Você sabe a diferença entre hibernar e suspender pra RAM?

Hibernar e suspender são duas funcionalidades de gerenciamento de energia no Linux que permitem colocar o sistema em um estado de baixo consumo, mas com diferentes impactos na memória RAM (RAM).

Hibernação

Na hibernação, estado atual do sistema, incluindo o conteúdo da RAM, é gravado em um arquivo de hibernação (geralmente em uma partição separada) e o computador é desligado. A RAM é toda limpa e seu conteúdo, salvo no arquivo de hibernação.

Ela é ideal para longos períodos de inatividade, quando se espera que o computador fique desligado por várias horas. Ao ligá-lo novamente, o sistema é restaurado exatamente como estava antes.

Suspensão para a RAM

O sistema é colocado em um estado de baixo consumo, mas a RAM continua energizada e mantém o estado atual do sistema. Ela continua sendo usada com um consumo mínimo de energia.

Este modo é ideal para curtos períodos de inatividade, como durante uma pausa para o almoço ou uma breve saída do escritório. A retomada é quase instantânea, pois o sistema já está praticamente pronto para uso.

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Fonte: quadro feito com dados do texto

Qual escolher?

A escolha entre hibernar e suspender depende do seu caso específico. Considere os seguintes fatores. Para longos períodos, hibernar é mais eficiente em termos de energia. Para curtos períodos, suspender é mais rápido.

Se você liga/desliga frequentemente o computador e precisa de uma retomada rápida, suspender é a melhor opção. Hibernar requer espaço em disco para o arquivo de hibernação.

Suspensão híbrida

Algumas distribuições oferecem a híbrida, que combina aspectos de hibernar e suspender. Nesse modo, o estado da RAM é salvo em um arquivo de hibernação, mas o computador não é desligado completamente.

Comandos de terminal

  • suspender - systemctl suspend
  • hibernar - systemctl hibernate
  • suspensão híbrida - systemctl hybrid-sleep

Você também pode utilizar aplicativos de terceiros ou recursos gráficos nativos para ativá-los, se a sua interface gráfica os disponibilizar.

Fonte: links no texto

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Fico um tanto confuso, para quem não entendeu, apenas a RAM e a fonte(se tiver) fica energizada.

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Quem sabe sabe!!!
Muito bom rapaz, esqueci de te mostrar, depois que criei a swap para o meu peppermint apareceu justamente esses novos recursos de seu tópico.

Manda quem pode e obedece que tem peppermint juízo. kkk

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EDIT - Achei melhor editar a resposta – para ser mais exata – do que fazer outra.

Acho que este é o meu caso – usando os “recursos gráficos” do KDE Plasma:

Até o final de 2023, eu utilizava só o recurso de “Screen Energy Saving” (Apagar a Tela) – mais em evidência no System Settings do KDE Plasma 5.

  • Não acredito que economizasse muita energia, com os atuais monitores “planos”. – Talvez fosse mais relevante com os antigos monitores “de tubo”. – Hoje, talvez economize mais a “vida útil” do monitor, do que eletricidade.

Com a chegada do Plasma 6, a opção “Sleep”(*) ficou mais destacada – acho que já veio por padrão:

  • (*) Uso a interface KDE Plasma em inglês britânico. – “Sleep” é uma opção que aparece mais, no KDE Plasma 6 – dentro de uma seção chamada “Suspend Session” (que inclui Hibernate). – Na opção “Sleep”, aparecem sub-opções “Standby” (me parece o próprio “Sleep”) e “Hybrid Sleep”.

Experimentei o “Sleep”, gostei, e passei a usar – inclusive nas distros com Plasma 5:

Esse “Sleep” desliga quase tudo. – A única indicação “visível” de que o desligamento do PC não é 100% completo, são os LEDs do gabinete “gaming” piscando – sinal de que ainda usa um mínimo de energia, para manter a RAM, além do LED do monitor.

O “Sleep” é instantâneo, e me parece que não precisa “salvar” nada na RAM – afinal, apenas mantém na RAM, o que já estava na RAM. – “Acordar” leva poucos segundos, me parece que para “religar” os demais componentes, como a tela, a ventoinha do cooler, a conexão web, talvez “acordar” o HDD mecânico (se houver); ou dizer ao SSD que volte a ficar esperto.

  • No meu caso, não restabelece a conexão com HDDs em “cases” USB, nem com SSD externo USB – cuja “montagem” configurei para fazer manualmente, usando uDisks2: – Essas unidades aparecem / re-aparecem (desmontadas) no Dolphin e no Painel; e basta um clique para montá-las manualmente… pelo menos, com as configurações que adotei no KDE System Settings (há outras opções).

