Ubuntu-debullshit: porque não retirar algumas coisas

Ganhou popularidade (em particular uma versão mega estendida que vale a pena dar uma conferida feita pelo @Suporte) do Ubuntu Debullshit e eu venho aqui trazer a versão não destrutiva dele, a versão original inclui (não foi listar a parte instalação):

  • Desativar o Ubuntu Report
  • Remover o Apport
  • Remover o Snap e SnapD
  • Remover avisos sobre o Ubuntu Pro

A versão estendida inclui também os seguintes:

  • Desativar o serviço de localização
  • Remove o repositório de parceiros

Eu isolei esses pontos porque eles podem trazer algumas consequências um tanto desagradáveis pra você (e pro próprio futuro do Ubuntu), lembrando, que não estou dizendo para fazer (ou nesse caso não fazer) algo, apenas vou falar das consequências disso

Desativar o Ubuntu Report

O Ubuntu report faz uma telemetria honesta, basicamente ele soma 1 ou insere numa base de dados alguns pontos de hardware, vamos supor que seu monitor seja 1366x768, o que o Ubuntu Report faz é ir na linha da “planilha” que lista as resoluções que os usuários estão rodando o Ubuntu, na linha da resolução “1366x768” e soma 1, isso é importante porque sem esses dados a Canonical fica sem saber no que trabalhar resultando num Ubuntu “para a Canonical” cada vez mais distante do que realmente faz sentido pro usuário do Ubuntu

Remover o Apport

O Apport é irritante (eu concordo) porém ele é o meio que a Canonical tem para saber quais pacotes estão com problemas, a tela vai parecer mais ou menos assim:

Se você deixar marcado a primeira opção e clicar em continuar, ele vai criar (como o nome sugere) um bug report aqui com todos os dados que os devs acham úteis para entender o que se passou que ocasionou o bug, nenhum dado confidencial é enviado. Novamente desativar é basicamente deixar a Canonical as cegas, quanto menos gente clicando em “continuar” com a opção “Enviar log de erro” marcada, mais tempo a Canonical vai levar para corrigir o bug ou talvez nunca vá saber que o bug existe

Remover o Snap e SnapD

É mais uma questão de gosto mas os snaps além de serem a porta de entrada de ports para o mundo Linux, são o único formato que te protege contra falhas de dia zero

Remover avisos sobre o Ubuntu Pro

Ubuntu Pro é um conjunto de modificações no Ubuntu (gratuitas para uso doméstico) que trás diversos recursos curiosos :

  • Suporte para patches de segurança estendidos
  • Patches de segurança no Kernel se
  • Suporte 24/7
  • E outros

A melhor maneira de remover é simplesmente assinar

Desativar o serviço de localização

Diversos serviços internos dependem de geolocalização, por exemplo mas não limitado a:

  • Recursos de clima e tempo
  • Luz noturna
  • Correção de data, fuso-horário e horário de verão (se essa praga voltar)

Remove o repositório de parceiros

Esses repositórios são basicamente drivers, perfis de impressão para suporte IPP estendido, cores e afins… ou seja, você vai simplesmente perder recursos se remover

Conclusão

Mais uma vez eu ressalto que você é livre pra fazer o que bem entender, o objetivo desse post é apenas mostrar as consequências (geralmente negligenciadas) de fazer tais atos, afinal a 3ª lei de Newton também se aplica a informática

9 curtidas

O Ubuntu Pro além de ser gratuito para qualquer pessoa para uso pessoal e até 5 maquinas, ele habilita o suporte do Ubuntu de até 10 anos para LTS para o core do sistema, são 5 anos de suporte estendido para vulnerabilidades.
E ainda ele está disponível para os sabores, uma vez que é o mesmo core.

5 curtidas

Sinceramente não entendo o porquê de fazer um “debloat” no Ubuntu. Mais fácil usar alguma outra distro derivada dele que não tenha o bloat do que deixar o sistema instável ou com gambiarras. As funções que vem por padrão no Ubuntu são bem úteis, a vantagem é justamente instalar e não ter que ficar fuçando muito.

Outra coisa também, se a pessoa faz muita questão do Ubuntu, é instalar o server e ir montando do zero.

3 curtidas

Debloat no Windows até da pra entender, mas no Linux? Não tem motivos pra isso.

Se você quer uma distribuição sem essas coisas, essas opções existem.

5 curtidas

Ele fez para ele usar e deixo para outras pessoas usarem, nada de mau nisso.

Achei quer era só eu q n tinha visto muita vantagem nesse script. Me pareceu mais algo pra atrapalhar do que ajudar de fato. O Apport mesmo anos que não vejo uma janela disso.
Me pareceu algo escrito por pura paranóia.

4 curtidas

Não existe vantagem, só de ver piora kkkkk e igual esses scripts pra windows, efeito placebo apenas e muita instabilidade

2 curtidas

Que coisa sem sentido quando existe Debian para isso. Não gostava do Ubuntu pelo snap e sua forma idiota de lidar com os usuários, então, só migrei para Debian estável com GNOME e nunca mais olhei para trás. Tem funcionado há anos sem problema.

2 curtidas

Mesmo preferindo o Arch, no meu pc de trabalho uso o Ubuntu por ser LTS e posso dizer que não há necessidade de fazer o Debloat no meu caso. Algumas pessoas dizem que os Snaps são bugados, não tenho muitos instalados, mas os que tenho (Firefox e o VSCode) funcionam perfeitamente. Além disso gosto bastante das extensões que o Ubuntu usa no Gnome, praticamente só instalo a Blur my Shell e caffeine.

  • Apport não me incomoda já que quase nenhum pacote “trava”.
  • Snaps estão bem melhores do que no início. Inclusive na snapstore você consegue ver os mais bem avaliados para não instalar algum snap “zuado”.
  • Só vejo avisos de Ubuntu Pro na hora de atualizar o sistema e é apenas um texto curto.
  • Repositórios de terceiros, para mim são mais um ponto positivo do que negativo.
3 curtidas

Devemos mitigar os riscos de segurança em tudo, principalmente ao usar repositórios de terceiros, que podem ser portas de entrada para programas maliciosos. Rezamos para São Tux para que os pacotes não travem, assim não há Apport… Para vocês, o que seria uma boa política de governança de TI? Ninguém ainda acertou o objetivo do script, que não é para usuário doméstico… Identificar, avaliar e mitigar os riscos sempre é importante.

Há situações em máquinas de produção em empresas nas quais não se pode formatar para instalar outra distro.

2 curtidas

Mas o script basicamente faz o oposto disso jovem, por exemplo:

Apport é a febre não a doença, você remover o Apport tudo que você está fazendo é deixar de identificar o ponto de falha

É pode mas não é um repositório de terceiros, mas de “segundos” são parceiros da Canonical, ela mantém, remover eles pode quebrar uma estação inteira de uma forma que é difícil identificar o problema

4 curtidas

Se não há algo para reportar falhas para a desenvolvedora, como elas serão corrigidas?

E não pode manter o Ubuntu do jeito que ele é? Afinal, há dezenas de outras distribuições, e se o Ubuntu foi adotado, é porque ele seria útil do jeito que ele é.

No script tem o Repositório da Mozilla. Teoricamente, isso seria um repositório de terceiros, já que não faz parte dos repositórios oficiais da distro.

3 curtidas

Em outras distros, não há coleta de dados do usuário… Os bugs podem ser abertos diretamente com os desenvolvedores dos programas, para que depois as distros gerem seus pacotes.

1 curtida

Sem esses dados não tem como resolver o bug jovem, é uma troca justa, você fornece dados ANONIMIZADOS e você recebe a correção dos bugs

Como desenvolvedor eu posso dizer “X não está funcionando” e “Comprei um pastel de frango na feira” tem exatamente o mesmo nível para ajudar a solucionar o bug com X

4 curtidas

Isso, você está correto. Nesta parte, mantive o projeto original. Nunca vi relatos na internet sobre problemas ao instalar o Firefox diretamente do site da Mozilla no Linux.

1 curtida

Mas quantos usuários sabem reportar os bugs?

3 curtidas

Mas já viu relatos de problemas com os tais repositórios de terceiros do Ubuntu?

2 curtidas

Infelizmente, o Ubuntu do jeito que ele é (desktop com GNOME) hoje vai contra uma boa política de governança de TI nas empresas.

Para o usuário final, o Ubuntu está bom.

1 curtida

Por exemplo?

2 curtidas

Esse repositório é vital ou opcional para o sistema funcionar?

Se for opcional, não deveria incluir itens sensíveis que possam fazer o sistema quebrar.

Pode ser entrada para ataque à cadeia de suprimentos de software. Já que a revisão de Código-Fonte pode levar horas ou dias.

1 curtida