Qual a história dele? Tipo, quem é o mantenedor; baseado em qual distro; ambiente gráfico padrão; quanto tempo existe; etc.
A redhat hoje tem uma versão voltada ao ambiente gráfico pronto para instalar “qualquer programa” (como o opensuse leap é hoje), sem os serviços e pacotes para instalação de servidores?
Não gostaria de ter que configurar uma distro desabilitando uma pá de serviços para ela não ser um servidor e ao mesmo tempo ter que habilitar outros e talvez até instalar módulos para deixar o ambiente gráfico pronto para instalação de programas do usuário comum.
Ser estável não é o único quesito.
O mantenedor é o brasileiro Big Bruno, a interface é um KDE altamente customizado usando a base Manjaro.
Você pode conseguir mais informações em https://BigLinux.com.br
Como eu disse… RHEL Workstation. Na prática o propósito é tipo o Windows Workstation.
Me parece que não. – Pelo que entendi, o ALP está mais para “containerização” (como o Fedora Silverblue e o Kinoite) – enquanto o Tumbleweed é rolling-release no estilo “tradicional” (Linux sem containerização).
Mas não posso falar em detalhes, porque nunca usei Fedora Silverblue (nem Kinoite) – e me parece que ainda falta sabermos muitos detalhes sobre o ALP.
Sim. Tudo dá impressão de que o usuário comum do Leap – aquele usuário que só quer instalar e usar para suas tarefas – vai sofrer um abalo.
Será fácil o usuário comum do Leap se adaptar ao ALP? – Acho que ainda falta sabermos muita coisa sobre o ALP. – Difícil avaliar, por enquanto.
Entendo bem o que é isso. Houve uma época em que eu tinha muito trabalho, e tudo o que eu queria, é que o sistema operacional não me criasse tropeços – ter de me adaptar a mudanças bruscas, aprender tudo de novo etc. – pois isso interrompia meu trabalho e as tarefas começavam a se acumular.
O Kubuntu LTS parecia “confortável”, pois se mantinha “estável” (=sem alterações) durante 2 anos – e eu poderia usá-lo por 3 anos seguidos – mas quando mudava para o LTS seguinte, aí, desabavam sobre minha cabeça todas as “novidades”, modificações etc. acumuladas durante 2 ou 3 anos.
Isso também vale para o Debian stable e o Mageia, por exemplo – que também lançam novas versões a cada 2 anos.
Até certo ponto, também vale para o openSUSE Leap e o Fedora – com a diferença de que têm ciclos mais curtos (6 ou 8 meses, agora não lembro de cabeça). – Em ambos os casos, nunca tive problema com os upgrades – e a quantidade de “novidades”, mudanças etc. é um pouco menor, pois se acumulam menos.
Depois, fui me acostumando com as distros rolling-release – openSUSE Tumbleweed, Arch, Debian testing, PCLinuxOS, Void – e acabei achando melhor, pois as “novidades”, mudanças etc. não se acumulam. Chegam com frequência, porém “um pouco de caca vez”.
Hoje, faz muitos meses que uso o Arch a semana inteira – e só aos Domingos carrego as outras, para mantê-las atualizadas. – Nunca tive nenhum problema com o Arch, mas as outras rolling-release também têm funcionado muito bem.
Para isto ser possível, eu me adaptei, mas também não jogo, não tenho placa de vídeo, uso o mínimo de pacotes do AUR, nenhum Flatpak, Snap etc., e principalmente, não uso nenhuma “lojinha” – só comandos.
Se você prefere mesmo uma distro “estável” (=sem mudanças), talvez deva experimentar o MX Linux – que é um “Debian stable”, porém com alguns pacotes em versões mais recentes (acho eu). – Também dura +/- 2 anos.
Também não gosto de “novidades demais” – e esse negócio de “containerização” pode até ser bom, ótimo, bótimo, ser “o futuro” etc. – mas, até agora, acho que ainda não é para mim.
