Sistemas imutáveis são o futuro?

Hoje você entenderá de uma vez o que são sistemas imutáveis, a diferença para sistemas comuns, quais são os mais populares e as vantagens e desvantagens dessa abordagem!

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Percebi que as pessoas entenderam errado o que o @Dio disse, e não dá pra julgar elas faltou informação mas também não dá pra julgar o próprio Dionathan já que teoricamente isso deveria ser mais transparente (pra quem ainda não viu o vídeo assista clicando aqui), vou fazer um compilado mostrando os pontos de confusão:

  1. Imutabiblidade deixa as coisas mais complexas

Não, na verdade pouca coisa muda as mudanças são internas externamente não tem muita diferença

  1. Imutabiblidade te impede de customizar o sistema

Na verdade não, ele permite quase o mesmo grau (você só não pode remover ou instalar pacotes), o que acontece é que por influência de blogs, posts e distros mal configuradas (e aqui entram boa parte das distros) você aprendeu a customizar do jeito errado, pra instalar uma fonte, um tema… Usualmente você despeja tudo em /usr/share e apesar de funcionar, lá não deveria ser o lugar, USR vem de Unix Shared Resources essas pastas não deveriam ser alteradas sem uma boa justificativa (e customização não é uma delas), as distros linux implementam (ainda que só um terço) do FreeDesktop, e isso significa que elas suportam o XDG_DATA_DIRS uma variável especial que lista diretórios onde se pode colocar esses itens de customização, então é mais uma questão de onde modificar e não sobre não poder modificar

  1. Distros imutáveis ocupam mais espaço

Embora isso tenha sido verdade tempos atrás hoje em dia não é mais, o que acontecia era um bug que foi corrigido, a questão sobre isso é que distros imutaveis com suporte a rollback contém diretórios especiais onde arquivos são deduplicados, ao invés de ter uma cópia do /usr inteiro, basicamente todos os /usr são quebrados em arquivos individuais, cada versão do /usr tem links diretos para esses aquivos nesses diretórios especiais, isso significa que você pode acumular 10 versões do sistema operacional ocupando 50 MB apenas

  1. Se não tiver uma Software em flatpak, AppImage ou snap eu fico sem o software

Isso pode ser verdade, depende de como a distribuição faz as coisas mas não é necessariamente verdade, algumas distribuições como o Vanilla trazem gestores de pacotes mutáveis para casos assim

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Engraçado ver o seu post, no grupo do Discord eu postei isso:

Um complemento, se é que cabe, é sobre a organização dos diretórios. Pois o Linux nativo já traz 3 camadas de sistema. Vou dar um exemplo prático.

/usr/bin
/usr/local/bin
~/.local/bin

São 3 níveis de diretórios de executáveis.

O primeiro ninguém deveria mexer em tese, se quisesse colocar um executável seu que não faz parte da distro deveria ser em /usr/local/bin, se ainda quiser algo mais restrito que não esteja disponível para os usuários do sistema use ~/.local/bin.

Isso é só um pedaço, dá pra fazer maravilhas.

Desde que adotei o Btrfs como sistema de arquivo não preciso fazer mais nada, pois tenho um hook que ao instalar um pacote ele tira um snaphots antes. Aprendi que a solução mais simples é a mais acertada sempre. Óbvio que o simples tem graus de diferenças e está diretamente relacionado com a nossa maturidade em relação a algo.

Claro que estou falando a nível de Desktop.

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Dio,

Você acredita que algum dia distros como o ArchLinux e seus derivados Endeavour OS e Manjaro, por exemplo, poderão oferecer versões com o recurso da imutabilidade?
As atualizações frequentes - diárias - tornam bem complicadas a implementação desse recurso em distros baseadas no Arch. Ao menos é o que me parece. Ou você acha possível que futuramente possamos ter um Endeavour OS imutável?

Qual a sua opinião?

Sou um fã do seu canal! Obrigado!

