Arch ou Debian puro?

Pessoal, minha situação é simples mas curiosa. Eu tenho um PC bem humilde, um hardware antigo, mas que ainda consegue suprir boa parte das coisas que faço diariamente sem maiores problemas, entretanto vez ou outra ele me faz passar raiva, principalmente quando eu preciso mexer com webapps ou coisas que exigem muito do processador.

Eu uso o Pop!_Os 22.04 já tem anos, e eu nunca tive muito a reclamar, só que agora eu to afim de tentar algo novo mas não tão novo assim haha, e pensei em instalar o Arch para deixar o sistema o mais otimizado possível para as necessidades do meu PC, porém não sou muito fã de rolling release justamente pelo meu hardware mais defasado, e fiquei cogitando em pegar um debian puro, com poucos pacotes e tentar montar algo em cima disso.

O que vocês me sugerem ? estou pendendo mais pro lado APT da força do que o lado Pamac hehe

Vale dizer que, a feature killer do Pop que me faz querer continuar nele ainda, são os repositórios do Pop que sempre são muito bem atualizados e tem muito programa, sem contar na integração padrão com o flatpak, e os drivers NVIDIA que já vem instalados e prontos pra usar.

TL;DR: Usar o Debian puro ou o Arch ?

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O fato de ser rolling release não o impede de funcionar bem em hardwares específicos – ainda mais para o caso bleeding edge do Arch, onde tudo é sempre bem recente – isso geralmente signifca que atualizações para melhoria de desempenho serão incluídas rapidamente. A questão é que você não pode esperar que um GNOME 42 vá ficar incrível neste hardware. Se você montar um ambiente simples, com uma DE leve como o XFCE, o Arch geralmente entrega uma performance levemente melhor.

Entretanto, o Debian já tem a confiabilidade do mercado – e da comunidade – bom acesso à documentação, programas, solução de problemas, e etc. Os drivers geralmente são mais antigos, mas se você não joga nada, dificilmente irá te atrapalhar. Aí fica a questão da preferência, ambos são igualmente válidos para o seu caso, mas manter uma instalação do Arch demanda mais tempo, enquanto você pode largar o Debian do jeito que foi instalado e dificilmente terá problemas.

PS: há de se levar em conta a comunidade das distros, se você já frequentou algum fórum do Arch você já deve ter uma ideia do que vem por aí. A comunidade do Debian é bem receptiva e aberta a te ajudar com os problemas.

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Posso estar enganado, mas o pop seria base Ubuntu, que é base Debian. Se não tiver nada especificamente empacotado pelo pop, você usa um misto de Debian unstable/testing mais o que a canonical empacota por conta própria.

Quanto a integração com flatpak tem esses pacotes: gnome-software-plugin-flatpak e plasma-discover-backend-flatpak. Dependendo se for gnome ou kde

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Claro, isso eu tenho total consciência hehe, mas eu nunca tive problemas de desempenho por causa do GNOME especificamente, na real ele sempre funcionou muito bem. O problema que eu tenho com essa máquina é quando o processador não consegue dar conta, eu consigo ficar com várias coisas abertas ao mesmo tempo, desde que eu espere carregar KKKKK Não é nada que afeta muito a produtividade, mas sabe quando você sente que poderia estar melhor ?

Não queria abandonar o GNOME por ter me adaptado muito bem ao Workflow dele, e é um dos motivos para eu pensar em buscar outra distro mais enxuta, com pouca coisa rodando junto com o sistema, e algo menos bloated.

É isso que pesa minha vontade para o lado APT, justamente porquê eu não quero ter que me preocupar muito com isso, esse ambiente que eu montei é o mesmo desde o final de 2020, a única coisa que tá realmente diferente nele são detalhes cosméticos no sistema, e eu nunca tive problemas com o sistema quebrar. Migrar esse ambiente ou até criar algo totalmente novo no Arch demandaria bem mais tempo.

Oh se tenho…

Acho que o ideal seria de fato, eu testar ambas as opções e ver se eu tenho algum ganho de performance que justifique essa migração…

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A maior parte dos meus apps são flatpak, entretanto eu citei como feature killer porque a loja do pop já entrega quase tudo em flatpak acaba sendo um facilitador essa integração com o Flatpak

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Gosto muito do Arch mas agora como vc estou preferindo o lado .Deb da força. Só o que eu quero agora é sossego e o Debian é mais de boa e ja que o amigo esta acostumado com as .deb melhor ficar nela.

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Olá :vulcan_salute:

Instale o Debian Stable e habilite o repositórios Backports ou o Debian Testing. Eu prefiro a 2ª opção.

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Eu uso o biglinux, portanto lado pacman da força, não me decepcionei até o momento, me divirto bastante, é bem fácil de configurar e o gestor de pacotes funciona muito bem.

