Apagamento dos computadores notebook e desktop

Gente, sei que a palavra “computador” engloba vários tipos de dispositivos, mas quando eu usar essa palavra aqui, entendam que eu me refiro apenas a notebooks e desktops, excluindo celulares.

Observem duas situações que eu passei.

  1. Fiz uma conta num banco digital (C6 Bank para ser preciso) e aparentemente é impossível fazer isso pelo computador, só através do smartphone. Sei que é pedido uma foto de um documento de identificação e uma fotografia do seu rosto, mas tenho scanner em casa (de forma que a qualidade da digitalização do documento seria superior ao resultado obtido por qualquer celular) e meu notebook é equipado com webcam, o processo seria possível de ser feito por um computador.

  2. Precisei agendar a renovação de um documento do meu pai e tive alguns problemas que me forçaram a ligar para o órgão para tirar algumas dúvidas. Quando a atendente falou do agendamento, ela apenas comentou do aplicativo, não mencionou nenhum momento o site, por onde também é possível realizar o agendamento. Com todas as dúvidas tiradas, fiz o agendamento pelo notebook (i.e., pelo site) porque assim era mais cômodo pra mim.

Sei que “todo mundo” tem smartphones hoje em dia e eles praticamente já são parte do nosso corpo há pelo menos uma década. Não me entendam errado, não sou contra que as coisas sejam feitas pelo smartphone, eu apoio isso! Meu problema é com o fato de que somente eles são levados em consideração, como aconteceu simbolicamente no caso do agendamento no órgão público ou de fato como foi na abertura da conta no banco digital citado.

Essa tendência me incomoda um pouco, especialmente como uma pessoa que sempre está uns passos atrás no que diz respeito a tecnologia. Muitos aplicativos de cadastro ou agendamento ainda assumem que seu smartphone tem uma câmera frontal. Felizmente, o celular que comprei há pouco, embora relativamente básico, possui uma série de tecnologias que me permitirão viver tranquilo pelos próximos 5 anos, pelo menos é isso o que eu creio…

Certamente estou tendo uma reação exagerada (overreacting), mas essa tendência do “apagamento” dos computadores me deixa um pouco incomodado.

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Estava discutindo isso com um amigo meu, não digo que eles estão sendo “apagados”, mas, que sua era chegou ao fim. Não me entendam mal, não estou dizendo que eles vão sumir.

A década de 90 até metade dos anos 2000, o mundo era liderado pelos consoles, então, surgiu com mais frequencia computadores e o reinado dos consoles chegou ao fim, mas ainda são uma parte importantissíma do mundo do entretenimento e dos jogos, muito longe de deixarem de exitir. O mesmo, para mim, está acontecendo com os computadores.

Empresas de jogos grandes estão fazendo cada vez mais jogos de celulares, inclusive, trazendo suas IPs mais famosas para eles como o caso do Call of Duty, Fortnite, League of Legends, Diablo, PUBG e por aí vai. Eu particularmente adoro essa idéia, assim fazem empresas se moverem, exemplificando a microsoft que há fortes rumores sobre rodar nativamente apps androids.

Eu passo mais tempo jogando Azur Lane e Arknights em emuladores androids do que no meu smartphone ou tablet, isso abocanharia parte grande das parcelas que dependem do celular para algo, como gerenciadores de social mídia que precisam de apps como instagram. Logo, apps de exemplos que você citou, deixariam de ser exclusivo de celulares.

Resumindo: o futuro é o mobile e isso é inevitável, já temos celulares com poder de fogo parecido com PS4, bom particularmente não vi muita diferença entre o Genshin Impact de celular e ps4. Algo parecido com o Nintendo Switch futuramente é inevitável, ainda mais com a Samsung apostando cada vez mais no DeX.

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Posso estar sendo “square” mas eu acredito que os 4 níveis de computadores, Servers, Desktop, Laptop e Mobile irão continuar até a era que os Humanos se tornarem Androids. O Elon Musk já começou e está trabalhando no projeto.

Na minha visão se o menor é forte, nível 1 mobile, então gradativamente os níveis sucessores serão mais fortes laptop nível 2, desktop nível 3 e servers nível 4. Isso porque conta o espaço físico para discipação de calor, pode se usar mais hardware fortemente acoplado e assim vai.

Talvez oque possa estar no radar para sumir são os laptops, não para sumir mas para “morfar”. Os smartphones estão cada vez mais poderosos então, com soluções como o DeX citado pelo RazarJP, tem o Dexdock também que é um “laptop sem hardware interno” ele usa o hardware do smartphone. Se estes detalhes vingarem e eu acredito que sim, iremos ter uma mesclagem de smartphone e laptop, o laptop irá ser somente bateria, tela, teclado e mouse com interface para os smartphones e estes serão o poder de hardware do usuário. Isso significa que os laptops tradicionais podem estar com seus dias contados, ou não…

Mais um detalhe, estes laptops e smartphones eles podem usar um conceito chamado “fracamente acoplado” onde o celular terá o hardware para mobile user e o laptop terá o hardware restante para gamer, assim quando acoplados o smartphone no laptop, o equipamento juntos se tornarão gamer. Como se no bolso estaria um smartphone metade de um Ryzen 7 com 36gb RAM e RTX 3080 TI e poder levar para qualquer lugar e a outra metade deste hardware estaria no laptop.

