O Bodhi Linux é um sistema baseado nas versões LTS do Ubuntu, com a interface gráfica Moksha, caracterizada por sua beleza, combinada com leveza. A atual edição, Bodhi Linux 6, é baseada no Ubuntu 20.04 LTS e foi lançada em 2021.
A nova versão, 7.0.0, é baseada no Ubuntu 22.04 LTS, ainda se encontra em Alpha, ou seja, pode conter instabilidades e ainda não tem todas as funcionalidades pretendidas, mas se quiser, já pode testar em seu computador. Espera-se que a versão final seja lançada por volta de março de 2023.
Os desenvolvedores ainda não listaram tudo o que pretendem adicionar ao sistema, mas sabemos as novidades da Alpha lançada. Dentre elas, as principais são:
Kernel Linux 5.15 LTS;
Biblioteca Enlightenment Foundation (efl) 1.26.99;
Você já inicia escolhendo o idioma e a configuração do teclado, a seleção é feita num diálogo com o nome e bandeira do país.
A área de trabalho do Moksha Desktop está configurada no padrão Windows/KDE.
Existem quatro desktops virtuais já ativos, sendo que o alternador está na borda direita ao centro.
Obs: um usuário leigo, com o primeiro contato com o Linux, não saberá para que serve esses quadrados.
Há um ícone “Socorro” na área de trabalho, que leva ao navegador web exibindo uma página bem simples com algumas poucas instruções (poucas mesmo) e link para fazer doação.
O gerenciador de redes é o network-manager com a mesma interface usada no Gnome, Xfce e Mate.
Há um gerenciador de área de transferência habilitado por padrão.
O sistema inicializou em uma máquina virtual com o consumo inicial de 270 mb de RAM.
O aplicativo de terminal é o Terminology.
O gerenciador de arquivos é oThunar, o mesmo usado no Xfce.
Obs: o ícone é o padrão do Thunar, que é feio e não demonstra o que o programa faz.
O navegador web é o Chromium, sem extensões, entretanto ao abrí-lo temos a mensagem de que ele não é o navegador padrão e somos questionados a torná-lo padrão.
Há uma ferramenta disponível para baixar e instalar outros navegadores: Brave, Chrome, Falkon, Firefox, Palemoon, Opera, SlimJet, Vivaldi, Waterfox. Só faltou o Microsoft Edge.
Há alguns efeitos de ícones e sombras muito bonitos.
O tema de ícones, bem como do destaque é verde, no padrão escuro.
Vem com o engrampa como compactador de arquivos, leafpad como editor de textos simples, Ephotos como visualizador de imagens.
Há um item no menu chamado “Bodhi App Center” que nos leva a uma página web, nela existem recomendações de softwares (uma pequena seleção) aprovada pela equipe do Bodhi Linux. Ao clicar em “Install” o AptURL será chamado para fazer a instalação por meio dos repositórios.
Não há uma loja completa como a Gnome Software ou o KDE Discover, mas o Synaptic Package Manager está disponível.
Nenhum reprodutor de áudio ou vídeo está disponível no sistema.
O Bodhi Linux utiliza pacotes do Ubuntu 22.04, porém há um repositório próprio com alguns pacotes específicos da distribuição, e está habilitado o PPA de drivers Nvidia-legacy e um PPA contendo uma compilação do Firefox em .DEB.
Nas configurações, a definição do gerenciador de arquivos não se aplica ao gerenciador de arquivos que vem no sistema, o Thunar, mas foi feita para ser usada com o gerenciador de arquivos do Elementary.
No aplicativo de configurações podemos encontrar as configurações de aparência, de hardwares como teclado e mouse, idiomas, gerenciador de janelas.
Resumo da análise:
É uma excelente distribuição para quem tem computador com recursos de hardware (disco, memória, processador) escassos, visto que oferece um sistema enxuto, rápido e com baixo consumo de recursos. Seu comportamento clássico ao estilo Windows/KDE permite que pessoas mais conservadoras utilizem o Bodhi sem problemas.
Para facilitar o uso a usuários novatos, principalmente no Linux, há um instalador de navegadores web e uma seleção de softwares recomendados pela distribuição com excelente facilidade de instalação. Porém, se o usuário necessitar algo mais específico, terá dificuldade em instalar.
Felizmente, por ser construído em cima do Ubuntu 22.04, a maioria dos programas e o APT funcionam e estarão disponíveis através do Synaptic e do Terminal. Provavelmente o usuário poderá também usufruir de pacotes Flatpak e Snaps, embora não tenha uma interface gráfica para gerí-los.
Ou seja, recomendo o uso para quem tem computador com limitações de hardware, principalmente porque há uma versão de 32 bits disponível para download, o que deve funcionar em computadores bem antigos.
No entanto, no site há também ISOs com kernel construído para hardwares mais modernos.
Não é uma distribuição de entrada generalista para Linux, mas é uma opção viável para quem já conhece bem o Linux ou quer um sistema enxuto e leve.
Tirando o AntiX Linux, o Bodhi é o sistema operacional mais leve e funcional disponível, e tem a vantagem de estar em Português.
Aqui uso o Bodhi Linux há uns 4 ou 5 anos e não quero outra para meus PCs de quase 10 anos atrás. Ela carrega no boot em 1 minuto e aceita o plugin de segurança bancário. É bem rápida nas respostas aos cliques, na execução das coisas.