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Não é difícil não, nem precisa de Layer

Vai contra tudo que o arch linux é. Simplesmente não faz o mínimo sentido. O que seria imutabilidade no arch? Você ao invés de instalar os pacotes base, base devel, linux… você instalar um pacote só de base que fosse imutável e contruisse o sistema por cima? É uma ideia sem nexo pois tudo no arch envolve mexer na base do sistema.

Os derivados por outro lado podem muito bem fazer, e acho que já fazem. Se não me engano o blend os é imutável.

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Arch é a distro de infinitas possibilidades e cada um pode ter a imutabilidade do seu jeito. Vou fazer um vídeo tutorial de como tornar o Arch imutável, mas isso só depois que eu terminar a minha série de vídeos de como montar uma distro customizada ao gosto do usuário utilizando o Archiso (https://uaiso.org/criando-o-seu-arch-linux-parte-1/)

Diferentemente de outras distribuições você pode ter um Arch imutável, com operações transacionais de atualizações onde não precisa baixar uma imagem inteira; pode manter ene versões do sistema, pode ter quantos DE quiser, pode usa gerenciadores de pacotes como o nix para manter a sua “versão” de usuário separada. É assim que uso a anos, muito antes dessa moda atual. :grinning:

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É simples: ao invés do pacman escrever diretamente em /usr, ele escreveria em por exemplo /var/lib/pacman/files os arquivos do pacman passariam a ter o nome igual a sua hash (uma soma única baseada nos bytes dos arquivos) e os arquivos em /usr teriam links para /var/lib/pacman/files, isso tem n vantagens e nenhuma desvantagem, você consegue usar o pacman normal instalar os mesmos pacotes, do mesmo jeito porém o /usr não é diretamente editável não tem perdas e você ganha pontos de restauração praticamente de graça

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Ao que parece, o tema está apenas a passar por um hype. Como diria Cazuza “Eu vejo o futuro repetir o passado. Eu vejo um museu de grandes novidades.”

Fiz alguns testes com o Clear Linux (Intel), um sistema “imutável”, e li um pouco da documentação. Achei bem interessante a proposta, com algumas inovações e um ótimo grau de organização.

Há tempos tenho apreciado a ideia de trabalhar com módulos (Bundles no Clear Linux).

Desde que comecei a experimentar distros Linux a partir de imagens bootadas via MS-DOS em 1997, percebo que os processos de instalação convencionais são uma baita perda de tempo e que a simples cópia de alguns módulos poderia agilizar todo o processo. Se não me engano (pois faz tempo que fiz alguns experimentos), as distros Dyne:bolic :: Free & Live creative multimedia e http://tinycorelinux.net, que não são necessariamente sistemas “imutáveis”, utilizam esse tipo de solução.

Acredito que um sistema feito de camadas (layers) com níveis de acesso e mutabilidade diferentes é super benéfico e, caso necessário, o admin do sistema pode fazer alterações no cerne do sistema sem grandes riscos.

Assisti o vídeo do começo ao fim, mas as legendas estavam ativadas, e rachei o bico:

“usuário Rute” :joy:

Eu já uso um “sistema imutável” – o Android – e fico satisfeito, pois não entendo absolutamente nada… e não faz falta entender.

(Eu poderia “comparar” com o Windows, mas não dá. – Em smartphone, usei o WP8 da Nokia, e era tão satisfatório quanto o Android – só que me pareceu mais lógico do que o Android).

Mas uso Linux – 12 distros dos “ramos” pioneiros da “árvore de distros” – para aprender como são, como funcionam… e fico satisfeito com o que vi até agora (ainda sem Flatpak, AppImage, e outros bichos esquisitos).

De todas, a que mais gosto, é o Arch “instalado na unha” – também conhecido como RTFM, ou BTW – que me parece o contrário das “imutáveis” (posso estar enganado).

Debian testing, MX Linux 23 (debian stable, mas com muitos pacotes sempre “atuais”), e Manjaro (Arch não-BTW) também me atendem muito bem. – openSUSE Tumbleweed também costuma me atender muito bem, mas na última semana bagunçou meu Teclado ABNT2 (até o PrtScn parou de funcionar). Tudo bem, não chega a ser um desastre total. Só um incômodo muito chato. Mas tenho o resto da vida para resolver isso.

