Copiar arquivos de um HD defeituoso, saltando rapidamente os arquivos corrompidos, tem como?

Sim, estas coisas até podem ser feitas, e acho super bacana para quem quer explorar , ir por um caminho mais DIY. Mas eu acho que existem coisas mais simples e mais efeitivas, um RAID1 em BTRFS agrega mais eu acho. Eu gosto de coisas que simplesmente funcionam e funcionam sozinhas, eu faço menos e fazendo menos eu ganho tempo e cometo menos erros humanos.

Também, quando feito sem tentar complicar, o RAID1 em BTRFS acaba resultando em 2 tabelas GPT na prática idênticas, e meio que blinda o usuário deste tipo de problema. Sendo um espelho, tendo um dos HDDs vivo o HDD é recuperável.

Ouvindo o que aconteceu, eu acho que tem coisas que você precisaria fazer antes até, tipo se organizar um pouco melhor. Adicionar mais tarefas complexas não vai te ajudar eu acho.

RAID1 me interessa. Assim se um backup der pau, tenho outro idêntico.
A única vantagem de ter backups ligeiramente diferentes, é que se em um deles, um arquivo estiver corrompido, ou mesmo zerado, eu posso encontrar o mesmo arquivo no outro HD ou SSD, ainda íntegro.

Pois já me aconteceu de zerar arquivos no backup, ao sobrescrevê-los com seus respectivos links simbólicos, só porque tinham nome e extensão idênticos!

Por isso atualmente, quando crio links, logo renomeio para “Link para arquivo-tal” se o próprio gerenciador de arquivos não o fizer. Se não me engano, no Thunar quando arrasto arquivos com o mouse, segurando [Alt] ele já insere “Link para…” antes do nome do atalho criado.

Entenda que RAID 1 em BTRFS por exemplo, elimina essa coisa de comparar 2 backups, o sistema de arquivos já faz checksum dos dados, ter uma cópia extra é o que ele precisa para poder recuperar possíveis corrompimentos ou não repassar adiante. O sistema de arquivos já tem implementado em si essa lógica para escolher a fonte correta entre 2,3,… HDDs.

Se você usar um pouco snapshots de uma forma mais simplista, você dificulta deletar os dados por acidente.

Uai mas essas informações é o próprio filesystem, só que o MFT é o backup para restaurar o filesystem. Não tem ferramenta nativa para isso no Linux, o que tem é o DD que eu expliquei acima. Fazer backup do filesystem não soluciona o problema de corrupção dos files em si, um backup completo do MFT(filesystem) e os arquivos juntos(backup do filesystem junto com os arquivos.) é mais seguro, é isso que os meninos sugeriram. Não sabia que tinha isso de backup de MFT no NTFS.

Às vezes altero algum texto, fotos, vídeos, etc. ainda na origem (em minha /home) e os copio pra unidade “backup 1”. Se eu me arrepender das alterações, posso procurar os mesmos no “backup 2” e trazê-los de volta.
Penso que isso já não seria possível, trabalhando os dois backups em RAID1.

Os snapshots nesse caso, entram em cena e suprem essa lacuna?

Mas o que perdi foi o próprio backup… por isso o RAID1 despertou meu interesse agora.

Desculpa, acho que ninguém sugeriu o backup da partição ou o disco inteiro incluindo todo o filesystem e os arquivos, você pode usar para isso com a ferramenta Clonezilla.
Quer montar RAID1? acho que deve saber o que é isso, você explico para mim ai em cima, você quer fazer no filesystem ou usando software externo?

isso, com menos bagunça.

E quando eu digo que falta coisas prévias, não sei se você concorda comigo, mas se você está manipulando os backups manualmente e expondo eles a riscos similares as versões originais, já não parece mais tanto um backup.

1 curtida

É um backup mesmo exposto as mesmas coisas, é que na informatica se não me engano a recomendação é ter os seguintes backups. Um na nuvem, um para você poder manter online na maquina, conectado a ela, e o terceiro é um offline, que você nunca pluga na maquina nas mesmas condições de exposição dos arquivos originais.
@romulopb se parar para pensar o RAID1 se encaixa no backup online.

Certo. Esse disco ao qual me referi, era de um backup anterior… ele zerou total após o pane, nenhum diretório sequer… mas eu tinha certeza que todos os arquivos estavam lá, e íntegros. O que imagino que se corrompeu, foram os índices e estruturas de diretórios.

Nos backups eu não altero nenhum arquivo. Altero apenas nomes de diretórios, caminhos e renomeio arquivos, para refletirem as mesmas alterações em /home.

Não sei trabalhar com rsync, nem com backups incrementais. O Free File Sync, se não me engano, até traz essa possibilidade de forma interativa, mas com essa ferramenta eu já virei gato escaldado…

Opa, tá chegando onde quero… não tenho ideia de como fazer isso!
Colocar 2 unidades numa placa mãe com suporte a RAID e ativar 0 ou 1, eu sabia.

Mas agora com um notebook e 2 SSD externos, cada um espetado numa USB do note. Como faria o sistema tratar ambos como uma única unidade (RAID1)?

Sim, isso vai ao encontro do meu ideal: ter backups frequentes da /home em unidades externas e também na nuvem.

Você não deveria manipular backups manualmente. backups deveriam ser versões estáticas no tempo, em modo apenas leitura, que quando você quer recuperar você copia. E preferencialmente, você deveria criar uma regra de rotação automática (vai apagando mais antigos para liberar espaço). Assim as chances de acontecer algum problema são muito menores.

Então, o RAID1 via software usando unidades USB você pode fazer tanto por filesystem quanto por software externo.
Parece que é assim que faz RAID1 via software usando o driver do BTRFS.
https://btrfs.readthedocs.io/en/latest/Volume-management.html
Nunca fiz isso, não sei se funciona. Eu já fiz usando o software mdadm.