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Dado que o computador é antigo, o Debian me parece mais interessante, porque sua extrema estabilidade minimiza as chances de alguma mudança via bleeding edge criar problema de compatibilidade entre o sistema e o equipamento.

Não que o Arch seja problemático em si. Para um sistema que está na crista da onda, tem uma estabilidade impressionante.

De todo modo, se o computador em questão for pouco utilizado, o Debian é melhor opção, também pela grande estabilidade, que exige menos esforço e atenção na manutenção do sistema.

Apesar de a versão do GNOME no Debian Estável ser antiguinha, sei de muitos elogios ao desempenho do GNOME nessa distro.

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Como um usuário que já experimentou por alguns meses e “sentiu” bem as duas distros, a minha preferida, sem dúvida, é o Debian.

Por quê? Bem, já usei o Arch, e gostei muito de algumas coisas, como o Pacman, AUR, a liberdade que você tem para montar o sistema do seu jeito, a ArchWiki, o aprendizado… Mas o fato de ele ser tão bleeding edge, trazendo mudanças, muitas atualizações de software constantemente, e algumas vezes bugs, me fez desanimar.

O Debian, por outro lado, é mais conservador. Mesmo nas versões testing e unstable, os softwares demoram um pouco mais para chegar no usuário final, pois são testados por mais tempo. E as mudanças acontecem de uma forma mais suave, não tão bruscamente como no Arch, o que faz dele ser uma distro ideal para quem prefere estabilidade. Outra vantagem dele sobre o Arch é o repositório de software mais vasto, além de que os desenvolvedores de apps para Linux normalmente empacotam seus softwares em .deb, mas nem sempre para Arch. Por isso os usuários de Arch precisam do AUR.

A escolha é sua, mas eu particulamente recomendo o Debian. Dá pra você instalar ele sem interface gráfica e depois ir instalando só o que você quer e montando o sistema do seu jeito, similar ao Arch.

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É a minha máquina principal.

Meu pensamento é esse com o Debian, eu vi um vídeo do Chris Titus Tech que ele pega a base do Debian e faz uma instalação mais limpa, ai deu uma coceira para fazer o mesmo hehe

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Nisso até o Ubuntu dá pra fazer assim, usando a versão servidor e instalando a interface gráfica na unha

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Daria para você postar o link do vídeo aqui, ou dizer o título do vídeo? É preciso tá atento com essa intalação porque se você instalar só o sitema base e caso você se conectar por wifi quando reiniciar o sistema para instalar o ambiente gráfico pode não ter conexão com a internet. Esse tipo de instalação não dá nenhum tipo de performance a mais, o máxico que pode ocorrer é ocupar menos espaço em disco… se eu fosse você instalava o sistema normalmente, depois ia na gnome-software, na opção “Instalado” - vai aparecer todos os progreamas instalados, então desinstalava o que não queria. Só tenha cuidado para não desinstalar nenhuma parte do LibreOffice, pois caso você, por exemplo, desinstale o Calc, o LibreOffice todo é desinstalado. O Debian, por padrão, carrega pouca coisa na inicialização, por isso é rápida. Eu não vejo necessidade de perder tempo com instalações minimalistas que não irão acrescentar muita coisa, caso queira um ambiente desktop mais leve escolha o Xfce no lugar do Gnome. Todas as versões do Debian são performáticas: stable, testing, unstable… não precisa perder tempo fazendo instações minimais.

Recomendo dar uma olhada nesse vídeo também: https://www.youtube.com/watch?v=6m8otu9xWqs

Eu aprendi com ele.

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Ando fazendo alguns testes com o mesmo objetivo de conseguir um sistema com poucos pacotes e que gaste pouca memória ram. Consegui um bom resultado usando o i3 ao invés dos DEs mais comuns, mas se não gostar de usar wm o xfce também é bem suave de usar e por ser bastante customizável, dá para deixá-lo com a “cara do gnome”.
Testei o debian + i3 e ficou mto bom, mas como é uma distro stable netinst os pacotes são mais antigos e alguns que eu já estou habituado não estão presentes (mas tem a opção do debian testing, ou os repositórios que o @kevinlucasilva citou).
O arch eu tive problemas em configurar o grub, então fui de manjaro minimal xfce. Coloquei i3 nele e removi algumas coisas que não uso. Mesmo a versão minimal vindo com pouca coisa deu pra apagar algumas.
Ambos os sistemas rodam com 200mb de ram. O Manjaro ficou com uns 900 pacman e o Debian uns 600 apt. Vale lembrar que uso internet via cabo, então não sei como vem os drivers de wifi no Debian.

