Eu fiquei sabendo do bit rot, e me interessei pela varredura de arquivos corrompidos do Btrfs e do ZFS para manter minha coleção musical em FLAC. Vi um comentário, sem tanto argumento, dizendo que Btrfs não é bom para backups, e que o ZFS seria melhor. O ZFS é mais difícil de configurar por não estar no kernel do Linux. E que os dois sistemas de arquivos não são bons com HDs plugados com USB. Não tenho dinheiro para ter um NAS como esses gringos. Enfim, no momento utilizo o velho e estável ext4 para manter minha coleção, mas me preocupo com o bit rot silencioso. O que vocês acham?
Tudo que for possível fazer para manter a integridade do seus dados, mesmo que seja backup do backup.
Coloca na nuvem, faça o que for possível.
acho q vc deve botar na nuvem, se for viável pela quantidade de músicas, e armazenar no HD. se o ext4 tá servindo, p que mudar? seu ssd não funciona como um de computador, não é escrito/reescrito trocentas vezes por segundo. só tenha uma fonte alternativa de becape, caso algum dia dê problemas.
Então, a detecção de erros vc pode fazer manualmente (e de forma arcaica) em qualquer sistema de arquivos, criando arquivos com checksum do conteúdo das pastas. De tempos em tempos vc manda conferir os arquivos com o checksum (que vai demorar um tempo considerável para ler todo o conteúdo) e, caso haja problema de leitura, bit rot, ou erro de leitura sem correção, será mostrado o arquivo com problema.
Aí entra o segundo ponto: Vc vai precisar de uma cópia do arquivo que não tenha defeito, então um backup será sempre necessário.
Obviamente fazer manualmente também toma tempo, então mesmo que seja complicado configurar o scrub em btrfs ou zfs, ainda assim vc vai ganhar tempo no longo prazo. É possível agendar o serviço de scrub mensalmente, por exemplo (mas não esqueça de ver os logs e procurar por erros!). Não sei a fundo sobre o BTRFS, mas no ZFS é possível adicionar informação redundante para auto-correção de bit rot durante o scrub.
Em ambos os casos a performance não será grande problema, pois os arquivos são grandes. Se fosse uma infinidade de arquivos pequenos, aí sim a performance do hd externo ia cair muito. Outro ponto é que o scrub funciona basicamente com leitura, e os discos de hd externo (geralmente de qualidade inferior no método de gravação física) também não vão sofrer com o processo. Seria um problema se vc fosse gravar quandes quantidades de dados intercalada com leitura, podendo até travar o processo se o disco estiver próximo da capacidade total.
Eu já usei o scrub e zfs no backup e no sistema raiz. Pro sistema raiz não gostei do zfs, mas no backup até usaria mais se o suporte fosse no kernel. Atualmente só faço a verificação manual na minha pasta de fotos, usando uma ferramenta de cópia que confere o conteúdo de arquivos uma vez por ano ± (mando sincronizar o disco padrão com o backup, depois de finalizado mando sincronizar a pasta de fotos com comparação por conteúdo). Deve ter uns 5 anos que comecei a fazer isso e até hoje já peguei arquivos corrompidos. Um caso (o primeiro) foi com um backup do site que eu tinha nos primórdios da internet, no qual o tar.gz deu falha de descompressão quando tentei pegar os dados. Por sorte no backup estava OK e consegui recuperar o conteúdo. A partir daí comecei a ter uma atenção maior e vi que é uma realidade o bit rot e comecei a me preocupar mais, especialmente com as fotos. Daí que comecei peguei também uma foto corrompida pela comparação, e nesse caso abri a foto nos dois discos e vi qual era a defeituosa e atualizei. A comparação total por conteúdo eu uso bem pouco, somente antes e depois da substituição de um disco de backup muito antigo (já com seus 7 anos eu troco antes de arriar).
Vai de BTRFS pó, converte isso ai de ext4 para BTRFS rapidão com o btrfs-convert.
Antigamente memória flash tinha uma estimativa de manter os dados sem colocar energia por 10 anos, não sei como esta hoje mais deve ter aumentado.