Ação antitruste contra o Google prejudicará a Mozilla e outras organizações

A ação antitruste do Departamento de Justiça (DOJ) contra o Google, para acabar com seu monopólio nas buscas e publicidade online, tem gerado debates acalorados sobre os possíveis impactos dessa medida.

As propostas do DOJ, embora com a intenção de promover a concorrência e proteger os consumidores, acarretarão consequências danosas para o ecossistema digital.

As soluções propostas, como a venda do navegador Chrome e a proibição de contratos excludentes, terão efeitos colaterais significativos.

A venda do Chrome, por exemplo, acarretaria medidas de corte de custos pelos proprietários, prejudicando o desenvolvimento do navegador e fortalecendo empresas como Apple e Google.

Essa venda afetaria o desenvolvimento do Chromium, a base do Chrome, pois o Google não teria estímulos para fazê-lo sem um navegador para absorver os novos recursos.

A Mozilla, um dos principais desenvolvedores de navegadores “alternativos”, expressou preocupação com o impacto dessas medidas em sua sustentabilidade financeira.

A perda de receitas dos acordos com o Google comprometerá o desenvolvimento do Firefox, prejudicando a diversidade do ecossistema web.

A fragmentação das ações regulatórias pode levar à substituição de um monopólio por outro, pois, enquanto o DOJ o Google, Apple e Microsoft continuarão a fazer os mesmos negócios normalmente.

Para o DOJ não cair nessa cilada, especialistas defendem a implementação de regras que equilibrem a promoção da concorrência e a proteção da inovação:

  • os consumidores devem ter o direito de controlar seus dados pessoais e impedir que as empresas os utilizem para fins comerciais.

  • os provedores de internet devem tratar todo o tráfego de forma igual, sem discriminar ou bloquear determinados conteúdos.

  • as plataformas digitais devem ser interoperáveis, permitindo que os usuários migrem facilmente entre diferentes serviços.

  • as plataformas devem ser proibidas de favorecer seus próprios produtos e serviços em detrimento da concorrência.

  • a escolha do mecanismo de pesquisa por meio de um menu aleatório, sem ficar oculto nas configurações.

  • as configurações padrão devem ser opt-in, ou seja, você escolhe qual buscador quer; e não opt-out, já vem um busador configurado.

  • colocar o Chromium sob o controle de uma fundação independente.

  • proibir buscadores de autopreferência no navegador, incluindo login em contas do Google no Chrome.

Conclusão

Na ação antitruste contra o Google, importa que as decisões sejam baseadas em uma análise cuidadosa dos impactos a longo prazo e que visem a construção de um ecossistema digital mais justo, aberto e competitivo.

Fonte: link no texto

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Aí fica difícil, né Mozilla. Acordo com a concorrente te faz sofrer as consequencias também.

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Medo da Mozilla é não poder pagar os milhões de dólares aos altos cargos inúteis da “empresa” enquanto o código aberto sofre por falta de financiamento. Honestamente, Mozilla não é a mesma de 10 anos atrás e tudo de ruim é para eles, é pouco.

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Isso seria lindo

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O acordo para o Google ser o buscador padrão do Firefox é o que mantém a Mozilla de pé…

Isso precisa acontecer para ontem.

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Tô achando que essa ação é jogada do próprio Google

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A galera defendendo isso:

Temos que ser pragmáticos o fluxo de implementações ECMA, CSS, Web Assembly e similares não funciona igual no modelo Fedora-RHEL é o oposto, a Google implementa e repassa pro Chromium então muito possivelmente num cenário assim algumas mudanças e recursos podem demorar ou até mesmo não chegar no Chromium

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Ou seja, no papel é uma boa ideia, mas na prática com isso aconteceria o mesmo com o IE, onde a Microsoft implementava coisas que só tinham no IE e assim prejudicando os concorrentes.

Seria isso?

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Mas isso basicamente significa que a Google tem o controle da web, o que não é legal na minha opinião.

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