Bom dia. Eu gostaria de migrar para o Void, por isso eu queria saber quais as diferenças entre essas duas distros, pontos fracos e fortes, também o do porque que você escolheu Void ou Arch.
Usei por muito tempo as duas distros e acredito que a maior vantagem do Arch seria o AUR (o Void tem o Void Packages como semelhante, mas nem se compara ao tanto de pacotes). Hoje em dia uso o Void pois o AUR não me faz falta e não utilizo programas que dependem do SystemD.
Acredito que as maiores vantagens do Void são:
- Utilizar o Runit ao inves do SystemD
- Não ser bleeding edge, mesmo sendo rolling release, pois os pacotes no Void sao testados por cerca de uma semana, antes de irem pro repositorio
O gerenciador de pacotes do Void também é muito rapido, mas não tem a opção de download paralelo.
Obrigado por responder. Sabes dizer se o Void tem mirror do Brasil?
Tinha em Ouro Preto, Minas Gerais. Acho que fui o primeiro a divulgar aqui no fórum quando saiu. Entretanto, não está funcionando. Os mirrors do Void são separados entre Tier 1 e Tier 2, sendo o Tier 1 mantido pelo time do Void Linux. Não recomendo utilizar os mirrors de Tier 2, pois a maioria não tem todos os pacotes (principalmente de desenvolvimento), ja que os repositórios do Void tem mais de 1 terabyte. Por experiência própria, não estará perdendo muito ao utilizar o mirror de Chicago.
Para pacotes proprietários como driver da Nvidia ou Steam, você precisa instalar os mirrors proprietarios com o comando: xbps-install void-repo-nonfree void repo-multilib void-repo-multilib-nonfree
e sincronizar com xbps-install -S
.
Caso queira saber mais sobre os mirrors: Mirrors - Void Linux Handbook
Tutorial do @GabrielTWMLinux ensinando a trocar os mirrors: https://youtu.be/0E4-Lx1kML4?si=6A4VKftkgn5EAQTK
Em relação ao Arch Linux, é verdade que sua abordagem centrada no usuário pode ser interpretada como um desafio para muitos. Requer um nível considerável de habilidade e envolvimento por parte do usuário. Entretanto, essa filosofia “Faça Você Mesmo” (DIY) do Arch também pode ser percebida como uma vantagem considerável. Ela permite que os usuários personalizem seus sistemas de acordo com suas necessidades específicas, o que é apreciado por entusiastas do Linux em busca de controle e flexibilidade.
Os pacotes no Arch também ficam 1 semana no testing.
No que diz respeito ao Void Linux, a crítica sobre a escolha do Runit em detrimento do SystemD é pertinente, especialmente em ambientes de trabalho que dependem fortemente das funcionalidades avançadas do SystemD. Embora o Void Linux seja uma escolha sólida para sistemas que valorizam a simplicidade e a eficiência do Runit, é importante reconhecer que essa preferência pode não ser universalmente aplicável. Se for viver de Linux você precisa do SystemD.
O Void Linux se destaca como uma escolha preferencial para diversas arquiteturas e para o reaproveitamento de hardware. Tem suporte abrangente a várias arquiteturas torna-o uma opção atraente para sistemas incorporados e dispositivos de hardware menos convencionais.
Void e Arch atendem usuário completamente distintos, nem cabe uma comparação no meu ponto de vista.
Entendo o que quis dizer, mas discordo. Ambas são distros que seguem a filosofia DIY e não existem diferenças significativa de ir do Arch para o Void, a não ser que o usuario necessite do SystemD. Acredito que cabe a comparação por seguirem uma mesma filosofia.
Não necessariamente, depende da gravidade do pacote. E os testes acontecem apenas para o repositório core. O Arch está no kernel 6.5.5 atualmente, enquanto Void está no 6.3.13.
Vocês sabem dizer quais são as diferenças do glibc pro musl?
Um usa a biblioteca Gnu libc e outro o Musl libc.
O gnu é mais compatível, porém mais pesado e inchado.
