Mudanças no estilo, ícones e cores do Plasma estão em andamento desde o ano passado; o novo estilo Ocean ainda não está pronto, mas será o novo padrão em substituição o tema atual Breeze.
Nesta palestra o desenvolvedor e design Andy Betts fala a respeito do processo e andamento do Design System no KDE.
Foram quase 8.000 ícones redesenhados e muita coisa ainda estará por vir.
“O progresso agora está se concentrando na migração ou recriação de mais componentes usando o PenPot. O PenPot 2.10 agora contém variáveis, como o Figma, e isso deve nos ajudar a desenvolver um conjunto robusto de variáveis dentro do PenPot para executar projetos mais rapidamente”
@frc_kde@acvsilva eu não sei se realmente gosto; algumas coisas estão quebradas mas o “Ocean Dark” é consideravelmente mais escuro que o padrão Breeze Dark. Quanto aos ícones das pastas, até gosto… mas sinceramente, não sei quem foi que implementou esse “golfinho” pra lá de “tosco” no Dolphin, espero que o novo tema Ocean não continue com essa breguice. Sim, Dolphin é golfinho mas é totalmente desnecessário esse símbolo no ícone do gerenciador de arquivos.
Não mexer significa que o padrão que vier continuará sem muitas mudanças kk. Bom, pensando que o KDE vem instalado em PC’s de alguns fabricantes, como os da Tuxedo; é o sistema que vem nos Steam Deck e etc, ter o padrão bonito é fundamental. A maioria das distribuições são criticadas por entregar o “Plasma cru”, sem alterar nada, ou quando muito apenas o padrão de cores no Tema Breeze.
O atual tema já está datado, por mais que ainda continue bonito, são mais de 10 anos com o tema Breeze; e concordo com o time de designers do projeto ao afirmar que ele cumpriu bem o seu papel.
Algo que já foi debatido também mas parece que não vai mudar é o ícone do Plasma, que não é algo digamos “lindo”. Espero que por padrão o “KDE Linux” use o logotipo do KDE com a letra K em amarelo, ao invés do ícone do Plasma kk.
O tema Breeze era e ainda é muito icônico, algo que bateu o olho, sabemos que é o KDE; esse novo “ocean” me pareceu muito similar aos temas que temos de montão para customizar; parece tranquilamente um tema “GTK” que usaria num Mint ou Ubuntu da vida.
Eu acho bonito, só não vejo de cara algo que me faça vê e dizer, é um ambiente KDE Plasma kkk.
Acho que quando estiver finalizado estará mais a cara do “KDE” e visualmente mais coeso com o restante da interface. Mas sim, os ícones em si são bonitos… talvez me estranhe a cor de destaque, mais escura, entretanto o tema Breeze já estava datado.
Espero que na versão final mudem o ícone do gerenciador de configurações, nos menus a versão monocromática é ok, mas quando o ícone vai para o painel é totalmente destoante do restante; fica muito feio… tive até que desafixar do painel porque me doi os olhos vê esse ícone assim.
Brincadeiras à parte, no design nada se cria, tudo se “inspira”; se vc provavelmente destoa de todo mundo, a maior possibilidade, é vc estar no caminho errado. Não sou do design mas não vou dizer que foi copiado, digamos que pegaram a mesma inspiração e tendência de design.
Concordo mano, com certeza, não é copiado, seria copiado de tudo fosse suspeitosamente igual. Eu até gostei das cores, acho mais bonito q aquele acinzentado meio Breeze. Mas oq importa msm e manter a customização do Plasma, q agente tanto ama.
Até hoje, não entendi qual a vantagem de gastar um espaço enorme… para ver 300 ícones “iguais” – num “ladrilhado” que dificulta tudo!
Dificulta ler os nomes – já que os ícones são “iguais”. – Imagine como ficaria um arquivo chamado “003-1st-session-PCLinuxOS-Darkstar-with-old-Home-1st-gnome-screenshot.jpg”.
Dificulta classificar – por ordem alfabética, por data, por tipo…
Dificulta classificar por “path” – localização nas pastas
Do modo como eu uso, talvez o “padrão de cores” nem faça muita diferença. – Aliás, acabo de descobrir que uso Breeze Dark – mas o padrão de cores Breeze Dark nem foi instalado!
A separação que eu continuo fazendo – entre “Quick Launch” (junto ao Menu) e Icons-only Taskmanager – é datada.
(Isso nem é mais possível, hoje! – Só consigo manter, reaproveitando configurações herdadas do Plasma 5 – ou seja, mantendo a partição Home do Plasma 5):
Já notei que eu vivo dizendo que, “mal altero 2 ou 3 coisas” – mas me refiro à “aparência”, Temas, Cores, Ícones, Fontes etc.
Na verdade, altero 300 mil coisinhas – porém, abaixo do nível da “aparência”. – Esses prints do Dolphin dão só uma ideia superficial de quantas coisas eu altero… só nele.
