Alan Pope, um dos desenvolvedores da Canonical que trabalha diretamente com o Ubuntu e a Snapcraft, anunciou recentemente em seu Twitter que estará deixando a Canonical dia 30 deste mês, após nove anos na empresa.
O Developer Advocate possui uma longa trajetória com o Ubuntu, antes mesmo de ser contratado pela Canonical. Ele foi um dos pioneiros do Ubuntu Podcast, juntamente com Martin Wimpress.
Durante os últimos anos, vários engenheiros e mentes criativas do Ubuntu saíram, como Jono Bacon, Will Cooke, Wimpress e agora Alan Pope. Isso deixa alguns usuários do sistema perplexos quanto ao futuro do Ubuntu.
Você utiliza o Ubuntu? O que achou da saída de Pope? Deixe pra gente nos comentários e até o próximo artigo!
Ele não chegou a falar sobre um novo projeto no qual está envolvido, Wimpress foi para a Slim.ai como dito no artigo sobre a saída dele, já Will Cooke eu não lembro, mas provevelmente deve estar em alguma outra empresa.
Mais uma personalidade importante para o Ubuntu Desktop está indo embora. Não ficaria surpreso caso a edição para Desktop do Ubuntu fosse descontinuada ou mudasse drasticamente. Não, não estou sendo dramático, é como as coisas são hoje, a Canonical não tem interesse no Ubuntu Desktop e estão em seu direito de priorizar aquilo que gera lucro.
Não esquecer Jonathan Riddel, criador e desenvolvedor do Kubuntu, que saiu (ou foi saído) da Canonical em 2015, com parte da equipe, e foi criar o KDE Neon.
Na verdade, a Canonical se meteu em coisas demais, estava perdendo dinheiro, e para se tornar lucrativa (atrair sócios, investimentos) abandonou vários projetos, de modo drástico ─ Unity, por exemplo. ─ Desde então, desktop saiu totalmente do foco da empresa.
Na verdade, eu acho que ela está ganhando dinheiro como nunca, justamente por apostar na nuvem ao invés do desktop.
Quando a Red Hat matou o CentOS, ela deve ter corrido bastante atrás de antigos clientes do CentOS.
O Ubuntu pode virar um Debian II; ou seja, na prática, pode só ficar servindo de base para projetos de desktop alheios. O que não falta é derivação qualificada do Ubuntu: Mint, Zorin, Peppermint, Pop!, Feren, KDE Neon…
Sim, mas toda sua popularidade e comunidade do mundo Linux pode desaparecer, e futuramente se tornar uma empresa fechada de planos de IoT e Server. Provavelmente irá lucrar, mas está perdendo tudo que lucrou com o Ubuntu Desktop, que já foi uma das maiores e conhecidas distros Linux.
Eu sempre gostei muito dele, é uma pena. Acabou se juntando a tantos outros que saíram em tempos recentes. Acho que ele era o último nome que eu reconhecia dentro da empresa de vários anos.