Isto não é um “tutorial” ─ apenas algumas observações da minha experiência pessoal.
Como “cada caso é um caso”, é importante frisar que:
-
Não tenho hardware crítico. tipo NVidia, Wifi, Bluetooth etc. ─ Apenas Intel i5 + mobo com iGPU Intel.
-
Não uso PPA, Flatpak, Snap2, AppImage, jogos etc. ─ Só os repositórios-padrão + GoogleEarth
Por outro lado, também não uso Discover, nem outras “lojinhas”, e evito clicar em “atualizadores” GUI. ─ Costumo remover Discover, unattended-upgrades, Snapd etc. ─ Em geral, uso apt update para checar atualizações, e Synaptic para atualizar, instalar, remover, pesquisar pacotes.
Só no caso específico do KDE Neon, deixo de remover o PackageKit, pois os desenvolvedores insistem em que usemos o comando pkcon ─ coisa que só faço ao me preparar para um upgrade, por via das dúvidas. ─ O PackageKit usa o apt, e quando o apt diz que está tudo atualizado, até hoje o pkcon nunca discordou.
Neste caso, me certifiquei de que o KDE Neon estava atualizado, e iniciei o script, para salvar as saídas:
$ history
...
283 2020-08-13_20-49-06 date && sudo apt update && date
284 2020-08-13_20-49-30 sudo pkcon refresh
285 2020-08-13_20-52-27 script
Em seguida, um único comando, para upgrade:
Script started on 2020-08-13 20:52:27-0300
...
$ date && sudo do-release-upgrade && date
Thu 13 Aug 20:52:32 -03 2020
... ... ... ... ... ...
System upgrade is complete.
Restart required
To complete the upgrade, a system restart is required.
If you select 'y' the system will be restarted.
Continue [yN] n
Thu 13 Aug 23:31:19 -03 2020
$ exit
Script done on 2020-08-13 23:31:48-0300
Ao final de alguns minutos, fui informado de que o upgrade do KDE Neon implicaria em remover 31 pacotes (na verdade, acabou removendo 296), instalar 641 pacotes novos, atualizar 2.132 pacotes, — download total de uns 2 GiB, — e demoraria cerca de 1 hora, a julgar pela velocidade da conexão até aquele momento.
Na prática, o download começou com uma média de 3,7 MiB/s (máximo 5,3 MiB/s), para os pacotes do repositório do KDE Neon; mas logo decaiu para uma faixa de 100 a 500 KiB/s, para os pacotes do repositório Ubuntu no Brasil; e o processo todo acabou demorando mais de 2h 30min (20:52 ~ 23:31).
A navegação no Chromium, a música local no VLC, o monitoramento pelo Conky e quase tudo mais continuou funcionando normalmente, durante todo esse tempo. — Apenas a Captura de tela (shortcut PrtScn + gnome-screenshot) deixou de funcionar por alguns minutos, entre 23:00 e 23:20; e o Dolphin e o Gwenview (abertos desde o início) não recuperaram o acesso às pastas, depois disso; — mas o Kate continuou salvando as anotações, até o final.
Ao reiniciar o computador, o UEFI-Bios me direcionou para o Grub do KDE Neon (por ser o mais recente), e ele carregou… o Linux Mint 20! (também 20.04 Focal Fossa). ─ Em suma, os dois se embaralharam.
Vale notar que desabilitei a detecção de outras distros (os-probe), tanto no Mint quanto no KDE Neon, ─ por isso, carregam direto, sem exibir o “Menu de inicialização”.
Isso não foi problema para mim, pois uso o Grub do openSUSE. ─ Bastou entrar no utilitário do UEFI-Bios, colocar de novo o Grub do openSUE no topo da lista ─ e depois atualizá-lo, para incluir eventuais alterações do KDE Neon.
À primeira vistta, nada tinha mudado no KDE Neon. ─ No dia 13 de Agosto, o upgrade não alterou nada no KDE, nem no Kernel.
(Só nos dias seguintes, o KDE recebeu atualizações).
Meu Chromium (.deb) não foi removido, nem substituído por nenhum “.snap2”. Apenas, agora ele aparece no apt / Synaptic como “obsoleto”, pois não é mais encontrado nos repositórios. ─ Portanto, tenho algum tempo para pensar no que vou fazer. ─ Provavelmente vou substituir pelo Google Chrome, tal como fiz no Mint 20.
O repositório do GoogleEarth foi automaticamente desabilitado, ao iniciar o upgrade, e bastou habilitá-lo de novo depois. ─ O GoogleEarth continua funcionando normalmente.
Não examinei as alterações no Wine, mas meu velhíssimo Dreamweaver continua funcionando.
A boa notícia é que agora o corona-cli funciona, ─ o que não acontecia antes, devido a algumas dependências.
O Gimp passou da versão 2.8 para 2.10, ─ mas para isso eu já estava preparado, desde o final de 2018. ─ Como esperado, algumas configurações foram preservadas e outras tive que refazer.
Mais alguns detalhes: