Minha gente me tirem, se possível, uma dúvida.
Recentemente perguntei a uma IA sobre um possível processo de atualização de sistemas baseados no Debian/Ubuntu no qual tivesse por foco:
Atualizar o sistema
Remover pacotes desnecessários, órfãos etc.
Manter o sistema o mais enxuto possível (seja lá o que isso significa)
Esse comando que você mandou é uma rotina de manutenção padrão no Ubuntu (e derivados) — serve para manter o sistema atualizado, limpo e funcional. Aqui vai um detalhamento do que cada parte faz:
Comando explicado:
sudo apt update -y
Atualiza a lista de pacotes disponíveis.
O -y aqui não tem efeito, já que o apt updatenão faz perguntas interativas — mas não causa erro.
sudo apt upgrade -y
Atualiza todos os pacotes instalados para as versões mais recentes disponíveis nos repositórios.
sudo apt autoremove -y
Remove pacotes que não são mais necessários (por exemplo, dependências de programas que você já removeu).
sudo apt clean
Limpa o cache de pacotes .deb baixados que já foram instalados (libera espaço em disco).
Conclusão
Sim, é seguro rodar isso no dia a dia. Pode inclusive ser salvo como alias, tipo:
«Isso lembra a velha piada do caubói que está cavalgando pela campina e ouve uma voz do céu que o manda ir para Abilene, em Abilene a voz o manda entrar no saloon, depois jogar na roleta e apostar todo o dinheiro no número cinco, o caubói obedece, impressionado com a voz celeste, sai o dezoito e a voz sussurra: Que pena, perdemos» (Umberto Eco, Número Zero).
Substitua a “voz celeste” por “IA”.
E onde se lê “perdemos”, leia-se: – “Você perdeu”.
Tradução = “Seja o que Deus quiser”.
Muita gente encadeia vários comandos – todos com um “y” de “yes”, que desiste antecipadamente de qualquer possibilidade de arrependimento. – E se dão bem… pelo menos, segundo nos dizem!
Eu prefiro, sempre, fazer 1 coisa de cada vez – e parar para ler com muita calma e atenção, sempre que o bicho pergunta “y”, ou “y/N”. – Só quando pergunta “Y/n”, é que me preocupo menos.
Quanto ao mais:
Eu só faria um reparo, quanto ao:
Eu já usei várias vezes o dist-upgrade – para fazer upgrade de versão do Kubuntu, por exemplo, do 19.04 Disco Dingo para 19.10 Eoan Ermine – e para fazer upgrade de versão do Debian, por exemplo, de Debian 10 Buster para Debian Testing (11 Bullseye, na época).
Consiste em substituir os repositórios de uma versão pelo da versão seguinte, nas fontes (sources) do apt – e em seguida fazer o dist-upgrade – que sai atualizando / instalando / removendo tudo que precisa, até mudar a versão da distro inteira.
Anotações no caso do Kubuntu, aqui – e no caso do Debian, aqui.
Vi dizer por aí que o dist-upgrade foi substituído pelo full-upgrade, mas não posso garantir. – No man apt de Março 2024, não consta o dist-upgrade:
upgrade é usado para instalar actualizações disponíveis de todos os pacotes actualmente instalados no sistema a partir das fontes configuradas via sources.list(5). Se necessário para satisfazer dependências serão instalados novos pacotes, mas pacotes existentes nunca serão removidos. Se a actualização de um pacote necessitar da remoção de um pacote instalado, a actualização deste pacote não será executada.
…e:
full-upgrade executa a função de upgrade mas irá remover pacotes actualmente instalados se tal for necessário para actualizar o sistema como um todo.
Enfim:
autoremove é usado para remover pacotes que foram instalados automaticamente para satisfazer dependências de outros pacotes e que já não são necessários porque as dependências alteraram ou porque os pacotes que precisavam delas foram entretanto removidos.
Você deve verificar que a lista não inclua aplicações de que passou a gostar apesar de terem sido instaladas apenas como uma dependência de outro pacote. Você pode marcar tal pacote como instalado manualmente ao usar apt-mark(8). Os pacotes que você instalou explicitamente via comando install também nunca são propostos para remoção automática.