Para montagem automática ao plugar unidades externas, eu deveria marcar “On attach” – por exemplo, em “Depot2” – que é um dos meus backups:

Cliquei no seu link da Arch Wiki (na 1ª linha de sua postagem), e alternei para a página em inglês. – O título é “Suspend & Sleep” (como se fossem 2 coisas) – mas indica vários tipos de “Suspend”… com 87 ocorrências da palavra “Sleep”.

  • Há muitas “inconsistências” de terminologia – e às vezes 2 ou 3 termos ou expressões diferentes para 1 só coisa.
  • O KDE tende a manter os termos que adotou tempos atrás – assim como o Mageia (por exemplo) mantém vários termos da época do Mandrake / Mandriva. – Para ter certeza absoluta das “correspondências” entre as diferentes terminologias, teria de analisar em detalhes o que diz a turma do Kernel, o que diz a turma do SystemD, o que diz a turma do KDE, além da turma da Intel, da Microsoft, da Apple… Coisa de doido.

“S3 Sleep” parece que consiste em desligar a maioria das partes do PC, exceto a RAM. – Digo “parece”, porque a Tradução fala “ao lado” (beside from), e não “exceto” – mas o sentido geral parece ser “exceto”, mesmo.

“S4 Sleep” diz claramente que manda tudo para a Swap; e em seguida desliga 100% tudo. – Trata-se da “Hibernação”. – Experimentei uns 8 ou 10 anos atrás e não gostei, pois “pula” o Grub (voltava ao Windows, ou à distro hibernada, sem opção); e demorava mais do que um boot normal, por ser um “boot + leitura da Swap”.

Mais adiante, a página (em inglês) começa a enveredar em “SystemD” – e aí, fui imediatamente acometido de irresistível enjôo, desinteresse, síndrome de desatenção aguda etc. – Afinal, uso o mesmo “Sleep” do KDE (5 ou 6) no PCLinuxOS, no Slackware e no MX Linux (os 3 com SysV init); e no Void (Runit); e no Redcore (OpenRC init).

Se eu examinar atentamente todas as 87 ocorrências de “Sleep” na página do link “Suspender” (versão em inglês!), é muito provável que ao final de 1 ou 2 horas eu acabe por compreender todos os detalhes possíveis e imagináveis, mas… sou paralisado por um ataque inapelável de procrastinação. :grimacing:

Logo adiante, as opções de “Sleep” começam a se subdividir e dar cria por mitose: – “s2idle”, “shallow”, “deep” – e tenho medo que isso se multiplique em milhares de coelhos, cada um com um nome mais difícil de decorar:

“Graficamente” falando, eis as opções de saída, no menu do KDE Plasma – no meu caso específico:

Há uma opção do KDE chamada “Save Session” – que permite salvar o estado atual de alguns Aplicativos – sem gastar Gigabytes de Swap em disco, sem gastar tempo salvando Gigabytes da RAM no Swap, sem perder tempo recuperando Gigabytes do Swap para a RAM*). – Trabalha em conjunto com a opção “Session Restore” do KDE:

Eu usei “Save Session”, apenas com 2 instâncias do Conky, anos atrás – e “Restore Session” até hoje reabre essas 2 instâncias do Conky – sem que eu precise colocá-las em “Autostart”:

Outras opções do KDE são “Launch Apps” que estavam abertos “On last logout” (não dá certo com aplicativos Gtk como Gimp, Chrome, LibreOffice) – e “Start with an empty session” (neste caso, eu teria de colocar os 2 Conky no Autostart).

Opções semelhantes também existem no Xfce e / ou no LXDE, se não me falha a memória – e não têm nada a ver com os recursos “Suspend”, “Hibernate” etc., abordados neste tópico – mas podem complementá-los.

O que programei, é “Sleep” após 8 minutos “idle” (tenho scripts agendados para 5 e 6 minutos uptime). – Dá para tomar um café, passar um telegrama, ou olhar se o mundo ainda está lá fora. – Sempre que vou me afastar do PC por mais de 8 minutos, já comando “Sleep” de imediato, por teclas de atalho:

A média anterior de consumo de eletricidade era de 4,66 kWh / dia – e desde quando adotei o “Sleep” do KDE, em Abril, a média baixou para 3,99 kWh / dia. – Economia média de 14,4% no consumo total (incluindo geladeira, freezer, lâmpadas, que não mudaram).

