Versão beta do COSMIC Desktop vem nos fins de setembro

O COSMIC é a interface de desktop que a System76 começou a desenvolver em 2021. A decisão foi criar um ambiente de desktop do zero, utilizando a linguagem de programação Rust, para substituir a versão anterior baseada no GNOME.

O objetivo é ter um sistema mais rápido, seguro e com um design modular, onde cada componente (como o gerenciador de janelas, a barra de tarefas e as configurações) funciona de forma independente.

Construir um ambiente de desktop completamente novo é um projeto gigantesco e complexo, que exige muito tempo e esforço. Não se trata apenas de uma pequena modificação visual, mas de uma reconstrução completa de componentes fundamentais.

Mesmo estando em uma fase inicial de desenvolvimento (alfa), o COSMIC já estava disponível em repositórios de outras distribuições Linux, o que mostra a importância e o interesse que o projeto despertou na comunidade de código aberto.

O novo COSMIC tem o potencial de competir diretamente com os ambientes de trabalho mais populares, como KDE e GNOME. O objetivo da System76 é atrair uma grande parte dos usuários que hoje usam o GNOME. Com o lançamento da versão beta, a comunidade poderá finalmente testar se essa nova interface irá cumprir o que promete.

A versão beta, que será lançada em 25 de setembro, é um marco importante, pois não é destinada apenas a desenvolvedores, mas a um público mais amplo que pode testá-la e fornecer feedback. E junto com o COSMIC virá a beta do Pop!_OS 24.04.

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Eu não sei porque sei lá, não consigo achar os ambientes em GTK bonitos; e toda vez que mostrei uma distro com GTK meus colegas acharam obsoleto ou feio mesmo… de Mint com Cinnamon a Fedora Gnome, o pessoal achou feio. Já nas vezes que mostrei o Plasma ou distros como o Deepin e o Kylin com o Ukui desktop acharam bonito. A única vez que alguém olhou meu notebook e quis instalar o que eu estava usando foi quando eu estava usando o Deepin na faculdade.

Sei que funcionalidade e estabilidade conta muito, mas não acho que comercialmente o Cosmic seja mais “vendável” que um UKUI ou DDE… até mesmo o Plasma vejo elogios lá fora quando usam no Steam Deck.

Sei lá, visual meio carregado… gosto dos Wallpapers da System76 nas o visual do Cosmic não me apetece.

Olhe como as distros chinesas trabalham melhor neste aspecto, é inegável que o UKUI é mais bonito que o Cosmic.

DDE do Deepin também.

Até o próprio Plasma acho mais bonito…

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Existem algumas teorias que tentam explicar por que seus colegas achamaram as interfaces em GTK menos atraentes, quando comparadas ao KDE Plasma, Deepin (DDE) ou UKUI.

Teoria da familiaridade ou Efeito da mera exposição

Na teoria da familiaridade ou efeito da mera exposição, as pessoas tendem a preferir o que lhes é familiar. Se a maioria dos usuários passou a maior parte do tempo usando o Windows, por exemplo, se acostumaram com um determinado estilo visual, layouts de botões, tipografia e esquemas de cores.

O que é considerado “bonito” ou “moderno” é frequentemente influenciado pelas tendências de design. Interfaces que utilizam sombras, bordas arredondadas proeminentes, ícones mais estilizados e esquemas de cores vibrantes podem ser percebidas como mais modernas.

Distros com GTK, quando não customizadas, podem ter um visual mais funcional e menos adornado, o que pode não se alinhar com essa percepção de modernidade para alguns.

A forma como as cores e os contrastes são usados impactam a percepção. Algumas interfaces GTK tem cores mais sóbrias ou um uso de contraste que alguns achem menos chamativo. As interfaces como o Plasma permitem uma personalização muito extensa, e o DDE e UKUI vêm com temas visuais mais agressivos ou elaborados que agradam a um público mais amplo.

Muitas distribuições Linux em GTK (como GNOME e XFCE) adotaram um design mais minimalista, clean e, por vezes, “padrão”. Embora isso possa ser considerado elegante por alguns, pode parecer pouco familiar ou até “cru” para quem vem do Windows, com interface mais “cheia” de elementos gráficos, gradientes e sombras.

Ambientes com o KDE Plasma, Deepin Desktop Environment (DDE) e UKUI oferecem temas mais elaborados, efeitos visuais mais pronunciados, animações mais fluidas e um visual que pode ser percebido como mais “moderno” ou mais próximo de um design comercialmente polido, similar ao que se vê no Windows ou macOS. O Deepin é conhecido por seu foco na estética.


Design e estética

O que é considerado “bonito” ou “moderno” é influenciado pelas tendências de design. Interfaces com sombras, bordas arredondadas proeminentes, ícones mais estilizados e esquemas de cores vibrantes podem ser percebidas como mais modernas. Distros com GTK, quando não customizadas, podem ter um visual mais funcional e menos adornado, e não se alinham com essa percepção de “modernidade”.

