Passando a usar o Linux como principal sistema em meu dia a dia

Eu já estava pretendendo migrar para o Linux há mais ou menos um ano, e foi o tema do meu Blog - em que usei uma VM com Debian em meu velho Inspiron 5558 para construí-lo - que reacendeu o meu interesse no Linux, que não usava desde 2013.

Tive a ideia de fazer um Dualboot, mas que acabou falhando, pois eu acabava sempre voltando ao Windows. Era muito mais fácil ir para o Windows que estava hibernando do que iniciar o outro sistema que estava instalado.

E como eu vi que o suporte do Windows 10 iria acabar e seria um pouco inviável usar o Windows 11 no meu velho notebook, por ter que reinstalar de tempos em tempo por causa do suporte, acabei procurando um outro Notebook. E com isso, comprei o meu Thinkpad L390 e ele veio com o Windows 11. Reinstalei o Windows 11, usando aquele recurso de “Restaurar o PC”, e… o áudio deu pau. Formatei e coloquei o Windows 10, e continuou mudo. A mesma coisa com a ISO da própria Lenovo.

Desencanei de vez do Windows e instalei o Ubuntu MATE no L390, que depois mudei para o Ubuntu com Gnome e por fim para o Crystal Linux.

Mas por todos os meus arquivos e o meu fluxo de trabalho estarem no Inspiron com Windows, eu estava usando o meu Thinkpad menos do que queria.

Eis que desde Junho o meu velho Inspiron 5558 estava começando a dar sinais de que o cabo flat da tela queria passar dessa para uma melhor. Com a tela às vezes funcionando, às vezes não. E depois de meses lutando contra a tela do meu velho notebook, até chegar ao ponto em que a tela só funcionava direito se ele estivesse assim:

O que seria totalmente impraticável de trabalhar, com o notebook desse jeito. Se colocasse numa posição normal, não poderia deixar a tela apagar, pois para ela funcionar de novo, era uma dificuldade, e antes eu não poderia nem fechar ele, pois seria um monte de tentativas para a tela funcionar. E com isso, joguei a toalha, e desde quarta passada estou passei a usar o meu Thinkpad com Linux como meu computador principal.

E posso dizer que estou relativamente bem adaptado ao ambiente Gnome. Consigo fazer as coisas com uma boa velocidade e sempre estou usando as áreas de trabalho do Gnome para me organizar (coisa que nunca achei tão funcional no Windows). E para ser sincero, me sinto muito mais confortável no Gnome do que no Windows, mesmo o Windows não tendo grandes mudanças desde o Windows 10 1507.

E decidi relatar um pouco da minha experiência de migração em meu Blog, que é mais focado em meus desenhos:

TL;DR do post do Blog e outras observações…

  • Eu já estou numa migração para o Linux desde o ano passado, quando decidi ir pela curiosidade ver como estava o Linux, depois que deixei de usar ele lá em 2013;
  • Apesar dos percalços, a minha migração estava sendo relativamente tranquila. Só não tinha completado a migração pois meu notebook antigo estava funcionando e nele estava todo o meu fluxo de trabalho e os meus arquivos;
  • O OneDrive no Linux é um porre;
  • As áreas de trabalho do Gnome e o fluxo de trabalho dele são sensacionais, e o minimalismo do Gnome me ajuda a focar melhor no que preciso;
  • Sei que não é tão correto, mas falei muito em “Linux” no post do meu Blog como uma generalização, pois realmente não queria ser muito técnico lá - já que é um Blog mais sobre os meus desenhos, não de tecnologia -, mas não sei se isso serviu tão bem assim;
  • Preciso encontrar algum jeito de fazer a manutenção da minha Epson L3150 pelo Crystal Linux, pois ela não tem suporte oficial da Epson para o Linux. Talvez eu tenha que ver como fazer isso pela própria impressora;
  • Preciso testar mais os programas que escolhi como alternativas para aqueles que eu usava no Windows;
  • Apesar do meu Thinkpad ter “só” 8 GB de RAM, o sistema flui muito bem.
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Bem-vindo de vez amigo!

Muito legal sua experiencia. Também uso GNOME e o workflow é sensacional! Quando se tem dois monitores então, com todos os atalhos de gerenciamento das áreas virtuais… show de mais!

Quanto ao OneDrive, vc poderia usar o seu Inspiron como servidor de arquivos SMB. Deixa um Windows iot rodando nele e compartilha as pastas sincronizadas do OneDrive via SMB para o Nautilus. Não é o ideal mas deve suprir o suficiente.

Sucesso amigo!

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Eu já guardei o Inspiron, a minha mesa é meio pequena pra dois computadores, e ainda tenho que ver o que vou fazer com ele, pois pretendo comprar um computador de mesa (um daqueles Mini PC, pequenos, mas bem potentes).

E para o Onedrive, provavelmente eu tente o InSync para ver se ele me atende. Mas até lá, eu estou transferindo os arquivos que preciso trabalhar para o SSD e quando termino de trabalhar, coloco de volta no OneDrive. É um processo chato, mas funciona.


Eu simplesmente adoro trabalhar com o Gnome. Quando me acostumei com o Gnome, trabalhar com o Windows ficou tão chato.

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Boa tarde, @rapoelho , que bom saber que sua migração está indo bem.

Em relação a EPSON L3150, tem os drivers dela sim no próprio site da Epson, eu tenho uma L355, e se não me engano, os softwares dela ão os mesmos da L3150.

Sobre o OneDrive, experimente o Onedriver, usava ele antes de montar meu homelab. Outra alternativa é montar o driver virtual via rclone (acho que agora o gnome até tem uma opção nativa pra isso).