Aliás, o Fedora Silverblue ainda não é recomendado para usuário “comum” – e o ALP, parece que muita gente anda querendo saber “que bicho é esse”, mas ouvi dizer que até para encontrar um download existe alguma dificuldade. Li em algum lugar que só se encontram versões antigas (?).
Se eu fosse usuário e “dependente” do Leap, eu estaria azucrinado, neste momento. – É tenebroso, a gente se acostumar com uma distro – e de repente, receber um aviso esquisito, obscuro, mal-explicado.
Por outro lado, corporações têm lá seus motivos estratégicos, econômicos, mercadológicos etc., que escapam ao nosso controle – embora distros comunitárias também estejam sujeitas a alguns tropeços, descontinuação, encerramento y otras cositas más.
Para ter algum “sossego”, há muito tempo resolvi ter sempre 2 distros (em dualboot), depois 4, atualmente 12 (multiboot), exatamente para não ficar “dependente” de nenhuma empresa, corporação, falência, venda / fusão / incorporação, mudanças bruscas de rumo, ou qualquer contingência eventualmente atravessada por alguma comunidade independente.
Me incomodava, sobretudo, ser “dependente” da Canonical – com seu histórico de mudanças polêmicas – e nesse aspecto, o Mint (baseado em Ubuntu LTS) seria apenas, “mais do mesmo”. – O próprio Mint tem consciência desse problema, e é por isso que mantém o LMDE (Debian stable), para não ficar 100% dependente das decisões imprevisíveis da Canonical.
Depois de 10 anos usando Kubuntu LTS, um dia achei que “já deu”. – Bastou reiniciar e usar outra distro, que naquele momento me atendia bem. – Depois, quando achei um tempinho, deletei o Kubuntu e instalei outra distro no lugar dele.
Naquele dia, ganhei meu diploma de “zen”. – Sossego total.
Bom, procurei responder dentro do que entendo por “querer sossego” – pois os colegas já responderam sobre todos os outros aspectos.
Quanto às distros que conheço:
-
Já falei sobre o MX Linux. – Falta acrescentar que é um trabalho de 2 comunidades que já existem há um bom tempo (Mepis + antiX) – e no Fórum oficial, desenvolvedores e usuários dão ótimo apoio.
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Mageia (comunidade) também já existe a uns 10 anos. Funciona bem. – O Fórum tem pouquíssimo movimento, talvez porque haja poucos problemas.
Mas nenhuma distro “estável” me deu tanto “sossego” quanto o Arch – embora seja rolling-release – nos últimos 5 anos.
Acho que fora Gentoo e similares, NixOS e Alpine, qualquer outra serve
Acho que só Endless OS, porque toda, literalmente toda distro tem esses pacotes, mesmo Chrome OS tem, a principal diferença entre uma distro “de servidores” pra uma “de desktop” é que geralmente as distros de servidores iniciam um serviço SSH ou PHP pra poder configurar remotamente e nenhuma das citadas no tópico vem com isso
Bom, a questão é que essa definição em si é um limiar bem relativo e pouco claro – o Fedora serve muito bem para apenas acessar a internet, consultar emails, ver filmes e et cetera, mas eu não o recomendaria para um usuário que só vai usar o computador para este propósito. Mesmo assim, conheço pessoas com pouco conhecimento técnico acerca de sistemas operativos para desktop que usam o Fedora em seu dia-a-dia com este propósito. Mesmo que >>eu<< não recomende para um usuário que irá lidar com coisas “básicas” de um computador, ele pode ser usado, e bem usado para isto. O que define um OS ser “adequado a um tipo de usuário” é o próprio usuário – estes julgamentos que fazemos, de um OS ser mais adequado ou menos adquado para uma classe de usuários acaba afastando novos usuários, que, em meio a este mar de escolhas, podem se sentir deslocados e desistir rapidamente.
A questão aqui não é se o Fedora é adequado para “usuários básicos” (como eu disse essa definição é bem relativa), mas sim que ele não oferece algumas facilidades que outras distribuições oferecem, como um gerenciador simples de drivers proprietários. Isto faz com que eu não recomende o Fedora para usuários com pouco conhecimento técnico — embora eles possam sim fazer bom uso desse sistema e tudo isso seja apenas julgamento de mim mesmo, como usuário.