Cansei de reinstalar o Mageia a cada 2 anos (sim, eu fazia isso!), e resolvi fazer logo um upgrade… para Cauldron (tipo, rolling release), para acabar com aquele enjoo bienal. – Até agora, só tive 1 problema: – no Menu de contexto do Gwenview, ao clicar em “Abrir com Gimp”, abre uma nova instância do Gwenview. Isso é muito chato (para mim, que uso muito esse recurso), mas também não chega a ser um desastre. Tenho o resto da vida para resolver isso.

Enfim, instalei o MX Linux 23, e até agora vai tudo bem. – O único problema é que o Gimp abre sem o Toolboox (tenho de abrir manualmente) – e quando minimizo o Gimp, o Toolbox não minimiza. Tenho o resto da vida para resolver isso.

Não sou Admin de nenhuma empresa, não sou desenvolvedor, não sou nenhum tipo de TI, nem arquiteto, nem edito vídeos hollywoodianos. – Sou só um “usuário comum” (pero, muy enxerido!), navego, pesquiso na web, escrevo (LibreOffice, Kate / KWrite, Blogger), faço umas planilhas simples, umas edições simples no Gimp – e as distros “mutatis mutandis” me atendem muito bem (sinto-me muito seguro, coisa que nunca me senti no Windows de 1992 a 2016), e me divertem bastante.

Serão os sistemas “imutáveis”… “o futuro”? – Para geladeiras, p.ex., já são “o presente”. – Pena que, mesmo sem isso, as geladeiras triplicaram de preço (e cresceram por fora, mas encolheram por dentro!). Acho que vou ficar mais uns 10 ou 20 anos com minha geladeira de 10 anos atrás (que custou uma pechincha).

Esse é o enfoque que está sendo cada vez mais “escondido”, “esquecido” etc. – Parece que saiu de moda aquela boa prática de “olhar de fora”, olhar “de modo crítico”, ficar fora da “hipnose” feita para a gente “vestir a camisa”… de interesses que não são, necessariamente, os nossos.

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Eis um dos grandes enganos em relação ao Arch. O Archverso é tão vasto de possibilidades que assusta. Tem gente que usa o Arch com repos custom, tem gente que usa com os pacotes pelo asp, tem gente que usa padrão como vem, tem gente que usa em imagens RAW, tem gente que usa em versões de snapshots, tem gente que usa em camadas ou layers como disse um dos comentadores aqui.

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Na verdade, o Arch “não vem”. – É a gente que o constroi.

Imagino um Arch “imutável”… Em vez da Wiki nos ensinar como construí-lo… ensinaria como “construir uma imagem imutável”!

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Isso! É assim mesmo que ele vem :grinning: O que temos aqui é que imutabilidade não é um privilégio de nada, é apenas uma maneira de gerenciar as coisas.

Por exemplo o BlendOS é imutável, é base Arch… ou estou errado?

Ha ha ha… muito bom @frc_kde. Principalmente o último parágrafo:

Esse é o enfoque que está sendo cada vez mais “escondido”, “esquecido” etc. – Parece que saiu de moda aquela boa prática de “olhar de fora”, olhar “de modo crítico”, ficar fora da “hipnose” feita para a gente “vestir a camisa”… de interesses que não são, necessariamente, os nossos.

Entendedores\as entenderão.

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Isso, isso, isso.

Ele vem não vindo :sweat_smile:

Não conheço.

Só sei que o Arch, a gente é que tem de puxar – peça por peça. – E se a gente não souber puxar com jeito, ele não vem de jeito nenhum.

É, sistema imutáveis são o presente mesmo. Só precisamos cuidar para não demonizar ou endeusar o conceito, senão a gente perde de vista os possíveis benefícios e desvantagens que a ideia de imutabilidade pode nos trazer, dentro do contexto que queremos aplicar.

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