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Aqui: Installing Linux The "Right" Way - YouTube

Estava refletindo sobre isso, muito se fala sobre o consumo de RAM nos sistemas quando entra nesse debate. Mas eu tenho 8gb de RAM e não subo docker ou uma máquina virtual então consumo de RAM não é algo que pesa pra mim nesse quesito

Meu problema com esse máquina é lidar com o processador mais fraco, no geral tudo funciona bem, mas quando eu abro alguns vídeos no Youtube, e estou com outras aplicações abertas, o sistema começa a sofrer muito pra segurar, antes de eu colocar 8GB isso dava problema vez ou outra, com aplicações indo pro swap.

Pensando bem, talvez meu problema não esteja ali na performance da distro, e sim em mexer um pouco no hardware, talvez colocar um SSD ajudaria.

Sobre WM vs DE eu imagino que se eu usasse um WM, provavelmente não teria esse tipo de problema quando envolvesse coisas gráficas. Mas ter que mudar todo meu workflow, e me adaptar a algo totalmente novo… É uma curva de aprendizado muito grande, mesmo hoje em dia eu usando muito o teclado por causa do GNOME, acho que eu sofreria bastante pra aprender uma forma nova de usar o PC

Dado que esse é o meu PC de produção, e em poucos dias eu vou voltar a estudar, não sei se vale a pena fazer uma mudança tão brusca assim agora. Não descarto a possibilidade, mas né.

Se você não estiver disposto a fazer uma mudança tão brusca, como aprender a usar um WM, pode ir por um caminho mais fácil: usar um DE mais leve. O Xfce, por exemplo, é uma ótima opção: um ambiente gráfico leve, minimalista e altamente personalizável. Ele pode realmente dar um “fôlego” novo em computadores antigos e fracos, ao exigir menos recursos, como memória, CPU e GPU, os quais podem ser destinados às aplicações.

Por padrão, o Xfce pode parecer feio, e nada agradável de usar. Mas como ele é altamente customizável, você pode deixar ele do seu jeito, configurar temas, layouts, atalhos de teclado, etc., visando melhorar seu workflow no ambiente.

Algumas distros que tem o intuito de serem leves e ao mesmo tempo fáceis de usar trazem o Xfce como ambiente de desktop, já feitas algumas customizações. O Zorin OS Lite é um grande exemplo. Entretanto, distros como o Zorin OS Lite acabam não sendo tão leves assim, justamente devido às customizações e adição de programas e serviços por parte dos desenvolvedores da distribuição.

Já usei por vários meses o Debian com o ambiente gráfico Xfce. Na minha experiência, notei que ao instalar o Debian com a ISO padrão (netinstall) e escolher o Xfce como ambiente gráfico, ele já faz uma instalação bastante “limpa” desse ambiente de desktop, sem muitas customizações e sem muitas coisas desnecessárias. Depois eu fiz as minhas customizações para deixar o desktop do jeito que eu gosto, com um layout mais parecido com Windows, ou KDE Plasma padrão… criei até um script para automatizar a minha pós instalação e customização do Xfce no Debian…

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Zorin OS Lite pode ser uma distro ideal para máquinas como a minha, que são fracas mas não no nível de um Atom N550 1Ghz com 1GB de Ram, como o último notebook que eu restaurei haha.

O Pop tem um WM que você pode ativar e desativar, não é nada tão customizável quanto um WM padrão, mas vez ou outra eu uso quando estou trabalhando com muitas abas em várias áreas de trabalho pra economizar espaço no meu monitor de 1360x768, talvez com TWM mais pronto pra uso, sem precisar configurar muita coisa eu conseguiria desenrolar acredito.

Como eu não tenho pressa em modificar tudo agora, eu vou separar uma partição no meu hd com Windows e testar por um tempo, ver se realmente vai ter alguma diferença muito brusca de desempenho que justifique uma migração definitiva. No fim, eu só vou saber testando.

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Vale ressaltar que qualquer ambiente gráfico possui um WM (window manager), no caso do seu GNOME é o Mutter, e se você desativar ele as janelas somem – o que o Pop tem é um plugin para o GNOME que arranja as janelas de forma similar a um TWM (tiling window manager).

O WM, ou gerenciador de janelas, é basicamente um programa que desenha as janelas, decorações e te permite interagir com elas. Um DE é uma coleção de programas pertencentes a um conjunto que lhe permitem usar o computador (WM, painéis, gerenciador de arquivos, etc). Muitas pessoas confundem WM com TWM, que é um tipo de gerenciador de janelas que organiza-as encaixando em “blocos” (daí o nome tiling). Não são considerados DEs pelo fato de, na maioria das vezes, serem entregues como apenas um WM – os utilitários do sistema normalmente são de outro projeto, como o Thunar do XFCE4 ou o PCManFM do LXDE.

Não é nada importante, mas como eu sou chato e este fórum é destinado ao aprendizado, fiquei tentado a corrigir =D
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