Regata OS é uma das distribuições Linux de maior relevância no Brasil, mas será que ela tem o que é preciso para se tornar a maior da história? Os desenvolvedores parecem estar no caminho certo, mas este é um trabalho que ainda não está completo.
@Krill se um dia vocês quiserem conversar mais profundamente sobre o sistema e acharem, claro, que eu posso colaborar de alguma forma com alguns inputs, semelhantes a desse vídeo, basta mandar uma mensagem, podemos fazer isso acontecer.
Anotações dessa aula dada pelo Dio (vale dizer que, a despeito dos pontos de crítica, a avaliação que ele faz do Regata OS é muito POSITIVA):
PONTOS DE CRÍTICA
Falta de indicador de áreas de trabalho na barra de tarefas.
Ainda, nessa barra: o logo da distro, acionador do menu, poderia ser monocromático, como os demais elementos constantes, de modo a não parecer um ícone de aplicativo fixado; e outros elementos diferenciais do sistema, como o Game Acess, deveriam contar com ícone lançador fixado e próximo ao lançador de menu, tendo, assim, o devido destaque para os usuários.
Logo da distro não remete ao nome, Regata. E se parece demais com o logo do GitLab.
O nome em si, Regata, não teria “tom comercial”, nem seria o melhor para a internacionalização da distro.
Falta tela de boas-vindas para dar uma visão geral do funcionamento do sistema.
O sistema dá impressão de funcionar “um pouco arrastado” em relação a outras distros testadas no mesmo equipamento (que conta com um SSD muito rápido). E, nessa máquina, o Regata OS parece ter algum problema de acertos do acesso à Internet, causando muita demora nas atualizações — trata-se de uma questão com o OpenSUSE, que serve de base ao Regata.
Falta opção de modo “dark” própria ao visual da distro. O que há disponível é o Breeze Dark, que já vem com o Plasma. O Regata OS poderia ter um painel de controle próprio oferecendo ajustes no visual pré-configurados, como ocorre no Zorin 16 (deixando as personalizações mais minuciosas numa categoria de Ajustes Avançados).
Ainda sobre “dark mode”: Yast, Regata OS Update e outros aplicativos não aderem a esse visual.
O Regata OS Update poderia ter mensagem padrão, tipo “o seu sistema está atualizado”, como ocorre no atualizador do Linux Mint e nos de outros sistemas.
O ícone do Regata Game Acess é parecido com o do GameCube. A lentidão no acesso à Internet, já observada, termina afetando a exposição das telas de acesso aos jogos.
O Game Access deveria apresentar esclarecimentos quanto a seu funcionamento, de modo a deixar claro que é uma porta de entrada para jogos compatíveis com o Regata OS, mas que, para usufruí-los, o usuário precisará pagar por acesso e cumprir outras exigências dos donos de cada game.
Continuando quanto ao Game Access: talvez possa dar acesso gratuito a alguns jogos, mediante acordos dos responsáveis pelo Regata OS com alguns desenvolvedores “indie”.
A Regata OS Store, quando maximizada, apresenta um defeito de design, com uma enorme área vazia de ícones à direita da janela.
O mecanismo para comentários sobre os programas da Regata OS Store deveria ser outro, porque o utilizado, Disqus, deixa o carregamento das páginas mais lentos e conta com uma política de privacidade que está fora do controle dos responsáveis pela loja.
Houve dois erros em instalação de programas via Regata OS Store.
Na seção “Jogar”, a loja poderia oferecer aplicativos para monitoramento de jogos e benchmarks, que já se encontram nos repositórios do OpenSUSE.
ELOGIOS ADICIONAIS
Acesso a suporte: fácil de achar e bem organizado. Opção de restauração de configurações padrão vem ajudar no uso do Plasma, para os casos de eventual desorganização do ambiente gráfico pela manipulação das muitas opções de configuração. É bem interessante, também, que o fórum do RegataOS já esteja acessível pelo aplicativo de suporte.
O Regata Game Access é muito bonito e organizado.
Regata OS Store igualmente bonita e organizada, e categorizando os programas de modo mais intuitivo que outras lojas de software: em vez de “Utilitários”, “Ferramentas de Sistema” etc., os nomes das categorias são verbos como “Jogar”, “Desenvolver”, “Trabalhar” etc.
Topei com isso também, quando testei o Regata OS em “live” e, depois, quando o tive instalado em meu notebook mais antigo. Não experimentei o OpenSUSE nessa máquina, e talvez devesse testá-la com o Gecko, para saber se o problema é nos fundamentos do OpenSUSE em si. O Regata ser um pouco menos rápido que os outros sistemas Linux com que lidei nem seria um incômodo de verdade, considerando as tantas qualidades do sistema. O que “pegou” foi a imperfeição no acesso à Internet por wi-fi (não testei o acesso por cabo), pois comecei a topar com lags e interrupções no streaming, até executando vídeos simples no YouTube a 720p.
Eu gostaria MUITO de ver um debate aqui com defesas da base OpenSUSE para o Regata — e do OpenSUSE em si, que tem grandes admiradores.
Agradeço de verdade @Diolinux, no momento
Estamos trabalhando nas observações que você apontou no vídeo.
E assim que a gente estiver um pouco mais tranquilos eu entro em contato.
Sendo um projeto brasileiro sempre é interessante uma lista de contribuições. Tomara que cresçam ainda mais. Vou testar pra ver o que eles estão oferecendo no momento. Só de ser com KDE já me alegro.
E vale dizer que o pessoal do Regata OS organizou o KDE Plasma de tal maneira que o usuário consegue facilmente reverter qualquer modificação no ambiente gráfico, tipo “dar reset” nas configurações. Além disso, os desenvolvedores do Regata OS apresentam de primeira um Plasma simplificado, deixando para os utilizadores mais experientes e interessados em customização a iniciativa de habilitar os recursos mais avançados de configuração.
Isso é um cuidado que resolve questão comumente trazida contra o Plasma, que é o de oferecer opções demais de ajuste, podendo levar o usuário a “se perder” nas configurações.