.wav ou .mp3 você percebe a diferença?

Existem 2 tipos de compressão “com perdas” e “sem perdas”, se você comprimir um arquivo sem perdas a qualidade é a mesma, porém você vai ter que usar mais CPU/GPU pra descomprimir, compressão com perdas você não tem necessidade disso mas perde qualidade

Ou seja a resposta pra sua pergunta:

É sim possível, só não é o caso, FLAC se não me engano é um exemplo, em teoria, é possível obter um arquivo com maior qualidade e com um tamanho menor, outra alternativa é usar um compressor tipo o gzip pra comprimir o arquivo e descomprimir via stream, só que vc teria que fazer seu próprio playes

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Só uma pergunta Natanael, o CD pelo que pesquisei possui 2 formatos possíveis: o .wav e o .pcm se não me engano. A maioria dos sites comparam o bitrate de um mp3 de 128kb/s como ‘‘próximo ao CD’’, o que me deixou bem confuso, pois, um .wav com certeza não tem 128kb/s, eu usei um programa para checar qual seria o bitrate de um wav e vi que é em torno de 1500kb/s, o que pode ser esse tal ‘‘próximo ao CD’’ que falam por aí?

Quem falou isso disse uma baita bobagem. A lógica do MP3 é eliminar do arquivo o que não for audível ou estiver silenciado (em termos de frequência) - para isso ele usa um algoritmo que nem sempre funciona bem. Quanto maior o bitrate, mais minucioso é este processo - e os algoritmos foram melhorando no decorrer dos anos. Um MP3 produzido nos anos 1990 é de pior qualidade que um mais recente.

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Essa coisa da idade do MP3 realmente conta muito! Eu tenho um CD-ROM de umas das primeiras edições da finada Revista Geek, recheado de músicas de artistas independentes, muitos anos depois de ter comprado o CD, consegui o disco de um dos artistas em FLAC e também encontrei as músicas no YouTube Music. Nos dois casos, consegui perceber claramente a diferença.

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Essa discussão sempre é polêmica, então devo gerar mais polêmica ainda (essa é a minha intenção :crazy_face:). É tipo aquela discussão, madeira realmente faz diferença no timbre do baixo e da guitarra? kkkkkkkkkkkk

É aquela velha história de informações que vão, simplesmente, sendo repassadas ao longo do tempo. Digo em relação ao mp3 ser muito pior que os outros, e esquecer que o formato evoluiu muito com o tempo.

Muita gente fala do .flac atualmente, que é excelente, muito melhor etc. Mas, na grande maioria dos casos, se você colocar a pessoa para escutar um mp3 feito da forma certa e um .flac lado a lado, quase ninguém vai conseguir escutar a diferença.

Vou contar um caso para ilustrar a situação. Quando fazia aula de baixo, meu professor trabalhava, também, em um estúdio que pertencia a escola de música que eu estudava. Tanto gravando com o instrumento, o que uma parcela pequena do tempo e, na maioria das vezes, produzindo gravações para os outros. Em uma conversa sobre essa questão de qualidade de áudio, ele me falou que, sem experiência e sem conhecer muito bem a gravação e seu equipamento (no caso o que você estiver usando para reproduzir o som, como um fone, caixas, monitores etc.), é raro de se conseguir distinguir qualquer desses formatos lossless com um mp3 de boa qualidade. No dia, ainda fiz um teste. Ele colocou uma música que adoro e conheço de trás para frente, do Jaco Pastorius (Continuum). Depois de escutar umas 4 ou 5 vezes, tanto em .flac e mp3, percebi que em alguns pequenos momentos a parte mais grave (o mizão do baixo) havia um pouquinho de compressão. Mas era algo muito sútil e, se eu não conhecesse a gravação tão bem e não fosse, praticamente, baixo solo (só com uma percussão e um teclado de leve no apoio) eu, provavelmente, deixaria passar batido. Para completar, na época, como fazia aulas, estava totalmente familiarizado com som, as nuances sonoras, que o instrumento possui.

Como tentei mostrar, por uma série de motivos, na prática (no dia a dia mesmo) essa discussão de formatos perde um pouco o sentido. Desde a diferença que temos entre nós mesmos, ou seja, somos seres únicos com capacidades de perceber ou sentir o sons de formas diferentes. Até, como já disse, o “veículo” que esse som chega até nossos ouvidos. Sem esquecer que, muitas das frequências que esses formatos tem, sequer escutamos. Não significa que é porque estão dentro do espectro da nossa audição, que conseguimos captá-los perfeitamente ou, realmente, fazem são necessários para o resultado final. Por fim, existe o fator físico mesmo, de degeneração. O ser humano, após atingir a fase adulta, começa um processo lento e gradual de degeneração do corpo. Como já foi confirmado por pequisas, em determinadas idades, algumas frequências se tornam mais difíceis de se perceber/escutar.

Enfim, não alongar muito, porque a resposta já está grande. Mas, acredito, deu para entender o que quero pontuar sobre o assunto.

Obs: não estou falando que o mp3 é igual ao .flac ou a qualquer outro formato sem nenhum tipo de compressão, é bom deixar isso claro. Até porque, se pegarmos apenas no sentido estritamente técnico e teórico da coisa, meu posto nem faria sentido.

