Demissão de CEO da OpenAI causa grande prejuízo à Microsoft

OpenAI, empresa responsável por tecnologias como o ChatGPT e Dall-e, foi originalmente fundada como instituição sem fins lucrativos, por Sam Altman, Reid Hoffman, Jessica Livingston, Elon Musk, Ilya Sutskever, Peter Thiel, Greg Brockman, entre outros. Enquanto grande parte dos fundadores seguiram caminhos divergentes, se desvinculando da companhia, Sam Altman emprestou sua personalidade e cara, no papel de CEO.

Sem aviso, na última sexta-feira, dia (17), a OpenAI anunciou o desligamento de Altman de seu cargo, substituído provisoriamente por Mira Murati, membro da equipe de liderança há cinco anos. O motivo oficial do desligamento, seria por Altman não ter sido “consistente sincero em sua comunicação com o quadro de diretores”, quebrando a confiança em mantê-lo no quadro. A decisão ainda acarretou a saída de Greg Brockman

Altman é uma figura carismática, que se mantém em evidência na mídia e gera engajamento com o público, como em seus contrapontos à Elon Musk. Ele participou da construção do sucesso da empresa, tornando-se referência aos investidores, que se sentiram desagradados com a mudança.

Por US$ 13 bilhões, a Microsoft havia adquirido 49% da OpenAI, tornando-se dependente de suas tecnologias, para produtos, como o Bing Chat e o Copilot, mas com a depreciação causada pela troca de CEO, perdeu US$ 80 bilhões em valor de mercado.

Após tentar reverter a demissão, sem sucesso, Altman e Greg foram contratados pela Microsoft para liderar uma nova equipe de pesquisa avançada em inteligência artificial.

Há muita expectativa sobre o futuro da OpenAI após tantas reviravoltas, inclusive, especula-se a possibilidade da aquisição pela Microsoft, motivada não apenas em direcionar os rumos do desenvolvimento de novas tecnologias, mas também por uma curiosa cláusula de proteção: ao conseguir criar a AGI (inteligência artificial geral), uma inteligência capaz de executar qualquer capacidade intelectual humana, a OpenAI ativaria uma espécie de “modo de segurança”, onde todos os direitos da tecnologia seriam devolvidos ao conselho. Com indícios de que isso pode estar próximo, a Microsoft precisaria adquirir toda a OpenAI antes da AGI ficar pronta para garantir propriedade sobre a tecnologia que seus investimentos ajudaram a construir.

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