cuidar dessa importante questão, um lembrete aparece toda vez que o sistema é inicializado, necessitando apenas de confirmação e a senha de admin.
Como opção para a instalação de programas, temos a Central de Programas, dividida em 10 categorias, disponibilizando mais de 55.000 opções sendo bastante simples e direta na demonstração de categorias de programas, o que reduz o trabalho de pesquisa da parte dos novatos. Sem contar que ela lida muito bem com a procura e instalação de programas flatpak, que permite ter os programas em versão mais recente.
Existe ainda um vídeo no canal Mestres em Linux ensinando outras formas de se instalar programas.
Você pode pesquisar sobre alternativas aos programas mais populares do Windows no site Alternative To, e instalar o que escolher com poucos cliques.
Instalando AppImages.
Os programas AppImage, é uma das formas mais interessantes de distribuir programas no Linux, porém, nunca fez o devido sucesso. Uma de suas vantagens é a de não necessitar instalação, bastando habilitar o modo de execução e dar duplo clique para ter o programa 100% funcional.
Só que muitos ficam incomodados pelo fato de não poder instalar os AppImages de forma simples. O Natanael é desse grupo, por isso se dedicou a criar um instalador, eliminando a necessidade de manter o arquivo baixado ‘solto’ em alguma pasta. Basta clicar com o botão direito e selecionar a opção: Abrir com, Executar com Instalador de Programas.
Da autoria do Natanael também temos o instalador de codecs, que vai além daquilo que é instalado por programas como VLC, o que facilita a vida de quem trabalha com música e vídeos. Some a isso a facilidade de trocar o kernel padrão por um low lattency, músicos e editores de vídeo encontram no TigerOS uma ótima opção de sistema para trabalhar.
E esse é outro destaque da versão 21: a opção de não só poder usar um Kernel mais recente, ou ainda, optar por outro específico para determinadas atividades, como quem trabalha com edição de áudio e vídeo, que pode instalar o kernel de baixa latência, podendo assim obter maior desempenho do sistema. Ou ainda, um kernel voltado a streammers e jogadores.
Nessa imagem em específico, temos as 3 opções padrão sobre troca de kernel, com explicações sobre cada uma delas.
Mas tem 1 porém: muitos apenas atualizam o sistema indiscriminadamente, sem se preocupar com o tanto de kerneis estão acumulando e ocupando espaço, simplesmente por não saber do assunto, ou ter receio de mexer e danificar o sistema.
Disso temos outra novidade: sempre que ocorrer uma atualização do kernel, uma notificação surgirá para o usuário o alertando. Assim, o painel de configuração é aberto para auxiliar no processo.
A versão 21 recebeu o codinome Tom, em homenagem ao tigre que morava no zoológico de Curitiba, que faleceu dia 19/1.
Infelizmente, por conta da quarentena, não foi possível ir até o Zoo fotografá-lo no ano passado e, infelizmente ele veio a falecer antes de eu conseguir uma nova oportunidade.
É possível ler um pouquinho da história do Tom clicando AQUI.
Launchers variados
Levando em consideração o fato de usuários domésticos e pessoas que estão trabalhando em home office (ou na própria empresa mesmo) poderem também se interessar pela proposta e instalar o TigerOS em máquinas particulares, ambos os casos proporcionam uma hipótese: querer dar uma aparência mais particular para o sistema, afastando-o do padrão win-like adotado propositalmente.
Por esse motivo o TigerOS vem com diversos Launchers, ou “menus Iniciar”, pré-instalados.
São launchers muito interessantes, como o Enso, que relembra o do ElementaryOS, além do Slingscold, que remete ao Gnome 3.X e MacOS, exibindo todos os ícones misturados na tela, porém, como o Deepin Launcher, oferece a opção de separá-los por categoria.
Enso launcher e suas duas formas:
Slingscold que preenche a tela toda, semelhante a celulares, Gnome e Deepin.
Zorin Menu, no estilo w7
Um vídeo mostrando como trocar de launcher está disponível AQUI
Interface
Ainda para aqueles que querem dar uma afastada do padrão Windows, alguns modelos visuais estão disponíveis para serem acionados com 2 cliques, sendo que um deles remete ao Unity, embora esteja longe de replicar exatamente aquele formato.
Outro deles, te fará lembrar do ChromeOS, ou o Windows 11 com os ícones centralizados.
Também tem 1 vídeo no canal mostrando em detalhes essas personalizações:
Sobre a questão de efeitos gráficos, Blur, mais opções de ícones, etc.
O que precisa ser levado em consideração é: o TigerOS é um sistema voltado a empresas, sendo que muitas delas são MEI e MPEs, muitas vezes tendo algumas poucas máquinas com w7, Office e vários outros programas piratas, por conta da necessidade de emitir NFe, podendo ser máquinas de 8, 10 anos atrás.
Essa não é uma realidade de algumas regiões de Curitiba, mas de muitas cidades. São máquinas que vão de DualCore, Core2Duo, QuadCore, tudo com 2gb ou menos de memória e acreditem: essas empresas não atualizarão essas máquinas esse ano e, provavelmente, nem no próximo.
“Ah mas essas empresas/pessoas não tem interesse em adotar o Software Livre”
Menos ainda aquelas que já possuem parque de máquinas atual e legalizado. Mas acredite: com a conversa certa, é possível convencer essas pessoas a adotarem uma solução que irá ajudá-las de verdade.
Chama atenção nessa versão 21 a quantidade de colaboradores que tiraram um tempo para a criação de um ou mais wallpapers, tanto que pudemos nos dar ao luxo de ter um wallpaper para a versão Beta e outro para a final.
Todos estão creditados na seção Sobre do Painel de Boas-vindas e no site.
“Ah, eu gostei do visual e da proposta, quando sairá uma versão para usuários domésticos e suporte a jogos?”
A base do TigerOS é o Xubuntu 20.04, logo tudo que roda em 1 também roda no outro, ou seja: Steam, Lutris, e o resto funcionará normalmente.
Mas uma ISO com tudo isso pronto está fora de nossos planos, uma vez que somos uma equipe minúscula, como foi especificado: 2 pessoas desenvolvendo (eu fico mais na parte de divulgação e pesquisas).
Exatamente pelo fato de serem apenas 2 pessoas desenvolvendo, também não haverá ISO com outro desktop enviroment, pois nos obrigaria a adaptar muitas coisas para o funcionamento desses desktops. Um exemplo é o de adaptar a parte da troca de cores e o tema, pois o Xfce possui um padrão particular de fazer essas tarefas, diferente dos outros.
Versões intermediárias também estão descartadas, uma vez que não estamos testando novas tecnologias, nem temos condições para isso no momento. Até já sei o que teremos na versão 21.1, porém, a necessidade de estabilidade é prioridade.
Quem desejar baixar a ISO oficial, o link para download é:
Criei uma conta no Padrim, então caso alguém queira fazer uma doação, pois queremos investir em publicidade em locais que nos permitirão alcançar empresas, é só clicar AQUI.