Obs²: não tenho nada contra o .flac. Só não consigo entender essa loucura toda que rola em torno dele hoje em dia. Mas, em alguns casos, ele é extremamente útil. Por exemplo, eu tenho alguns cd’s (sim, eu ainda tenho cd’s), ripados tanto no hd do meu notebook quanto em backup no meu hd externo. Para quem quer fazer isso mais a longo prazo, o .flac pode ser muito interessante. Porque, como é sem perdas, você consegue converter depois se necessário, para o formato que você quiser sem, antes, já ter passado por outra conversão ou modificação no áudio original.

Obs³: não quero afirmar nada como verdade aqui, apenas que, na prática, as coisas são diferentes do que se vê pela internet afora. Na internet predomina, na quase totalidade dos casos, a discussão mais teórica que do que prática. Sem esquecer, obviamente, do clássico placebo.

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Nisso, Spotify, Deezer e YT não ajudam, os algoritmos de compressão que usam, como são voltados para streaming em celulares, na maioria, terminam por destruir a qualidade das músicas. Pra ouvir em casa, no celular, ok. Pra aparelhos de som melhores (eu tenho um razoável) ou para trabalho, de forma alguma! Eu até ouço rádio por streaming, mas só pra me distrair. Se quiser ouvir pra aproveitar, coloco um CD, FLAC ou um MP3 decente - baixado em 320 ou ripado por mim mesmo

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fui perceber só agora que no post ele disse .wav
minhanossasenhora

mas acho que ainda dá pra levar em conta o comentário, né? :p

qual seria o formato de streaming? tipo o spotify

Pra rádio, ouço por site, pelo Shortwave ou pelo TuneIn (no celular) - mas quem define o formato é a rádio (se em AAC ou MP3, que taxa de compressâo).
Serviços como Sportify, Deezer etc., por funcionares voltados à serviços móveis, costumam ter algoritmo e taxa de compressão muito agressivos. O que termina me parecendo é que o som fica “chapado”, sem nuances. Já ouvi qualidade melhor de som em streaming de rádio do que em Spotify

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Eu consigo: depende do dinamic range da música. Geralmente eu gravo piano, então tem bastante dinamic range, e quando faz transição de sons altos pra sons mais baixos e calmos, dá pra perceber que as notas ficam comidas, conforme utiliza mp3 com bitrates cada vez mais baixos. Em aac eu também percebo a diferença, mas tem que abaixar mais ainda o nível de bitrate. Um bom meio termo é o formato flac: dá pra perceber uma leve, leve falta de “juice” no som, mas é tão pouco que não importa muito. Um mp3 codificado em 320kbps também é bem difícil de achar defeito, pelo menos para mim.

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nas listas de terceiros o spotify lista dois, o ogg (libvorbis) e o mp3 (minimp3)
src
e tem mais sobre aqui

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Sou muito amador para música, mas sou muito chato com barulho.
Para mim a qualidade é muito perceptível, e bem como falado lá no início do tópico: quanto melhor a qualidade do aparelho, mais perceptível a diferença.
Sim, até porque é óbvio que você não quer que um alto falante embutido minúsculo de 2 dólares (e olhe lá) tenha a mesma capacidade de um sistema que custe algumas centenas ou milhares.
O que observo é que o mercado da música migrou para um perfil de naturalmente baixíssima qualidade de reprodução, de importar mais com portabilidade do que com qualidade. E sim, é bacana ter uma caixinha que tu leva para qualquer lugar, mas peca um pouco quando se compara a uma experiência musical decente.
O grande truque do MP3 é considerar que apenas uma parte da música importa. É como beber uma cerveja padrão. Uma música de boa qualidade é aquela cerveja no capricho, que começa com um sabor, faz uma festa na sua boca e deixa um residual diferente e surpreendente.

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A um tempo atras, eu fui tentar escutar uma musica pelo Spotify (gratuito) “Teto de vidro - Pitty”. Cara, era muito distorcido o som parecendo até que o som tava sendo captado por linha telefônica.

Voltei correndo pro Youtube pra escutar a mesma musica. Lá o video é em mp4 com isso o audio é em ac3, mp3(varia com a qualidade do video), m4a ou ogg - um desses - Em resumo, a qualidade sonora empregada era superior, conseguindo ouvir até o fundo (coisa que se perde muito no mp3 de baixo kbps).

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Eu vi nesse site aqui (uma matéria do tec mundo)
Indo para baixo você achará a imagem: Qualidade de áudio - TecMundo
Eu inclusive estranhei na imagem quando fala que 256kb/s é estúdio kkkkk, tipo, é como uma banda tocar uma música no gravador de áudio do celular. Nos estúdio não são terabytes de dados do som gravado? Como que um mp3 poderia ser usado no estúdio de som?

Deixa pra lá… acabei de ver uma matéria sobre ‘Bit Rate’ no wikipédia, ela destroça totalmente aquela imagem do site: Bit rate – Wikipédia, a enciclopédia livre
acredito que essa seja a real comparação…

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A real é isso aí, com variações - nos DVDs e Blu-Rays de concertos, é normal colocar arquivos de áudio com altas taxas de bitrate, pra conseguir uma melhor fidelidade