Há inúmeros programas do governo federal que enfrentam dificuldades para rodar no Windows. O SIA/SUS, por exemplo, do Ministério da Saúde, precisa de ajustes improvisados para funcionar no Windows 10/11. Já passou da hora de todos esses programas serem compatíveis com o Linux e abandonarem o Windows. Qualquer pessoa que trabalha com faturamento na área de saúde de um município pode confirmar que isso é um verdadeiro tormento.
Isso se aplica ao estados também e bem provável ao municípios. Tem um software essencial para um trabalho aqui que pra rodar tem que instalar noma máquina virtual o windows 8 e então rodar por ele. No Estado, algumas fundações não têm verba ,por exemplo pra usar autoCAD e aí se valem de gambiarras ; alguns programas desenvolvidos na própria instituição que travam, fecham do nada, etc.
Como quase tudo no universo público é preciso ter uma política forte e contínua de desenvolvimento, implementação e manutenção na área de TI. Isso somado aos prováveis lobbys que devem rolar em favor de manter o “status quo” , já que é necessário uma curva de aprendizado para utilização de novas tecnologias.
O ideal é que houvesse algum setor, de preferência federal, que fosse responsável por criar e/ou garantir que os sistemas usados no país sejam bem feitos, seguros e compatíveis.
Atualmente cada esfera (municipal, estadual e federal) fica refém de colocar licitações para software, e cada ganhador faz do jeito que bem entende. Isso resolve o problema pontualmente mas cria outro maior ainda, como já notado pelo nobre @t1t4
Solução? Ao meu ver tem que parar com esse atual modelo. Proibir licitações de software e dar condições (em especial recursos humanos) pro Serpro coordenar as necessidades governamentais de todas as esferas. Mas e aí? Quem vai comprar essa briga para contratar pessoas, sendo que o país que tem congelamento fiscal (ou teto de gastos)? Quanto mais eu penso em soluções para o Brasil, mais eu esbarro em problemas maiores.
Na realidade, o Serpro já tem um projeto, chamado Prefeitura +Digital.
O problema: usam software proprietário, no tradicional esquema: te damos de graça por 2 anos, vc se torna dependente do nosso serviço e vamos aumentando os preços.
O ERP para prefeituras, e-cidade, está sendo reescrito, porém, falta recursos financeiros para contratar programadores.
Eu mesmo tinha feito uma versão do TigerOS com esse programa rodando, para demonstração, mas acabei não criando uma versão atualizada.
20 anos atrás, o Brasil esteve na vanguarda do desenvolvimento de software livre, que ficavam hospedados no portal do software público. Problema é que quando se necessita de apoio governamental, a chance de ser descontinuado, é imensa.
Pelo visto quem criou isso não deve nem tá vivo kkkkkk
Já e um milagre isso rodar
Nem culparia o sistema por isso já que e resultado de abandono
Tinha que atualizar o software em si, na real. Pela interface é bem antigo e roda em terminal ainda.
Brasil tem excesso de órgãos públicos com a mesma função, como resultado, temos problemas de ineficiência e incompatibilidade.
Serpro, Dataprev, fora as estaduais, como Celepar (PR), Procergs (RS), etc.
Espero não ser xingado (muito), mas durante a pandemia vivenciamos esses problemas e sofremos com isso: meses parar cruzar dados das pessoas, para ainda assim, demorar para conseguir auxílio.
Nenhuma palavra a mais é necessária…
Com certeza.
Na minha área tem um ótimo exemplo. Sou advogado, e usamos diversos sistemas nos tribunais. O melhor de todos, na minha opinião, é o e-proc que foi criado pelos próprios servidores do TRF4, e está sendo levado a diversos outros tribunais do país. Não sei se é open source, mas funciona dessa forma, onde os outros tribunais acabam fazendo melhoramentos no sistema, que fica disponível para todos os tribunais implementarem, se desejarem.
Como conseguiu a façanha de rodar isso no Windows 11? No Windows 7 já era burocrático
Meu pai – engenheiro, ou seja, “prático” de solucionar desafios – costumava dizer que “o mais difícil é a humanidade”.
Antes de mais nada, precisa decidir: – “Afinal, a terra é plana ou é redonda?”
