Migrei do MX Linux para o openSUSE Tumbleweed, eis as minhas impressões sobre essas duas distros

Tenho várias distros instaladas (dualboot) – incluindo MX Linux e openSUSE Tumbleweed – todas com KDE Plasma.

Gosto do MX Linux. É uma das distros que melhor me atendem, considerando que preciso de poucos pacotes. Não vejo qualquer diferença quanto à beleza ou feiura. Uso as mesmas configurações em todas as distros, e o aspecto do MX Linux 21 é absolutamente o mesmo do openSUSE Tumbleweed e das demais distros que tenho aqui – exceto por detalhes das versões do KDE, que está sempre evoluindo. – De fato, o MX Linux mantém uma versão levemente “menos recente”.

Também gosto do openSUSE Tumbleweed. – Há poucos anos, era uma das distros que melhor me atendiam; mas ultimamente apresentou 1 ou 2 pequenos problemas (por exemplo, o Foliate parou de funcionar) – e a facilidade de reiniciar / escolher outra distro me deixa um pouco preguiçoso: “Depois eu resolvo isso”.

Essas “oscilações” acontecem o tempo todo. O Fedora já foi uma das distros que melhor me atendiam, mas depois passou a apresentar 1 ou 2 problemas, para o meu “caso de uso”. – O Debian testing e o Void também passaram por alguns pequenos problemas no Restart, que não atrapalhavam em nada o uso no dia-a-dia, e se resolveram após algumas semanas.

Já faz alguns meses que estou usando o Arch quase o tempo todo. No momento, é a distro que uso “sem perceber”. Fica fora do meu caminho. Nunca me dá problemas. – Se me perguntarem qual distro é mais “estável” (no sentido de “sólida”), para mim é o Arch.

Mas tudo isso é extremamente pessoal – depende do gosto visual de cada um, do hardware de cada um, e de quantos e quais pacotes específicos cada um precisa. – Eu uso principalmente Chromium / Chrome, WhatsChrome, Gimp, GoogleEarth, LibreOffice, Xsane, Foliate e 2 ou 3 dúzias de pacotes comuns do próprio KDE. – Não jogo, nem qualquer driver fora do básico padrão elementar. – Afora isso, 99% dos meus pacotes vêm dos repositórios oficiais das próprias distros. Uso muito pouco os repositórios Packman Essentials (openSUSE), RPM Fusion (Fedora), AUR (Arch, Manjaro), por exemplo; só 1 ou 2 do Google (Earth, Chrome); 1 ou 2 pacotes cuja origem não procurei saber (Github?), instalados por comandos pip ou npm; e nenhum AppImage, Flatpak ou Snap2.

É um caso muito particular – pois parece que a maioria precisa de 1.000 vezes mais coisas! – mas fica 99% dentro do que cada distro se propõe e garante (mesmo sem oferecer “garantias” formais).

Eu só chamaria sua atenção para 1 coisa, no caso específico do openSUSE – e que não classifico como um “problema”, pois não interfere no “uso”: – Há 5 anos, o download das atualizações fica sempre abaixo dos limites da minha conexão. É uma coisa que vários colegas também já reportaram em outros tópicos – embora neste tópico (link acima) a tônica seja de “sempre foi rápido” (sem dados concretos).

No último Domingo (dia em que faço as atualizações), o pacman baixou 917 MiB em 51 segundos, à taxa média de 17,9 MiB/s – sendo que minha conexão (200 “megas”) = 26,1 MiB/s.

Já o zypper demorou quase 45 minutos para baixar 3,16 GiB – com poucos momentos de 4 a 5 MiB/s.

Além dessa velocidade limitada, o número de pacotes também é brutal – pois o padrão do openSUSE é instalar “tudo” – não só todas as dependências, como todos os pacotes “recomendados” ou "sugeridos!

Isso é bom, porque você instala o openSUSE, e ele já vem com todas as funcionalidades possíveis e imagináveis – enquanto o Arch, é você que “constrói”, e pode instalar só aquilo que você realmente quiser. – Claro, você pode instalar um openSUSE “enxuto”, mas isso pode ser trabalhoso.