Existem algumas teorias que tentam explicar por que seus colegas achamaram as interfaces em GTK menos atraentes, quando comparadas ao KDE Plasma, Deepin (DDE) ou UKUI.
Teoria da familiaridade ou Efeito da mera exposição
Na teoria da familiaridade ou efeito da mera exposição, as pessoas tendem a preferir o que lhes é familiar. Se a maioria dos usuários passou a maior parte do tempo usando o Windows, por exemplo, se acostumaram com um determinado estilo visual, layouts de botões, tipografia e esquemas de cores.
O que é considerado “bonito” ou “moderno” é frequentemente influenciado pelas tendências de design. Interfaces que utilizam sombras, bordas arredondadas proeminentes, ícones mais estilizados e esquemas de cores vibrantes podem ser percebidas como mais modernas.
Distros com GTK, quando não customizadas, podem ter um visual mais funcional e menos adornado, o que pode não se alinhar com essa percepção de modernidade para alguns.
A forma como as cores e os contrastes são usados impactam a percepção. Algumas interfaces GTK tem cores mais sóbrias ou um uso de contraste que alguns achem menos chamativo. As interfaces como o Plasma permitem uma personalização muito extensa, e o DDE e UKUI vêm com temas visuais mais agressivos ou elaborados que agradam a um público mais amplo.
Muitas distribuições Linux em GTK (como GNOME e XFCE) adotaram um design mais minimalista, clean e, por vezes, “padrão”. Embora isso possa ser considerado elegante por alguns, pode parecer pouco familiar ou até “cru” para quem vem do Windows, com interface mais “cheia” de elementos gráficos, gradientes e sombras.
Ambientes com o KDE Plasma, Deepin Desktop Environment (DDE) e UKUI oferecem temas mais elaborados, efeitos visuais mais pronunciados, animações mais fluidas e um visual que pode ser percebido como mais “moderno” ou mais próximo de um design comercialmente polido, similar ao que se vê no Windows ou macOS. O Deepin é conhecido por seu foco na estética.
Design e estética
O que é considerado “bonito” ou “moderno” é influenciado pelas tendências de design. Interfaces com sombras, bordas arredondadas proeminentes, ícones mais estilizados e esquemas de cores vibrantes podem ser percebidas como mais modernas. Distros com GTK, quando não customizadas, podem ter um visual mais funcional e menos adornado, e não se alinham com essa percepção de “modernidade”.
A forma como as cores e os contrastes são usados pode impactar a percepção. Algumas interfaces GTK podem ter temas padrão com cores mais sóbrias ou um uso de contraste que alguns achem menos chamativo. Em contrapartida, interfaces como o Plasma permitem uma personalização muito extensa, e as implementações padrão ou populares do DDE e UKUI muitas vezes vêm com temas visuais mais agressivos ou elaborados que agradam a um público mais amplo.
Viés de Confirmação e Efeito Halo
Pode um viés de confirmação. Se alguém tem a impressão de que “Linux é feio” ou que “GTK é feio”, qualquer interface GTK será avaliada sob essa ótica. O oposto ocorre quando eles veem algo que esperam ser bonito (como o Plasma ou DDE) – o efeito halo faz com que interpretem os aspectos dessa interface de forma mais positiva.
O Windows domina uma parcela esmagadora do mercado, as pessoas tem anos de exposição à sua interface, criando um padrão de referência. Quando confrontados com algo diferente, a reação inicial pode ser de estranhamento ou de comparação direta com o que já conhecem. Se a interface GTK se afasta muito desse padrão familiar, é rotulada como “feia” por ser diferente e menos familiar.
Eu mesmo já percebi isso quando uso Plasma e Gnome. O primeiro é mais “claro”, “leve”, “suave”. O segundo, “pesadão”, “feio”. Parece a Mortícia da “Família Adams”.

Gnome
Já o Plasma/DDE/UKUI parecem aquele seriado “A ilha da fantasia”: tudo leve, claro, suave.

Plasma
Mas até que tá bom! É que vocês não utilizaram o Ubuntu nas suas versões iniciais. Olha que coisa pavorosa esse marrom cocô. Pode isso?

Mesmo “clean”, o KDE teve seus dias pavorosos:

Seus colegas foram até gentis. 