Se só tem essas duas opções eu também preferiria a licença. Ativadores não mais, é sério, se alguém usa ativador, experimenta colocar um firewall de qualidade e vê ele bloqueando acessos externos direto depois de instalar um ativador…
Pela mesma razão pela qual o RARLab não vai atrás de quem usa o WinRAR sem pagar: o foco são os clientes corporativos que dão bem mais grana.
Inclusive teve um caso em que em 1999 a Microsoft processou uma Universidade por usar cópias piratas do Windows. Em 2017 essa Universidade teve que leiloar um prédio para pagar a dívida de R$ 42 milhoes que ela acumulou com a Microsoft, embora a Microsoft aceitou um acordo em que seria pago um pouco mais de R$ 3 milhões para ela:
E para os usuários domésticos, a Microsoft resolve isso com atualizações, mas sempre dão um jeito de piratear o Windows (e qualquer software).
Comentei há pouco que nunca vi nada da Microsoft contra essas atividades, o que vejo é o preço altíssimo e impagável nas licenças dela para usuários comuns.
Mas tem pessoas, como eu, que não usam PCs que vem com chaves. Quando vem é show. Meu notebook veio com Linux e o PC eu mesmo montei.
E tem problemas legais, já que a chave foi adquirida por meios fraudulentos.
Para o usuário comum, tem as licenças que já vem com o computador.
Mas, no fundo, ninguém é bobo.
Qualquer um tem noção de que, quando o preço é muito diferente, algo errado não está certo.
Bom, aí concordo. Porque a questão do ativador é se colocar em risco, e das licenças serem piratas ou não é uma questão que afeta a empresa original, e ela precisa fiscalizar isso.
A primeira vez que comprei uma chave assim eu achei que ela fosse falsa e não ia ativar, quando ativou pensei que era pegadinha e esperei um tempo pra ver se não ia desativar de novo, quando vi que ficou realmente ativado só fiquei feliz e pensei: finalmente eles fizeram o certo, estão vendendo as chaves num preço pagável, assim as pessoas pagam ela e evitam de piratear e ela deixar de ganhar de todo jeito. Foi o que pensei…
Nesse caso, o ideal seria comprar a licença. Se for pensar a longo prazo, elas não são caras, já que geralmente, o Windows tem 10 anos de suporte.
Por exemplo, quem montou um PC em 2019 e comprou uma licença do Windows 10, pôde atualizar gratuitamente para o Windows 11, que pelo o que tudo indica, terá suporte até 2031. Isso se não lançarem outra versão do Windows em que aquela máquina será atualizada para essa nova versão.
E assim, o valor da chave se dilui cada vez mais conforme o tempo, ja que desde o Windows 8.1 a Microsoft tem essa política de atualização gratuita (embora que no Windows 10 foi por tempo limitado).
Um Windows ativado com uma chave comprada no mercado cinza é tão ilegal quanto um Windows ativado com ativadores.
O único problema é que, não demora muito, a pessoa vai ter que formatar o computador.
E, até onde sei, não vem nada instruindo a pessoa a baixar a mesma versão do Windows para manter a licença ativa. Então, a pessoa leva o computador em um técnico ou ela mesma instala uma versão diferente e, por tanto, sem uma licença legal.
Em questão de ilegalidade, depois de ver os conteúdos que vocês mandaram, acredito. Mas ainda acho que usar ativador é pior, porque aí o usuário coloca em risco sua máquina e segurança online.
Nem mesmo formatar é preciso. O próprio Windows tem uma ferramenta que Restaura o PC, excluindo tudo e reinstalando o Windows sem o usuário intervir. E essa ferramenta existe desde o Windows 8.
E o problema é que as pessoas vão buscar informações em pessoas que tem um nível baixíssimo de entendimento do Windows e de informática. E a maioria dos técnicos estão desatualizados.
Realmente, a pior opção possível sempre vai ser o ativador.
A Microsoft já tomou e ainda toma ações contra esse tipo de coisa. Contudo, é muito difícil de fiscalizar. Muitas dessas licenças são OEM e desviadas pelos próprios montadores de computadores, e fica difícil controlar quantas realmente foram comercializadas de acordo com o contrato (ou seja, acompanhando um equipamento completo).
Sendo sincero, ultimamente acredito que a Microsoft tenha feito “vista grossa” e relaxado quanto a esse tipo de controle. Isso porque ela está tentando atrair o maior número de usuários para o seu ecossistema, principalmente pensando na popularização do Windows 11. A ideia é lucrar mais com serviços, e não com licenças.