Os servers e os desktops eu já acredito que irão reinar até a era dos “Humanos-Androids” pois ele tem espaço para ter poder de fogo, hardware superior ao smartphone+laptop e ainda os desktops podem ficar mais versáteis se adotarem a mesma idéia. No passo isso já foi aplicado, eu jogava um joguinho de morteiro do dos num Pentium 2 166mhz mmx com 64mb de ram e Windows XP instalado, engasgava muito para lançar os mísseis as bombas, então surgiu o “pendrive like a ram” e isso melhou e fez o joguinho ficar fluído.

Bom oque realmente irá acontecer, se eu tivesse um DeLorean equipado com um Flux Capacitor :innocent:

:pray:t2:

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Um celular é muito mais suscetível a perca, roubo e obsolescência, assim você fica comprometido a adquirir um novo caso aconteça. É previsível esta preferência, o interesse lucrativo é bem evidente, além de induzir massivamente a aquisição das tecnologias mais recentes.

Alguns serviços/apps por celular são dependentes das arquiteturas OEM, e elas atualmente são bem impositivas que por outros meios, devido a perca de privilégios ao violá-la, enquanto ainda é possível fazer isso. Isto supostamente garantiria que é realmente você que está a utilizando.

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Aqui nós entramos mais uma vez na velha discussão do “Fim da era dos desktops e Notebooks”.

Tomara que até lá já tenham feito uma distro Linux com foco nos aparelhos celulares, não quero comprar um laptop no futuro e ficar preso ao android.

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Esse ponto eu discordo bastante, nós já temos o cloud gaming para suprir os gamers, então eu acredito que no futuro não precisaremos comprar nenhuma “base” para jogar os jogos, bastaria ter um acesso a internet e controle/teclado e mouse para jogar.

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Coloque nessa lista o cloud gaming e os aplicativos via streaming/nuvem.

O melhor que podemos fazer é aceitar que os computadores pessoais (incluindo nisto desktops e notebooks, obviamente excluindo os celulares) vão inevitavelmente sumir, por enquanto ainda existem nichos segurando os desktops e notebooks, então vamos aproveitar enquanto podemos.

Do jeito que anda caro ter um pc gamer, eu não duvido muito que os pcs venham a desaparecer. É como se quisessem que você não comprasse (ou se matasse pra ter um). É um futuro bem visível, principalmente com aquele negócio de streamar um jogo em um pc fraco a partir de um potente somente pela net. Dá pra imaginar lan houses gourmet surgindo, e o povo indo lá mais do que tendo máquinas próprias.

Compartilho de sua angustia e para mim, a prioridade caso existisse entre um dispositivo ou outro deveria ser dos computadores…

é o fim do PC para trabalho tambem, todos os softwares vão ir para esse modelo de streaming.

Entendo que determinados seviços podem querer forçar o uso de aplicativos para assegurar que a foto tenha sido tirada pelo próprio dispositivo. De forma geral usar o aplicativo garante uma camada extra de segurança pra empresa/governo. Além do mais, mais dados podem ser extraídos do dispositivo como a conta google, modelo, localização e mais uma centena de informações que podem ser interessantes pra empresa, nem que seja para “revenda” posterior. Informação é o petróleo da época, e cada aplicativo pode se encaixar como uma pequena plataforma de extração.

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Ou seja, “sem querer” mineram metadados… e isso é a moeda de troca da comunicação digital

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Não consigo imaginar um mundo onde não exista pelo menos os notebooks, um exemplo simples é: como vão produzir filmes sem usar computador? Isso não entra na minha cabeça kk. A unica coisa boa que vejo no celular é a praticidade de levar pra qualquer lugar, pois de resto sou totalmente fã de notebook e por mim usaria só ele. Espero que demore pelo menos uns cem anos pros computadores serem “extintos” pois até lá já estarei m*rta kkkk

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Não aposto nisso (tão cedo), ainda assim você precisaria de uma TV/dispositivo, acessórios e ainda teria que gastar uma boa grana para se equipar e jogar, e o principal, uma internet ultrarápida, seja pela qualidade da imagem (4K) ou input lag nos comandos.

Coisas como Game Pass da Microsoft ou EA Access são muito mais viáveis, baratos e estáveis, um modelo de negócio que vai durar por um bom tempo, em sumo, só vai mudar quando Microsoft e Sony achar um modo de ser mais lucrativo para elas, consoles ainda são extremamente importantes, se não, não existiriam mais exclusivos ou uma geração nova a cada 8 anos.

