Teste agora a versão alfa do KDE Linux!

Artigo publicado no 9to5Linux anuncia o lançamento da versão alpha do KDE Linux, sistema operacional desenvolvido pelo próprio Projeto KDE para “servir de vitrine” para as novidades mais recentes desta interface gráfica. A distribuição é direcionada a entusiastas do KDE e desenvolveddores.

O KDE Linux utiliza pacotes do Arch Linux como base, possuindo uma base imutável onde os arquivos do sistema principal são protegidos contra modificações. No entanto, é possível instalar pacotes adicionais e fazer algumas alterações usando o comando systemd-sysext.

A maioria dos aplicativos são Flatpaks. Outros, como o Dolphin, Discover e o Konsole, são construídos a partir do código-fonte. O sistema também suporta AppImages e contêineres, e os desenvolvedores incentivam a compilação de softwares a partir do código-fonte.

Ele usa o btrfs como sistema de arquivos padrão, o wayland é o servidor de exibição e o pipewire, o de som. Ele não vem com um gerenciador de pacotes tradicional, como pacman ou apt. Ao invés disso, a instalação e atualização de aplicativos são feitas exclusivamente pelo Plasma Discover, que é a loja de aplicativos do KDE.

O KDE Linux é limitado a computadores com UEFI e processadores AMD ou Intel. Não funciona com drivers de vídeo proprietários da NVIDIA para GPUs mais antigas, anteriores à arquitetura Turin. Para essas placas, deve-se usar o driver nouveau. Também não há suporte para Secure Boot nem se pode rodá-lo em máquinas virtuais.

Essa distro é disponibilizada como uma imagem RAW para ser gravada em um pendrive. Para os gravadores gráficos que não a “enxergam”, faça a conversão no terminal:

dd if=imagem.raw of=imagem.iso

Nem é preciso lembrar que é um lançamento para testes, não recomendado para uso em ambientes de produção, pois o alfa contem bugs e instabilidades. O download está disponível no site oficial do KDE, com instruções detalhadas de instalação.

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Eu querendo deixar de ser um SDA (“Saltadores de Distro Anônimos”) e vem o projeto KDE inventar um “KDE Linux” kkk. Demorei muito pra começar a usar o Arch puro, distro que estou utilizando no momento, mas assim que tiver o KDE Linux no seu primeiro beta ou perto de ser lançado, sinto muito Arch, o coração de um user KDE vai migrar kk.

Até o Nate Graham já está utilizando o KDE Linux; o que é um bom sinal.

"Na prática, estamos sendo bastante conservadores, e ele já é bastante estável para uso diário. Aliás, tenho o KDE Linux no meu home theater há cerca de seis meses, e ele está no meu laptop com drivers diários há um mês. Desde então, tenho feito todo o meu desenvolvimento para o KDE nele, assim como em todas as outras tarefas para as quais uso um laptop. Ele realmente funciona. Não é um brinquedo nem um experimento científico".

KDE Linux rodando em um HTPC, um laptop de 2 anos e um laptop de 10 anos — todos funcionando perfeitamente

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Um posicionamento do Nate Graham a respeito do porque o KDE Linux fazer sentido.

Retirado do: https://planet.kde.org/

Exatamente o que o mundo precisa, outra distribuição Linux…

Um sentimento que eu mesmo já expressei no passado.

No entanto, existe um método para a nossa loucura. O KDE é um grande produtor de software. É estranho para nós não termos nosso próprio método de distribuição. Sim, o KDE produz código-fonte que outros distribuem, mas nós mesmos distribuímos nossos aplicativos em lojas de aplicativos como a Flathub, a Snap e a Microsoft Store, então acho natural termos nossa própria plataforma para fazer essa distribuição também, e isso é um sistema operacional. Acho que todos os principais produtores de ambientes de desktop de software livre deveriam ter seu próprio sistema operacional, e muitos já têm: Linux Mint e ElementaryOS me vêm à mente, e o GNOME também está trabalhando em um .

Além disso, essa questão foi resolvida há 10 anos com a criação do KDE Neon, nossa primeira mordida na maçã do “sistema operacional interno”. O céu não caiu; tudo era lindo e nada doía.

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Meu inglês não é muito bom mas eu sinceramente gostaria de entender a “banana” … no site e nas imagens de wallpapers é possível vê esta referência. Sei que o nome do projeto era “Projeto Banana” mas até agora não entendi a referência interna kk.

