Para 12 distros, um SSD de “480 gigas” (447 GiB) já dá para começar.
Eu planejava um HDD de “1 tera”. Aí, meu filho falou da diferença de velocidade que ele sentiu, quando passou a usar SSD, e me convenceu. Mas o preço do SSD de “960 gigas” estava alto, fiquei no “480 gigas”. Não me arrependo. Para uma mudança inesperada de planos, ficou até bom.
Resolvi juntar mais uma grana e botar outro SSD de “480 gigas”, para deixar 6 distros em cada um, com partições /home separadas, um Swap maior, e alguma folga de espaço, mas o Covid19 atrapalhou os planos. Fica para depois. Está tudo funcionando bem. Dá para esperar até 2021 ou 2022.
Mas minha experiência é particular. Não se aplica a todos. Cada um deve considerar aquilo que pretende fazer. Não sei como seria, se eu instalasse mil jogos, ou se eu ficasse instalando 300 aplicativos de todos os tipos “para experimentar”. Ou, se eu instalasse dezenas de Flatpaks, AppImages, Snap2’s. Já encerrei essa fase de querer experimentar mil coisas. Hoje, só quero experimentar o Gentoo, e dominar melhor as distros que já escolhi, com os aplicativos que sei que me atendem. Nem penso em usar outra interface. Só KDE.
As distros que escolhi cobrem os vários “troncos” do Linux (.deb, .rpm, Arch, Void, Slackware), e sempre que possível, algumas “sem-SystemD”. Esse leque me dá uma boa visão geral das coisas ─ e muito campo para aprender.
Na verdade, fico dias e dias sem reiniciar. Deixo tocando música e vou dormir ha ha.
Acabo usando muito a última distro instalada, ou a última que fiz upgrade, ou instalei nova versão. Quando instalei o Arch, fiquei um tempão usando quase que só ele. Depois, o Debian… Depois o Mint, o Void, o MX Linux… Só reinicio para atualizar (todos), 1 ou 2 vezes por semana, depois volto para o último que instalei e fico mais um tempo só nele, até ajustar tudo. Quando não consigo resolver 1 coisa, deixo para pesquisar e resolver depois, com calma. Nada é urgente, porque se precisar, sempre posso usar outra distro que não tem aquela limitação.
Já fiz tudo isso, no meu antigo PC, do início de 2017 até o início de 2020 ─ e sempre tem alguma novidade. ─ Este ano, fiz o upgrade (mais um) do Fedora. Nenhuma surpresa. Ontem, fiz o upgrade (mais um) do KDE Neon. Minha conexão anda ruim, levou horas, acabou quase meia-noite, e depois disso ainda nem carreguei outra vez, para ver que bicho vai dar. Tenho o final de semana para ver isso com calma. Talvez acabe ficando nele por 1 ou 2 semanas.
Até agora, só sei que o Grub do KDE Neon se embolou com o Grub do Mint. Eu já tinha amansado o Grub no antigo PC (Bios-MBR). Agora, tenho de amansar o Grub em UEFI-GPT. Tenho diversão para vários meses.
Distro preferida, não tenho mais. Antigamente, era o Kubuntu, por ser a primeira que consegui dominar (+/-), por isso era nela que eu conseguia fazer tudo que eu precisava. Aí, consegui dominar (+/-) o Mint KDE, depois o KDE Neon, e as 3 ficaram sendo minhas “preferidas”.
Só que eu não confiava muito em depender da Canonical. Era um risco permanente, depois que consegui escapar da M$. Por isso, desde o início de 2017 comecei a investir fora da “base-Debian”, e também no próprio Debian (que demorei a dominar +/-). Ano passado, deletei o Kubuntu ─ quando tentou me forçar a usar o chromium.snap2 ─ sinal de que eu já me sentia à vontade com outras distros, o suficiente para não depender dele para absolutamente nada. De qualquer modo, fiquei avisado de que, cedo ou tarde, o problema chegaria ao Mint e ao KDE Neon.
O Mint 20 foi um ótimo “ensaio” do cavalo-de-batalha que vem por aí. Eu já usava o Chrome no PCLinuxOS, há uns 2 anos, e nunca me criou problemas, de modo que essa foi minha opção no Mint 20, e até agora está tudo bem. Provavelmente vai ser minha opção também no KDE Neon “Fecal Foss”. Durante o upgrade, já vi que veio uma penca de “snapd”, que vou ter de remover. Provavelmente substituiu meu chromium.deb por ele.
Sou capaz de ficar semanas, usando o openSUSE Tumbleweed ou o Fedora, mas é a mesma questão (embora sejam bem mais previsíveis do que a Canonical). Já penei muito, na mão de “empresas”. Me sinto mais tranquilo, porque hoje posso ficar semanas usando o Debian ou o Arch, mas a Fundação Debian tem muitos representantes das grandes corporações no seu Conselho, e a própria comunidade Arch se rendeu fácil ao SystemD. Por isso, fico feliz de me sentir à vontade trabalhando durante semanas seguidas com o Void, o PCLinuxOS ou o MX Linux, e quero voltar ao Slackware, que é a distro que menos consegui “dominar” até agora.
Infelizmente, as opções são comunidades pequenas, com muitas debilidades, a médio prazo. Falta encarar o Gentoo. Espero não ter de chegar ao LFS, mas, quem sabe. O importante é estar pronto para mudar ou, pelo menos, saber como alterar o que não me convenha. Sabendo alterar, depende-se menos de “decisões prontas”. Quero acompanhar as alternativas ao SystemD que o Debian anda prometendo, e nessa hora fico feliz de ter algumas distros para comparar e ver como lidam com isso, como Void, PCLinuxOS, MX Linux, possivelmente Slackware e Devuan (que experimentei até o ano passado, e posso instalar de novo).
Um problema (ou, incômodo) que vejo no MX Linux, Devuan, LMDE, é que se baseiam no Debian “stable” ─ ao passo que me sinto mais à vontade com o Debian testing, devido ao KDE mais atual ─ mas, como disse, são comunidades pequenas, precisam focar seus poucos recursos, em vez de caçar sarna pra se coçar. Dessas 3, no momento o MX Linux é o que me interessa mais.
Bom, é uma resposta longa, complicada, e cheia de coisas pessoais, mas é assim que vejo a questão de “distro preferida”. Não consigo entender a busca por “uma única”, ou por uma “distro ideal”. Menos ainda, ficar “pulando” (hopping). Também nunca usei VM, pois um desastre em uma única distro “real” me deixaria sem distro nenhuma ─ e obrigado a parar tudo, até reinstalar, configurar etc. ─ Tendo várias, nunca fiquei refém de nenhum desastre. Só um defeito de hardware me deixaria no mato sem cachorro, mas felizmente isso nunca ocorreu. Meu antigo PC durou de 2009 até o início de 2020, sem falhas (e só não uso mais, porque 2 máquinas complicariam minha vida). Os HDDs de 2008 e o SSD USB2 de 2011 ainda não apresentaram nem 1 único badblock.
O que realmente prefiro é a simplicidade etc., aliada a um certo respeito a “padrões comuns” ─ afinal, todas as distros aproveitam um “patrimônio comum”, fruto de trabalho de outros (Kernel, LSB, Freedesktop, Xorg, SPI etc.). ─ Não gostei do modo como o Fedora criou um novo problema para o Grub (sem oferecer solução para o Grub), e felizmente foi fácil desabilitar a “novidade”. Acho que vou gostar ainda menos de uma outra “novidade”, pior ainda, no caso da /home. ─ Em suma, não ficar refém de nenhuma empresa.