Swap

Quanto ao Swap – que está sendo discutido em outros 3 tópicos (aqui, aqui, e aqui) – foi um dos motivos, pelos quais desisti da “hibernação”, há 8 ou 10 anos: – É lento para hibernar, e lento para “acordar” (e naquela época eu usava HDDs mecânicos Sata II).

Hoje, mesmo com SSD Sata III, não seria tão rápido quanto o “Sleep” – mas o pior, é que eu teria de manter uma partição Swap de 16 GB – pois agora tenho 16 GB de RAM (e mais 3 slots, para botar até 64 GB RAM – o que desperdiçaria ainda mais espaço em disco!).

Com os atuais 16 GB RAM, primeiro instalei 4 distros sem nenhum Swap (openSUSE, Fedora, KDE Neon, PCLinuxOS), em Janeiro 2020 – e nunca fez falta.

Depois, criei uma partição Swap pequena – e mais tarde aumentei para 11 GiB – mas até hoje (quase 5 anos!), nunca tinha visto nenhuma distro usar sequer 1 byte de Swap.

  • Também nunca mexi com o “swapness” de nenhuma distro. – Cada uma das 12 distros está “do jeito que veio”. – Acredito que, simplesmente, nunca fiz nada que exigisse qualquer uso de Swap.

Só no Domingo à noite, pela primeira vez, vi uma distro usar Swap: – total: 256 kibinhos (com ou sem recheio?). – Verifiquei agora que isso aconteceu quando sincronizei um 2º backup, que estava há muuuito tempo sem atualizar. – Se entendi direito as estatísticas apresentadas no final, a tarefa do rsync foi:

  • 64,7 mil arquivos e pastas (?)
  • 43,2 mil arquivos e pastas criados
  • 90,1 mil arquivos e pastas deletados
  • 42,3 mil arquivos regulares transferidos (exceto pastas)
  • 73 “G” bytes - tamanho total
  • Tamanho da lista de arquivos: 2,56 “M” bytes
  • Tempo real: 16 min 14 segundos

(Esse “2º backup” tinha 633 GiB – aumentou até 673 GiB – e no final caiu para 572 GiG de espaço ocupado… Sinal de que preciso investigar por que “tão pouco” – já que o “1º backup”, atualizado regularmente, tem 672 GiB. É bom descobrir porquê, antes que cometa alguma bobagem. Mas isso, já é uma outra estória).

Esse uso de 256 kibes de Swap apareceu +/- 3 minutos após o início do rsync.

Naquele momento – 22: 32 de anteontem – o Arch estava usando apenas 1,6 GiB, dos 16 GB RAM disponíveis.

Só hoje cedo, tive a curiosidade de executar o comando free – para saber se a memória “usada” era o número indicado na 2ª ou na 5ª coluna desse registro automático (5 minutos uptime, Domingo) – pois eram muito próximos – e precisei ver os cabeçalhos das colunas para tirar a dúvida:

---------------------   free   -----------------------------------
Mem:           15842        1181       13948         173        1163       14660
---------------------   top    -----------------------------------

E aí, percebi o uso de 4 kibes de Swap:

Portanto, nesse 1 dia + 13 horas uptime, o uso de RAM subiu para quase 7 GiB – “buff/cache” subiu para 11,02 GiB (?) – e o uso de Swap caiu de 256 para 4 kibinhos.

  • E… sim, preciso corrigir esse script de registro “5 minutos uptime”, para incluir os cabeçalhos das colunas do comando free. – Mas isso, também já é uma outra estória:
------------------------------------------------------------------
Tue  5 Nov 21:14:19 -03 2024
--------------------   uptime   ----------------------------------
up 2 days, 2 hours, 17 minutes
         system boot  2024-11-03 18:57
-----------------   MemTotal - MemAvailable   --------------------
8496 MiB (MemInfo T-A)
8296 MiB, exactly
--------------------    Conky   ----------------------------------
Conky (Mem)        8.30GiB
---------------------   free   -----------------------------------
               total        used        free      shared  buff/cache   available
Mem:           15842        8496        1799        3498        9386        7345
Swap:          11263           0       11263
---------------------   top    -----------------------------------
MiB Mem :  15842.3 total,   1798.8 free,   8496.5 used,   9386.4 buff/cache     
---------------------   htop   -----------------------------------
      Mem (... etc. & tals)
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rapaz, fikei sem fôlego. EXCELENTE trabalho.

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Opa, valeu!

Fiz umas correções, para ficar mais exato. – Achei que acrescentar em outra resposta, daria muito trabalho para algum colega que se interesse, ficar pulando entre a resposta 1 e a resposta 2.

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