Sonho de uma noite de impasses & maravilhas tecnológicas

Já faz 1 ou 2 décadas que não tenho aquilo que se chama de “pesadelo”. – Alguns “impasses” que, a cada passo, recaem no mesmo problema, levemente modificado, sim – mas, nada que se possa dizer, “nossa, um pesadelo!”

Dá impressão de que alguma instância subconsciente da psique multi-tarefa aproveitou o tempo ocioso (idle) do ego consciente para continuar analisando algum problema específico que, acordado, não mereceu o devido exame. – E a “estrutura temporal” obedece a alguma espécie de clock recursivo: – (a) Elabora uma “imagem” (hipótese)…; (b) não deu certo… (c) recomeça, em loop.

Esse último sonho / “labirinto” / loop apresentou algumas características interessantes: – (a) Um comportamento que “mobiles” não têm, e que criou um “problema” a ser resolvido; e (b) Um outro problema, muito real, muito comum (onde foi que larguei o danado do celular??), que substituiu o problema tecnológico imaginado no passo (a).

Esse comportamento inexistente (a), é que (no sonho), a chamada telefônica de um parente não dispara um “toque sonoro” para atender a (ou, “à”?) ligação. – O que acontecia, no sonho, era ouvir a voz de um parente, chamando para atender a (ou, “à”?) ligação! – E, caso eu não pegasse o bendito celular e não respondesse, a chamada cairia.

Por algum motivo, o parente não esperaria. Não ligaria de novo. – E por algum motivo, eu não poderia ligar de volta. – Talvez, porque eu estava “sem créditos” (sim, só uso “créditos”, pré-pago, ha ha!). Ou talvez, porque eu (ainda) não tinha o número daquele parente, para ligar de volta.

Alguma situação assim – que, dali em diante, não tinha mais nenhum significado. – Serviu apenas para deslanchar o problema (b), ou seja, “onde está o bendito celular??”

Em um “mundo ideal”, bastaria eu ter um “apito de chamar celular”. – Um apito imperdível, sempre à mão, talvez pendurado no pescoço – porque, em casa, o celular nunca está comigo. Eu ando pela casa, pelo quintal, durmo, acordo – e o celular fica sempre quieto “no seu lugar”, perto do modem / wifi, que é “fixo”. A pois! O celular, em casa, é “fixo”. Fica sempre ali. Só eu, que me movimento pela casa e pelo quintal.

  • Nada disso ocorreu no sonho. São só elucubrações que faço, agora, sobre “como seria em um mundo ideal” – caso o celular não ficasse quieto (como não ficou, no sonho! Sumiu, igual cachorrinho sapeca). – Ok, bastava usar o recurso “Onde está meu celular?”, do KDE Connect. Sim! Tentei usar esse recurso, a certa altura do sonho, como se verá adiante.

No sonho, ao ouvir a voz do parente me chamando em outro cômodo da casa, fui lá, no firme propósito de pegar o celular e responder, para “consolidar” a ligação. Aí, começa a parte (b) do sonho-labirinto-recursivo: – O cômodo “ao lado” revelou-se um “depósito de tralhas” tecnológicas. – Tinha de tudo!, desde o 1º celular que tive, ainda nos anos 90.

Cada celular que eu pegava, “não era o atual” (rá rá rá!!). Não era “smart”. Formatos físicos variados, teclados físicos, telinhas de 3 ou 5 linhas de texto. – Não era, nem, para perder tempo com nenhum deles, que claramente não eram “o que está em vigor atualmente”. – Mas, cada um, apresentava alguma “novidade”, que não tinham antes, em suas respectivas épocas… e é claro que eu ficava fascinado com aquele acréscimo de recursos inéditos, e queria olhar aquilo direito. E isso me fazia perder um tempo, com cada um deles, em vez de simplesmente procurar logo “o atual”.

  • Não pensei na hora, mas penso agora: – A “fascinação”, a “hipnose”, a “obsessão tecnológica”. – Eu tinha, apenas, de procurar o “celular atual”… mas me perdia, ao ver que cada “modelo” antigo apresentava algum recurso “novo” que, na época, não tinha. – Em outros tópicos, já usei várias vezes a metáfora do “guri enfeitiçado por uma vitrine com mil docinhos e balinhas em embalagens multicoloridas”. – Na vida “acordado”, passo batido! Só “compro” o que preciso e procuro. Nunca, o que não precisava, até alguém vir me oferecer, e de repente, ficar parecendo que preciso. – Acho que esse console virtual do meu subconsciente multitarefa resolveu se vingar, ha ha!

A certa altura, me dei conta de que estava perdendo tempo, me deixando desviar do “foco”: – O “celular atual” é um objeto retangular (e maior que os antigos), achatado, liso, sem botões ou relevos, sem saliências, sem firulas etc. – Achei! Um objeto retangular achatado!.. Não, pera… Era um “controle de TV” das antigas, que, de fato, era retangular e achatado (embora outros não fossem assim). Putz! Desencavei das profundezas do subconsciente esquecido, um antigo “controle remoto” que tinha formato semelhante ao do “celular atual”.

Vai ter “subconsciente tecnológico”, assim, lá no… Bom, deixa pra lá.

Enfim (conforme prometido), tentei recorrer ao velho e bom PC de mesa, em busca do KDE Connect, para acionar o recurso “Onde está meu celular?” – Mas… ops! – O KDE Connect me apresentou uma miríade de recursos “inéditos”… e me perdi, mergulhado naquela maravilha de novidades tecnológicas!

Aí, vocês me perguntam: – “E como terminou?” – “Achou o celular atual??”

Terminou, que acordei. – E só de raiva, em vez de “acordar” o PC e plugar o cabo de rede (sim, placa de rede “queima”, fácil, fácil, em caso de raio. Só na “fibra”, já perdi 2 plaquinhas! Vale a pena desconectar) – me limitei a escovar os dentes, dar ração aos cachórros, tomar banho, e “ir ao mundo”, só pra ver se ele ainda estava lá, com todas as coisas em seus devidos lugares.

Aproveitei para comprar umas passas, umas tâmaras etc. – Afinal, não sei se vou conseguir escapar outra vez das armadilhas tecnológicas, daqui até o dia 25.

Feliz Natal – e muitas escapulidas das armadilhas tecnológicas ao longo de 2025!

3 curtidas

Muito legal seu texto, parabéns! :grinning:

Feliz Natal pra você e a todos os colegas aqui do fórum.

2 curtidas

Opa! Obrigado!!

Mas, não é “texto”… É “conteúdo”, há há há!

1 curtida

Um ótimo conteúdo. :sunglasses: :grin:

1 curtida

:wink:

Feliz Natal, e muitos Terabytes de Felicidades para todos, em 2025, 2026…!

2 curtidas