Na verdade, nem sei se eu poderia chamar de backup as minhas unidades externas, pois tudo o que não cabe mais na /home eu simplesmente vou despejando nelas… e ainda, às vezes garimpo conteúdos antigos nessas unidades (excedentes que não estão mais na /home) para alguma ocasião específica, como por ex. rever fotos e vídeos, alterar o repertório musical num pendrive para ouvir no som, ou vídeos pra ver na TV, etc…

Meus caros, essa conversa está empolgante e didática pra mim.
Vou me recolher, mas com certeza prossigo no assunto “amanhã” (que na verdade já é hoje, rs…)

Para isso existe as ferramentas de reparo de filesystem, sabendo qual filesystem era você chama a ferramenta tal, se for BTRFS é a ferramenta “fsck.btrfs” ai tem vários parâmetros, para ler o manual “man fsck.btrfs” ou: fsck.btrfs(8) - Linux manual page

Se não souber o filesystem, você pode chamar o “fsck” este pode ser que te diga qual é.

1 curtida

Entendo, eu acho que ser mais metódico e simplificar o que você faz iria te ajudar. Se você fizer um RAID 1 via BTRFS você pode começar a fazer backups da seguinte forma: sincronizando para uma pasta e fazendo um snapshot em modo leitura apenas, e dai ir deletando os snapshots quanto mais velhos.

O snapshot é uma imagem do estado no tempo no passado dos arquivos.

Eu acho que a raiz dos problemas aqui não é bem o hd corrompido, afinal um problema desse deveria ser facilmente resolvido com a aquisição de um disco novo e novo backup.

Está faltando uma boa estratégia de backup/recuperação de arquivo. É importante diferenciar arquivos que sofrem modificação (como os projetinhos) daqueles que devem ser guardados intactos (como declaração do imposto de renda). O snapshot vai te salvar nas modificações equivocadas, enquanto o backup em outro disco te salva do falecimento do seu disco principal.

Eu mantenho uma estratégia de ‘timeline’ pra /home, mantendo alterações por uma semana. Basicamente salva daqueles erros banais tipo salvar arquivo em cima de outro ou reversão de arquivo inteiro que eu baguncei muito (nos meus projetinhos).
Semanalmente (no domingo preferencialmente) eu faço o backup da home para outra unidade (hdd). Esse me salva de algum problema catastrófico no ssd, onde os instantâneos também vão para a casa do chapéu. A cada seis meses (janeiro e julho), eu aproveito para organizar minhas fotos e salvá-las em duas unidades externas removíveis, onde uma fica aqui em casa e outra costumava deixar na casa da minha mãe (mas to meio relaxado nessa e parte e tão os dois aqui em casa agora).

Meu caro, se não me falha a memória, acho que passei um chkdisk (pois era NTFS) e tbm acionei o Verify do Gparted, e deu tudo normal. O HD estava perfeitamente legível, mas quase sem mais nenhum arquivo…
Daí passei para uma ferramenta avançada de recovery, que deu no que relatei: dir0001 em diante, e file0001.rec em diante.

Por outro lado, eu gostaria de saber como seria um backup incremental. Não seria mais prático que os snaps? E não teria parâmetros/opções para me alertar, por ex, ao copiar da origem os arquivos zerados, e symlinks com nomes idênticos aos alvos?

Acabei abordando duas questões no mesmo tópico: como copiar dados de um HD com SMART crítico, e como salvar apenas o MBR e MFT (metadados) de uma unidade NTFS.

Nos meus tempos do sistema “super-bug-turbo” da Redmond e da famigerada “tela azul da morte”, já fiz backup dessas partes usando… não me recordo, mas acho que o Partition Master, e consegui ressuscitar um HD inteiro, que deu pau numa queda momentânea de energia elétrica, bem no momento de uma cópia de arquivos.

A propósito, tentando identificar a estrutura de partições Linux, caí de paraquedas nesse artigo Diolinux sobre BTRFS, aí entendi por que na raiz da partição do meu sistema aparecem “@ @cache @log @swapfc timeshif”

Deu também pra entender melhor a proposta de vcs quanto a gerar snapshots, nos backups periódicos de meus arquivos pessoais.

O Deleterium traduziu melhor do que eu mesmo, sobre onde eu quis chegar quando comentei nessa parte:

Nesse caso, mantenho cópia no GDrive, dos arquivos que mais sofrem modificações, e mantenho no GDrive e Dropbox meus arquivos mais importantes.
Enquanto o grosso que extrapola o espaço de armazenamento gratuito na nuvem, eu jogo nas unidades externas (imagens de distros Linux recentes, fotos, mp3, vídeos, apostilas, etc.)

Eu perguntei como seria o RAID1 usando as duas unidades SSD, uma em cada porta USB, mas passei batido nessa dica:

Então vai me desculpando, aguamole, blz?
Mas qual é o procedimento para ativar o RAID1 no BTRFS, sem precisar do tal mdadm?

Boa! Vc tem algum tutorial demonstrando isso, em texto ou em vídeo?

Eu nunca fiz com btrfs eu sempre fiz com mdadm.
Será que é assim? Volume management — BTRFS documentation

Fiz isso com meu HD de 640GB (596 GB reais), deixei a noite toda, e de fato ele criou um diretório separado para os dados corrompidos. Fico bem fácil dessa forma.

Vejam bem, esse Netac nv3000 que comprei a preço de banana, é usado e o vendedor garantiu que ele é do mesmo nível da Lexxar ou até melhor. Ok, mas pq ele vendeu barato?