Apenas um debate especulativo, já que ninguém tem como prever isso aqui, apenas um convite a opiniões.
Não é segredo para ninguém que produtos eletrônicos e seus componentes estão passando por uma alta de preços global (algo que já estava ruim desde 2019 no Brasil em razão dos impostos de sempre e do dólar a mais de R$ 5,00) resultante de um círculo vicioso relacionado a própria pandemia e a falta de insumos.
Esse cenário inclusive se estendeu para outros ramos do setor de tecnologia atingindo até mesmo a indústria automobilística que para além de outros motivos tem parado a produção por conta da falta de microchips no mercado (lembre-se que os carros modernos tem eletrônica em demasia).
Li essa semana artigos mais aterradores que já projetam a recuperação da indústria a no mínimo 2023. O que vocês acham? Alguém está comprando hardware nesse momento? Você está esperando um melhor momento? Qual sua estratégia para seus equipamentos nos próximos anos?
Nunca neste século a extensão de vida útil e a recuperação de eletroeletrônicos foi tão interessante.
Aliás, quase tudo está caro. Experimente orçar uma obra!
Sim, imagino que estamos passando por algo semelhante ao período das guerras mundiais. Analistas já cravaram que especificamente para o setor de informática (hardware) é a pior crise de todos os tempos.
Em questão de eletrônicos, acho mais provável uma normalização de preços absurdos do que baixarem.
Pior que ainda não senti uma alta, não além da variação do dólar. O que está caro são as GPUs.
Pretendo comprar hardware em breve, duas máquinas, uma completa e outra upgrade para minha atual.
Por enquanto é manter o que tenho. Dei muita sorte de ter feito o último upgrade pouco antes de começar a subida de dólar (algo do Brasil), e da quebra das cadeias de fornecedores.
É mais um exemplo.
Talvez as quebras de preço tenham sido mais claras e rápidas em mercados cujo “pipeline” seja mais “curto”. Construção civil é um ramo em que lá da extração à entrega no imóvel tem um período curtíssimo, e qualquer coisa atrapalha a cadeia e elevam preços.
Some-se a isto o fato de que, muito provavelmente, as pessoas utilizaram o período de pandemia para fazer pequenas reformas, seja para ter um espaço para home office, seja mesmo por lazer e como combater o tédio. Foi até um dos motivos por qual as lojas de bricolagem/ferragistas eram tidas como essenciais, viraram alternativas aos shoppings e passaram a fechar nalgumas localidades.
O que está acontecendo com a pandemia, especialmente no Brasil, ainda vai afetar muitos setores. A nossa sorte é que, pelo menos por enquanto, aquilo que é básico para sobrevivência (alimentos) não parece ter tido problemas. Pelo contrário, com a alta do dólar e de preços os produtores rurais estão capitalizados. Mas mesmo em tempos “normais”, é difícil pensar que os preços voltaram aos níveis anteriores.
Se formos falar de notebooks então ai é que a coisa fica ainda mais estarrecedora. Vocês já viram as configurações dos notebooks que estão custando nesse momento entre R$ 1.900 e 2 mil e pouco? É por isso que o mercado de usados está tão aquecido.
O treco é tão esquisito (falamos disso outro dia) que os básicos estão quase no mesmo preço dos intermediários, o que torna os “tablets com teclado” pega-otários ou produtos de grandes redes de varejo. Quem souber um tiquinho a mais acaba procurando nos sites especializados e foge desse tipo de note da xuxa
A alta nos preços dos alimentos está pronunciada também. Os produtores rurais de grande escala estão ganhando dinheiro com exportações em detrimento do atendimento ao mercado interno. Vide os valores da carne e do arroz.
Um detalhe curioso que muitos não perceberam que a alta no preços de hardware começaram antes mesmo da pandemia, O inverno no EUA afetou fabricas de chips no Texas ( Texas depende de energia termoelétricas e foram obrigadas a pararem a produção para economizar energia isso aconteceu pelo segundo ano), Samsung outras fabricantes tiveram problemas em suas fabricas na Coreia, Japão e China ( produção de HDs, memorias RAM, memoria flash, capacitores dentro outros…) Depois veio a pandemia e praticamente cessou a produção global de praticamente quase tudo ( menos o chineses, eles não pararam ).
Países que não fabricam ( ou apenas montam ) componentes eletrônicos são os primeiros a sofrer, Brasil tem sorte de ser um grande produtor de commodities e a produção de alimentos não foi afetada apesar de também ter sofrido alta nos preços, mais isso não foi somente aqui e sim no mundo todo.
Eu não acredito em uma normalização de preços tão cedo principalmente de eletrotônicos não por questões de pandemia mas sim pela demora para reabastecer o mercado novamente isso deve levar anos.
Estou pensando seriamente em vender o meu, que está mais caro do que quando comprei.
É meio que uma aposta: ele me ajudava muito no trabalho da forma antiga, hoje com a predominância do teletrabalho não seria mais tão importante.
O problema é vender com um possível pequeno lucro e depois ter que repor por algo muito inferior, mesmo comprado anos depois.
