Querer mudar. Durante quase uma década eu era como o Dio, Ubunteiro de plantão, depois que eu sai do Ubuntu, fui para o Mint por poucos meses e, em seguida, para o openSUSE. De antemão posso lhe dizer que terá uma fase de hopping absurda até chegar a sua nova distro de escolha ou decidir voltar para a sua atual, o Ubuntu. Só que também é preciso querer mudar, de nada adianta pensar “Ah, o Linux Mint é bonito, curti a Software Center dele e vou experiementar”, mas encontrar um “desconforto” como, no Ubuntu se usa o Nautilus e o Mint, na sua ISO Cinnamon, o Nemo, e ficar com a mentalidade de “Tem que ser igual a antes”. Por garantia, falarei o lógico, mas tenha backup do que for preciso antes de formatar o PC…
Mudei pois me sentia limitado com o que eu podia fazer na base Ubuntu e a modalidade fixed release já não me atendia como antes. No openSUSE, por exemplo, descobri um “q” mais corporativo com o YaST e uma curva de aprendizado bem maior, o que me fez entender bastante sobre Linux em um espaço de tempo menor do que anos usando o Ubuntu e seus derivados. Já na base Arch, possuo a comodidade do AUR, a velocidade do pacman e poder configurar o sistema um pouco mais a meu gosto. Mas isso vai de usuário para usuário. Por exemplo, usei o Fedora por algumas semanas em um notebook antigo que possuo e não me adaptei, pois sou mais adepto de pacotes “nativos” (.RPM) e alguns poucos programas específicos não existiam no repositório, como o Notepadqq e o Kvantum.
A uns meses atrás o @brunobrslive e eu fizemos uma experiência, ele um usuário de carteirinha do Fedora migrando para o openSUSE e eu para o Fedora, por exemplo.
Uma boa idéia seria testar novas distros em uma Maquina Virtual primeiro e depois e caso achar interessante ai sim instalar ela no PC/Notebook, pouparia muito mais tempo.
Meu esporte predileto por vários meses em 2020 (ainda o pratico ocasionalmente). O Gnome Boxes é especialmente cômodo pra fazer isso… e como agora tem suporte a UEFI, dá pra testar dualboot e ver como se comportam.
Sobre mudar de distro, duas coisas entram em questão: mudança de aparência/UX/UI (que é derivada especialmente, mas não somente, da interface gráfica) e de base do sistema (que envolve empacotamento, repositórios, espelhos, lojas, se usam drivers/módulos/codecs proprietários com facilidade ou não etc.). Evidentemente que os empacotamentos universais ajudam (appimage, flatpaks, snaps - neste há controvérsias se ajuda mesmo, kkkk), mas fuçar sistemas e bases é sempre aprendizado. No meu caso, acho que acertei rápido, pois sai da base Ubuntu direto pro Manjaro e gostei - pacman, Pamac e AUR oferecem muitas comodidades. Daí explorei derivadas do Arch e uso o Reborn como distro secundária. Mas cada distro/base tem suas vantagens e desvantagens. Eis uma das coisas legais das distros Linux, tem um cardápio farto, é tipo aquelas churrascarias de rico com 400 opções no bufê e 157 cortes diferentes de carne (eita, acho que fiquei com fome!)
Eu recomendaria vc pegar uma parte do seu HD e criar uma partição. Aí vc poderia ficar testando as distro e instalando nessa partição em dualboot sem remover a sua atual. Nesse caso se vc quiser só testar outras mesmo.
Concordo planamente. Estou no Big Linux agora, com base manjaro e gostei do Pacman/ AUR/ Pamac. Mas digo que fiquei experimentando o cardápio da churrascaria (ainda experimento) para aprender mais de Linux. Inclusive não gosto de sair quando o primeiro desafio aparece. Pelo contrário, vou buscar a resposta, até mesmo nesse fórum em questão. Comecei no Ubuntu e passei por suas flavors e por uma série de distros. Gostei muito do Fedora com KDE (acho que ainda volto), muito estável e o dnf me agrada bastante. Hoje ainda quero experimentar mais. Por isso, guardo uma parte do ssd para experimentar outras distros…
Talvez o mais interessante é começar assistindo vídeos de reviews das distribuições no YouTube, para você começar a ter uma noção da diferença entre elas, o problema é que nem todas as reviews são honestas, as vezes um YouTuber tem preconceito de outras distribuições e venera a distribuição favorita como se fosse uma religião, já outros fazem reviews criticando sem saber do que estão falando.
Após você conhecer algumas diferenças entre elas e encontrar uma que te chame atenção, dê uma lida na documentação da distribuição, para que você não se sinta perdido, visto que distribuições diferentes usam gerenciadores de pacotes diferentes.
Como você mencionou LinuxMint, e o mesmo é base Ubuntu, não se faz necessário ler a documentação, visto que ele faz uso do mesmo gerenciador de pacotes do Ubuntu, mas se sua ideia fosse realmente mudar de distribuição (Alguns exemplos: Fedora, Mageia, openSUSE, Manjaro, entre outros…), ler a documentação seria essencial para evitar a perda de tempo.