Isso é muito subjetivo, só testando pra saber. Eu, durante um certo tempo, tive receio e até um pouco de preconceito com twm’s. Depois que testei não larguei mais. O ideal é testar e ver o que te agrada mais. Os tiling atendem a um certo perfil de usuários, se você não for esse perfil, obviamente, não vai gostar. Vai achar pouco prático ou mesmo inútil.
Eu não acho que exista situações especificas de uso para cada um. Eu faço tudo em um tiling, jogo (embora pouco), faço meus scripts podres para meu uso, navego na internet, escrevo textos e por aí vai. Literalmente tudo que eu faço no meu notebook eu faço em um tiling window manager.
Atualmente, dependo exclusivamente dos tiling. Porque resolvi ficar esse ano inteiro usando apenas o wayland e o meu DE de preferência que é o xfce ainda não está funcional. E quando tento usar outros, tipo o gnome ou o kde, fico tanto tempo modificando coisas que acabo desistindo e volto pra simplicidade dos tiling. Hoje fico 80% do tempo no sway e o resto no dwl. Cheguei a usar o hyprland por um tempo, só que toda atualização eu tinha algum problema. Era bug em alguma config, era bug com o bemenu, era bug de tela preta ao encerrar a sessão e por aí vai. Acabei largando de mão o hyprland.
Eu adotei os tiling por três motivos:
- O primeiro deles é a capacidade de personalização. Meu i3/sway é completamente adaptado ao meu uso do dia a dia. Quando tento usar algum outro ambiente fico até meio perdido. Outro dia, fui fazer uns testes com o gnome (em máquina virtual), fiquei mais perdido que tudo. Demorei muito tempo pra fazer coisas simples e adicionar opções que no i3/sway faço adicionando apenas uma única linha de configuração.
- O segundo é a facilidade e a praticidade de gerenciar as janelas. Não tem como, isso nos tiling é muito prático. Nas minhas configs do i3/sway com uns dois atalhos eu consigo alterar entre umas 4 ou 5 formas de organizar as janelas de forma diferente.
- Por último é, de certa forma, a simplicidade. Embora isso seja possível de fazer em qualquer DE ou tiling. Os tiling de modo geral tendem a gerar ambientes menos poluídos visualmente. Eu disse tendem porque, dependendo das configs que você faz, ele pode ficar até mais poluído que um painel/barra de um DE lotado de ícones ou informações. Como, normalmente, as configs são feitas pelo próprio usuário ou modificamos as configs de alguém para o nosso gosto, acaba ficando um visual mais limpo, direto e apenas com o que queremos.
Enfim, como disse no começo do texto, isso é apenas uma questão de gosto. O que eu sempre recomendo é testar. No mundo linux existem preconceitos, a melhor forma de saber é sempre testando. E isso vale para qualquer coisa no linux não só para ambientes. Vejo muito a galera falando sem testar ou realmente conhecer as coisas, seja um DE/TWM, programa, recurso etc.
Acho que existe um certo estigma negativo em relação aos twm de modo geral. Eles não são impossíveis de usar, só precisam de um pouco de paciência por parte do usuário. O que você realmente precisa é de saber usar algum editor de texto e ter algum conhecimento básico de funcionamento do sistema. Nada de outro mundo também. O que conta, como já disse, é se você é um usuário que tem esse perfil. Gosta deixar o sistema do seu jeito? Gosta de editar arquivos de configuração? Gosta de ler/pesquisar na documentação do ambiente? Quer uma alternativa a esses ambientes stacking? Se isso te interessa, provavelmente, você vai ser interessar por um tiling. Tudo se resume ao seu perfil de usuário.