Software livre: a hora e a vez da Dinamarca!

Uma notícia nova que não é tão nova assim. O governo dinamarquês vai substituir os softwares da Microsoft por soluções de código aberto. A decisão, que era discutida nos bastidores, ganha contornos mais sérios com um plano de migração para o resto de 2025.

A iniciativa quer reduzir o gasto com licenças e a dependência em grandes corporações de tecnologia, englobando a soberania digital e resiliência da infraestrutura governamental, evitando a “prisão” em ecossistemas fechados.

Especialistas em tecnologia reagiram com otimismo e cautela, vendo a mudança como um passo corajoso e progressista, que pode inspirar outras nações.

É uma demonstração clara de que governos podem, e devem, considerar alternativas de código aberto. A economia de custos é significativa, e o controle sobre a tecnologia é um benefício inestimável.

Mas a magnitude da migração apresenta desafios consideráveis. A compatibilidade de documentos legados, a adaptação dos funcionários a novas interfaces e a garantia de suporte técnico robusto são preocupações legítimas.

Embora o compromisso com o software aberto seja forte, a flexibilidade é fundamental. Se a mudança se mostrar muito complicada, a Dinamarca volta aos braços da Microsoft em um instante.

A Dinamarca não é pioneira na adoção de software de código aberto na administração pública. Cidades como Munique já tentaram movimentos semelhantes. A diferença, segundo alguns observadores, é a maturidade e a qualidade atual das ferramentas de código aberto, que evoluíram exponencialmente nos últimos anos.

Se bem-sucedida, a jogada da Dinamarca servirá como uma experiência para governos que buscam maior autonomia tecnológica e eficiência orçamentária. O futuro da soberania digital pode, de fato, estar nas mãos do código aberto.

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Movimento mais acertado para soberania de dados de um país é migrar tudo para soluções locais e open source, quanto mais livre das big techs yankees, melhor!

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Acho que depende muito de qual País a pessoa pertence. Por exemplo: Eu prefiro mil vezes mais que meus dados sejam armazenados em um país onde há leis sólidas voltadas para proteção de dados e suporte a criptografia do que meus dados numa China da vida onde há backdoors para acesso pelo governo.
Confio 1 bilhão de vezes mais guardar meus dados em servidores europeus ou americanos do que em solo brasileiro.
Para mim soberania só serve se o país for minimamente decente e com segurança jurídica e leis voltadas para ampla liberdade e proteção de dados privados, caso contrário não vejo vantagem nenhuma.

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aí você está sendo preconceituoso ou ingênuo, achando que o “backdoor do mal” só existe no lá e não no ocidente “bem intencionado”.

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Não é preconceito. Na China, o governo tem literalmente acesso amplo a dados privados. Inclusive, empresas estrangeiras que forneçam serviços que tratam dados de usuário só podem operar com servidores locais a fim de facilitar o acesso pelo governo.
É muito diferente de países onde existem, por exemplo, possibilidade legal de uso de um Signal, por exemplo, que tem criptografia ponta a ponta. Podemos até especular que existem backdoors em outros softwares fora da China, mas realisticamente essa possibilidade é bastante remota em comparação. Afinal, nesses casos há leis claras de proteção a privacidade. Se são seguidas? Aí deixamos no campo da imaginação de qualquer um. Mas fato é de tem amparo legal de proteção de dados.

brave_screenshot_www.bbc.com

Eu sei que é moda “odiar” os americanos, mas está longe de ser logico uma comparação com o regime chines no gerenciamento de dados privados das pessoas.

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acho que depois desta política microsoftiana de não permitir contas locais, de praticamente obrigar a criar conta microsoft, o mundo precisa ficar mais esperto, pois basta o Trump aplicar uma sanção que a Microsoft bloqueia o acesso aos loguins e o país ficaria sem acesso aos seus proprios computadores, sem contar que estas ferramentas office da Microsoft devem fazer espionagem pros americanos

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O correto seria os governos utilizarem soluções livres e depender o mínimo de soluções estrangeiras pagas.

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todos os governos tem, sem excessão. não existe “lado bom” e “lado mau” nessa história.

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Eu acho que generalizar é uma forma extremamente vaga de abordar qualquer assunto, mas se é o que vc acredita, me resta respeitar sua opinião.

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Na verdade, você ainda consegue criar uma conta local no Windows 11. O primeiro jeito é ficar desconectado da internet e quando aparecer o OOBE, abrir o CMD (com o Shift + F10 e no CMD digitar oobe\bypassnro.

O computador vai reiniciar e vai dar a opção de prosseguir sem Internet. E tem outra maneira que permite criar um usuário pelo próprio CMD.

Outro comando, é o start ms-cxh:localonly, que vai abrir um assistente para configurar uma conta local:

https://x.com/witherornot1337/status/1906050664741937328

Mas isso é realmente um problema para quem não sabe dessas coisas.