Quanto ao “Ocean”, vale notar que ele já foi implantado há muitos meses – talvez, quase 1 ano, ou mais – na seção “System Sound”:
Tradicionalmente, o Mageia tem seu Centro de Controle (MCC), o PCLinuxOS tinha seu Centro de Controle (PCC) – que pedem senha logo na entrada – e lá dentro pode-se configurar quase tudo… tal como no YaST2 do openSUSE:
O que o “novo” PCLinuxOS está fazendo, é +/- o mesmo que o openSUSE: – Trocar o “Control Center” (que alguns talvez achassem complicado). – Agora é “Configure your Computer”:
Tanto no openSUSE, quanto no Mageia e no PCLinuxOS, existem coisas que “aparecem” no KDE System Settings – mas não fazem efeito. – Por exemplo, o “Auto Login” só funciona, se você configurar pelo YaST2, MCC, PCC.
Vc é um usuário mais avançado e técnico, logicamente prefere algo prático a algo esteticamente mais bonito ou moderno… Mas nenhum sistema por padrão trará por padrão neste formato de lista, pelo menos se tiver como foco o mercado mainstream.
É semelhante o lançador de aplicativos, muita gente prefere no antigo formato “cascata” porque acha mais rápido e intuitivo, entretanto é um visual consideravelmente antiquado para um desktop moderno.
Mas, as palavras podem ter qualquer significado que se queira – e como isso varia com o tempo, poderíamos dizer que os significados são “datados”.
“técnico” – muitos diriam, “velho da Era pré-histórica do Windows XP” – e não deixariam de ter (alguma) razão.
O XP permitia adicionar / remover “colunas” no gerenciador de arquivos – e tendo “colunas”, basta clicar no “título” de uma delas, para “classificar” todos os arquivos segundo aquele critério:
Portanto, não é só questão de “exibir” alguns dados. – É uma ferramenta para analisar rapidamente um conjunto de fotos (por exemplo) – seja pela data original da foto, seja por modelos de câmera etc.
Só encontrei isso no Cinnamon – e nem sei se ainda tem esse recurso, pois acho que era um plugin de um usuário, que pode ter enjoado e parado de atualizá-lo. – Infelizmente, o KDE vencia o Cinnamon em outros 300 quesitos, então, preferi perder esse:
“algo prático” – depende dos usos de cada um, e das preferências de cada um.
“moderno” – é a palavra mais confusa que existe! – Durante a época “moderna”, isso era sinônimo de “atual”. – Hoje estamos na época “pós-moderna”, e muitos consideram qualquer “modernismo”, coisa de dinossauros! – Um terceiro significado, encontrei na fala das “moças” do Pelourinho, supostamente início do século XX, onde o significado era “jovem”. Por exemplo, uma vetusta rameira diz: “naquele tempo eu era moderna”.
Receio que vc tenha razão. – Daí, por que uso KDE: – Porque me permite fugir desse “comportamento mainstream” – que significa, “moda”… ou, em linguagem mais crua… “seguir a manada cegamente”.
Todos fazemos isso – pelo menos, em algum momento da vida. – Aos 20 anos, tudo que tivesse mais de 2 ou 3 anos, para mim, era “velho”.
Depois, a gente começa a olhar as coisas com outros olhos: – “utilitários” – mas corremos o risco de parecermos “datados”, para os mais jovens.
Como estamos falando de FOSS, faz (algum) sentido acompanharmos a evolução do KDE Plasma (ou do Gnome, WMs), pois é aí que as coisas “avançam”, “se desenvolvem”, “melhoram”. – Não faz sentido ficarmos apegados a versões de 5 ou 10 anos atrás. – Para isso, surgem forks de versões antigas (Cinnamon, MATE, Xfce), exatamente para continuar desenvolvendo determinados padrões que foram abandonados – de modo que não fiquem abandonados…
Ficou confuso, mas acho que dá para entender a ideia.
Pois é… Por que “antiquado”? – E o que significa um “desktop moderno”?
Já disse que “moderno” = antiquado (na “moda” atual) – mas isto se refere a uma questão de “gosto” – ditado pela “moda”.
O “modernismo” se opôs à separação entre “funcionalidade” X “enfeite”. – No “modernismo”, o “moderno” era fazer 1 coisa só – onde a beleza e a funcionalidade fossem uma coisa só.
Nada de fazer um bolo feio – e depois, aplicar camadas de glacê para enfeitar.
Eu acho o Menu em Cascata (do KDE), “funcional”, “prático” – e não vejo motivo para adotar qualquer outra alternativa – menos funcional, ou menos prática. – Qual a “beleza”, em procurar sofrimento, perda de tempo, mais cliques (desnecessários) etc.?
Algo deveras útil mas que para a grande maioria dos usuários não seria utilizado, ou raramente seria útil. Pegando seu próprio exemplo; o máximo que um usuário comum olharia seria o último acesso e/ou sua data de criação. Não pesquisariam nem pelo formato, exemplo 1. JPEG · 2. GIF · 3. PNG · 4. Bitmap ou BMP · 5. TIFF · 6. RAW · 7. EXIF… documentos por exemplo, se filtrar os PDF já seria útil a maioria dos usuários kk.