Rapaz, acho que “Banana” é simbólico para a clássica imagem da casca escorregadia que derruba as pessoas. Pode sugerir que ela pode fazer as outras distros “escorregarem”, rsrs. Sem relação, o Nano Banana também surgiu com a mesma pegada de humor.

Por outro lado, isso já é uma resposta às críticas: “Não há com o que se preocupar, é só uma fruta, não precisa levar a sério”. Projetos podem morrer por inviabilidade, então eles começam modestos.

Agora, um ponto importante:

  1. A KDE tem empacotado quase todos os seus programas em Flatpak.
  2. O Flatpak foi criado pela Red Hat, através de um desenvolvedor ativo na comunidade GNOME.
  3. O empacotamento do Flatpak contém a compilação de libs e ABIs próprias do empacotamento, que independem de distribuição. Isso resolve o “inferno” de versões diferentes dessas partes em diversas distros.
  4. O KDE Neon depende do Ubuntu.
  5. O uso do Arch como ponto de partida para projetos é uma saída inteligente para reduzir esforços. Pois os repositórios do Arch recompilam toda a base chamada Archiso todos os meses, com isso todos os demais pacotes mantidos pelos devs dos repositórios Core, Extra e Multilib são recompilados sobre essa base. O que o faz 100% compatível com todos os pacotes.
  6. Outro ponto é que o Arch não altera o trabalho original do desenvolvedor como o Debian. O Arch não tem ambição de ser pequeno como tem o Debian, pois tem propósitos diferentes.
  7. A outra questão é que uma base imutável com base no Arch não vai ter surpresas para os desenvolvedores, onde eles não precisam adaptar nada para rodar no Arch, uma vez que esse mantém a pureza do desenvolvedor.
  8. A Valve obviamente fez essa escolha pelo mesmo motivo que o KDE Linux. Quem dirá que a Valve não está aportando desenvolvedores e força nessa iniciativa? Afinal, uma base imutável, sólida, sem surpresas de desenvolvimento dos pacotes, é a receita para pivotar energia para o lugar certo, que é a estabilidade.
  9. No Flatpak as runtimes como org.kde.Platform tem melhorado bastante em reaproveitamento de espaço em disco. O que aponta que todo o esforço feito até aqui é para abrir caminho para algo independente.
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Interessante saber que o Arch é uma escolha racional e muito acertada para este tipo de projeto, e quanto aos esforços em empacotar quase todos programas no formato Flatpak, lembro-me também que o KDE também teve este mesmo esforço em manter muita coisa no formato Snap. Até mesmo o Plasma Desktop foi compactado em Snap kk.

Até o momento o KDE mantém 128 Snaps.

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Mas o Snap é diferente do Flatpak. O Snap usa o Ubuntu Core como base, não é independente e descentralizado como é o Flatpak.

Você roda uma distribuição chamada Ubuntu Core para rodar algo em Snap. Mesmo em outra base tem um Ubuntu pelo meio do caminho.

estou experenciando o gnome 48.X com vários de seus aps em flatpak, de modo a ficar somente o “miolo”, o mais possível. e funciona legal. então penso: por quê essas interfaces não fazem o mesmo, também o gimp, firefox etc?

se eu fosse um desenvolvedor, lançaria meu app apenas em flatpak. serviria para todo mundo e não tem a “desvantagem” de se depender de módulos do kernel, como o snap (segundo o pessoal do Solus OS).

Como é uma equipe pequena, mas das distros, removeram o snap pois dava muito trabalho na compilação do kernel pois dependiam da canonical liberar não sei o quê para eles conseguirem mantê-lo.

Não pesquisei direito o que era, nem tive curiosidade. a única limitação até agora é que não consigo rodar vídeos codecados em x265 co mflatpak, mas é um problema geral e que pode ser facilmente resolvido.

assim uso o celluloid da distro mesmos.

eu acho o arch linux racionalíssimo. a gente tem de aprender o gerenciamento de pacotes dele mas n é nenhuma sangria desatada. todo mundo tem de fazer isso quando usa uma distro fora dos padrões deb ou rpm. com o solus OS foi a mesma coisa.

acho que tem muito preconceito com o arch. muita impressão “negativa” que não se sustenta. dá um bug aqui ou ali mas quem não tem?

nem o repositorio AUR é um problema pois tem os PPA para ubuntu/debian que todos se arriscam quando usam.

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