Sim, cara. Meu note é bem ruizinho, um celerdon com 4gb; ele USADO tá custando 1,5k. Ontem mesmo, um colega meu vendeu o iPad dele com lucro kkkkk.
No fim das contas, creio que as lojas vão oferecer até 24x ou 36x sem juros para compensar esses preços altíssimos e a gente se adapta.
Eu acredito que estamos num período de estagnação tecnológica com relação aos semicondutores. As inovações estão muito difíceis e custando muito caro em pesquisa e desenvolvimento.
Os computadores mesmo mais antigos rodam perfeitamente os sistemas modernos. A linha de entrada dos processadores de 2017 supre muito bem a necessidade do usuário médio. Há pouca demanda de atualização do hardware por falta de capacidade de processamento, diminuindo o mercado consumidor.
Estamos chegando num ponto de equilíbrio de software, ao menos voltado ao usuário doméstico, onde novas versões de software não requerem um nível muito maior de processamento
A migração de boa parte dos usuários de desktop bem como a massiva entrada de usuários de baixa renda usando o android também contribui pra baixa demanda de novos hardwares.
Assim como na indústria do petróleo, um primeiro choque da pandemia foi derrubar o preço pela alta oferta. As empresas se prepararam para uma baixa demanda e reduziram bastante a produção (tanto pela opção de reduzir quanto pelo desabastecimento da cadeia produtiva). Então o efeito reverso aconteceu, com o aumento do preço dos produtos.
As políticas de estímulo econômico no mundo desenvolvido jogaram dinheiro no mercado, aumentando a força compradora, aumentando o preço dos produtos, aliados aos efeitos inflacionários da impressão de dinheiro.
Ao meu ver, essa crise do hardware é na verdade a crise da adequação das empresas de hardware de um mercado de expansão, para um mercado estável ou mesmo em queda em alguns setores. Produtos mais potentes estão focados no mercado corporativo, por isso os preços acompanham basicamente a velocidade de processamento. Quem se lascou nessa é o entusiasta do computador, que agora vê produtos custando mais do que o seu salário, que não trarão nenhuma melhora perceptível no uso do dia a dia.
Só lembrando que o exposto aqui não refere-se a placas de vídeo, que merece uma análise a parte por conta da influência entre os consoles, pc gamers (no real sentido da palavra), e mineração de criptomoedas.
E nos ultimos 20 anos quantas vezes vc viu o cambio baixar de forma significativa?
Para o real se valorizar, vai precisar que EUA e UE entrem em crise economica novamente que não atinja o BR.
OU vai precisar criar um novo plano economico, uma nova moeda…
Então esqueça dificilmente a moeda BR vai se valorizar de forma significativa perante o dolar e euro.
Como foi dito não foram os insumos de informatica que tiveram uma alta extraordinária. Foi a crise do virus, especulação finaceira e principalmente o real que perdeu valor de mercado mesmo.
Pelo menos nos próximos 50 anos não vejo melhoras no cenário - o mercado de informática como era no inicio do plano real dificilmente irá retornar.
Os produtores rurais ganharam dinheiro no inicío, mas não se esqueça no geral os produtores não vendem no top dos valores de mercado e não compram insumos no fundo da baixa. A maioria dos pequenos e medios produtores rurais tem que vender muito antes do top para pagar as dívidas, ou vendem antes dos topo porque já atingiu um valor alto e tem medo de segurar e especular.
Mas o mercado já se enquadrou nessa regra da alta das comodites agricolas e isso gera um aumento no valor dos insumos.
Ou seja na primeira safra no inicio do virus eles lucraram. Agora com o valor dos insumos altos a rentabilidade volta ou normal para esse público, pois pras próximas safras a alta dos insumos come os lucros.
Lembrando que o home office intensificado pela pandemia aumentou bastante a procura por notebooks e outros equipamentos (roteadores, nobreaks…).
Vai durar o tempo que a pandemia durar e um pouco mais até a base social no mundo todo se reconstituir. No Brasil a situação é mais aguda pois estamos sob pressão do dólar.
Não vai voltar a ser como era no início do milênio, mas as coisas vão melhorar nos próximos 3 anos onde o mundo vai recuperar índices similares ao pré pandemia.
O dólar vs real é difícil saber… A coisa está de tal forma que é mais fácil torcer para as commodities do que para uma reforma eficiente.
responder a essa pergunta é enveredar para o ramo político, o que será rapidamente envolto em discussões desta ou aquela corrente partidária. e isso está fora do objetivo do fórum. sem muitas delongas, a desvalorização recorde do real, para tornar nossos produtos “atraentes” no comércio exterior, fez toda a cadeia de produção “redolarizar” a economia. e aí não tem jeito. então tratem de comprar muito hardware “não crítico” - como placa de rede, wifi etc - em sebos de peças, desmanches, etc. a situação não se reverterá tão cedo.
eu entendo seu ponto quando o assunto é dólar. Mas o mundo todo está passando por uma crise de hardware, então o assunto definitivamente não é só político, na verdade é bem pouco político já que a “culpa” dessa crise está bem longe de ser causada pelo dólar