Estou usando o pop_os 22.04
Tenho dois hds no meu computador, nvme onde está instalado o sistema e um outro hd de 2 tb.
Formatei esse hd para que ele seja um btfrs e pudesse armazenar snapshots com o timeshift porém, ao usar o timeshft ele diz não encontrou um subvolume conforme a imagem abaixo.
As informações de como criar um subvolume que encontrei o fazem apenas com a instalação do sistema.
Nesse caso, como fazer isso em um hd extra?
O timeshift espera que haja um subvolume de nome ‘@’ onde estarão os arquivos. É desse subvolume que será feita a captura de instantâneos em outro subvolume.
O funcionamento normal do timeshift é para cuidar do sistema inteiro em apenas uma partição, sendo que o instalador já cria os subvolumes necessários com a configurações necessários durante a instalação.
Provavelmente o seu segundo disco foi particionado e criado um sistema de arquivos BTRFS após a instalação, imagino que manualmente pelo gParted ou software parecido. Porém ao fazer manualmente, também é necessário criar e organizar os subvolumes para a utilização de instantânos (snapshots). Não é possível realizar snapshots se o sistema não for configurado com subvolumes.
Eu não sei bem como o timeshift funciona, mas pelo erro, imagino que será necessário:
Criar um subvolume nomeado “@” na raiz do sistema de arquivos.
Copiar os dados que atualmente estão no subvolume raiz para o subvolume “@”.
Configurar o ponto de montagem do sistema para montar o subvolume “@” por padrão.
Configurar o timeshift para gerenciar os instantâneos.
Como pode ver não é trivial.
Adicionalmente, minha experiência com BTRFS em hd mecânico é bem ruim, achei bem mais lento do que usar ext4. Portanto eu tenho um hdd de 4TB aqui e uso ext4 nele, e nos ssd sata e nvme uso tranquilamente o btrfs com snapshots (configurados manualmente com snapper). Lembre-se também que snapshots não são backup, mas sim uma facilidade pra te ajudar a recuperar arquivos removidos indevidamente. Seria diferente ter snapshots no sistema raiz, onde a funcionalidade te ajuda a “voltar no tempo” principalmente em atualizações mal sucedidas ou alteração de configurações de sistemas que possam danificar a instalação.
Não é assim que funciona o modo de operação do Timeshift com BTRFS. Você não vai conseguir fazer backups do sistema em outro disco ou partição.
O Timeshift, no modo BTRFS funciona assim: você cria uma partição, formata ela em BTRFS e instala seu sistema operacional nela, definindo um subvolume @ que será montado como a raiz do sistema (/). O outro subvolume, que é opcional, é o @home, que deve ser montado como o (/home). Lembrando, são dois subvolumes em uma única partição.
Ao configurar o Timeshift, você vai escolher como a localização dos snapshots essa mesma partição onde o sistema está. O Timeshift se utiliza do recurso de snapshots nativo do BTRFS para criar os “backups”.
Se quiser guardar os backups em outra partição, deverá configurar o Timeshift para operar no modo Rsync. Nesse caso, a partição de destino pode estar formatada com um sistema de arquivos compatível, como Ext4, Btrfs, ZFS, etc. NTFS não é compatível.
Muito boa sua explicação, você saberia me dizer qual a vantagem de usar os snapshots dos subvolumes das partições BTRFS? A opção Rsync parece fazer a mesma coisa, só que de forma bem mais prática.
Parece-me tão complicado criar, montar esses subvolumes e tirar snapshots, o material existente é tão confuso, mas se tiver alguma vantagem, distros como Arch Linux está disponibilizando esses subvolumes no archinstall.
Ao usar o Timeshift com Btrfs você utiliza o próprio recurso nativo do sistema de arquivos para criar snapshots. Você economiza espaço em disco (ao evitar ter que fazer uma cópia de todos os arquivos, como é feito no Rsync), e também tem a vantagem de ser mais rápido. Criar/restaurar um snapshot com o Btrfs é literalmente instantâneo. Por outro lado, usar o Rsync, a meu ver tem a vantagem da redundância, isto é, caso ocorra algum problema com o disco onde está instalado o S.O., o backup está salvo em outro disco. Contudo, eu mesmo só acho vantajoso usar o sistema de arquivos Btrfs em SSDs.
Se você usar o Ubuntu, ou alguma distro derivada do Ubuntu, não terá dificuldades, pois ao ir no particionamento manual e escolher o sistema de arquivos Btrfs, o instalador já cria os subvolumes @ e @home automaticamente. O Timeshift, para funcionar, exige que os subvolumes estejam justamente nesse layout do Ubuntu. Se você for instalar outra distro, como o Debian, por exemplo, terá que renomear o subvolume @rootfs para @, de forma manual, e depois alterar o ponto de montagem no FSTAB. No Arch também você teria que criar os subvolumes manualmente (como tudo nessa distro).
Acho que o Manjaro é uma exceção. Se não me engano, os subvolumes já são criados no mesmo esquema do Ubuntu automaticamente. Afinal, o Timeshift já vem pré-instalado nele…