Sendo sincero, enquanto não houver um político na área de tecnologia responsável, essa mudança não será feita. A maior parte dos políticos é formada por comunicólogos (advogados, publicitários, jornalistas, relações públicas ou relações internacionais) e, quando não são da área de comunicação, vêm da área de saúde ou do entretenimento midiático (artistas e influenciadores, por exemplo).
Mesmo havendo políticos médicos, o investimento tende melhor a favorecer a terceirização da saúde em vez do próprio SUS. Assim, sai mais barato optar pela saúde privada do que pela pública, e podemos fazer um cálculo simples. Se um laboratório cardiológico privado cobra 150 reais por uma consulta em um dia, a rede pública, para conseguir atender a todos, demora muito mais tempo. Supondo que o tempo médio para a realização de um exame seja de 60 dias, trata-se de um prazo perigoso que poderia ser custeado por 150 × 60 = 9.000 reais. Vale mais a pena, tanto para o cidadão quanto para o Estado, investir de forma eficiente na saúde privada ou terceirizada. Infelizmente, as políticas públicas do Brasil não favorecem o cidadão mas sim a elite.
Voltando ao primeiro parágrafo, creio que um político formado na área de TI, que não seja vítima da frase de Lorde Acton — ‘o poder corrompe, e o poder absoluto corrompe absolutamente’ —, seria a única opção para mudar a base tecnológica. No entanto, acredito que isso não seja possível devido ao nosso congresso manipulativo.
o problema não é o windows mas os próprios softwares, que não são atualizados pelo governo federal. é o mesmo caso do warsaw para acessar bancos no linux.
ceis, na suas vãs ingenuidades, creem que haverá alguma política disso ou daquilo para software? claro que não. o melhor é comprar pronto etc e tal…
Sabe informa se isso ai é desenvolvido em COBOL via ssh?
A interface gráfica dos programas do Governo Federal deveria ser em java ou via navegador web (fica a dica…)
No seu caso para facilitar o trabalho eu importaria a base de dados do programa e usaria o libreoffice para puxar os dados.
Na clínica onde eu trabalhava tinha um do SUS, por onde registrávamos todos os atendimentos do dia, de cada paciente (pelo menos uns 80 pacientes por dia).
Pensa num negócio burocrático, complicado e ineficiente. Quando não dava problema no servidor - que ficava, provavelmente, na prefeitura -, dava problema no computador da clínica. Aí eram horas para resolver com o técnico pelo telefone ou esperar o técnico ir lá. Quando isso acontecia, nos dias seguintes tinhamos que nos virar para registrar o que ficou faltando.
Soma tudo isso ao “analfabetismo funcional tecnológico” dos usuários finais (donas da clínica e demais funcionários), um computador jurássico e a correria do dia-a-dia, e como resultado tínhamos umas 3 dores de cabeça por semana.
A solução? Trocaram por um software em nuvem. Beeeem melhor. Nem se compara.
Não sei se daria certo para a maioria dos softwares do governo, mas acho que poderia ser uma boa solução, dependendo do caso.
Oque você fez ai ?, modificou o programa pra rodar pelo terminal, ou ele como não tem compatibilidade com windows foi feito pra rodar em CLI mesmo ?
Para você entender a gravidade da situação: é necessário utilizar o antigo Internet Explorer para realizar o download mesalmente de programas que enviam a produção de TODOS os municípios brasileiros. Nada de Firefox, Edge ou Chrome… apenas o IE. Parece que tudo foi deliberadamente planejado para que o Governo complique o pagamento das produções ambulatoriais aos municípios.
n vejo por aí. o repasse é tão ínfimo que n precisa de nenhum subterfúgio p n pagar ou atrasar. de qqr forma, é falta de política pública mesmo. pra que desenvolver software se eu posso comprar?
mas justiça seja feita! para android tem muitos aplicativos que ajudam e muito, como o sou.gov. este é usado não só por servidores publicos como qualquer cidadão que necessite de acessar serviços do GF.
acho que o desktop não é prioridade.
sejamos justos: aqui o problema não é só do governo federal ou estadual, mas da prefeitura. junta-se um app que não atualiza mais incompetência administrativa local…