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Eu tinha visto que tinha um Epson Printer Utility. Até cheguei a instalar, ele não abriu com um erro relacionado ao Wayland e acabei desinstalando.

Eu tinha instalado pelo AUR, não sei se teve algo a ver.

Já usei o OneDriver, ele até que é bom, mas gostaria de alguma coisa que fosse sob demanda, e o único que vi que oferece isso é o InSync. Não queria nem depender 100% da Internet (como a Integração do Gnome e o OneDriver) e nem baixar todos os meus arquivos (como no OneDrive for Linux).

Mas talvez eu instale o OneDriver novamente, já que a integração do Gnome é bem lenta. Sei que tem um pacote do AUR para ele.

Cara, o quanto lhe vejo no blog discutindo sobre, eu achava que você era mais linuxeiro. Mas que seja bem-vindo my consagration kkkkkk.

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Bem, eu já fui do time Linux quando era mais novo, lá pelos idos de 2011 a 2013. E usava o Debian como o meu sistema principal, até que fui instalar o Slackware para instalar ao lado do Windows 8 e do Debian e sem querer acabei obliterando o meu Debian do meu netbook.

E como o Windows estava funcionando, passei a usar ele, e o que seria “ah, no próximo final de semana eu instalo o Debian de novo”, acabou sendo adiado mais e mais até eu perder o interesse. Afinal, o Windows estava funcionando bem, e acabei ficando no Windows por pura procrastinação.

E cá estou de volta ao Linux como o meu sistema principal.

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Cara, lhe entendo. Procrastinar deve ser o pecado que mais corrompe os humanos no século vinte e um

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Com toda a certeza! Desde que iniciei a minha migração no ano passado, essa foi uma jornada em que procrastinei muito enquanto o meu velho notebook estava funcionando.

Depois que ele ficou impraticável de trabalhar, aí que fui para o “ou vai ou racha”. E com isso, estou tendo que refazer algumas coisas que eu já tinha pronto no Affinity Photo e ter que aprender a fazer as coisas em outros softwares.

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Entendi, deve ser porque eles só dão suporte a .deb e .rpm, tem que ver se alguma boa alma fez a adptação pro AUR da versão especifica da L3150

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Ahhhh sim. Na necessidade, a gente tende a evoluir e buscar novas soluções.

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O mega vc escolhe o que baixar e o que upar.

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Cara, se estava funcionando não tem porque mexer, é que nem um note de um familiar aqui, eu nem mexo, falo para ele, se esta funcionando deixa quieto, não arruma dor de cabeça.
O meu PC esta com o Kubuntu 22.04 e é mesma coisa, esta funcionando não vou atualizar para o 24.04, deixa quieto.

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Pessoalmente não gosto tanto assim do Mega. E ainda tenho muito arquivo no meu a OneDrive.

Sim, tem isso. A minha questão foi mais assim: “Putz, instalei o Slackware por cima do Debian que estava funcionando. Mas tem o Windows aqui, enquanto eu não reinstalar o Debian, vou usando ele”.

Cara, eu entendo. Mas não recomendo ficar só nessa de "time que está ganhando não se mexe " pois quando vem um time de fora melhor, tende a ter que treinar mais. Ou seja, não fomos projetados/criados para ficarmos parados, nosso criador nós fez para estar lutando contra o chaos.

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Na real, eu entendo os dois lados. Ficar na zona de conforto e usar o que conhece ou se lançar ao mar rumo ao desconhecido? É uma excelente questão.

Por um lado, o “não se mexe no que está funcionando”, é bom para aqueles que dependem de um único computador ou sistema operacional para fazer o seu trabalho.

Por outro lado, a inquietude é boa para aprender.

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E uma pergunta: Tem como diminuir essa quantidade de fontes “Noto” de tudo quanto é idioma, sem quebrar o sistema ou a interface de algum aplicativo?

Rapaz, essa fonte em grandes quantidades é irritante. Eu desinstalo todas que são de outros idiomas.

Irrita muito mesmo. Estou pensando em desativar essas fontes via Font Manager.

Mas da última vez que fiz isso, alguns caracteres sumiam. Tanto de sites Web; como aquelas fontes diferentonas que alguns vídeos do YouTube usam nos titulos; e até de alguns aplicativos; como aconteceu no Totem, onde descobri que no menu de opções do vídeo, os ícones para girar o vídeo para esquerda/direita é um caracter.

Quanto a dois pontos que eu tinha apontado no post inicial…

E continua fluindo muito bem. Às vezes abro o Monitor do Sistema só pra dar uma olhadinha, e vejo que mesmo com várias abas abertas no Firefox, o sistema está fluindo muito bem com 8 GB de RAM. Uma coisa não mudou: Eu continuo usando muito de meu computador. Seja no Windows ou no Crystal Linux.

Talvez o meu maior problema nessa migração esteja mais perto de ser resolvido: O Affinity Photo/Designer. Testei o Inkscape no Crystal, e ele me surpreendeu pela fluidez.

Havia tentado usar ele no Windows, e ele parecia tão travado e bugado por lá que acabei comprando o Affinity Designer.

E quanto ao Affinity Photo, eu fazia muito isso: Eu pegava elementos e “inseria” dentro de outros. Como nesse caso, em que fiz um retângulo maior para colocar outros menores para criar uma paleta de cores.

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E eu tinha essa possibilidade com qualquer elemento, e não encontrava como fazer isso em outros softwares. Até que o Krita veio em meu socorro. Com o recurso de “Herança do Alfa”, que faz o mesma coisa que eu fazia com o Affinity Photo.

Então, provavelmente o Krita poderá substituir tanto o Affinity Photo quanto o PaintTool SAI numa tacada só.

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