O musl é mais simples, leve e mínimo, segue o POSIX, mas tem menos compatibilidade.
Menos compatibilidade com softwares proprietários ou em geral?
Eu tenho, tanto o Arch quanto o Void (entre outros), mas confesso que uso o Arch em 99% do tempo, porque não me dá trabalho nenhum.
O Void me dá um pouco mais de trabalho. Por exemplo, o caminho que escolhi para instalar o Google Chrome, é trabalhoso (e isso se repete todas as semanas!). Não sei se existe outro caminho melhor, pois não procurei mais.
E tem algumas coisas que ainda não instalei no Void, porque preciso pesquisar bem mais do que já pesquisei.
Uso o repositório de Chicago.
Em geral. Systemd e navegadores (ou qualquer outra coisa feita com glibc em mente) não funcionam com Musl (ao menos não como deveriam).
Não instalou pelo xbps-src?
Isso não tem relação; a diferença está fundamentalmente na comunidade do Arch, que é bem maior e muito apaixonada. Dessa forma, os testes são mais exaustivos. Outra coisa a considerar é que o Arch não modifica o pacote original, tornando-o sem “contornos” ou ajustes. Todos os meses, no dia 28, o Arch é totalmente recompilado. Um usuário mais experiente e acostumado com o Arch atualiza o sistema uma vez por mês.
Eu atualizo todo dia 21, após o dia 28.
O Arch, com sua genial receita do PKGBUILD, simplesmente atualiza os pacotes do git e os recompila. Na maioria das vezes, não há problema algum; normalmente, os problemas ocorrem quando os pacotes originais fazem alguma alteração de adaptação, como foi o caso do Grub 2 e do Ansible.
Arch se propôs a melhorar o Slackware, disciplinar um processo de empacotamento de forma simples, Arch não muda nada, apenas se coloca na posição de um orquestrador, apenas isso. O problema que é um produto pouco explorado pois quase tudo que vejo no Linux são comparações com sistemas que na cabeça de alguns são “concorrentes”, o dia que mudar isso na cabeça do usuário e dos produtores de conteúdo eles vão ver que existe um universo todo que não é explorado.
Não me parece algo muito além de uma suposição eles serem melhor testados apenas por ter uma comunidade maior.
O mesmo acontece com o SRCPKG no Void.
Vamos manter o foco no objetivo do tópico pessoal.
Dando meus dois dedos de contribuição, o Arch me parece ter uma documentação mais detalhada que o Void, este aparenta ser mais superficial e menos detalhada que a do Arch. Para distros Rolling é importante atentar para a profundidade da documentação, na minha visão.
Cada atualização do Google Chrome no Void, tem sido mais ou menos assim:
$ history
505 2022-07-24_08-32-00 git clone https://github.com/void-linux/void-packages
506 2022-07-24_08-38-48 cd ~/void-packages/
507 2022-07-24_08-39-21 ./xbps-src binary-bootstrap
508 2022-07-24_08-44-10 echo XBPS_ALLOW_RESTRICTED=yes >> ~/void-packages/etc/conf
509 2022-07-24_08-44-27 ./xbps-src pkg google-chrome
511 2022-07-24_08-51-36 xbps-install --repository=/home/user/void-packages/hostdir/binpkgs/nonfree google-chrome
514 2022-07-24_08-55-05 sudo xbps-install --repository=/home/flavio/void-packages/hostdir/binpkgs/nonfree google-chrome
No Arch, basta isso:
$ date; yay -Sua; date
Não precisa de tudo isso.
Após dar git clone e binary-bootstrap, basta manter a pasta e dar o seguinte comando: git pull && ./xbps-src update-sys
.
Para simplificar ainda mais, você pode utilizar um alias: alias xusrc='cd $HOME/diretorio_qualquer && git pull && ./xbps-src update-sys'
Assim, toda vez que digitar xusrc
, ele ira atualizar todos os pacotes instalados atraves do void packages.
Qual o intuito de colocar o date antes e depois do comando do yay?