Quanto ao KDE se tornar mainstream, digamos que hoje ele é criticado justamente por ser um pouco averso ou diferente dos demais; se ter um visual ou estilo “Windows” para muitos os faz ser uma DE familiar, ter opções “supostamente demais” e muitos menus é um prato cheio aos usuários, especialmente os do Gnome kk, reclamar da (des)organização e excessos. Mas eu entendo, é como dar um Boeing a quem só conhecia o painel de um Fusca kk.
Só que não podemos investir comercialmente nestas DE’s; por exemplo no Manjaro, as máquinas com Manjaro pré-instalado quase sempre vem com o Plasma Desktop, sendo que o XFCE é a interface digamos padrão da distro.
Tem até concorrente do Steam Deck com o Linux Manjaro. Será que o XFCE, só como exemplo, está preparado para telas pequenas? Como é a interação com telas touchscreen no XFCE?
Uma DE moderna precisa está preparada a esse tipo de tecnologia e produto, por mais que sejamos relutantes a ideia de convergência, onde tudo meio que fica com cara de portátil, tablet. Hoje todo desenvolvimento tem que ser pensado neste tipo de desafio. Há 10 anos ninguém pensaria que o Plasma Desktop precisasse funcionar em telas sensíveis ao toque, hoje não podemos partir do princípio que estes produtos não existem; se num passado o padrão de telas era 1024x768, hoje não é incomum termos ultrawide. Será que um software criado há 5-6 anos estava preparado para alguém que irá usar no segundo monitor, as vezes uma telinha pequena de 34"? kk.
E pra finalizar, unir UI e UX não é fácil; a interface tem que ser bonita mas a usabilidade tem que ser bacana, e de fácil entendimento; se aqui é “clicável” eu tenho que de cara saber que é um botão. Nisto o KDE se perde muito, nem tudo é “intuitivo” e as vezes a aplicação não é deveras boa.
E quanto ao menu em cascasta; menus e submenus. Eu não me acostumo a deixar de usar o mouse, mas pra quem já tem o costume, não tem nada mais rápido que “windows manager” onde vc utiliza praticamente só o teclado kk. Pra esse tipo de usuário, a gente que ainda tem esse negócio obsoleto chamado “mouse” é que vive na pré-história. Por mais que opções assim não sejam de fato uma novidade no mundo linux kk.
O tema design tá em alta no KDE kkk. Esse tópico tá rendendo muito… Parece que sugeriram que o KDE precisasse pagar designers profissionais, em resumo, dando a entender que os que estão no projeto não seriam profissionais kk.
Ser um Boeing “e” uma prancha de Surf, não é fácil. – Talvez, “querer abarcar o mundo”, seja o maior de todos os erros:
Eu acho que o “Linux imutável” talvez seja “o caminho”, para chegar às massas. – Mas não basta. – Precisa ser uma prancha de surf, aprender com o Android e o iOS.
Não sei se o Gnome está nesse rumo, porque não uso.
Creio que a filosofia do KDE continuará a mesma, o que mudará é a percepção das coisas; reorganizar a maneira como fazem as coisas, internamente, ajudará o desenvolvimento. Se vc leu o Ocean não é só um novo tema e pacote de ícones, vem todo um trabalho de reorganização e mudança; facilitando o trabalho dos desenvolvedores, concentrando as coisas e diminuindo as pilhas de trabalho desnecessários.
O futuro do Plasma ao meu ver será ser “vendável”, algo que se alguma empresa quiser embarcar não precise reinventar a roda ou perder tempo em adaptar ao seu produto. Se vc quer vender um pc portátil com Plasma, tá aqui seu Plasma adaptado e funcional ao seu produto, se vc quer comercializar um notebook, o Plasma pra notebooks tá aqui, prontinho… se vc tem uma smart TV, tablet, mini-PC sei lá o que e quer usar o Plasma, teremos algo pra vc.
Agora ser comercializado é diferente de ser comercial, o projeto não irá mudar diretrizes, talvez só seja mais maleável a alguns pedidos e mudanças; Se uma Valve injetar $$$ no projeto, por mais que ela não tome as rédias no desenvolvimento, alguma sugestão ou necessidade que lhe atenda provavelmente será resolvida ou terá prioridade.
O que deixou de funcionar na mudança do Plasma 5 pro Plasma 6, e muita coisa deixou kkk, não foi porque a equipe do KDE sentou o dedo e disse, a partir de hoje não daremos suporte ou não terá mais na interface, foi simplesmente porque não foi portado ( e ninguém quis se dá ao trabalho kkk).
Pelo que li do Union, o KDE vai facilitar ao máximo para que os desenvolvedores sejam cada vez mais ativos, contribuam e ajudem na criação, mas o desenvolvedor precisa chegar “junto”.