Além disso, o combate ao mercado cinza não deve ser pensado como algo para proteger a Microsoft, mas como algo para proteger as pessoas. Nunca é possível saber exatamente qual é a origem de cada licença, mas sabe-se que podem vir de fontes como estas:
- Desvios de licenças destinadas aos fabricantes e montadores de computadores (contendo inclusive versões que não deveriam ser disponibilizadas de forma avulsa ao consumidor final, o famoso “OEM”). Toda licença OEM (não confundir com COEM) vendida diretamente ao consumidor final é ilegal. A licença OEM sempre deve acompanhar um equipamento;
- Desvios de licenças compradas em grande quantidade para utilização em domínios específicos de empresas. Ou seja, revenda ilegal para pessoa física;
- Desvios de licenças entregues a Youtubers, sites de review e influenciadores digitais, que acabam comercializando os produtos, que não deveriam ser revendidos;
- Desvios de licenças voltadas ao setor educacional, destinadas, por exemplo, a computadores de laboratórios de universidades;
- Desvios de licenças que deveriam ser utilizadas em computadores de instituições públicas;
- Licenças compradas com cartão de crédito roubado;
- Licenças provenientes de contas hackeadas;
- Licenças provenientes de empresas hackeadas;
- Outras formas.
Se a licença for, por exemplo, proveniente de um montador de computadores que vende irregularmente ou de um desvio originado de repartição pública, então o problema será um “mero” caso de corrupção. Eu mesmo trabalho em repartição pública e o acesso a esse tipo de coisa - dezenas ou centenas de licenças do Windows - não seria difícil.
Contudo, pode ser também proveniente de equipamentos roubados, contas hackeadas e cartões de crédito clonados. A licença que uma pessoa ativou em uma ponta pode ter trazido o caos na vida de quem foi a vítima do furto na outra ponta.
Existem diversos artigos já publicados sobre esse problema, que afeta não apenas os sistemas operacionais, mas todo o mercado de licenças. No caso de jogos, vale a pena a leitura deste: The truth behind those mysteriously cheap gray market game codes - Polygon. O problema das fraudes bancárias é especialmente grave.
Eu até destaquei essa questão no meu tópico da seguinte forma:
Portanto, pode-se perguntar, caro usuário, como uma empresa poderia vender um produto de centenas de Reais por apenas R$70,00 (ou mesmo menos!)? Certamente que não é por caridade. A resposta dessa pergunta é muito simples: as licenças em questão são completamente ilegais.
De fato, quando paramos para pensar, pode parecer óbvio. Mas, por experiência (tenho oito anos como membro da staff do Clube do Hardware e já vi de tudo um pouco), eu diria que a maioria das pessoas não observa isso. No mundo rápido de hoje, raramente paramos para pensar em muitas coisas. Eu realmente não acho que a maioria saiba a gravidade do que está ocorrendo por trás disso.
Concordo.
E, por isso, ressaltei sobre a informação não ser explícita.
Óbvio que, mesmo se fosse, “90%” das pessoas não se importariam, mas, aos poucos, seria algo mais “difundido”.
Eu mesmo nunca tinha parado pra pensar. Mas porque a Microsoft não faz um plano para usuários finais como algo do tipo: venda de licenças como uma assinatura: R$ 40,00 anuais diretamente na sua conta Microsoft, aí bastava vincular a conta com o computador e está ativado… Não seria mais interessante do que deixar o mercado cinza prosperar desse jeito já que ela não consegue ou não quer combater?
E outra coisa, essas licenças saem baratas assim para fabricantes de PCs? Porque o custo final para quem compra um PC com Windows original ao invés de Linux é geralmente 500,00 mais alto.
Com certeza.
Apenas, me referi à noção de que, quando há um preço absurdamente mais baixo, sabemos “instintivamente” que tem algo errado. E, muitos, preferem nem pesquisar.
Mas, reconheço que as pessoas estão perdendo a capacidade de ver o óbvio. Já vi produtos, descaradamente falsificados, serem avaliados com 5 estrelas por centenas de pessoas. Comentários? Coisas como: parece original, veio até com a bula (neste caso era remédio falsificado para cães e o cara apenas imprimiu o pdf). O problema é que não eram 5 ou 10 pessoas, eram centenas!!!
Exceto que esse mercado não é cinza, é criminoso mesmo, roubam cartão, liquidam limite em licenças de software e revendem
Pra justificar o ato de caridade inventam a historinha da licença retail ou similar sendo que isso não existe, se uma empresa compra a mais, a Microsoft faz estorno completo do valor ela não precisa mitigar prejuízo vendendo por 10% do valor
Incentivo mas o valor real é bem menor que parece, o desconto é de 40 USD, a questão é que a gente tem cambio flutuante aí parece que o desconto é absurdo
No passado eu tinha feito um pra mim, mas nem uso licença. Nem ligo, prefiro o bom e velho Linux mesmo. Windows é só pra terceiros que vem a minha casa ou pra eu testar alguma coisa que realmente não tenha no Linux, de resto, acha mesmo que vou pagar 1k num serial? Nah.
Não recomendo, com poucos dias seu computador estará minerando bitcoin para algum russo ou mostrando propagandas antes mesmo de abrir o navegador