Não sei se isto foi colocado em relação ao Fedora, mas, se foi, é um equívoco tremendo.
O Fedora mexe muito no time que está ganhando – a própria documentação do Fedora deixa claro que qualquer coisa pode ser alterada nas próximas releases, para testar novas tecnologias (como o Flatpak, o systemD e o Wayland/PipeWire, os quais o Fedora foi uma das primeiras opções do mercado a adotar). Isto não torna o Fedora instável – as novas tecnologias implementadas não estavam em fases de desenvolvimento inicial – mas o Fedora as distribui para que mais pessoas testem, o que facilita as correções de eventuais problemas e melhorias em hardwares específicos, já que nenhum desenvolvedor consegue testar seu software em todos os hardwares existentes (são muitos, você sabe)
Em suma, o Fedora é sempre um dos primeiros a implementar novidades que possam incrementar no uso do sistema, sejam elas melhorias técnicas (por baixo dos capôs) ou melhorias que os usuários percebem no uso diário.
Bem vindo a hera da containerização de qualquer coisa.
Eu acho que a galera está muito emocionada com o que será o ALP visto que se sabe muito pouco sobre esse projeto que pelo visto ainda não está 100% definido, muita coisa pode mudar. A SUSE já disse que mais informações vão ser divulgadas ainda esse ano.
Temos varias Distros “estáveis” atualmente, é verdade que a maioria é derivada do Debian/Ubuntu mas ultimamente vejo uma grade massa migrando para distros RR, não é atoa que distros nesta linha vem surgindo de temos em tempos e pelo visto chegou a hora de “copiarem” o Silverblue.
Bom dia, grato por expor sua opinião.
A redhat e cia já usam esse conceito de containerização há muitos anos, chamado de SElinux. Eu trabalhei por tres anos numa empresa que usava (não sei se ainda usa) o fedeora nos terminais das filiais e era sempre um porre ter que desabilitar esse recurso, pois ele atuava sobre a navegação e impedia de habilitar o iproute e outros recursos de rede.
Não, não foi em relação ao fedora, mas em relação ao opensuse. Ou qualquer distro stable.
Galera eu não sou contra. Mas por exemplo, se o Arch é voltado para o usuário comum então sua distro ser ao mesmo tempo um ambiente de testes não é ruim desde que tenha bom senso, que sejam comedidos. Mude uma coisa por vez e só passa para outra coisa depois que a anterior tiver sido amplamente testada e aprovada.
Isso é a definição de software instável, ser estável significa que o que tenho hoje funciona amanhã, por exemplo, um arquivo de configuração, se uma distro é estável não importa quanto tempo passe o arquivo vai continuar funcionando no mesmo lugar com o mesmo nome, como o Fedora fica testando coisas e esse tipo de situação não acontece, não importa se não tem bugs, o sistema é instável
Sim isso aí, instabilidade não é necessariamente um defeito, mas uma condição de mudanças que incompatibiliza uma versão anterior com a recente. Quem nunca passou pela situação de ter que resolver problema quase insolúvel de driver de placa de vídeo que até um dia atrás funcionou perfeitamente por um ano e meio seguido?
Sem contar com as mudanças no visual da distro que vc não consegue mais deixar como estava antes e vc estava curtindo.
Uma outra palavra que posso definir como critério para uma distro que procuro, é ser enxuta.
No mundo linux essa palavra faz muito sentido, ainda que muitos não concordem.
Acho que nunca existirá. Eu sou usuário Linux há um bom tempo, e já cansei de ficar pulando de distro em distro tentando achar uma na qual ofereça uma experiência “instalar e usar”.
Sempre há algum probleminha, sempre há algo para se fazer para solucionar um problema…
Soluções completas, para mim são Windows e macOS. Mas como Windows eu não consigo aceitar as atualizações forçadas e o monte de “tranqueira” que vem junto a ele, fico no Linux, até quem sabe, poder comprar um Mac.
