Instalar e usar o Arch Linux é um bom custo benefício para um usuário comum?

Antes de mais nada, não quero instalar o Arch para me achar tecnicamente capaz ou utilizar o “Eu uso Arch BTW”.

Eu estava querendo algo que eu pudesse ter um controle maior ( sem que isso me custe tempo de manutenção) e algo estável e atual.

A minha pergunta ( sei que é algo subjetivo) tentando trazer para o lado prático é:

Existe um bom custo-benefício para eu usar Arch Linux ?

Ótimo, começou bem.

Então, tenho um monte, de coisas a dizer, mas resumindo, com grandes poderes vem grandes responsabilidade…

E vamos a pergunta final. Se não quer, ou não pode, dedicar tempo, e esforço para contornar possíveis bugs, ou aprender o “jeito” Arch, acredito que NÂO, ou se tornará o tipico usuário que somente instala, e depois fica perdido…

Um exemplo, acredito que todo novo usuário que se propõe à usar o Arch, tem a obrigação de aprender a instala-lo do modo tradicional, e usando a Arch Wiki, pelo simples fato, que aprenderá que ao se deparar com um problema, poderá verificar a Arch Wiki, recorrer ao Bug Tracker, pra verificar se o que estar a ocorrer é somente com você, entre outros… Alem disso seguindo tutorias não oficiais, irá aprender a copiar e colar, lembrando que qualquer tutorial, que não for devidamente atualizado, ficará obsoleto…


Guia de Instalação - ArchWiki


Lembre-se Mantenha Simples!
3 curtidas

Uso o Arch há 5 anos, mas para evitar esse BTW costumo frisar que minha primeira instalação foi pelo Revenge Installer (atual Zen Installer) – e só depois de me familiarizar com ele durante uns 2 anos, é que finalmente experimentei a “instalação BTW” (Bios-MBR). – Uns 4 meses depois de montar o PC atual, voltei a fazer uma “instalação BTW” (UEFI-GPT).

Esses 3 relatos (links acima) são meio confusos, porque procurei registrar minha experiência, inicialmente “zero”, o aprendizado gradativo, anotações em papel, tentativas de “importar” os comandos já prontos – e vários tropeços que cometi – mas talvez lhe dê uma ideia de como foi minha experiência de “usuário comum” ao longo daqueles anos.

Acho que foi exatamente isso que consegui. Só instalei as coisas que eu realmente queria – enquanto em outras distros, tenho muitas coisas que não uso, mas que vieram por padrão dos respectivos instaladores.

É a distro que menos me dá trabalho. Não consigo lembrar de nenhum problema ao longo desses 5 anos. – Carrego o Arch na noite de Domingo (após atualizar todas as minhas distros) e muitas vezes deixo ligado até o Domingo seguinte pela manhã (se não precisar verificar alguma coisa em outra distro). – Simplesmente, nem lembro que estou usando “o Arch”. Só “percebo” que estou usando “o PC”.

Mas isto é “meu caso particular” – pois não tenho jogos, nem placa de vídeo (nada de NVidia), CPU Intel em motherboard Asus, nada de Bluetooth, Wifi só o do provedor (modem), uso pouquíssimos pacotes do AUR, nenhum Flatpak, Snap etc. – Esse conjunto de parâmetros tem dado certo para mim desde 2009.

Os pacotes não-oficiais:

# pamac list --foreign
gimp-plugin-resynthesizer 2.0.3-2                 128.2 kB
google-chrome             103.0.5060.53-1         280.4 MB
google-earth-pro          7.3.4.8642-2            247.7 MB
inxi                      3.3.19.1-1              1.2 MB
kim4                      0.9.8-2                 95.5 kB
libglade                  2.6.4-8                 337.9 kB
libkipi                   22.04.0-1               296.9 kB
libkipi-debug             22.04.0-1               4.8 MB
libpamac-aur              11.3.1-0                4.1 MB
pamac-aur                 10.4.1-0                952.5 kB
pcurses                   5-5                     617.3 kB
pygtk                     2.24.0-12               5.3 MB
python2-cairo             1.18.2-4                266.1 kB
python2-gimp              2.10.30-1               827.4 kB
python2-gobject2          2.28.7-7                1.9 MB
yay-git                   11.2.0.r2.g0fdfe79-1    7.4 MB

Afora esses, tenho o corona-cli, que instalei pelo npm – acho que vem de algum Git da vida.

Se seu caso for diferente, convém ouvir o que outros colegas têm a dizer.

Atualizo aos Domingos – exceto quando preciso instalar alguma coisa nova, pois neste caso é fundamental atualizar tudo, antes. – Se o Youtube inventa algum novo obstáculo ao yt-dlp, isso também pode ser motivo para eu fazer uma atualização no meio da semana.

Para mim, sim! – mas como disse, dentro do “meu caso particular”.

2 curtidas

Arch linux é roling release, ele esta sempre recebendo atualização de software, pode ate ser que ele seja seguro, mas os aplicativos não são intensamente testados quanto um GNU/Linux de lançamento periódico.