Não vão, do mesmo jeito que os consoles não sumiram, do mesmo jeito que o Nintendo DS ainda vende, essas tecnologias mudaram o mundo e vão perdurar, vai ser cada vez mais de nicho, mas sumir igual foram os disquetes, não vão. É evolução, vão se transformar, mas sumir não.

Esse é o X da questão, pra mim, cada vez mais nos aproximamos das nanotecnologias.
“Nós temos no bolso, muito mais processamento do que os computadores todos da NASA quando mandaram o primeiro homem a lua.”
Imagine daqui mais 30 anos, a tendencia é que com cada vez menores componentes, mais fortes, mais equipados dispositivos mobiles fiquem, sejam tablets ou celulares.
Você chegar em casa, botar seu dispositivo pra carregar, e automaticamente ja aparecer uma central multimidia na sua teve que automaticamente liga e ai é só escolher se vai jogar, ver filme… Já quase faço isso com o DeX da Samsung.

Vai necessitar de muita engenharia e uma criptografia forte, ninguém vai querer dados sensitivos de empresas transitando por aí só pra trabalhar em um programa que na teoria seria remoto, é muito mais seguro ter o trabalho feito e enviado de uma vez, do que uma conexão que pode a qualquer momento ser “invadida”.

Um bom exemplo do que falei acima, há uma grande diferença entre ver um netflix/jogar e trabalhar via streaming.

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Muitas coisas, na verdade, exigem ao menos um dispositivo com tela grande (por “grande”, quero dizer algo maior que a tela de um smartphone, até a tela de um netbook entra nessa categoria de grande). Não precisa nem ir longe, como produção de filmes, de cabeça agora já penso na produção de trabalhos acadêmicos (vai escrever seu TCC ou artigo científico no celular? Até mesmo trabalhos de ensino médio!), algo que está próximo da nossa realidade. E muito trabalho de escritório exige dispositivos com telas grandes, portanto ao menos os notebook (ou algo na forma de um notebook…) estão seguros.

O problema é que os computadores (notebooks e desktops) fiquem demasiadamente nichados e qualquer coisa do cotidiano que você fizer (dei dois exemplos no meu 1º post) exigir apenas celulares, excetuando os computadores.


É mesmo! Esse é um detalhe muito importante!

Bom, os disquetes desapareceram por ter surgido uma tecnologia melhor e mais viável, quem sabe os desktops e laptops atuais desapareçam para dar lugar aos ARM-like?

Well, neste quesito, alguns smartphones podem sim servir. Não é novidade que muitos mobiles atuais já possuem poder suficiente para executar um multitarefas intermediário e mexer em alguns programas mais pesados. O que falta é o feeling de um PC: tela grande, teclado e mouse físico, etc. Porém, isto pode ser alcançado com, por exemplo, o DeX da Samsung, ou aqueles “laptops vazios” que usam o seu smartpone como core. A única diferença é que, pessoas que já estão acostumadas a trabalhar em um PC teriam uma boa curva de aprendizado (tanto pela falta de alguns programas quanto no OS em si, e etc).

O maior problema do smartphone não é o seu poder de processamento e memória (que já melhoraram muito) ou o sistema operacional Android/iOS (que já têm uma boa variedade de programas), o problema é o que você mesmo disse, o “feeling”.

Não é conveniente digitar um texto maior ou operar ativos numa plataforma trader numa tela simples de smartphone/tablet (é perfeitamente possível, mas não é nada é cômodo). É melhor usar um teclado e mouse com você olhando para uma tela maior. Não é meramente uma questão de costume!

Eu não conhecia esse DeX, mas pelo o que vi, você continua usando um desktop/notebook, com a diferença que o “core” é um smartphone. O importante não é se o “core” do meu computador são componentes tradicionais ou um outro dispositivo, mas sim o conceito, no fim do dia estarei usando o conceito de um desktop/notebook, não o conceito de um smartphone, ainda que minha máquina esteja sendo sustendada por um smartphone.

É um ponto extremamente válido e questionável, mas o que eu quis dizer é que a tecnologia de armazenamento ainda existe, apenas acontece de outra forma. No seu tópico seria uma questão mais filosófica: O que define um desktop? É hardware que o define ou apenas seu modo de uso (teclado, mouse, monitor grade)?

Se pegarmos um arcade dos anos 80 e um console atual, na essência, ambos são as mesmas coisas, mas não deixaram de ser um “lugar onde são executados jogos”. E se toda a arquitetura fosse migrada para ARM, ia ser perfeito, na minha opinião, seja por facilidade em unificar plataformas como o ChromeOS vem fazendo. Estou ansioso onde Windows/Android bateria de frente com macOS/iOS, faria o ChromeOS crescer exponencialmente.

É o principal ponto, streaming necessita de várias revisões dependendo de onde será aplicado, ainda mais hoje em dia, onde você diz um A e as empresas sabem de todas as informações mineráveis de onde esse A veio, como navegador, provedor, sistema operacional, idioma. Imagina trabalhar na Área 51 em Home Office via software por stream… não creio que seja algo simples como um TeamViewer.