“Usar containerização”, acho que zilhões de distros permitem que se use – mas não foi nesse sentido “genérico e amplo” que usei a palavra:
A ideia do que atualmente chamamos de tecnologia de containers surgiu em 2000 como jails do FreeBSD
Eu me referia à ideia de…
“containerização” (como o Fedora Silverblue e o Kinoite)
Segundo o site do Fedora:
O Fedora Silverblue é um sistema operacional de desktop imutável. Visando um bom suporte para fluxos de trabalho focados em contêineres
Negritei “imutável” e “focados em containers”, porque é o conjunto dessas 2 expressões que definem o que eu estava referindo – mas não vale a pena eu aprofundar o significado quântico dessas coisas, pois não uso, nem pretendo usar tão cedo, e quero distância do palavreado que eles usam* .
Em Abril 2022 – portanto, antes desse susto de agora com o Leap – o SLE já tinha dado este aviso:
Outro ponto importante é que pretendemos dividir o que era mais genérico, tudo está intimamente interligado em duas partes: Uma peça menor de habilitação de hardware, uma espécie de “host OS”, e a camada que fornece e suporta aplicações, que serão baseado em contêiner (e VM).
De novo, negritei o que me parece ser uma “semelhança” com o Fedora Silverblue / Kinoite.
Está fazendo 3 anos que uso Fedora, e nunca percebi nenhum problema com a navegação. – O status atual:
$ id -Z
unconfined_u:unconfined_r:unconfined_t:s0-s0:c0.c1023
# getenforce
Enforcing
# sestatus
SELinux status: enabled
SELinuxfs mount: /sys/fs/selinux
SELinux root directory: /etc/selinux
Loaded policy name: targeted
Current mode: enforcing
Mode from config file: enforcing
Policy MLS status: enabled
Policy deny_unknown status: allowed
Memory protection checking: actual (secure)
Max kernel policy version: 33
Apenas o openSUSE Tumbleweed parece que já veio com o necessário para ativar o SELinux:
$ id -Z
id: --context (-Z) works only on an SELinux-enabled kernel
# getenforce
Disabled
# sestatus
SELinux status: disabled
Minhas outras 10 distros nem sabem o que são esses 2 comandos – eu ainda teria de instalar várias coisas:
# sestatus
Command 'sestatus' not found, but can be installed with:
apt install policycoreutils
# getenforce
Command 'getenforce' not found, but can be installed with:
apt install selinux-utils
Portanto, se você quer ficar longe do SELinux, pode experimentar sem susto o Arch, Debian, KDE Neon, PCLinuxOS, Mageia, Slackware, Void, Manjaro, Recore, MX Linux
EDIT - Agradeço ter falado em SELinux. – Nunca prestei atenção nele, embora tivesse ouvido falar.
Não é problema com a navegação, ele não deixava habilitar o iproute.
Olá
Então, eu já disse o que irei dizer em outros posts quanto ao Arch, de que passei anos usando distros base Ubuntu ou o pŕoprio por medo (por causa do discurso de alguns aí) do que ouvia de ser instável, difícil e tudo mais, até que ano passado eu resolvi testar e está até hoje na minha máquina e nunca deu problema (diferente dos “Ubuntus” e tals).
Enfim, pelo que li, vi que o perfil de distro que deseja é outro, mas, só queria apontar que esse papo de instabilidade por ser bleeding edge e RR é conversa pra boi dormir, mentira pura, e olha que eu ainda digamos “futuco” muita coisa e o bicho não quebra.
O que vejo mais é gente tendo problema com o Manjaro, aliás, parece a mesma relação do Debian para o Ubuntu, ou seja, “o filho suja a imagem do pai”.
Nem me diga isso. Acabei de instalar o Manjaro num note de um usuário vindo de Windows… Sempre quis instalar o Arch para mim mas sempre me faltou coragem para passar, sei lá, 1 dia lendo as coisas para instalar.
Foi tranquilo para você ? E na questão do Gnome, para atualizar, como que fica?