A forma como as cores e os contrastes são usados pode impactar a percepção. Algumas interfaces GTK podem ter temas padrão com cores mais sóbrias ou um uso de contraste que alguns achem menos chamativo. Em contrapartida, interfaces como o Plasma permitem uma personalização muito extensa, e as implementações padrão ou populares do DDE e UKUI muitas vezes vêm com temas visuais mais agressivos ou elaborados que agradam a um público mais amplo.


Viés de Confirmação e Efeito Halo

Pode um viés de confirmação. Se alguém tem a impressão de que “Linux é feio” ou que “GTK é feio”, qualquer interface GTK será avaliada sob essa ótica. O oposto ocorre quando eles veem algo que esperam ser bonito (como o Plasma ou DDE) – o efeito halo faz com que interpretem os aspectos dessa interface de forma mais positiva.

O Windows domina uma parcela esmagadora do mercado, as pessoas tem anos de exposição à sua interface, criando um padrão de referência. Quando confrontados com algo diferente, a reação inicial pode ser de estranhamento ou de comparação direta com o que já conhecem. Se a interface GTK se afasta muito desse padrão familiar, é rotulada como “feia” por ser diferente e menos familiar.


Eu mesmo já percebi isso quando uso Plasma e Gnome. O primeiro é mais “claro”, “leve”, “suave”. O segundo, “pesadão”, “feio”. Parece a Mortícia da “Família Adams”.

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Gnome

Já o Plasma/DDE/UKUI parecem aquele seriado “A ilha da fantasia”: tudo leve, claro, suave.

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Plasma

Mas até que tá bom! É que vocês não utilizaram o Ubuntu nas suas versões iniciais. Olha que coisa pavorosa esse marrom cocô. Pode isso?

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Mesmo “clean”, o KDE teve seus dias pavorosos:

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Seus colegas foram até gentis. :stuck_out_tongue_winking_eye:

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Fato, tanto é que ainda temos distribuições que de fato tentam “imitar” o Windows, numa tentativa de ser mais familiar possível e ajudar na migração com a adoção de temas, ícones e posicionamento das aplicações iguais ao sistema da Microsoft.

Fato; dado a tendência de demais sistemas a utilizarem este tipo de estilo.

O próprio Plasma, se utilizar as ferramentas de edição, deixando o padrão um pouco mais escuro, já dá uma percepção bem melhor no tema Dark padrão. E se não tiver enganado o Mint, no Cinnamon, já escureceu um pouco mais nesta última versão, melhorando visualmente.

Um tempo que não deveria nos despertar saudade, apesar de serem boas versões; me recordo bem desta época…

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Para mim é exatamente o inverso. Sempre achei e acho que o GNOME e os aplicativos GTK têm uma interface simples, bonita e leve. Nunca tive problemas de performance com o GNOME, e a loja de aplicativos é muito bonita. Já o Plasma acho extremamente inchado, cheio de opções, com um painel de configurações extremamente desorganizado e loja de aplicativos extremamente feia se comparada a GNOME Software.

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Quanto a organização/disposição das coisas, te entendo; as vezes o KDE (Plasma) oferece muita coisa já de cara ao usuário, fora alguns menus e submenus, e disposição das coisas que sempre está mudando, vide a central de configurações kkk.

Eu não me recordo se minha primeira distro com o KDE foi o Manjaro ou Kubuntu, e minha percepção é apenas estético; não sei se vc utiliza Linux a muito tempo, mas veja por exemplo a diferença entre apps construídos em GTK para apps construídos em Qt.

Me lembro que utilizava o Rhythmbox no Ubuntu, e a primeira vez que utilizei um Amarok notei que o visual era muito mais bonito e moderno.

Hoje os apps Gnome já estão bonitos, o music player Amberol é bastante bonito; tão quanto o Elisa do KDE.

Eu sou da época que usávamos o Brasero no Gnome o K3B no KDE pra gravar ISO, CD’s e DVD’s… a diferença visual nesta época entre as aplicações em GTK e Qt era bem maior.

E pra encerrar minha opinião sobre o Gnome, vai este vídeo aqui:

Em resumo, as coisas já estão lá, mas a política dos desenvolvedores do Gnome é não oferecer ao usuário coisas simples como um simples efeito Blur.

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Eu utilizo há 4 anos. Meu problema com o Qt também é apenas estético, sempre gostei dos tons mais pastéis do GTK e Electron.

Filosofias diferentes, é algo que não se tem muito o que fazer, mas o GNOME fica muito mais bonito do que já é com blur.

Espero testar, para continuar um projeto da faculdade, tive que deixar o Big Linux e voltar ao Pop depois de 2 anos.