Sobre a Microsoft, TPM 2.0, Linux e lixo eletrônico

TPM significa Trusted Platform Module (ou Módulo de Plataforma Confiável), um chip de segurança presente em muitos computadores para armazenar chaves criptográficas e realizar operações criptográficas de forma segura.

Ele ajuda a proteger seus dados e dispositivos ao criar um ambiente mais seguro para armazenar informações sensíveis, como senhas e chaves de criptografia.

No Windows é utilizado para login biométrico com o Windows Hello, e também para checar se o sistema operacional e o firmware não foram alterados, garantindo o bom funcionamento do computador.

Diante de todas essas benesses, a Microsoft tornou o TPM 2.0 obrigatório para instalar o Windows 11, com o objetivo de justamente oferecer uma experiência mais segura para os usuários.

O TPM 2.0

Essa versão representa um grande avanço em relação às anteriores, oferecendo uma série de melhorias e novas funcionalidades aumentam ainda mais a segurança dos dispositivos.

Ele utiliza algoritmos criptográficos mais modernos e seguros, oferecendo maior resistência a ataques, já que possui um gerenciamento de chaves mais flexível e seguro, com suporte a diferentes tipos e mecanismos de autenticação.

A interface do TPM 2.0 foi aprimorada, facilitando a sua utilização por diferentes sistemas operacionais e aplicativos.

O TPM 2.0 no Linux

A partir da versão 3.20 do kernel Linux, o suporte ao TPM 2.0 foi incorporado, permitindo que distribuições como Ubuntu, Fedora, Debian e Arch Linux, e derivadas, aproveitem os benefícios desse chip de segurança.

Ou seja, assim como o Windows, o Linux também pode utilizar o TPM 2.0 para criptografar discos, proteger senhas e garantir a integridade do sistema.

Como o Linux utiliza o TPM 2.0?

  • criptografia de disco - pode criptografar todo o disco rígido, oferecendo uma camada extra de segurança para seus dados.

  • autenticação - pode armazenar chaves de criptografia e realizar autenticação de usuários, como no caso do login biométrico.

  • medição de plataforma - pode verificar a integridade do sistema e detectar qualquer alteração não autorizada.

A maioria das distribuições Linux modernas oferece suporte nativo ao TPM 2.0. Essa funcionalidade é cada vez mais comum devido à crescente importância da segurança em sistemas operacionais.

Distribuições Linux conhecidas por oferecer bom suporte ao TPM são o Ubuntu, Fedora, Debian e Arch Linux, e suas distros derivadas.

A Microsoft e a Obsolescência Programada

A exigência do TPM 2.0 para a instalação do Windows 11 tem gerado debates sobre a obsolescência programada e o papel da Microsoft no mercado de hardware.

A empresa argumenta que é um recurso essencial para garantir a segurança dos usuários, em um mundo cada vez mais digital.

Ao torná-lo um requisito obrigatório, ela incentiva os usuários a adquirirem novos PCs e notebooks com esse chip, o que beneficia fabricantes de hardware.

A medida também força a atualização do ecossistema Windows, preparando-o para as futuras tecnologias e demandas de segurança.

A decisão da Microsoft tem sido alvo de críticas por parte de usuários que possuem computadores compatíveis com o Windows 10, mas não com o Windows 11.

A troca forçada de computadores com Windows 10 para aqueles com TPM 2.0 pode ter um impacto ambiental significativo, devido ao descarte de equipamentos eletrônicos em condições de uso.

Milhões de dispositivos podem se tornar obsoletos, aumentando a quantidade de lixo eletrônico, com substâncias que poluem o meio ambiente se descartados incorretamente.

A troca destes dispositivos pode ser necessária por questões de segurança, mas é importante considerar o impacto ambiental e buscar alternativas mais sustentáveis.

O Linux como alternativa sustentável ao TPM 2.0

Embora o TPM 2.0 ofereça recursos de segurança adicionais, o Linux pode ser configurado para alcançar um nível de segurança comparável, como criptografia de disco, autenticação de dois fatores e atualizações regulares do sistema.

Além disso, distribuições Linux geralmente exigem menos recursos de hardware, prolongando a vida útil de computadores mais antigos.

Permitindo personalizar o sistema para atender às necessidades específicas do usuário, reduzindo a necessidade de softwares adicionais.

Além de oferecer várias opções de segurança, incluindo firewalls robustos e sistemas de detecção de intrusão.

Conclusão

O Linux oferece uma alternativa sustentável e segura ao Windows 11, especialmente para usuários com computadores mais antigos. Ao adotar práticas de segurança adequadas, é possível alcançar um nível de proteção comparável ao oferecido pelo TPM 2.0.

E você, qual sua opinião sobre o tema?

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Os sistemas GNU/Linux não obriga o TPM, a Microsoft ao obrigar recurso de hardware é um absurdo, é uma relação entre empresa e cliente que já é segunda vez acontecendo, mas em fim, eu já abandonei esse sistema a varias décadas, abandonei lá para o Vista.

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