Para estabilidade vai de Debian, Ubuntu LTS.

1 curtida

Pelo que andei lendo aqui e pelo que acho que entendi, é possível então eu pegar o Debian “puro” e ir instalando as coisas que eu queira?

Digamos, interface gráfica, módulo wifi, etc?

Estou lendo o tutorial de instalação, mas ainda não consegui seguir pois estou com um problema a resolver no VirtualBox.

Se quer algo minimo, você pode testar mais ou menos o que o projeto Xubuntu Core faz, basicamente utilizando a minimal iso do Ubuntu…

1 curtida

Esse “núcleo” seria equivalente ao “núcleo” do Arch né?

Instalando o Arch, não fazemos tudo do zero, correto?

Já vem com kernel, gerenciador de pacotes, etc.

Tudo do zero mesmo seria o Gentoo?

Se me permite uma sugestão… Se você procura algo “puro” e ao mesmo tempo fácil, talvez o KDE Neon seja boa opção. Ele usa a base do Ubuntu LTS, mas tem os pacotes mais atualizados do ambiente do KDE.

Adoro duas coisas nele: o fato de ter Flatpaks e Snaps habilitados por padrão - os priorizando - e de vir completamente limpo. Limpo mesmo, com apenas o navegador Firefox (em .deb) e os aplicativos essenciais básicos do sistema.

Desde que comecei a usá-lo, adorei. É bem melhor pegar um sistema limpo e ir instalando só os Flatpaks dos aplicativos que for usar que pegar um sistema lotado de bloat para ter o trabalho de desinstalar uma porção de coisas após a formatação. Não precisei desinstalar nada nele.

O Neon foi, até hoje, o sistema que menos me deu trabalho para instalação e manutenção e que mais me deu sensação de controle (por vir limpo e eu saber exatamente o que contém nele). Não é o sistema mais atualizado (por conta da base) ou performático do mundo, mas é fácil, direto e limpo.

1 curtida

Agradeço a sugestão. Mas eu estou com um tempo dedicado a aprender um pouco mais e gostaria de entender mais um pouco como as coisas funcionam.

Então julguei que talvez seja mais exposto às coisas instalando as coisas mais do básico. Mas como eu disse no post, é apenas uma questão de tentar unir o útil ao agradável.

Uso Linux há muitos anos e sempre tive uma curiosidade mais a fundo, mas não tanto ao ponto de querer me tornar um grande conhecedor. Apenas fico no nível de “ver como as coisas funcionam” e não querer saber como construí-las ou consertá-las.

1 curtida

Portanto nem Gentoo, nem Arch, muito menos LFS :smile:, minha recomendação, fica em torno do bom e velho Debian, tenho certeza que ira aprender muita coisa, e que no final se aplicam, talvez uns 85% nas distribuições de Linux, mantendo a robustez, segurança e etc, que este sistema à qual chamam de Universal traz…

5 curtidas

Talvez meu tutorial sobre o Debian seja útil. Ele explica o passo a passo da instalação em modo “expert”:

Pretendo atualizá-lo por completo, mas ainda não tive tempo. :sweat_smile:

1 curtida

Olá :vulcan_salute:

Bem, já respondi algumas de suas perguntas entre outros posts aqui e sabe o que acho, mas, vamos à questão.

Primeiro vamos definir esse tal “usuário comum”, pois, alguém que é capaz de instalar um SO numa máquina hoje em dia já não é tão comum assim. Contudo, como é para você, vou deduzir que você seja um usuário intermediário de Linux que já testou algumas distros, pelo menos as principais.

Esse é o Arch.

Então, existe a instalação e o pós-instalação.

Na instalação tem o jeito manual, que te dá mais controle só que demora mais e demanda conhecimento técnico, ou o guiado com o script Archinstall que é bem simples e rápido.

O pós-instação é a grande variável aqui, pois, dependendo da interface que for usar (ou nenhuma se preferir) irá demandar mais tempo, como por exemplo tiling window managers, mas, se for usar DEs (XFCE, Gnome, KDE, etc.), geralmente não há muito o que mexer.

Depois de tudo configurado como a loja, programas prediletos entre outras coisas, fica tão “normal” como qualquer outra distro, só que bem mais enxuto graças essa simplicidade de te permitir instalar só o que precisa.

É… eu acho que não custa tentar, só vai descobrir se é para você testando, VirtualBox tá aí pra isso :joy:

Pra mim, foi e está sendo a melhor experiência entre todos esses anos que uso distros Linux. Antes, ouvia muita coisa negativa por ser Bleeding Edge e Rolling Release como “é instável” ou “é difícil” ou “quebra à toa” que me deixava com receio, mas foi tudo contrário, tudo bobagem e conversa fiada. Recomendo, o desempenho é excelente.

2 curtidas

Ok.

Obrigado a todos. Enquanto estava esperando as respostas, estava aqui na instalação na máquina virtual. Eu me senti mais próximo de algumas coisas mas já estou com uma dúvida.

Irei abrir posts para tais dúvidas.

Como estou com um tempo livre, eu acho que perco nada em aprender coisas novas.